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Útero (Histologia)

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Por Lara Pessoa 1º Período - Histologia 
 
 
 
Anatomicamente, o útero é dividido em duas 
regiões: 
 - O corpo é a porção superior grande do 
útero. A superfície anterior é quase plana, 
enquanto a superfície posterior é convexa. A 
parte superior arredondada do corpo do 
útero que se expande acima da fixação das 
tubas uterinas é denominada fundo do útero 
 - O colo é a parte inferior em formato de 
barril, separado do corpo pelo istmo. O lúmen 
do colo, o canal do colo do útero, apresenta 
uma abertura contraída em cada 
extremidade. O óstio interno do útero 
comunica-se com a cavidade do útero; o 
óstio externo, com a vagina. 
- A parede uterina é composta de três 
camadas. Do lúmen para fora, tais camadas 
são as seguintes: 
 - O endométrio é a mucosa do útero 
 - O miométrio é a camada muscular 
espessa. É contínua com a camada muscular 
da tuba uterina e da vagina. As fibras 
musculares lisas também se estendem nos 
ligamentos conectados ao útero 
 - O perimétrio, a camada serosa 
externa ou revestimento peritoneal visceral 
do útero, é contínuo com o peritônio pélvico 
e abdominal e consiste em mesotélio e em 
uma camada fina de tecido conjuntivo frouxo. 
Abaixo do mesotélio, há uma camada de 
tecido elástico que costuma ser proeminente. 
O perimétrio cobre toda a superfície 
posterior do útero, mas apenas parte da 
superfície anterior. A parte remanescente da 
superfície anterior consiste em tecido 
conjuntivo ou adventícia. 
- Tanto o miométrio quanto o endométrio 
sofrem alterações cíclicas a cada mês para 
preparar o útero para a implantação de um 
embrião. Essas alterações constituem o ciclo 
 
 
 
 
 
