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SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO 6 
2 DESENVOLVIMENTO 7 
3 TRANSIÇÃO DA ANTIGUIDADE PARA A IDADE MÉDIA 10 
3.1 PASSAGEM DA ANTIGUIDADE AO FEUDALISMO 10 
3.2 A IDADE MÉDIA NASCIMENTO DO OCIDENTE 11 
4 CONCLUSÃO 12 
REFERÊNCIAS 13 
 
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1 INTRODUÇÃO 
 
 
A ideia desta produção textual interdisciplinar é buscar examinar 
algumas interpretações e expectativas sobre o tempo e a história. A relação entre o 
tempo e a história é tema interminável, tempo é palavra de muitos significados, e 
alguns deles empregado como sinônimo de passado, ciclos, duração, eras, fases, 
momentos ou mesmo história, o que contribuiu para o escurecimento das discussões 
teóricas dos historiadores sobre ele. Também nesse estudo iremos examinar a 
questão da passagem da Antiguidade para a Idade Média, atentando para os 
movimentos historiográficos produzidos nessas passagens. 
Serão discutidas aqui também compreensão sobre o fim do Império 
Romano, como também as flutuações entre as demarcações no período de transição 
que conduz idade antiga de idade média. Segundo Peter Brown, devemos 
observaras constantes mudanças e as continuidades que ocorreram nesse processo 
histórico. Ainda segundo Brown “ver este período como uma melancólica história da 
queda e o fim do Império Romano” seria muito mais simples, em lugar de se 
perceber as novidades que começariam neste período. 
O estudo em questão deve compreender como os homens desta 
época lidaram com as mudanças tão numerosas e complexas, que iam do social ao 
econômico. Foi um período dinâmico, que trazia novidades nas estruturas materiais 
e sociais, trazendo também uma nova visão de mundo e do sagrado, o que 
provocaria novos comportamentos na sociedade da época. 
 
 
 
