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AVCI NÃO TEM COMO DIFERENCIAR CLINICAMENTE AVCI DE AVCH – precisa de exame de imagem OBS: Eventos isquêmicos ou hemorrágicos podem acontecer na medula óssea também Exame de imagem Exame de imagem vai auxiliar no diagnóstico, ele vai indicar se houve sangramento ou não. Se houve sangramento é AVCH, se não houve sangramento, vai tratar como isquêmico. O isquêmico pode vim normal ou com ara hipodensa, mas o hemorrágico sempre vira com área hiperdensa indicando o sangramento. Imagem 1 – AVC isquêmico, com área hipodensa. Mas o AVCI pode vim normal Imagem 2 – área hiperdensa, indicando sangramento no parênquima, AVC hemorrágico Imagem 3 – HSA (hemorragia subaracnóidea) Fatores de risco Fatores familiares, dislipidemia, tabagismo, sedentarismo Fatores associados com AVC - HAS, DM, sobrepeso, tabagista, etc Diagnóstico diferencial com episodio isquêmico transitório Se chega um paciente com sintomas de AVC e déficit que revertem em ate 1 hora, vai ter uma isquemia transitória – episódio transitório de disfunção neurológica. E se permanecer por mais tempo, é um AVCI Fisiopatologia As grandes causas são pacientes com doenças cardíacas que geram embolos (Por FA, por exemplo, que tem sangue parado, pois o não tem uma contração eficaz, forma o trombo e ele se desloca), pacientes que fazem a formação de placas que deslocam e formam um embolo ou placas que cresceram tanto na carótida ou nas artérias do cérebro ao ponto de causar uma obstrução – 1 doença CV e 2 ateroscleroticas No caso de um embolo após um evento CV, como após uma FA, se ele obstrui uma artéria e reduz o fluxo de outra artéria, a que ele obstruiu gera necrose e morte celular, mas a que reduziu o fluxo, fica uma área de penumbra, uma área de diminuição de vascularização Tem 4 horas e meia para dissolver o trombo por trombolise– o grande alvo para salvar no AVCI é para a área de penumbra (que chega pouco sangue). O corpo já tenta reflexamente fazer com que chegue sangue nessa área isquemiada por compensação, já que a artéria principal esta obstruída, aumentando a pressão arterial para acelerar o sangue e nutrientes, ou seja, paciente com AVCI que chega com pressão aumentada NÃO DEVE BAIXAR A PRESSAO, pois acaba dificultando o que o organismo esta fazendo para tentar ajudar. Pode ser feito em até 4 horas e meia, pois é o tempo que a área de penumbra consegue sobreviver e que é possível reverter quimicamente pelo medicamento a obstrução causada pelo trombo. Se fizer a trombolise e houver a revascularização APÓS 4 horas e meia, o sangue vai derramar, pois já houve morte celular, que ocorre a formação de novos trombos, mas como teve a administração de trombolítico, vira uma hemorragia. Ou seja, se não resolver dentro de 4 horas e meia com trombolítico, não adianta mais fazer. Se o trombo for maior, tem ate 24 horas para fazer uma trombectomia – cateterismo – com o intuito de Imagem 1 – na TC tem uma área hipodensa à direita – AVCI Imagem 2 – na RNM tem edema, uma lesão de extensão grande, com lesão hiperintensa Etiologias Cardioembolico – Fibrilação atrial, FE Aterosclerótico de grandes artérias – embolo X estenose Lacunar – pequenos vasos perfurantes Criptogenico – quando não conseguiu achar a causa Outras causas – dissecções, trombofilias - Paciente chega ao PS com sintomas de AVC, faz TC de ver como se encontra. Se for AVCI, deve sempre perguntara a hora de inicio. Se iniciou em menos de 4 horas e meia, faz trombolítico. Se iniciou tem mais de 4 horas e meia e menos de 24 horas, faz trobectomia (cateterismo). E se foi mais que 24 horas não tem o que fazer, deve procurar causa, profilaxia e manejo de sintomas – se a etiologia não for identificada e feita a profilaxia, a chance de acontecer novamente é alta Quando o paciente chegar no PS, com suspeita de AVC, fazer escala de Cincinatti: Se não tiver TC no serviço, fazer lista de checagem e encaminhar para um hospital com TC Se tiver TC no serviço – deve colocar o paciente na Escala NIHSS (tem app que coloca) – para pontuar de 0-42 pontos e tem um score para quantificar - CLASSIFICAÇÃO DE NIH ESCALA AVC SEVERIDADE DO AVC 0 Não é AVC 1-4 AVC menor 5-15 AVC moderado 15-20 AVC moderado/severo 21-42 AVC severo A partir do 5-15 já tem tratamento a depender do tempo do acontecimento, já