 
menstrual. Se houver implantação de um 
embrião, o ciclo é interrompido, e ambas as 
camadas sofrem crescimento e diferenciação 
consideráveis durante a gravidez. 
- O miométrio forma um sincício estrutural e 
funcional. 
- O miométrio é a camada mais espessa da 
parede uterina. É composto de três camadas 
pouco definidas de músculo liso: 
 - A camada muscular média contém 
numerosos vasos sanguíneos de grande 
calibre (plexos venosos) e vasos linfáticos e 
é denominada estrato vascular. Trata-se da 
camada mais espessa, que apresenta feixes 
de músculo liso entrelaçados e orientados em 
um padrão circular ou espiral. Os feixes de 
músculo liso nas camadas interna e externa 
estão predominantemente orientados em 
paralelo ao eixo longo do útero. Conforme 
observado na maioria dos órgãos ocos em 
formato de bulbo, como a vesícula biliar e a 
bexiga, a orientação muscular não é distinta. 
Os feixes musculares observados em cortes 
histológicos de rotina parecem estar dispostos 
de modo aleatório. Durante a contração do 
útero, todas as três camadas do miométrio 
atuam em conjunto como um sincício 
funcional, expelindo o conteúdo do lúmen por 
um orifício estreito. 
- Durante a gravidez, o útero sofre aumento 
extraordinário. O crescimento deve-se 
principalmente à hipertrofia das células 
musculares lisas existentes, e 
secundariamente atribuível ao 
desenvolvimento de novas fibras por meio da 
divisão das células musculares existentes e da 
diferenciação de células mesenquimais 
indiferenciadas. A quantidade de tecido 
conjuntivo também aumenta. À medida que a 
gravidez prossegue, a parede uterina torna-
se progressivamente mais delgada, em 
 Por Lara Pessoa 1º Período - Histologia 
decorrência da distensão promovida pelo 
crescimento do feto. Depois do parto, o útero 
reduz seu tamanho para as dimensões 
anteriores à gravidez. Algumas fibras 
musculares degeneram, mas a maioria 
retorna a seu tamanho original. O colágeno 
produzido durante a gravidez para fortalecer 
o miométrio é então degradado 
enzimaticamente pelas células que o 
secretaram. A cavidade uterina permanece 
maior, e a parede muscular fica mais espessa 
do que antes da gravidez. Em comparação 
com o corpo do útero, o polo apresenta mais 
tecido conjuntivo e menos músculo liso. As 
fibras elásticas são abundantes no colo, mas 
são encontradas em quantidades apreciáveis 
apenas na camada externa do miométrio do 
corpo do útero. 
- O endométrio prolifera e, em seguida, 
degenera durante o ciclo menstrual. 
- Durante toda a vida reprodutiva, o 
endométrio sofre alterações cíclicas a cada 
mês, que o preparam para a implantação do 
embrião e os eventos subsequentes do 
desenvolvimento embrionário e fetal. As 
alterações na atividade secretora do 
endométrio durante o ciclo estão 
correlacionadas com a maturação dos 
folículos ovarianos. O final de cada ciclo 
caracteriza-se pela destruição parcial e 
descamação do endométrio, acompanhadas 
de sangramento dos vasos mucosos. A 
descarga de tecido e de sangue pela vagina, 
que costuma ter duração de 3 a 5 dias, é 
denominada menstruação ou fluxo menstrual. 
O ciclo menstrual é definido pelo dia em que 
começa o fluxo menstrual. Durante a vida 
reprodutiva, o endométrio consiste em duas 
camadas ou zonas, que diferem na sua 
estrutura e função: O estrato funcional, ou 
camada funcional, é a porção espessa do 
endométrio, que sofre descamação na 
menstruação e o estrato basal, ou camada 
basal, é retido durante a menstruação e atua 
como fonte para a regeneração do estrato 
funcional. 
- O estrato funcional é a camada que prolifera 
e degenera durante o ciclo menstrual. 
Durante as fases do ciclo menstrual, a 
espessura do endométrio varia de 1 a 6 mm. 
- O endométrio é revestido por epitélio 
simples colunar que contém células 
secretoras e ciliadas. O epitélio de superfície 
sofre invaginação na lâmina própria 
subjacente, o estroma endometrial, formando 
as glândulas uterinas. Essas glândulas tubulares 
simples, que contêm menor número de 
células ciliadas, ramificam-se ocasionalmente 
na face mais profunda do endométrio. O 
estroma endometrial, que se assemelha ao 
mesênquima, é altamente celularizado e 
apresenta quantidade abundante de matriz 
extracelular. À semelhança da tuba uterina, 
não há submucosa separando o endométrio 
do miométrio. 
- A vasculatura do endométrio também 
prolifera e degenera durante cada ciclo 
menstrual. 
- O endométrio contém um sistema único de 
vasos sanguíneos. A artéria uterina dá origem 
a 6 a 10 artérias arqueadas que se 
anastomosam no miométrio. Os ramos dessas 
artérias, as artérias radiais, penetram na 
camada basal do endométrio, onde dão 
origem a pequenas artérias retas que suprem 
essa região do endométrio. O ramo principal 
da artéria radial continua para cima e torna-se 
altamente espiralado; por esse motivo, é 
denominado artéria espiralada. As artérias 
espiraladas dão origem a numerosas 
arteríolas, que frequentemente se 
anastomosam à medida que suprem um rico 
leito capilar. Este inclui segmentos dilatados de 
paredes finas, denominados lacunas, as quais 
também podem ocorrer no sistema venoso 
que drena o endométrio. As artérias retas e 
a parte proximal das artérias espiraladas não 
se modificam durante o ciclo menstrual. A 
porção distal das artérias espiraladas, sob a 
