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objetivado no valor do linho. Para fazer tal espelho do valor, é preciso que a alfaiataria mesma não reflita nada a não ser sua propriedade abstrata de ser trabalho humano. Na forma de alfaiataria como na forma de tecelagem é despendida força de trabalho do homem. Ambas as atividades possuem, portanto, a propriedade geral do trabalho humano e, por conseguinte, em deter- minados casos, como, por exemplo, na produção de valor, podem ser consideradas somente sob esse ponto de vista. Tudo isso não é miste- rioso. Mas na expressão de valor da mercadoria a coisa torna-se dis- torcida. Por exemplo, para expressar que a tecelagem, não em sua forma concreta como tecelagem, mas sim em sua propriedade geral como trabalho humano, gera o valor do linho, ela é confrontada com a alfaiataria, o trabalho concreto que produz o equivalente do linho, como a forma de realização palpável do trabalho humano abstrato. É portanto uma segunda peculiaridade da forma equivalente que trabalho concreto se converta na forma de manifestação de seu con- trário, trabalho humano abstrato. Mas na medida em que esse trabalho concreto, a alfaiataria, funciona como mera expressão de trabalho humano indiferenciado, possui ele a forma da igualdade com outro trabalho, o trabalho contido no linho, e é, portanto, ainda que trabalho privado, como todos os outros, trabalho que produz mercadorias, por conseguinte, trabalho em forma diretamente so- cial. Por isso mesmo, apresenta-se ele num produto que é diretamente trocável por outra mercadoria. É, portanto, uma terceira peculiaridade da forma equivalente que trabalho privado se converta na forma de seu contrário, trabalho em forma diretamente social. As duas peculiaridades da forma equivalente desenvolvidas por úl- timo tornam-se ainda mais palpáveis, quando retornamos ao grande pes- quisador que primeiramente analisou a forma de valor, assim como muitas formas de pensamento, de sociedade e da natureza. Este é Aristóteles. De início declara Aristóteles claramente que a forma dinheiro da mercadoria é apenas a figura mais desenvolvida da forma simples de valor, isto é, da expressão do valor de uma mercadoria em outra mercadoria qualquer. Pois ele diz: “5 almofadas = 1 casa” (“Κλιναι πεντε αντι οιχιας”) “não se diferencia” de: “5 almofadas = tanto dinheiro” ("Κλιναι πεντε αντι... οσου αι πεντε χλιναι“) Ele reconhece, ademais, que a relação de valor, em que essa expressão de valor está contida, condiciona por seu lado que a casa é OS ECONOMISTAS 186