entra naquele protocolo de antes de 4 horas e meia trombolise e depois de 4 horas e meia, mas antes de 24 horas trombectomia. Se passar de 24 horas não tem o que fazer RNM na MISMATCH Geralmente o neurologista pede quando o diagnóstico não esta tao claro. Diferença entre a hipoperfusão verificada na perfusão e a lesão na difusão Mismatch 20% respondem melhor a terapia de reperfusão Presença de Mismatch não constitui critério para tratamento com trombolise EV quando janela terapêutica CONDUTAS: Trombolise venosa – ate 4 horas e meia Trombectomia mecânica – até 24 horas Unidade de AVC – grande impacto, quando passou de 24 horas e não tem mais como fazer intervenção, deve ir para a unidade de AVC para diminuir complicações, como o broncoespasmo, broncoaspiração, monitorização de PA, controle de glicemia e sinais vitais Trombolise No tratamento em ate 4 horas e meia deve ter em mente a possibilidade de trombolise endovenosa com rt-Pa (nível I), de acordo com os critérios de inclusão e exclusão – padrão ouro Critérios de inclusão à trombolise: - Diagnostico de AVC isquêmico (HDA + Exame físico + imagem) - Inicio de sintomas menor que 5 horas e meia - Idade acima de 18 anos - Glicemia capilar – tanto hipo ou hipo podem simular AVC, tem que corrigir antes de trombolisar - Avaliar eletrolitos, função renal e troponina Administração: A droga é o rt-PA (Actilyse 1 amp = 50mg) Pega 2 acessos venosos periféricos A dose total administrada deve ser 0,9mg/kg, ate um total máximo de 90 mg - 10% da dose em 1 minuto em BIC - Restante em 60 minutos em BIC Fazer em unidade AVC ou UTI – deve passar 24 horas em unidade de tratamento intensivo e depois pode ir para a enfermaria Monitoramento em unidade AVC Dois acessos calibrosos Controle pressórico se PA > 185/110 mmHg (nitroprussiato de sódio) EX: Paciente chegou com PA de 220/120 mmHg, faz trombolise e diminui com nitroprussiato de sódio que diminui menor e deixa ela em torno de para 185/110 mmHg. Deve sempre deixar a pressão mais alta para que o sangue chegue nas áreas isquemiadas pelas colaterais OBS: Para fazer a trombolise, deixar pressão alta, em torno de 185/110mmHg O2 de saturação < 94% Controle glicêmico: 140-180mg/dl Controle de temperatura – evitar febre Anticoagulação – NÃO É RECOMENDADA PARA TODOS Terapia antiplaquetária depois de 24 horas do evento – AAS 75-300 mg/dia ou Clopidogrel 75mg/dia e avaliar dupla antiagregação OBS: Anticoagulante se for de causa cardiogênica e tiver embolos de coágulos OBS: Antiagregante se for placas ateroscleróticas – associado a estatinas Trombectomia Fazer após 4 horas e meia do inicio dos sintomas e antes de 24 horas Ate 24 horas pode fazer combinado – fez trombolise e o paciente não melhorou, pode fazer trombectomia, pois supõe-se que é um trombo maior e mais denso. Quanto menor o tempo, melhores são os resultados Aplicável em artéria de médio calibre Pacientes fora da janela de tratamento Monitoramento em unidade AVC Dois acessos calibrosos Controle pressórico se PA > 220/120 mmHg - nitroprussiato de sódio e medicação oral após 3-5 dias para ir baixando a pressão – deixa a pressão alta mesmo, so interfere se passar de 220/120 mmHg O2 de saturação < 94% Controle glicêmico: 140-180mg/dl Quanto mais alta a glicemia, mais edema vai ter, pois a glicose puxa a agua para o espaço Controle de temperatura– evitar febre Anticoagulação – NÃO É RECOMENDADA PARA TODOS Terapia antiplaquetária depois de 24 horas do evento – AAS 75-300 mg/dia ou Clopidogrel 75mg/dia e avaliar dupla antiagregação Manejo PA em não candidatos a trombolise So reduzir PA se níveis pressóricos tiverem acima de 220/120 mmHg Usar drogas injetáveis Os anti hipertensivos orais devem ser introduzidos apenas no 7º dia pós-Ictal OBS: Nunca deve diminuir a pressão para 12/8, pois aumenta a lesão Complicações após reperfusão Hemorragia intracraniana sintomática – 1,7-8% Hemorragia sistêmica grave – 0,4-1,5% Angioedema – 1-5% - edema cerebral severo que os giros e sulcos estão ocultos, o tratamento é craniotomia para descompressão ANTICOAGULANTE – cardioembolico: Varfarina (marevan) – tem que ficar vendo INR, charelto ANTIAGREGANTE – aterosplerotico: AAS, clopidogrel (impede que cole mais gordura na placa) Estatinas – estabilização das placas
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