influência dos estrogênios e da progesterona, 
sofre degeneração e regeneração a cada 
ciclo menstrual. 
 Por Lara Pessoa 1º Período - Histologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Por Lara Pessoa 1º Período - Histologia 
- As alterações cíclicas do endométrio que 
ocorrem durante o ciclo menstrual são 
representadas pelas fases proliferativa, 
secretora e menstrual. 
- O ciclo menstrual é um continuum de 
estágios de desenvolvimento que ocorre na 
camada funcional do endométrio. É 
controlado, em uma última análise, pelas 
gonadotropinas secretadas pela pars distalis 
da hipófise que regulam as secreções 
esteroides do ovário. O ciclo geralmente se 
repete a cada 28 dias, durante o qual o 
endométrio passa por uma sequência de 
alterações morfológicas e funcionais. É 
conveniente descrever o ciclo em três fases 
sucessivas: 
 - A faseproliferativa ocorre 
concomitantemente com a maturação 
folicular e é influenciada pela secreção 
ovariana de estrogênios 
 - A fase secretora coincide com a 
atividade funcional do corpo lúteo e é 
influenciada principalmente pela secreção de 
progesterona 
 - A fase menstrual começa quando a 
produção de hormônios pelo ovário declina 
com a degeneração do corpo lúteo 
- As fases constituem parte de um processo 
contínuo; não ocorre alteração abrupta de 
uma fase para a seguinte. 
- A fase proliferativa do ciclo menstrual é 
regulada pelos estrogênios. 
- No final da fase menstrual, o endométrio 
consiste em uma delgada faixa de tecido 
conjuntivo, de cerca de 1 mm de espessura, 
contendo apenas as porções basais das 
glândulas uterinas e as porções inferiores das 
artérias espiraladas. Essa camada constitui o 
estrato basal; a camada que foi descamada é 
o estrato funcional. 
- Sob a influência dos estrogênios, a fase 
proliferativa é iniciada. As células estromais, 
endoteliais e epiteliais do estrato basal 
proliferam rapidamente, e são observadas as 
seguintes alterações: 
 - As células epiteliais da porção basal 
das glândulas reconstituem as glândulas e 
migram para recobrir a superfície endometrial 
desnuda 
 - As células do estroma proliferam e 
secretam colágeno e substância fundamental 
 - As artérias espiraladas aumentam de 
comprimento à medida que o endométrio é 
restabelecido; essas artérias são apenas 
levemente espiraladas e não se estendem até 
o terço superior do endométrio. 
- A fase proliferativa continua até o primeiro 
dia depois da ovulação, que ocorre 
aproximadamente no dia 14 de um ciclo de 
28 dias. No final dessa fase, o endométrio 
alcançou uma espessura de cerca de 3 mm. 
As glândulas apresentam lúmen estreito e 
são relativamente retas, embora exibam 
aparência ligeiramente ondulada. Observa-se a 
existência de acúmulos de glicogênio nas 
porções basais das células epiteliais. Nas 
preparações histológicas de rotina, a extração 
do glicogênio confere aparência vazia ao 
citoplasma basal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Por Lara Pessoa 1º Período - Histologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- A fase secretora do ciclo menstrual é 
regulada pela progesterona. Sob a influência 
da progesterona, ocorrem alterações 
pronunciadas no estrato funcional, que 
começam 1 ou 2 dias depois da ovulação. O 
endométrio torna-se edematoso e, por fim, 
pode alcançar espessura de 5 a 6 mm. As 
glândulas aumentam de tamanho, tornam-se 
tortuosas e os lumens são preenchidos por 
secreção. O líquido mucoide produzido pelo 
epitélio glandular é rico em nutrientes 
(particularmente glicogênio), necessários para 
manter o desenvolvimento caso ocorra 
implantação. Nesse estágio, as mitoses são 
raras. O crescimento observado nesse 
estágio resulta de hipertrofia das células 
epiteliais, aumento da vascularização e edema 
do endométrio. As artérias espiraladas, no 
entanto, aumentam de comprimento e 
tornam-se mais espiraladas. Estendem-se 
quase até a superfície do endométrio. A 
influência sequencial dos estrogênios e da 
progesterona sobre as células do estroma 
possibilita a sua diferenciação em células 
grandes e pálidas, ricas em glicogênio, as 
células deciduais. O estímulo para a 
diferenciação decidual é a implantação do 
blastocisto. Essas células proporcionam 
ambiente favorável para a nutrição do 
embrião e criam uma camada especializada 
que facilita a separação da placenta da parede 
uterina ao término da gravidez. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Por Lara Pessoa 1º Período - Histologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- A fase menstrual resulta de um declínio na 
secreção ovariana de progesterona e 
estrogênio. O corpo lúteo produz ativamente 
hormônios durante cerca de 10 dias caso não 
ocorra fertilização. À medida que os níveis de 
hormônios declinam rapidamente, ocorrem 
alterações do suprimento sanguíneo para o 
estrato funcional. Inicialmente, as contrações 
periódicas das paredes das artérias 
espiraladas, que duram várias horas, causam 
isquemia do estrato funcional. As glândulas 
interrompem a sua secreção, e a altura do 
endométrio diminui à medida que o estroma 
se torna menos edemaciado. Após cerca de 
2 dias, períodos extensos de contração 
arterial, com períodos apenas breves de fluxo 
sanguíneo, promovem a ruptura do epitélio 
superficial e dos vasos sanguíneos. Quando as 