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DESENVOLVIMENTO 
 
 
A Antiguidade é a época que vai desde a invenção da escrita até a 
queda do Império Romano. Estudiosos que dão mais importância á cultura material 
das sociedades têm procurado repensar essa divisão mais recentemente. A 
antiguidade só passou a ser considerada assim posteriormente, claro que quando os 
gregos viveram não se consideravam antigos, na sua visão eles eram bem 
modernos. 
Mesmo assim, o chamou de Idade Antiga o período da história em 
que se desenvolveram as primeiras civilizações. Por este último termo, devemos 
entender a formação de uma cultura mais complexa, com componentes sociais, 
políticos e econômicos; onde o trabalho começou a ser organizado em benefício da 
humanidade, implicando na construção de cidades e na união de redes comerciais e 
intercâmbios de várias ordens entre os povos. Existe uma controvérsia para delimitar 
o início da antiguidade, alguns teóricos defendem o ano 3.500 a.C, quando surgiram 
as primeiras civilizações Ocidentais. Esta é a data mais aceita, aquela ensinada nas 
escolas e presente nos livros didáticos. 
Porém, outros consideram o ano 6.000 a.C como o início da 
antiguidade, quando surgiram as primeiras civilizações na Mesopotâmia e a escrita 
cuneiforme. Já com relação à data que marca o final da Idade Antiga existe um 
consenso, é o ano 476, quando a cidade de Roma foi invadida pela primeira vez 
pelos chamados bárbaros. 
Uma data importante que simboliza o fim do Império romano, apesar 
da influência romana e vários de seus domínios terem continuado existindo depois 
deste ano. Trata- se apenas de uma data que tenta ajudar a delimitar o fim da 
antiguidade, embora não deva ser entendida literalmente como o final do período 
romano, pois houve como no caso de qualquer passagem de uma era a outra, um 
longo período de transição. De qualquer modo, antiguidade é cronologicamente 
dividida em três períodos: 
Primeiro a antiguidade Oriental, até 400 anos a.C., depois a 
antiguidade Clássica, o período do predomínio da cultura grega e parte da romana, 
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com delimitação controversa, em geral fixada entre 400 anos a. C até o ano 300 d.C. 
E finalmente a antiguidade Tardia, um período de transição que ultrapassa a Idade 
Antiga e entra na medieval, vai do ano 300 até o início do século VI , note que 476, 
final do século V, é o marco do fim da antiguidade. 
A Idade Média é um período da história da Europa entre os séculos 
V e XV. Inicia-se com a queda do Império Romano do Ocidente e termina durante a 
transição para a Idade Moderna. 
A Idade Média é o período entre a divisão clássica da História 
ocidental em três períodos: a Antiguidade, Idade Média e Idade Moderna, sendo 
frequentemente dividido em Alta e Baixa Idade Média. Durante a Alta Idade Média 
verifica-se a continuidade dos processos de despovoamento, diminuição urbana, e 
invasões bárbaras iniciadas durante a Antiguidade Tardia. Os ocupantes bárbaros 
formam novos reinos, apoiando-se na estrutura do Império Romano do Ocidente. No 
século VII, o Norte de África e o Médio Oriente, que tinham sido parte do Império 
Romano do Oriente tornam-se territórios islâmicos depois da sua conquista pelos 
sucessores de Maomé. O Império Bizantino sobrevive e torna-se uma grande 
potência. No Ocidente, embora tenha havido alterações significativas nas estruturas 
políticas e sociais, a ruptura com a Antiguidade não foi completa e a maior parte dos 
novos reinos incorporou o maior número possível de instituições romanas 
pré-existentes. O cristianismo disseminou-se pela Europa ocidental, se viu um 
impacto do cristianismo na civilização e assistiu-se a um surto de edificação de 
novos espaços monásticos. 
Durante os séculos VII e VIII, os Francos, governados pela dinastia 
Carolíngia, estabeleceram um império que dominou grande parte da Europa 
ocidental até ao século IX, quando acabaria perante as investidas de Vikings do 
norte, Magiares de leste e Sarracenos do sul. Durante a Baixa Idade Média, que teve 
início depois do ano 1000, verifica-se na Europa um crescimento demográfico muito 
acentuado e um renascimento do comércio, à medida que inovações técnicas e 
agrícolas permitem uma maior produtividade de solos e colheitas. É durante este 
período que se iniciam e se afirmam as duas estruturas sociais que dominam a 
Europa até o Renascimento: o senhorialíssimo – a organização de camponeses em 
aldeias que pagam renda e prestam vassalagem a um nobre – e o feudalismo — 
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uma estrutura política em que cavaleiros e outros nobres de estatuto inferior prestam 
serviço militar aos seus senhores, recebendo como recompensa uma propriedade 
senhorial e o direito de cobrar impostos em um território estabelecido. 
As Cruzadas, anunciadas pela primeira vez em 1095, representam a 
tentativa das igrejas em recuperar dos muçulmanos o domínio sobre a Terra Santa, 
tendo chegado a estabelecer alguns estados cristãos no Médio Oriente. A vida 
cultural foi dominada pelo conjunto de doutrinas, uma filosofia que procurou unir a fé 
à razão, e pela fundação das primeiras universidades. A obra de Tomás de Aquino, 
a pintura de Giotto, a poesiade Dante e Chaucer, as viagens de Marco Polo e a 
edificação das imponentes catedrais góticas estão entre as mais destacadas 
façanhas deste período. Os dois últimos séculos da Baixa Idade Média ficaram 
marcados por várias guerras, adversidades e catástrofes. A população foi dizimada 
por sucessivas doenças e pestes; só a peste negra foi responsável pela morte de um 
terço da população européia entre 1347 e 1350. O Grande Cisma do Ocidente no 
seio da Igreja teve consequências profundas na sociedade e foi um dos fatores que 
esteve na origem de inúmeras guerras entre estados. Viu-se, também diversas 
guerras civis e revoltas populares dentro dos próprios reinos. O progresso cultural e 
tecnológico transformou por completo a sociedade européia, concluindo a Idade 
Média e dando início à Idade Moderna. 
 
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TRANSIÇÃO DA ANTIGUIDADE PARA A IDADE MÉDIA 
 
 
3.1 PASSAGEM DA ANTIGUIDADE AO FEUDALISMO 
 
A passagem da antiguidade ao feudalismo procura-se demonstrar a 
transição do sistema econômico e social da Idade Antiga para a Medieval. 
Argumentando que o debate da transição feudo-capitalista já é tradicional neste tipo 
de análise, e por ser pouco menos importante, o fim da antiguidade também 
necessita de estudos. O modo de produção escravo foi utilizado amplamente pelas 
civilizações clássicas, o que tornou possível a sustentação política, social e 
econômica, da Grécia e do Império Romano. 
A principal característica da economia antiga é o seu caráter 
mediterrâneo. Ele era o único modo de comunicação entre diferentes povos e o 
principal meio de escoamento das mercadorias produzidas no campo. 
A escravidão coexistia ao lado da liberdade dos cidadãos helênicos, 
que em sua maioria eram grandes proprietários. A existência da liberdade era 
fundamental para a manutenção da escravidão, pois esta liberdade era o que definia 
a configuração social da época. 
A primeira estrutura do Feudalismo é a presença de terras comunais, 
os pedaços de terras que ficam entre os feudos, as quais tornaram-se o local refúgio 
e resistência dos camponeses. A fuga da mão de obra comprometeu a produtividade 
dos feudos. 
A segunda é o fenômeno das cidades medievais. As cidades 
medievais constituíram centros independentes do poder da Igreja e da nobreza. Elas 
eram governadas por comerciantes, e nelas existia a presença de associações e 
corporações de ofícios. 
Em terceiro lugar existia a ambiguidade do exercício do poder dos 
nobres. O rei por ser o soberano deveria governar todo o território, porém a 
descentralização política impediu que isto ocorresse na prática. Nesse contexto o rei 
passou a ser mais um Senhor Feudal. 
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Nesse sistema política, foi possível a entrada de novas instituições 
que tomaram o poder político, como a Igreja. A Igreja que na antiguidade era 
controlada pelo Estado, agora tem autonomia política, econômica e militar, e seu 
poder de dominação de massas perdurou por toda Idade Média. 
 
