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CONTESTAÇÃO - AFONSO PENHA

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AO JUIZO DA 3ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE MARINGÁ – PR
Processo nº 0032145-19.2018.5.09.0003
	BOM NEGÓCIO LTDA, já devidamente qualificada nos autos do processo em epígrafe, vem, respeitosamente, perante V.Exa, por intermédio de seu advogado devidamente constituído (procuração em anexo), com escritório profissional à Rua XXX, nº XX, Bairro, Cidade – UF, apresentar CONTESTAÇÃO nos autos da RECLAMAÇÃO TRABALHISTA movida por AFONSO PENA, também qualificado, o que faz aduzindo as razões de fato e direito a seguir expostas:
I - PRELIMINARMENTE
Pelo princípio da eventualidade, apresenta defesa em relação aos fundamentos e pedidos da presente RECLAMATÓRIA TRABALHISTA.
O reclamante requereu na petição inicial, o pagamento de participação nos lucros ou resultados, sem fundamentar em que se apoia o pedido em comento.
Sendo assim, é justo o deferimento da inépcia da petição inicial, na forma do art. 337, IV, do CPC, extinguindo o pedido sem resolução do mérito, estabelecido no art. 485, I e IV, do CPC.
II - SÍNTESE DO DISSÍDIO
DAS ALEGAÇÕES DO RECLAMANTE
O reclamante alega, em apertada, síntese que foi admitido em 16 de novembro de 2010, para exercer função vendedor externo, cumprindo jornada de trabalho de 10h, tendo sido dispensado, sem justo motivo, em 31 de maio de 2018.
Alegou nunca ter recebido horas extras, que a reclamada efetuava, mensalmente, desconto em seu salário, pela adesão ao plano de saúde em sistema de coparticipação, desconto com qual o empregado nunca concorda; que o valor do veículo fornecido pela empresa para que Afonso efetuasse as visitas aos clientes nunca foi integrado a seu salário. 
Entretanto, tais argumentos lançados na inicial, por serem infundados, não expressam a realidade dos fatos, como ficará provado, motivo pelo qual os pedidos insertos na presente reclamatória deverão ser julgados improcedentes.
III - NO MÉRITO
a) DAS HORAS EXTRAS
O Reclamante, durante todo o seu contrato, trabalhou como vendedor externo da Reclamada, conforme atesta a cópia de sua Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), anexa. Nesta função, cumpria jornada o qual era incompatível com o controle, nos termos anotados na própria carteira de trabalho. 
Assim, o Reclamante enquadrava-se na exceção ao controle de jornada prevista no art. 62, I, da CLT, razão pela qual não lhe são devidas as horas extras pleiteadas pelo mesmo. Desta forma então, requer a improcedência do referido pedido.
Art. 62, da CLT - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: 
I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados.
Ante o exposto REQUER de logo a IMPROCEDÊNCIA do pleito de concessão das horas extras pelas razões anteriormente explicitadas.
b) DOS DESCONTOS SALÁRIAIS 
No momento da sua contratação o reclamante assinou termo em que autorizava descontos em seu salário para adquirir o plano de saúde, conforme documento anexo aos autos do processo.
Nesse sentido, na forma da Súmula 342 do TST, é possível efetuar descontos no salário do empregado para concessão de benefícios, desde que autorizados previamente e por escrito, como foi feito.
Súmula 342, do TST - Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos de assistência odontológica, médico-hospitalar, de seguro, de previdência privada, ou de entidade cooperativa, cultural ou recreativa associativa dos seus trabalhadores, em seu benefício e dos seus dependentes, não afrontam o disposto no art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico.
Portanto, é IMPROCEDENTE também o pedido de devolução dos descontos, uma vez que estes foram expressamente autorizados pelo reclamante.
c) DA INTEGRAÇÃO DO VEÍCULO AO SALÁRIO
Conforme o Reclamante argumentou na petição inicial, o veículo fornecido pela reclamada, assim sendo, insere-se na categoria de bens indispensáveis ao trabalho, não tendo natureza salarial, conforme o estabelecido na Súmula 367, I, do TST. Encontra-se novamente improcedente o pedido do autor.
SÚMULA 367, I, do TST - UTILIDADES "IN NATURA". HABITAÇÃO. ENERGIA ELÉTRICA. VEÍCULO. CIGARRO. NÃO INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO 
I - A habitação, a energia elétrica e veículos fornecidos pelo empregador ao empregado, quando indispensáveis para a realização do trabalho, não têm natureza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado também em atividades particulares.
III - DOS PEDIDOS
Ante o exposto, REQUER:
a) O acolhimento da preliminar de inépcia, para declarar extinto, sem resolução do mérito, o pedido de participação nos lucros ou resultados, na forma do art. 495, inciso IV, do CPC;
b) A pronúncia da prescrição em relação aos créditos anteriores a 12 de julho de 2013, com resolução do mérito, na forma do art. 487, inciso II, do CPC;
c) No mérito, a improcedência dos pedidos.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Maringá-PR, data/ano.
ADVOGADO
OAB/UF

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