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Tipos e classificação de pesquisas

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Pesquisa: tipos e classificação 
A PESQUISA 
O que é pesquisa científica? 
Significa forma simples, procurar respostas para 
indagações propostas. 
Atividade básica das ciências na sua indagação e 
descoberta da realidade. É uma atitude e uma pratica 
teórica de constantes buscas que definem um 
processo intrinsecamente inacabado e permanente. É 
uma atividade de aproximação sucessiva da realidade 
que nunca se esgota, fazendo uma combinação 
particular entre a teoria e os dados (MINAYO, 1993). 
A ciência tem um caráter pragmático, é um processo 
formal e sistemático de desenvolvimento do método 
científico (GIL, 1999). 
O objetivo fundamental da pesquisa é de descobrir 
respostas para problemas mediante o emprego de 
procedimentos científicos. 
Portanto pesquisa é um conjunto de ações, propostas 
para encontrar a solução para um problema que tem 
por base procedimentos racionais e sistemáticos. 
A pesquisa é realizada quando se tem um problema e 
não se tem informações. 
CLASSIFICAÇÕES DAS PESQUISAS 
Do ponto de vista de sua natureza, pode ser: 
Pesquisa básica 
 Objetiva gerar conhecimentos novos uteis 
para o avanço da ciência sem aplicação 
prática prevista. 
 Envolve verdades e interesses universais 
Pesquisa aplicada 
 Objetiva gerar conhecimentos para aplicação 
pratica dirigidos à solução de problemas 
específicos 
 Envolve verdades e interesses locais. 
CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA QUANTO AO NÍVEL DE 
PROFUNDIDADE DO ESTUDO 
PESQUISA EXPLORATÓRIA 
Objetivo: busca constatar algo num fenômeno ou 
organismo vivo, proporcionando maior familiaridade 
com o mesmo para torna-lo explicito ou a construir 
hipóteses (GIL, 2007). 
Em geral, não se apresenta relação entre variáveis, 
mas registra a frequência de fatos e impressões, sem 
interferências e analises. 
Ex: “o perfil econômico dos alunos de escola 
particular”; variável – perfil econômico. 
Planejamento: flexível 
 Caráter: levantamento bibliográfico, 
documental, estudo de caso. 
 Técnicas: formulários, questionários, 
entrevistas, fichas para registros e avaliações 
clínicas, leitura e documentação. 
PESQUISA DESCRITIVA 
Objetivo: analisar, observar, registrar e correlacionar 
aspectos – variáveis – relacionados a fenômenos sem 
manipulação. “Procura descobrir, com a precisão 
possível, a frequência com que um fenômeno ocorre, 
sua relação e conexão com os outros, sua natureza e 
características” (CERVO; BERVIAN, 1983). 
Os estudos descritivos podem ser criticados porque 
pode existir uma descrição inexata dos fenômenos e 
dos fatos. Esses fogem da possibilidade de verificação 
através da observação [...] por vezes o investigador 
não realiza exame crítico das observações e os 
resultados podem ser equivocados. As técnicas de 
coleta de dados podem ser subjetivas, apenas 
qualificáveis, gerando imprecisão. 
Exemplo: O pesquisar carioca Jorge Luiz de Carvalho 
Nascimento, 41, debruçou-se sobre 364 processos 
judiciais envolvendo consumo e tráfico de drogas no 
Rio de Janeiro, recolhidos em 15 varas criminais da 
cidade. Concluiu que a raça do acusado interfere 
na sentença aplicada pelos juízes. Entre os réus de 
pele branca, a maioria dos condenados foi 
enquadrada por uso de drogas, que prevê penas 
brandas. Negros e pardos entraram na categoria de 
traficantes. “Vou investigar agora se a justiça é racista 
ou se a classe social dos réus é que interfere nas 
penas”, avisa Nascimento. “A maioria dos 
brancos pagou advogado, enquanto ‘os de cor’ 
recorreram a defensores públicos”, explica 
o pesquisador, que é negro e trabalha como professor 
do Colégio Pedro II (VEJA, Um crime..., 1999, p. 26) 
 Considerações sobre o caso: 
 Variáveis: natureza do delito, raça, classe 
social, sentença e defensoria. 