artérias espiraladas se fecham, o sangue flui 
para dentro do estrato basal, mas não para o 
estrato funcional. A descarga vaginal é 
constituída por sangue, líquido uterino e 
células estromais e epiteliais que descamam 
do estrato funcional. À medida que placas de 
tecido se separam do endométrio, as 
extremidades rotas das veias, das artérias e 
das glândulas ficam expostas. A descamação 
do endométrio continua até permanecer 
apenas o estrato basal. A coagulação do 
sangue é inibida durante esse período de 
fluxo menstrual. O fluxo sanguíneo arterial é 
restrito, exceto por breves períodos de 
relaxamento das paredes das artérias 
espiraladas. O sangue flui continuamente pelas 
extremidades abertas das veias. O período de 
fluxo menstrual geralmente dura cerca de 5 
dias; a perda média de sangue na fase 
menstrual é de 35 a 50 mℓ. O fluxo 
sanguíneo através das artérias retas mantém 
o estrato basal. Na ausência de fertilização, a 
interrupção do sangramento deve ser 
acompanhada do crescimento e da 
maturação de novos folículos ovarianos. À 
medida que começa a fase proliferativa do 
ciclo seguinte, as células epiteliais devem 
rapidamente proliferar e migrar para 
 Por Lara Pessoa 1º Período - Histologia 
restaurar o epitélio superficial. Na ausência de 
ovulação (ciclo denominado ciclo 
anovulatório), não há formação de um corpo 
lúteo, e tampouco há produção de 
progesterona. Na ausência de progesterona, 
o endométrio não entra na fase secretora e 
continua na fase proliferativa até a 
menstruação. Nos casos de infertilidade, as 
biopsias do endométrio podem ser usadas 
para diagnosticar esses ciclos anovulatórios, 
bem como outros distúrbios do ovário e do 
endométrio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Por Lara Pessoa 1º Período - Histologia 
Colo do Útero 
- O endométrio do colo do útero (cérvice) 
difere do restante do útero. 
- A mucosa cervical mede em torno de 2 a 
3 mm de espessura e difere acentuadamente 
do restante do endométrio uterino, visto que 
contém grandes glândulas ramificadas. Carece 
também de artérias espiraladas. 
- A mucosa cervical sofre pouca alteração na 
sua espessura durante o ciclo menstrual e 
não é descamada durante o período da 
menstruação. No entanto, durante cada ciclo 
menstrual, as glândulas cervicais sofrem 
alterações funcionais importantes, que estão 
relacionadas com o transporte dos 
espermatozoides no canal cervical. A 
quantidade e as propriedades do muco 
secretado pelas células glandulares variam 
durante o ciclo menstrual sob a influência dos 
hormônios ovarianos. Na metade do ciclo, a 
quantidade de muco produzida aumenta em 
10 vezes. Esse muco é menos viscoso e 
parece fornecer ambiente mais favorável 
para a migração dos espermatozoides. O 
muco cervical nos outros períodos do ciclo 
restringe a passagem dos espermatozoides 
para dentro do útero. Por conseguinte, os 
mecanismos hormonais asseguram que a 
ovulação e as alterações no muco cervical 
sejam coordenadas, aumentando, assim, a 
possibilidade de ocorrência de fertilização se 
os espermatozoides recém-ejaculados e o 
óvulo chegarem simultaneamente ao local de 
fertilização na tuba uterina. 
- O bloqueio das aberturas das glândulas 
mucosas resulta em retenção de suas 
secreções, levando à formação de cistos 
dilatados no colo do útero, denominado cistosde Naboth. Estes se desenvolvem com 
frequência, mas apenas serão clinicamente 
importantes se houver história de um número 
grande de cistos que provoquem aumento 
acentuado do colo do útero. 
- A zona de transformação constitui o local 
de transição entre o epitélio estratificado 
pavimentoso da vagina e o epitélio simples 
colunar do colo do útero. 
- A porção do colo do útero que se projeta 
dentro da vagina, a porção vaginal do colo ou 
ectocérvice, é revestida por um epitélio 
estratificado pavimentoso. Uma transição 
abrupta entre esse epitélio estratificado 
pavimentoso e o epitélio simples colunar 
secretor de muco do canal cervical, a 
endocérvice, ocorre na zona de 
transformação que, durante a idade 
reprodutiva da mulher, está localizada fora do 
óstio externo. 
- Antes da puberdade e depois da 
menopausa, a zona de transformação 
localiza-se no canal cervical 
- Alterações metaplásicas nessa zona de 
transformação constituem lesões pré-
cancerosas do colo do útero. 
- A metaplasia representa uma resposta 
adaptativa e reversível à lesão persistente do 
epitélio, promovida por infecções crônicas. 
Resulta de uma reprogramação das células-
tronco epiteliais, que começam a se 
diferenciar em uma nova linhagem celular. 
- No canal cervical (endocérvice), manifesta-
se como a substituição do epitélio simples 
colunar por um epitélio estratificado 
pavimentoso. As células epiteliais do colo do 
útero são constantemente esfoliadas na 
vagina. As preparações de células cervicais 
coradas (esfregaços de Papanicolaou [Pap]) 
são usadas rotineiramente para a triagem e o 
diagnóstico de lesões pré-cancerosas e 
cancerosas do colo do útero. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Por Lara Pessoa 1º Período - Histologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Epitélio estratificado pavimentoso da ectocérvice 
Zona de Transformação do Colo do Útero 
 Por Lara Pessoa 1º Período - Histologia

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