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HEB- Aula 8

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AS IDEIAS PEDAGÓGICAS NA MONARQUIA: 
A FORMAÇÃO DO PROFESSOR
 Heloisa de O. Santos Vilela 
Tema da Apresentação
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Tema da Apresentação
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SÉCULO XIX:
PERÍODO DE TRANSIÇÃO
SUBSTITUIÇÃO DO MODELO ARTESANAL DE FORMAÇÃO PELO MODELO PROFISSIONAL DE FORMAÇÃO PARA PROFESSORES PRIMÁRIOS.
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Tema da Apresentação
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Tema da Apresentação
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Tema da Apresentação
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CARACTERÍSTICAS
alargamento de conteúdo acadêmico;
domínio de métodos específicos;
aquisição de ethos profissional (valores e implicações no exercício profissional).
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Tema da Apresentação
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Tema da Apresentação
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Tema da Apresentação
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LEI GERAL DO ENSINO
15 de outubro de 1827
Manda criar escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos do Império. D. Pedro I, por Graça de Deus e unânime aclamação dos povos, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil: Fazemos saber a todos os nossos súditos que a Assembleia Geral decretou e nós queremos a lei seguinte:
 Art. 1o Em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos, haverão as escolas de primeiras letras que forem necessárias.
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Tema da Apresentação
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Art. 4o As escolas serão do ensino mútuo nas capitais das províncias; e serão também nas cidades, vilas e lugares populosos delas, em que for possível estabelecerem-se. 
Art. 6o Os professores ensinarão a ler, escrever, as quatro operações de aritmética, prática de quebrados, decimais e proporções, as noções mais gerais de geometria prática, a gramática de língua nacional, e os princípios de moral cristã e da doutrina da religião católica e apostólica romana, proporcionados à compreensão dos meninos; preferindo para as leituras a Constituição do Império e a História do Brasil
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Tema da Apresentação
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Art. 11. Haverão escolas de meninas nas cidades e vilas mais populosas, em que os Presidentes em Conselho, julgarem necessário este estabelecimento. 
Art. 12. As Mestras, além do declarado no Art. 6o, com exclusão das noções de geometria e limitado a instrução de aritmética só as suas quatro operações, ensinarão também as prendas que servem à economia doméstica; e serão nomeadas pelos Presidentes em Conselho, aquelas mulheres, que sendo brasileiras e de reconhecida honestidade, se mostrarem com mais conhecimento nos exames feitos na forma do Art. 7o. 
Art. 13. As Mestras vencerão os mesmos ordenados e gratificações concedidas aos Mestres.
Carta de Lei, pela qual Vossa Majestade Imperial manda executar o decreto da Assembleia Geral Legislativa, que houve por bem sancionar, sobre a criação de escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos do Império, na forma acima declarada.
 Para Vossa Majestade Imperial ver.
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O método mútuo, também denominado monitorial ou lancasteriano, estava sendo utilizado na Europa, apresentando resultados positivos no que se refere à eficiência e custo.
Sua adoção, nas escolas brasileiras, mostrava-se profícua naquele momento. O método lancasteriano apresentava-se como uma proposta de organização do ensino que compreendia todos os elementos constitutivos do fenômeno educativo quais sejam os tempos, os espaços, os sujeitos, os conhecimentos e as práticas escolares.
Marcilaine Soares Inácio, UFMG
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Método Lancasteriano
Joseph Lancaster (1778-1838), inglês.
Amparou seu método no ensino oral, no uso refinado e constante da repetição e, principalmente, na memorização, porque acreditava que esta inibia a preguiça, a ociosidade, e aumentava o desejo pela quietude.
Utilizou monitores para o encaminhamento das atividades pedagógicas. Todavia, o principal encargo do monitor não estava na tarefa de ensinar ou de corrigir os erros, mas sim na de coordenar para que os alunos se corrigissem entre si.
Para Lancaster, os monitores eram os responsáveis pela organização geral da escola, da limpeza e, fundamentalmente, da manutenção da ordem.
Outra tarefa relevante do monitor lancasteriano, posto que ele defendia uma proposta disciplinar de instrução, relacionada a disciplinarização da mente, do corpo e no desenvolvimento de crenças morais próprias da sociedade disciplinar, e não na independência intelectual.
