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Histologia da Audição

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ORELHA EXTERNA: 
- Limites: do pavilhão auditivo externo ao meato 
acústico externo – incluindo o tímpano (há uma 
parte da membrana timpânica voltada para a 
orelha externa e outra voltada para a orelha 
média). 
- Assim, a orelha externa é composta pelo 
pavilhão auditivo externo, meato acústico externo 
e tímpano. 
 
PAVILHÃO AUDITIVO EXTERNO: 
- Dobras em formato de hélices localizadas 
externamente, cuja função é promover a captura 
do som. 
- Essas dobras contêm cartilagem elástica, 
cobertas por pele. 
✓ Lóbulo não possui essa cartilagem. 
- Embriologicamente, o pavilhão auditivo externo 
advém de 6 saliências ou tumefações auriculares 
(mesênquima) situadas entre o 1º e 0 2º arco 
faríngeo. 
✓ Consequentemente, parte da orelha 
externa é inervada pelo nervo trigêmeo 
(NC V) e pelo nervo facial (NC VII). 
- Continuada para a região anterior pelo meato 
acústico externo. 
MEATO ACÚSTICO EXTERNO: 
- Continuação do pavilhão auditivo. 
✓ Terço inicial: composto, estruturalmente, 
por cartilagem elástica. 
✓ Dois terços finais (em direção à membrana 
timpânica): constituído por osso – 
segmentação do osso temporal, coberto 
por uma pele fina. 
- Função de enviar as ondas sonoras capturadas 
pelo pavilhão auditivo externo para a membrana 
timpânica. 
- Na pele do meato acústico, existem pelos e 
glândulas ceruminosas – histologicamente são 
glândulas tubulosas enoveladas (glândulas 
sudoríparas modificadas). 
✓ Essas glândulas ceruminosas produzem a 
cera responsável pela proteção do canal 
auditivo externo e da membrana 
timpânica. 
- Embriologicamente, o meato é originado do 
primeiro sulco faríngeo. 
MEMBRANA TIMPÂNICA: 
- É constituída por 3 regiões e possui como função 
converter a onda sonora em onda mecânica, 
transmitindo-a para os ossículos da orelha média. 
Quando a onda sonora incide sobre essa 
membrana, ela se movimenta. 
1. Voltada para o canal auditivo: possui uma 
pele fina. 
▪ Originada do ectoderma do 
primeiro sulco faríngeo. 
2. Parte mediana: fibras colágenas e 
elásticas. 
▪ Duas camadas de fibras colágenas 
com fibras elásticas no centro. 
▪ Originada do mesênquima da 
primeira membrana faríngea. 
3. Internamente: epitélio pavimentoso 
simples. 
▪ Originada do endoderma da 
primeira bolsa faríngea. 
 
 
ORELHA MÉDIA: 
- É formada pelos ossículos do ouvido (martelo, 
bigorna e estribo) e pela tuba auditiva. 
 
OSSÍCULOS: 
- Embriologicamente, o martelo e a bigorna são 
provenientes do componente cartilaginoso do 
primeiro arco faríngeo. Já o estribo é originado do 
componente cartilaginoso do segundo arco 
faríngeo. 
- Esses ossículos articulam entre si, por meio de suas 
articulações sinoviais, funcionando como 
alavancas → o movimento da membrana 
timpânica (pela incidência das ondas sonoras) 
passa pelos ossículos, os quais transmitem e 
amplificam, em até 20x, as ondas mecânicas para 
a orelha interna. 
1. Martelo: acoplado à membrana 
timpânica. 
2. Bigorna: seguido do martelo. 
▪ Proveniente do componente 
cartilaginoso do primeiro arco 
faríngeo (junto com o martelo). 
3. Estribo: voltado para a orelha interna. 
▪ Proveniente do componente 
cartilaginoso do segundo arco 
faríng 
- São cobertos por uma camada de epitélio 
pavimentoso simples. 
- Ossificação dos ossículos: leva à otosclerose – 
dificuldade auditiva pela ossificação, 
principalmente, do estribo (impede a 
movimentação adequada para a passagem das 
ondas mecânicas). 
TUBA AUDITIVA: 
- O espaço existente abaixo dos ossículos é 
denominado antro mastoideo ou cavidade 
timpânica e possui uma continuação em direção 
à faringe, que corresponde à tuba auditiva. 
✓ O terço inicial da tuba auditiva é 
sustentada por tecido ósseo (osso 
temporal) juntamente com um epitélio 
pavimentoso simples que a reveste. 
✓ Nos 2/3 finais em direção à faringe, há 
presença de cartilagem elástica e epitélio 
colunar simples ciliado com células 
caliciformes (epitélio respiratório). 
- A tuba auditiva permite a entrada de ar, fazendo 
com que haja uma diminuição ou um aumento da 
pressão no canal auditivo externo, gerando um 
equilíbrio com a pressão encontrada no meato 
acústico externo (equaliza as pressões). 
✓ Equalização: diminui a perda de energia 
quando ocorre a transmissão das ondas 
mecânicas para a orelha interna. 
- Como está em contato com a faringe, as 
infecções de laringe, faringe e cavidade bucal 
podem atingir a orelha média, causando otite e 
problemas de audição. 
 