 Tipos da pesquisa: 
o Documental: casos forem 
consideradas os procedimentos de 
coleta de dados em documentos; 
o Descritiva: caso se considere a 
correlação entre as variáveis. 
 Problematização: 
o A classe social ou a raça do acusado 
podem intervir no tipo de sentença 
proferida pelos juízes? 
o A defesa de advogados pagos ou a 
defesa de advogados públicos para o 
mesmo tipo de crime interfere na 
natureza da sentença? 
Tipos possíveis 
Documental, estudo de campo, levantamento – desde 
que haja correlação entre variáveis. 
Características: 
 Espontaneidade: observação das variáveis que 
se encontram, espontaneamente vinculadas 
aos fenômenos, sem interferência; 
 Naturalidade: estuda-se o fenômeno em seu 
lugar natural; 
 Generalização: grau amplo; as conclusões 
podem levar em conta o conjunto 
das variáveis relacionadas ao objeto 
investigado. 
Técnicas: formulários, entrevistas, questionários, 
fichas de registro para coletar dados, coleta de dados 
em documentos. 
PESQUISA EXPLICATIVA 
Objetivo: identificar fatores que contribuem ou atuam 
como causa para a ocorrência de determinados 
fenômenos. Explica a razão. 
Forma: pesquisa experimentam e estudo de caso 
controle. 
Pode ser continuação da descritiva. 
Nas ciências sociais requer o uso do método 
experimental. 
Os cientistas não se limitam a 
descrever detalhadamente os fatos, tratam de 
encontrar as suas causas, suas relações internas e 
suas relações com outros fatos. Seu objetivo é 
oferecer respostas às indagações, aos porquês. 
Antigamente acreditava-se que explicar 
cientificamente era expor a causa dos fatos. No 
entanto, hoje, reconhece-se que a explicação causal é 
apenas um dos tipos de explicação científica [...] 
PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS – Classificação 
das pesquisas quanto ao procedimento de coleta de 
dados. 
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA 
Se desenvolve pela explicação do problema 
fundamentado em teorias publicadas em fontes 
diversas: livros, artigos, dicionários, manuais, 
enciclopédias, anais e meios eletrônicos. 
É fundamental para o conhecimento e a análise para o 
conhecimento e a análise das principais contribuições 
teóricas sobre um tema ou assunto. 
Necessária em todas as pesquisas. 
Finalidade 
 Para ampliar o grau de conhecimento em 
determinada áreas, capacitando o 
investigador a compreender ou delimitar 
melhor um problema da pesquisa. 
 Para dominar o conhecimento disponível e 
utiliza-lo com base ou fundamentação na 
construção de um modelo teórico explicativo 
de um problema, isto é, como instrumento 
auxiliar para a construção e fundamentação 
de hipótese. 
 Para descrever ou sistematizar o estudo da 
arte, daquele momento, pertinente a um 
determinado tema ou problema. 
Etapas da pesquisa bibliográfica 
1. Escolha o tema; 
2. Delimitação do tema e formulação do 
problema; 
3. Elaboração do plano de desenvolvimento da 
pesquisa; 
4. Identificação, localização das fontes e 
obtenção do material; 
5. Leitura do material; 
6. Anotações e apontamentos; 
7. Redação do trabalho. 
“Qualquer tentativa de apresentar um modelo para o 
desenvolvimento de uma pesquisa bibliográfica 
deverá ser entendida como arbitrária. Tanto é que os 
modelos apresentados pelos diversos autores 
diferem significativamente entre si” (GIL, 2002, p. 60) 
MÉTODOS DE REVISÃO 
META – ANÁLISE 
Combina as evidencias de múltiplos estudos primários 
a partir do emprego de instrumentos estatísticos, a 
fim de aumentar a objetividade dos achados. O 
delineamento e as hipóteses dos estudos devem ser 
muito similares, se não idênticos. 
 Cada estudo é sintetizado, codificado e 
inserido em um banco de dados quantitativo. 
 Os resultados são transformados em uma 
medida comum para calcular a dimensão 
geral do efeito ou a intervenção mensurada. 
REVISÃO SISTEMÁTICA 
É uma síntese rigorosa de todas as pesquisas 
relacionadas a uma questão específica, enfocando 
primordialmente estudos experimentais, comumente 
ensaios clínicos randomizados. 