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Em 4 de Abril de 1835, a Assembleia Legislativa da Província do Rio de Janeiro determinava na Lei n°10 que:
...haverá na capital da Província uma escola normal para nela se habilitarem as pessoas que se destinarem ao magistério da instrução primária e os professoresatualmente existentes que não tiverem adquirido necessária instrução nas escolas de ensino mútuo, na conformidade da Lei de 15.10.1 827.
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A primeira Escola Normal brasileira foi criada em Niterói no ano de 1835.
 Teria sido regida por um diretor que também exerceria o cargo de professor.
O currículo, pouco diferia das escolas primárias, acrescentadas apenas noções de didática e leitura.
A formação oferecida pela Escola Normal compreendia:
ler e escrever pelo método Lancasteriano;
realizar as quatro operações matemáticas e proporções;
conhecimentos da língua nacional;
elementos de Geografia
princípios de moral cristã.
Marlete dos Anjos Silva Schaffrath
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Um ponto que merece destaque no estudo da Escola Normal de Niterói refere-se à ausência do elemento feminino e do negro na busca do preparo para a docência. 
A instrução era pública, mas o saber era distribuído em porções e não atingia a todos os segmentos da sociedade.
Na verdade, somente aqueles que eram homens, livres e possuíam propriedades eram depositários do nobre beneficio de ser cidadão do Império. 
Os negros, inclusive os já libertos, eram proibidos de frequentar as escolas públicas da Província; da mesma forma que era vetada a sua frequência na Escola Normal.
Marlete dos Anjos Silva Schaffrath
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Fazer fichamento de conteúdo do texto disponibilizado na Apostila Estácio.
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FICHAMENTO
Ato de registrar os estudos de um livro e/ou um texto.
 
O trabalho de fichamento desenvolve a facilidade de execução dos trabalhos acadêmicos e a assimilação do conhecimento.
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Fichamento de citações:
Conforme a ABNT a transcrição textual é chamada de citação direta, ou seja, é a reprodução fiel das frases que se pretende usar como citação na redação do trabalho.
Fichamento de conteúdo
 É uma síntese das principais ideias contidas na obra. O aluno elabora com suas próprias palavras a interpretação do que foi dito.
Fichamento bibliográfico 
É a descrição, com comentários dos tópicos abordados em uma obra inteira ou parte dela.
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Inicialmente...
1. Ler o texto inteiro uma vez, ininterruptamente.
2. Ler o texto novamente, grifando, fazendo anotações e procurando entender o que o autor quer dizer em cada parágrafo.
Estrutura do fichamento:
Referência da obra de acordo com a ABNT.
Um pequeno resumo compreensivo do texto como um todo.
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Algumas questões a serem respondidas após a leitura, que podem ajudar na elaboração do seu texto:
Qual o tema ou assunto da obra?
Do que o autor fala e como apresenta a sua perspectiva?
Qual o tipo de texto? Acadêmico, de informação, jornalístico, técnico?
Que problema que o autor pretende desenvolver? Ou seja, o que levou o autor a escrever seu texto e qual tipo de questão que procura responder com sua argumentação?
A partir disso, como apresenta sua(s) ideia(s) central(is), qual é a(s) sua(s) proposição fundamental
ou sua (s) tese(s)?
Se o autor defende determinada(s) tese(s), como constrói a estrutura de argumentos para fundamentá-la(s)?
Existem ideias secundárias, argumentações complementares que auxiliam na construção da(s) tese(s)? 
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Resumindo:
Sobre o que o autor está falando?
 Qual a questão que pretende responder?
 Frente a esta questão, qual a sua resposta?
 Como fundamenta as suas afirmações e suas respostas?
Seus argumentos são convincentes?
 Existem outras ideias que compõem o texto?
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Seções do texto:
Introdução: modelo artesanal x modelo profissional de formação dos professores primários.
Seção 1 - A transição. Contexto histórico: instrução pública como um projeto de sociedade: modernizar e civilizar através da educação.
1ª metade do século XIX (1800 a 1850): desfavorável à consolidação da formação de professores, poucas escolas, sucessivas reformas → discurso de valorização x pratica não condizente.