- Os movimentos da membrana timpânica e do 
estribo podem ser coordenados por músculos. 
✓ M. tensor do tímpano (tendão inserido no 
martelo): voltado para a membrana 
timpânica, possui função de frear os 
movimentos da membrana quando o som 
está muito alto, protegendo-a de possíveis 
lesões. Esse músculo possui origem no 
mesênquima do primeiro arco faríngeo 
(inervação feita pelo NC V). 
✓ M. estapédio: possui função de frear o 
movimento do estribo para a janela oval 
(membrana da orelha interna), fazendo 
com que haja controle dos movimentos do 
estribo e das ondas mecânicas que 
passam para a orelha interna. Possui 
origem mesenquimal, proveniente do 
segundo arco faríngeo (inervação feita 
pelo NC VII). 
- Quando o estribo incide na membrana que dá 
para a orelha interna, as ondas mecânicas vão 
para essa região saindo de um meio aéreo e indo 
para um meio liquido. 
- Janela da cóclea ou janela redonda: abertura 
coberta pela membrana da orelha média, onde 
bate a onda mecânica em meio líquido, que volta 
para a orelha média. 
ORELHA INTERNA: 
 
- Advém do ectoderma da superfície na região do 
rombencéfalo – formação da vesícula ótica, a 
qual sofre alongamentos em torno do 
mesênquima, que vai se diferenciando em 
cartilagens que sofrem ossificação, por isso o osso 
temporal acompanha o formato da orelha interna 
(mesênquima acompanha as transformações). 
- O conjunto de membranas que formam a orelha 
interna é chamado de labirinto membranoso, que 
está envolvido pelo labirinto ósseo. 
✓ Labirinto membranoso: membranas da 
orelha interna. 
▪ Dentro do labirinto membranoso: 
endolinfa. 
▪ Líquido que suspende e envolve os 
canais: perilinfa. 
✓ Labirinto ósseo: composto pelo osso 
temporal, envolve o labirinto membranoso. 
- São separados por um espaço preenchido por 
líquido (perilinfa) – o labirinto membranoso está 
suspenso sobre o labirinto ósseo. 
- Durante a transmissão da onda mecânica, o 
estribo bate em um espaço da orelha média 
coberto por uma membrana da orelha interna → 
janela oval. 
✓ A onda mecânica que estava no espaço 
aéreo passa a percorrer um espaço 
líquido, o qual está envolvendo as 
membranas do labirinto membranoso. 
- Entre o osso temporal e o labirinto membranoso 
há um espaço preenchido por liquido – por onde 
as ondas líquidas passam e voltam para a orelha 
média pela janela redonda, dissipando-se. 
- O labirinto membranoso forma estruturas 
relacionadas ao equilíbrio e à audição: 
1. Equilíbrio: sáculo, utrículo e canais 
semicirculares – inervados pelo NC VIII 
(vestibular). 
- Há ramificações nervosas entre essas 
estruturas a fim de que troquem 
informações, as quais irão em direção ao 
cérebro para permitir o equilíbrio 
adequado. 
- O utrículo está ligado ao sáculo e ambos 
possuem sensores internos (máculas). Os 
dois estão ligados ao ducto endolinfático, 
que possui uma comunicação com o saco 
endolinfátoco → equilíbrio hídrico. 
- Na base dos canais semicirculares, há as 
ampolas (compostas, internamente, por 
sensores – cristas ampulares). 
2. Audição: inervado pelo NC VIII (coclear). 
- Cóclea: é uma estrutura em forma de 
caracol (enrolada duas vezes e meia), que 
possui 3 regiões: 
▪ Escala vestibular → por onde 
passam as ondas líquidas 
provenientes da janela oval. 
▪ Escala timpânica → por onde as 
ondas líquidas percorrem até a 
janela redonda – helicotrema 
separa essas escalas.▪ Escala média → envolvida pelas 
outras duas escalas e composta, 
internamente, pelo órgão de Corti 
→ converte as ondas em potenciais 
de ação que serão enviados para 
o cérebro a fim de determinar as 
características da audição. 
 - Dentro das escalas vestibular e 
timpânica está percorrendo o mesmo 
líquido – perilinfa (mantém suspensos os 
canais do labirinto membranoso). 
- Dentro da escala média percorre a 
endolinfa. 
EQUILÍBRIO – SÁCULO E UTRÍCULO: 
 