Busca superar possíveis vieses em cada uma das 
etapas, seguindo um método rigoroso de busca e 
seleção de pesquisas; avaliação de relevância e 
validade dos estudos encontrados; coleta, síntese e 
interpretação dos dados oriundos de pesquisa.Revisão Integrativa: ampla abordagem 
metodológica referente às revisões, permitindo a 
inclusão de estudos experimentais e não-experi-
mentais para uma compreensão completa do 
fenômeno analisado. 
Combina também dados da literatura teórica e 
empírica. 
Propósitos: definição de conceitos, revisão de teorias 
e evidências, e análise de problemas metodológicos 
de um tópico particular. 
A amplitude da amostra e a multiplicidade de 
propostas oferecem um panorama consistente e 
compreensível de conceitos complexos, teorias ou 
problemas de saúde relevantes para a enfermagem. 
Proporciona a síntese do conhecimento e a 
incorporação da aplicabilidade de resultados de 
estudos significativos na prática – 
instrumento utilizado pela Prática Baseada 
em Evidências: uma abordagem voltada ao cuidado 
clínico e ao ensino fundamentado no conhecimento e 
na qualidade da evidência. 
Envolve, pois, a definição do problema clínico, a 
identificação das informações necessárias, a condução 
da busca de estudos na literatura e sua 
avaliação crítica, a identificação da aplicabilidade dos 
dados oriundos das publicações e a determinação de 
sua utilização para o paciente. 
PESQUISA DOCUMENTAL 
É similar a pesquisa bibliográfica, e se diferencia pela 
utilização de fontes primárias. 
Etapas: escolha do tema / formulação do problema 
/ identificação, localização das fontes e obtenção do 
material / tratamento dos dados coletados / tomada 
de apontamentos / redação do trabalho. 
Vantagens: 
 Riqueza dos dados contidos em documentos. 
 Baixo custo. 
 Não exige contato com os sujeitos da 
pesquisa. 
Desvantagens: 
 Subjetividade do conteúdo registrado e não 
representatividade. 
Fontes primárias 
 Documentos oficiais; 
 Publicações parlamentares; 
 Publicações administrativas; 
 Documentos jurídicos; 
 Arquivos particulares; 
 Fontes estatísticas; 
 Iconografia; 
 Fotografia; 
 Canções folclóricas; 
 Estátuas; 
 Cartas; 
 Autobiografia; 
 Diários. 
Fontes secundárias 
 Livros; 
 Boletins; 
 Jornais; 
 Monografias, teses e dissertações; 
 Artigos em fontes de papel e em meio 
eletrônico; 
 Revistas; 
 Material cartográfico; 
 Anais de congressos; 
 Relatórios de pesquisa; 
 Publicações avulsas. 
PESQUISA EXPERIMENTAL 
O interesse é verificar a reação de causalidade que se 
estabelece entre as variáveis, isto é, em saber se a 
variável X (independente) determina a variável Y 
(dependente). Cria-se, para tanto, uma situação de 
controle rigoroso neutralizando todas as 
influências alheias que Y pode sofrer. (RUDIO, 1999, p. 
72) 
Ex.: O pesquisador, por exemplo, deseja investigar 
duas terapias no tratamento da dor das 
fissuras mamárias durante o período de 
amamentação em grupo de mulheres. Primeiro, 
tomou um conjunto de mulheres em condições 
idênticas e logo em seguida dividiu-as em dois grupos. 
O primeiro recebeu o tratamento A e o segundo, 
embora mantido nas mesmas condições, recebeu o 
tratamento B. Decorrido determinado período o 
pesquisador comparou o grupo que recebeu o 
tratamento A com o grupo que recebeu o tratamento 
B. 
Nesse caso, a variável independente é a terapia (A e 
B) variável que está sendo manipulada; a 
variável dependente é a dor e as possíveis variáveis de 
controle (similaridade entre os grupos) são a idade 
das pacientes, número de gestações, dor em ambos 
os lados, amamentação sem restrição etc. A 
manipulação da variável independente poderia ser 
caracterizada na forma de como as terapias modernas 
poderiam ser aplicadas. 
