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Larissa Murici Sousa - @medcomlari IAM COM SUPRA DE ST DAC A grande maioria dos problemas coronarianos são relacionados à aterosclerose, então vamos falar da doença aterosclerótica coronariana. ● Placa que obstrui menos de 50% o lúmen: pct assintomático. ● Placa que obstrui acima de 50 - 70%: angina estável ● Se a placa sofre ruptura ou erosão: síndrome coronariana aguda IAM: ● Definição ○ Injúria miocárdica aguda (variação temporal da troponina > 20% e pelo menos 1 valor da troponina acima do percentil 99) + ○ Mecanismos isquêmicos: pelo menos um dos critérios a seguir → dor torácica anginosa, alterações isquêmicas no ECG, ECO/POCUS com disfunção sistólica regional, obstrução coronariana no cateterismo ● Mecanismos: ○ Ruptura de uma placa aterosclerótica - IAM tipo 1 ○ Demanda metabólica maior do que a oferta de O2 (ex. sepse, hipoxemia grave, anemia grave, taquicardia extrema) - IAM tipo 2 Doença aterosclerótica → placa se rompe → trombo: - Trombo não oclusivo: SCA SEM supra de ST → isquemia subendocárdica → pode ser angina instável ou IAM - Trombo oclusivo: isquemia transmural → SCA COM supra de ST Obs. IAM com supra também pode ser por embolia (ex. fibrilação atrial). IAM COM SUPRA ● Clínica Sinal de Levine. ○ Edema agudo de pulmão ○ Parada cardíaca ○ Choque cardiogênico ○ Complicações crônicas ○ Náusea, vômitos (coração fica superior ao diafragma) ○ Dispneia, dor epigástrica aguda e sintomas gastrointestinais → sintomas atípicos (equivalentes anginosos) em que temos que pensar em IAM, principalmente em diabéticos, idosos e mulheres ● Diagnóstico ○ Tripé: ■ Clínica ■ ECG ■ Laboratório (troponina) ○ Pensou em SCA na clínica? → ECG em até 10 minutos! Se não mostrar diagnóstico, seriar o ECG (as Fonte: Aula 1 ao vivo do curso de Emergências Cardíacas do @intensivodeecg, do prof. Rhanderson Cardoso Larissa Murici Sousa - @medcomlari alterações isquêmicas são dinâmicas, mudam ao longo do tempo). Até uma hipótese mais concreta, repetir o eletro a cada 10 minutos, depois vai espaçando. Repetir sempre que voltar a dor ou mudar o quadro. ● ECG Obs. vemos a linha de base antes do QRS. Critérios para IAM com supra de ST - Derivações contíguas: 2 derivações que olham a mesma parede do coração. - D1, aVL, V5 e V6: parede lateral - D2, D3 e aVF: parede inferior - V1 a V5: parede anterior ou anterosseptal Obs. aVR é isolado, não é contíguo com ninguém. Ex da imagem: IAM de parede anterolateral. IAM de parede posterior - IAM de parede ínfero-lateral pode ser eletricamente silencioso - Não tem boas derivações para ver - Quando suspeitar? Fazer V7, V8 e V9 (que não são derivações padrões do ECG) → fazer quando há uma dor torácica importante sem alterações no ECG → trocar a posição dos eletrodos: - Verificar infra em V1 e V2 (infra em espelho, alterações recíprocas) → a gente suspeita desse infra SE tiver supra inferior (D2, D3 e aVF)* Outras causas de supra de ST (diagnóstico diferencial) - Pericardite: supra difuso, em todas as derivações. Supra côncavo (sorrindo pra você kk). - Bloqueio de ramo esquerdo: o estímulo vindo do AD tem que ir pro VD e, depois, ir pro VE Fonte: Aula 1 ao vivo do curso de Emergências Cardíacas do @intensivodeecg, do prof. Rhanderson Cardoso Larissa Murici Sousa - @medcomlari Em V1, o vetor fica oposto ao V1, então o QRS fica negativo em V1 e positivo nas derivações laterais. Nas derivações laterais, além de ser positivo, fica arrastado porque a despolarização é lenta. O bloqueio de ramo esquerdo pode causar supra de ST que NÃO é um IAM. Porém, você pode ter um IAM causando BRE → como diferenciar? 1°: identificar BRE. 2°: Pct com dor torácica → critérios de Sgarbossa. São 3 critérios e a presença de qualquer um indica que é IAM com supra. I. Supra onde o QRS está pra cima, ou seja, supra concordante com o QRS. → qualquer derivação II. Supra discordante do QRS se o supra for acima de 25% (supra excessivo). A amplitude do supra é maior que 25% da amplitude da onda S. → qualquer derivação III. Infra concordante em V1, V2 e V3. Ou seja, QRS pra baixo com infra na mesma derivação. Exercício 1: Obs. D1 e aVL são espelhos de D2, D3 e aVF. V1 e V2 são espelhos de V7, V8 e V9. --- Fonte: Aula 1 ao vivo do curso de Emergências Cardíacas do @intensivodeecg, do prof. Rhanderson Cardoso
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