- No utrículo, o sensor se localiza no assoalho → 
relacionado com a aceleração horizontal. 
- No sáculo, o sensor é localizado verticalmente, 
na parede → relacionado com a aceleração 
vertical. 
- As máculas são formadas por células de suporte 
e sustentação, que entre elas estão as células 
sensoriais – ligadas a ramificações do nervo 
vestibular. 
✓ Na superfície apical das células sensoriais, 
há estereocílios, em que um deles é mais 
alto e mais dilatado (kinocilluim) → são 
cobertos por uma camada gelatinosa 
(membrana otolítica). Em cima dessa 
membrana, há cristais de carbonato de 
cálcio → otólitos ou estatocônios. 
- Os estereocílios possuem um movimento – 
relacionados ao eixo da mácula (estríola), que 
serve de orientação para as células ciliadas. 
Quando o corpo se movimenta, as células do 
utrículo se polarizam se for na direção da estríola e 
as do sáculo se polarizam se for na direção 
contrária à estríola. 
✓ Estereocílio se movimenta na direção do 
kinocillium – abertura dos canais de 
potássio. 
✓ Estereocílio se movimenta na direção 
contrária à do kinocillium – fechamento 
dos canais de potássio. 
 
- Endolinfa: possui alta concentração de potássio 
– quando os canais de potássio forem abertos, 
haverá influxo desse íon → despolarização. 
Quando houver fechamento dos canais de 
potássio → hiperpolarização. 
 
EQUILÍBRIO – CRISTAS AMPULARES: 
- Cada dois canais semicirculares encontram um 
na região do utrículo. Possuem sensores 
denominados cristas ampulares. 
- As cristas ampulares possuem células de 
sustentação e células sensoriais (receptoras). 
- Formato de um cone – por isso o nome de 
cúpula. A diferença das cristas ampulares para a 
mácula é a ausência de otólitos na superfície. 
 
- Esses sensores respondem aos movimentos 
circulares do corpo. 
✓ Os movimentos de rotação do corpo são 
capturados por esses sensores e enviados 
para o cérebro. 
- O cérebro, portanto, recebe ao mesmo tempo 
estímulos de acelerações horizontal e vertical, 
além de movimentos rotacionais, a fim de dar a 
posição do corpo/movimento adequada e qual o 
conjunto de músculos devem ser estimulados para 
a correção do movimento e a promoção eficiente 
do equilíbrio. 
 
- Na área da orelha interna, na região onde se 
encontra a mácula e o utrículo, é chamada de 
VESTÍBULO. A estrutura como um todo é chamada 
de labirinto, como é constituída por membranas, 
são suscetíveis a inflamações → labirintite. Esta 
altera os estímulos enviados para o córtex cerebral 
– tonteira, náusea, vertigem. 
 