Elementos para desenvolvimento: 
 Manipulação de uma variável ou mais; 
 Controle das variáveis estranhas ao fenômeno 
observado; 
 Composição aleatória dos grupos 
experimentais; 
Pesquisa de Campo 
Investigação que se realiza pela coleta de dados junto 
a pessoas, com diferentes recursos de pesquisa 
(pesquisa ex-post-facto, pesquisa-ação, pesquisa 
participante) (FONSECA, 2002). 
Pesquisa ex-post-facto 
Tem por objetivo investigar possíveis relações de 
causa e efeito entre um determinado fato identificado 
pelo pesquisador de um fenômeno que ocorre 
posteriormente. A principal característica deste tipo 
de pesquisa é o fato de os dados serem coletados 
após a ocorrência dos eventos. 
A pesquisa ex-post-facto é utilizada quando há 
impossibilidade de aplicação da 
pesquisa experimental, pelo fato de nem sempre ser 
possível manipular as variáveis necessárias para o 
estudo da causa e do seu efeito. 
Pesquisa de Levantamento 
Utilizada para estudos exploratórios e descritivos. 
Tipos: levantamento de uma amostra ou 
levantamento de uma população (censo) . 
O censo populacional constituí a única fonte de 
informação sobre a situação de vida da população nos 
municípios e localidades. Os censos produzem 
informações imprescindíveis para a definição de 
políticas públicas estaduais e municipais e para a 
tomada de decisões de investimentos, sejam eles 
provenientes da inciativa privada ou de qualquer nível 
de governo. Foram recenseados todos os moradores 
em domicílios particulares (permanentes e 
improvisados) e coletivos, na data de referência. 
Através de pesquisas mensais do comércio, da 
indústria e da agricultura, é possível recolher 
informações sobre o seu desempenho. A coleta de 
dados realiza-se em ambos os casos através de 
questionários ou entrevistas (FONSECA, 2002, p. 33). 
Vantagens: conhecimento direto da realidade, 
economia e rapidez, obtenção de dados agrupados 
em tabelas que possibilitam análise estatística. 
Pesquisa com Survey 
Busca informação diretamente com um grupo de 
interesse a respeito dos dados que se deseja obter; 
procedimento útil em pesquisas exploratórias e 
descritivas. (SANTOS, 1999). 
 Obtenção de dados ou informações 
sobre características ou opiniões de 
determinados grupos de pessoas; 
 Indica uma população alvo; 
 Utiliza questionário como instrumento de 
pesquisa O respondente não é identificável 
(sigilo) . 
Estudo de Caso 
Amplamente usada nas ciências biomédicas e 
sociais (GIL, 2007, p. 54). 
 Um estudo de caso pode ser caracterizado 
como um estudo de uma entidade 
bem definida como um programa, uma 
instituição, um sistema educativo, uma 
pessoa, ou uma unidade social. Visa conhecer 
em profundidade o como e o porquê de 
uma determinada situação que se supõe ser 
única em muitos aspectos, 
procurando descobrir o que há nela de mais 
essencial e característico. O pesquisador 
não pretende intervir sobre o objeto a ser 
estudado, mas revelá-lo tal como ele o 
percebe. 
 O estudo de caso pode decorrer de acordo 
com uma perspectiva interpretativa, 
que procura compreender como é o mundo 
do ponto de vista dos participantes, ou 
uma perspectiva pragmática, que visa 
simplesmente apresentar uma perspectiva 
global, tanto quanto possível completa e 
coerente, do objeto de estudo do ponto de 
vista do investigador (FONSECA, 2002, p. 33). 
Estudos que focam: um indivíduo (psicologia), um 
pequeno grupo, uma instituição (escola, hospital), um 
programa (bolsa família), um evento (eleição) (ALVES-
MAZZOTTI, 2006, p. 33). 
Estudos de casos múltiplos e simultâneos: vários 
indivíduos (professores bem sucedidos), várias 
instituições (escolas que desenvolveram um projeto 
similar) 
Pesquisa Participante 
Caracteriza-se pelo envolvimento e identificação do 
pesquisador com as pessoas investigadas; 
 Criada por B. Malinowski: conviveu com os 
nativos e se tornou um deles para observar e 
estudar a vida cotidiana (FONSECA, 2002); 
 Aplica-se na implantação de programas 
públicos ou plataformas políticas para 
determinação de ações básicas de grupos de 
trabalho. 