2ª metade do século XIX (1851 a 1900): reflorescimento da escola normal; transformações sociais; instrução valorizada pela “elite ilustrada” (voto do alfabetizado); movimento abolicionista; participação da mulher; ampliação da rede de escolas elementares, profissionalizantes e noturnas
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Tema da Apresentação
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Projeto liberal de formação de normalistas. 
Propostas:
Profissionalização
Melhor salário
Melhores condições de trabalho
Aumento do número de escolas
Melhoria das condições materiais
Ampliação do currículo
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Seção 2 – O modelo de formação profissional na Escola Normal da Província do Rio de Janeiro. Modelo inovador de formação: conduta profissional, conteúdo intelectual e domínio da metodologia pautados em saber se portar, saber o que ensinar, saber como ensinar. Formar o cidadão produtivo ao país. Rejeição aos castigos corporais, introdução do método “lição de coisas”, nova organização do espaço-temporal da dinâmica escolar.
Seção 3 – Os limites da institucionalização. As escolas normais tiveram existência acidentada, marcada por sucessivos fracassos. Importação de modelos estrangeiros. Permanência do modelo artesanal. Reforma Couto Ferraz.
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Ministro do Império, Luiz Pedreira do Couto Ferraz baixou o Decreto n 1.331-A, de 17de fevereiro de 1854, que aprovou o “Regulamento para a reforma do ensino primário e secundário do Município da Corte”.
O referido Regulamento é um documento composto de cinco títulos.
1º, 3º, 4º e 5º títulos se referem a “da inspeção dos estabelecimentos públicos e particulares de Instrução primária e secundária”, “da Instrução pública secundária”, “do ensino particular primário e secundário” e “das faltas dos professores e diretores de estabelecimentos públicos e particulares”. 
2º título trata “da instrução pública primária”, possui três capítulos sobre as “condições para o magistério público; nomeação, demissão”, os “professores adjuntos; substituição nas escolas” e “as escolas públicas; suas condições e regime”.
No conjunto dos temas tratados há um destaque para a instrução pública primária, ênfase na questão da inspeção escolar, na regulação das escolas particulares e no regime disciplinar dos professores e diretores de escolas. 
Em relação à escola primária chama atenção a questão dos professores adjuntos, à qual foi dedicado todo um capítulo.
Demerval Saviani
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Conclusão: 
A instabilidade que caracterizou a existência dessas instituições [escolas normais] pode ser interpretada como um redimensionamento de prioridades que variavam de acordo com as necessidades materiais e as representações de cada época. (p. 113).
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Referências
INÁCIO, M. S. O método mútuo e o ensino de primeiras letras em Minas Gerais,
1825/1839.
Disponível em: 
http://www.faced.ufu.br/nephe/images/arq-ind-nome/eixo7/completos/metodo-mutuo.pdf
KULESZA, W. A.. A institucionalização da Escola Normal no Brasil (1870-1910).
Disponível em :
http://www.rbep.inep.gov.br/index.php/RBEP/article/viewFile/196/197.
MARQUES Jr. G. Sugestões para a leitura de textos – Fichamento.
Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAQkcAK/tecnicas-fichamento.
NEVES, F. M.; MEN, L. O método pedagógico de lancaster e a cultura escolar. 
Disponível em:
 http://alb.com.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais16/sem07pdf/sm07ss12_06.pdf
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Tema da Apresentação
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Tema da Apresentação
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Tema da Apresentação
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REGRAS E NORMAS DA ABNT 2012 PARA FORMATAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS.
Disponível em:
http://www.trabalhosabnt.com/regras-normas-abnt-formatacao
SAVIANI, D. Pedagogia e política educacional no império brasileiro.
Disponível em:
http://www.faced.ufu.br/colubhe06/anais/arquivos/489DermevalSaviani.pdf
SCHAFFRATH, M. dos A. S. Escola normal: o projeto das elites brasileiras para a formação de professores. 
Disponível em: 
http://www.fap.pr.gov.br/arquivos/File/Arquivos2009/Extensao/I_encontro_inter_artes/20_Marlete_Schaffrath.pdf
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