3.2 A IDADE MÉDIA NASCIMENTO DO OCIDENTE 
 
Hilário Franco Júnior, trata do período entre os séculos IV e XVI, 
tradicionalmente conhecido por Idade das Trevas, Idade da Fé ou, com mais 
frequência, Idade Média. Todos são rótulos pejorativos, que escondem a importância 
daquela época na qual surgiram os traços essenciais da civilização ocidental. 
O autor surpreende historiograficamente o cotidiano e a mentalidade 
na Idade Média, pois são campos ainda recentes. Dessa forma ele, mais uma vez 
comprova a interdisciplinaridade do medievalismo, sua versatilidade e profundidade. 
Quanto ao cotidiano da Idade Média se preocupa em traçar uma comparação quanto 
à contagem do tempo em diferentes partes da Europa. Ele mostra a influência do 
latim na nomenclatura dos dias da semana, além da contagem dos anos. 
Esse texto de Hilário Franco Júnior corresponde a um excelente 
exercício de compreensão da Idade Média para o século XX assim como de 
compreensão da historiografia atual. Essa é uma leitura que não é saudosista nem 
menospreza a Idade Média, mas sim a contextualiza e a explica para que pessoas 
de hoje entendam o presente a partir do passado. Em suma, nosso conhecimento 
cresce com o conhecimento sobre o período, conhecendo o desigual de cada fase e 
cada estrutura básica da idade medieval. 
 
 
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CONCLUSÃO 
 
 
Nesse estudo compreendemos o preconceito em torno da idade 
média, que também foi conhecida como a idade das trevas. Durante anos a idade 
média foi entendida como um intervalo longo que limitou o desenvolvimento do 
espírito humano. Mas ao contrário disso, o século XX promoveu um retorno 
sistemático a idade média, as constantes mudanças e as continuidades que 
ocorreram nesse processo histórico. No estudo em que estão conseguimos 
compreender como os homens desta época lidaram com as mudanças, tão 
numerosas e complexas, que vão do social ao econômico. Foi um período dinâmico, 
que trazia novidades nas estruturas materiais e sociais, trazendo também uma nova 
visão, o que mudaria o comporta mento na sociedade da época. 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
 
AMARAL, Ronaldo. A Antiguidade Tardia nas discussões historiográficas acerca dos 
períodos de ​translatio​. In: ​Alétheia ​​- Revista de estudos sobre Antigüidade e 
Medievo, volume único, Janeiro/Dezembro de 2008. Disponível em: 
<http://revistaale.dominiotemporario.com/doc/AMARAL,_RONALDO.pdf> Acesso 
em: 08 jun. 2018. 
 
ANDERSON, Perry. ​Passagens da Antiguidade ao Feudalismo​​. 3.ed. São Paulo: 
Brasiliense, 1991. (parte destacada no arquivo). 
 
 
FRANCO JUNIOR, Hilário. ​Idade Média, nascimento do Ocidente​​. São Paulo: 
Brasiliense, 2001. (parte destacada no arquivo). 
 
 
MACHADO, Carlos Augusto Ribeiro. A Antiguidade Tardia, a queda do Império 
Romano e o debate sobre o “fim do mundo antigo”. In: ​Revista História ​​(São Paulo), 
n. 173, p. 81-114, jul.-dez., 2015. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/rh/n173/2316-9141-rh-173-00081.pdf> Acesso em: 08 jun. 
2018. 
 
 
MARX, Karl; ENGELS, Fredrich. ​A Ideologia Alemã​​. São Paulo: Martins Fontes, 
1998. (parte destacada no arquivo). 
 
 
SARTIN, Gustavo H. S. S.. O surgimento do conceito de “Antiguidade Tardia” e a 
encruzilhada da historiografia atual. In: ​Brathair​​, v. 9, n.4, pp-15-40, 2009. 
Disponível em: <http://ppg.revistas.uema.br/index.php/brathair/article/view/491/410> 
Acesso em: 08 jun. 2018.

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