Pesquisa-Ação 
Tipo de investigação social com base empírica que 
é concebida e realizada em estreita associação com 
uma ação ou com a resolução de um problema 
coletivo no qual os pesquisadores e os participantes 
representativos da situação ou do problema estão 
envolvidos de modo cooperativo ou participativo 
(THIOLLENT, 1988).Envolve controvérsias devido ao envolvimento ativo 
do pesquisador e à ação por parte das pessoas ou 
grupos envolvidos no problema; 
Usada por pesquisadores identificados pelas 
ideologias reformistas e participativas. 
 
A pesquisa-ação pressupõe uma participação 
planejada do pesquisador na situação problemática a 
ser investigada. O processo de pesquisa recorre a uma 
metodologia sistemática, no sentido de transformar 
as realidades observadas, a partir da sua 
compreensão, conhecimento e compromisso para a 
ação dos elementos envolvidos na pesquisa. 
O objeto da pesquisa-ação é uma situação social 
situada em conjunto e não um conjunto de variáveis 
isoladas que se poderiam analisar 
independentemente do resto. Os dados recolhidos no 
decurso do trabalho não têm valor significativo em si, 
interessando enquanto elementos de um processo de 
mudança social. O investigador abandona o papel de 
observador em proveito de uma atitude participativa 
e de uma relação sujeito e sujeito com os 
outros parceiros. O pesquisador quando participa na 
ação traz consigo uma série de conhecimentos que 
serão o substrato para a realização da sua análise 
reflexiva sobra a realidade e os elementos que a 
integram. A reflexão sobre a prática implica em 
modificações no conhecimento do 
pesquisador (FONSECA, 2002, p. 35). 
Pesquisa Teórica 
Refere-se à pesquisa dedicada a reconstruir 
teorias, conceitos, ideias, ideologias, polêmicas, tendo 
em vista o aprimoramento de fundamentos teóricos. 
 Este tipo de pesquisa analisa 
teorias, compara-as, checa vantagens 
e desvantagens, defende, refuta. 
 Exemplo: A natureza da Educação a Distância: 
teoria do EAD, a evolução das ferramentas 
disponíveis no Brasil. 
Pesquisa de Fontes 
Histórica/ Bibliográfica/ Documental: aborda um 
problema utilizando o conhecimento disponível em 
documentos existentes ou da revisão da 
literatura (estudos realizados), esclarecendo-o sob 
novo enfoque (o que mostra o propósito do autor do 
estudo/artigo/obra). 
Exemplos: 
 Em quais bases da legislação e de 
procedimentos operacionais padrão se obtém 
informações para o processo de 
implementação de uma cidade com energia 
eólica para gerar melhor qualidade de vida no 
campo respiratório da população. 
 A revisão de boas práticas para o 
gerenciamento de pessoas em termos 
de prevenção de acidentes na área da 
construção civil. 
 Histórico do sarampo no Brasil e sua evolução 
ao longo do tempo. 
Pesquisa etnográfica 
Estudo de um grupo ou de um povo. 
Características 
 Usa observação participante, entrevista, 
análise de documentos; 
 Interação entre pesquisador e 
objeto pesquisado; 
 Flexibilidade para modificar os rumos 
da pesquisa; 
 Ênfase no processo, e não nos 
resultados finais; 
 Visão dos sujeitos pesquisados sobre 
suas experiências; 
 Não intervenção do pesquisador sobre o 
ambiente pesquisado; 
 Variação do período (semanas, meses, anos...) 
 Coleta de dados descritivos, transcritos 
literalmente para a utilização em relatórios. 
Pesquisa Etnometodológica 
Estuda ações dos sujeitos na vida cotidiana. Baseia-se 
em múltiplos instrumentos: observação direta, 
observação participante, entrevistas, estudo de 
relatórios e documentos administrativos, gravações 
em vídeo e áudio. 
O termo Etnometodológica se refere nas suas raízes 
gregas às estratégias que as pessoas utilizam 
cotidianamente para viver. Tendo essa referência, a 
pesquisa etnometodológica visa compreender como 
as pessoas constroem ou reconstroem a sua realidade 
social. 
A conduta humana é o resultado da interação social 
que se produz continuamente através da sua prática 
cotidiana. Os seres humanos são capazes de 
ativamente definir e articular procedimentos, de 
acordo com as circunstancias e as situações sociais em 
que estão implicados (FONSECA, 2002, p. 36). 