 
AUDIÇÃO – CÓCLEA: 
 
- A cóclea está suspensa no osso temporal. 
- Modíolo: região central da cóclea, onde está 
localizado o nervo coclear – gânglio coclear indo 
em direção ao ducto coclear, o qual possui 
endolinfa em seu interior e é coberto na parte 
inferior (escala timpânica) e superior (escala 
vestibular) pela perilinfa. 
- Dentro do ducto coclear (escala média), está 
localizado o órgão de Corti → possui espaços 
denominados tubos espirais interno e externo. 
 
- A escala vestibular é coberta por epitélio 
pavimentoso simples e é preenchida pela 
perilinfa. Ela faz contato com a escala média. 
✓ Membrana vestibular: epitélio 
pavimentoso simples voltado para cada 
escalda – no meio tem uma camada de 
tecido conjuntivo frouxo. 
✓ Entre a escala timpânica e a escala média 
há a membrana basilar (composta por 
uma série de glicoproteínas), na qual 
repousa o órgão de Corti (na área 
arqueada). 
- Os limites da escala média são as membranas 
basilar e vestibular inferior e superior, 
respectivamente. Na região lateral há um epitélio 
incomum vascularizado – estria vascular (epitélio 
cúbico acolunar estratificado). 
- Entre as células epiteliais da estria vascular, há os 
plexos venosos intraepiteliais. Além disso, também 
há a presença de células marginais, basais e 
intermediárias – acredita-se que a estria vascular 
seja uma das estruturas responsáveis pela 
produção da endolinfa. 
ÓRGÃO DE CORTI: 
- Na parte superior, cobrindo as células do órgão 
de Corti, há uma camada gelatinosa chamada 
de membrana tectória (produzida pelo limbo 
espiral – coberto por epitélio pavimentoso simples, 
onde estão as células interdentais, as quais são 
responsáveis pela produção da camada 
gelatinosa. 
- O órgão de corti está preso no ducto coclear 
pelo ligamento espiral. 
- Partes do órgão de Corti: 
1. Túnel espiral interno; 
2. Túnel espiral externo; 
3. Células pilosas. 
 
 
- Células pilosas/ciliadas internas e externas são as 
responsáveis por promover os potenciais de ação 
que serão passados ao nervo vestibulococlear 
(ramo auditivo) – estão apoiadas em células 
falangeanas e limitadas por células limitantes. 
 
 
✓ O limbo espiral é coberto por um epitélio 
pavimentoso simples, o qual possui células 
interdentais. 
✓ Sulco espiral interno: coberto pelo epitélio 
do limbo espiral e por células chamadas 
de limitantes internas. 
✓ Túnel de Corti: revestido por células de 
Pfeiler internas e externas. 
- O restante das células acredita-se que sejam 
células de sustentação. 
O POTENCIAL DE AÇÃO: 
- O tímpano converte a onda sonora em onda 
mecânica, manda para os ossículos da orelha 
médio. A onda faz com que o estribo bata na 
janela oval e a membrana basilar é movimentada 
→ resulta no movimento das células que estão em 
contato com a membrana tectória, onde os cílios 
irão promover a abertura ou o fechamento de 
canais iônicos, resultando na despolarização ou 
hiperpolarização. 
 
 
 
- Portanto, quando a onda, que está passando 
pela escala timpânica, movimenta a membrana 
basilar, ela se deforma e os cílios emitem os 
potenciais de ação. 
- A membrana basilar na base da cóclea é estreita 
e grossa; no ápice ela é larga e fina. 
✓ Base: 20.000 Hz (alta frequência). 
✓ Ápice: 20 Hz (baixa frequência). 
- As voltas da cóclea, por fim, devem ter relação 
com a distinção das frequências de som (humano: 
20Hz – 20.000Hz). Assim, cada neurônio que chega 
no cérebro, chega na mesma posição em que se 
encontra na membrana basilar. 
 
- O potencial de ação é enviado para o lobo 
parietal do cérebro, sendo que a frequência da 
onda chega na mesma posição da qual foi 
emitida da membrana basilar (mapa tonotópico).

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