FORMA DE ABORDAGEM DO PROBLEMA 
Pesquisa Qualitativa 
Pressupõe uma relação dinâmica entre a realidade e o 
sujeito (objetividade e subjetividade) e que não pode 
ser traduzido e/ou reduzido à quantificação (numero) 
Direcionada para o estudo de caso – não emprega 
instrumental estatístico para análise dos dados. 
Foco: obtenção de dados descritivos, de caráter 
exploratório, mediante contato direto e interativo do 
pesquisador com a situação-objeto de estudo. 
Dados: permitem a compreender dos fenômenos pela 
perspectiva dos participantes da situação estudada. 
 Estudo Exploratório: Estudo básico para 
identificação do problema raiz e/ou apoiar 
formulação de hipóteses. 
 Estudo de Caso: Foco em fenômenos de 
características peculiares. 
Podem utilizar quali ou quanti. 
 Estudo Etnográfico: Foco em fenômenos de 
comportamentos e hábitos de grupos e 
indivíduos com certa característica. 
Geralmente longitudinal. 
 História Oral: Estudo de fenômenos 
baseando-se em depoimentos orais 
através de análise de conteúdo. 
 Estudos de Opinião: Pesquisas abertas em 
determinado público para se obter opiniões 
sobe problemas específicos. 
Pesquisa Quantitativa: considera a possibilidade de 
apreensão da realidade e sua tradução em números e 
dados para classificá-las e analisá-las. Serve para 
verificar a ocorrência de determinado fenômeno. 
Requer o uso de técnicas e estatísticas. 
a. Questionário impresso: elaborado pelo 
pesquisador, com linguagem simples e 
direta podendo ser preenchido pelos 
informantes – o questionário deve ser 
testado previamente (amostra) para possíveis 
correções. Pode conter perguntas abertas 
ou fechadas. 
b. Entrevistas; 
c. Observação 
d. Registros: fotografia, vídeos, áudios, etc. 
Métodos com Ênfase Quantitativa 
Survey; 
 Pesquisas feitas com instrumentos com 
variáveis de domínio quantitativo, com 
métrica e representação numérica, e que 
tenham um número significativo de 
respondentes (regrinha: cinco respondentes 
para cada item do questionário) 
Mineração ao acaso (parte-se dos dados para o 
modelo). 
 Exploração de banco de dados disponíveis de 
forma especulativa para retirar 
visões interessantes. 
Funcional (parte-se do modelo para os dados). 
 Quando já se tem dados primários em banco 
de dados e deseja-se aplicar um 
modelo matemático determinístico para 
responder a determinada indagação. 
Pesquisas Quali/Quanti 
Associa análise estatística à investigação dos 
significados das relações humanas, privilegiando a 
melhor compreensão do tema estudado, facilitando a 
interpretação dos dados recolhidos. 
Quali: os dados são de natureza interpretativa e 
semântica, ou seja, nomeiam objetos reais ou 
abstratos de forma simbólica através de atributos que 
lhes dão significado. 
Quanti: os dados são representados por métricas 
quantitativas, tendo como elemento de apoio central 
a linguagem matemática como sua forma de 
expressão e tratamento. 
PARA A BUSCA DE CONHECIMENTOS CONSIDERAR 
Referências recentes: preferencialmente as 
publicações dos últimos 10 anos. 
Pesquisas na internet: pesquisar em plataformas 
especializadas e da área do conhecimento 
reconhecidos pela comunidade científica nacional 
e internacional 
Definir critérios de inclusão e exclusão do material 
pesquisado; 
Registrar o endereço eletrônico dos sites, com a data 
de acesso, nas referências, nas finais do trabalho. 
CONDUTA ÉTICA NA PRODUÇÃO ACADÊMICA 
Ética é a “ciência do comportamento 
humano”, orienta o agir das pessoas adequadamente. 
Portanto 
A ética deve perpassar o processo e a conduta de 
todos os trabalhos acadêmicos. 
Devem ser evitados: material intelectual duvidoso, 
sem fonte confiável, cópia de textos, imagens 
etc.…sem as devidas citações e autorizações. 
É previsto responder legalmente pelo plágio.

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