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Bactérias associadas as infecções urinárias, ginecológicas, perinatais e sexualmente transmissíveis

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Resumo-Bactérias associadas às infecções urinárias, ginecológicas, perinatais e sexualmente transmissíveis 1
⁉
Resumo-Bactérias associadas 
às infecções urinárias, 
ginecológicas, perinatais e 
sexualmente transmissíveis
💡 Cap 26- Tortora
Estrutura e função do sistema urinário e reprodutivo
Quais as estruturas compõem o sistema urinário e de que forma esse 
sistema funciona?
O sistema urinário consiste em dois rins, dois ureteres, uma única bexiga 
urinária, e uma única uretra. Determinados resíduos, coletivamente chamados 
de urina, são removidos do sangue à medida que ele circula nos rins. A urina 
passa pelos ureteres até a bexiga, onde é estocada antes de ser eliminada do 
corpo pela uretra. Na mulher, a uretra conduz somente a urina para o exterior. 
No homem, a uretra é um conduto comum para urina e fluido seminal.
Onde os ureteres entram na bexiga, válvulas fisiológicas impedem o fluxo 
reverso da urina para os rins. Esse mecanismo ajuda a defender os rins das 
infecções do trato urinário inferior. Além disso, a urina normal tem algumas 
propriedades antimicrobianas. A ação do fluxo urinário durante a excreção da 
urina também tende a remover microrganismos potencialmente infecciosos.
Quais as estruturas compõem o sistema reprodutivo e de que forma esse 
sistema funciona?
O sistema reprodutivo feminino consiste em dois ovários, duas tubas uterinas 
(falópio), o útero, incluindo o colo uterino, a vagina e a genitália externa. Os 
ovários produzem os hormônios sexuais femininos e os óvulos. Quando um 
óvulo é liberado durante o processo de ovulação, ele entra na tuba uterina, onde 
Resumo-Bactérias associadas às infecções urinárias, ginecológicas, perinatais e sexualmente transmissíveis 2
a fertilização pode ocorrer se houver espermatozoides viáveis presentes. O 
óvulo fertilizado (zigoto) desce pela tuba e entra no útero. Ele se implanta na 
parede interna do útero e permanece ali enquanto se transforma em um 
embrião e, posteriormente, em um feto. A genitália externa (vulva) inclui o 
clitóris, os lábios e as glândulas que produzem uma secreção de lubrificação 
durante a cópula.
O sistema reprodutivo masculino consiste em dois testículos, um sistema de 
ductos, glândulas acessórias e o pênis. Os testículos produzem hormônios 
sexuais masculinos e esperma. Para serem liberadas do corpo, as células 
espermáticas passam por uma série de ductos: o epidídimo, o ducto (canal) 
deferente, o ducto ejaculatório e a uretra.
Qual a composição da microbiota normal dos sistemas reprodutivo e 
urinário?
A urina normal é estéril, porém pode se tornar contaminada com a microbiota da 
pele próxima ao final de sua passagem pela uretra. Assim, a urina coletada 
diretamente da bexiga tem um menor número de micróbios contaminantes que 
a urina eliminada normalmente.
As bactérias predominantes na vagina são os lactobacilos. Essas bactérias 
produzem o ácido láctico, que mantém o pH ácido da vagina (3,8-4,5), inibindo o 
crescimento da maioria dos outros microrganismos. A maior parte dos 
lactobacilos da vagina produz peróxido de hidrogênio, que também inibe o 
crescimento de outras bactérias. O estrogênio (hormônio sexual) promove o 
crescimento dos lactobacilos pelo aumento da produção de glicogênio pelas 
células do epitélio vaginal. O glicogênio é rapidamente decomposto em glicose, 
que os lactobacilos metabolizam em ácido láctico.
Outras bactérias, como os estreptococos, vários anaeróbios e algumas gram-
negativas, também são encontradas na vagina. O fungo leveduriforme Candida 
albicans é parte da microbiota normal de 10 a 25% das mulheres, mesmo que 
elas sejam assintomáticas.
A gravidez e a menopausa frequentemente são associadas a altas taxas de 
infecções no trato urinário. A razão é que os níveis de estrogênio são mais 
baixos, resultando em populações menores de lactobacilos e, portanto, em 
menor acidez vaginal.
A uretra masculina normalmente é estéril, exceto por contaminações 
microbianas próximas à abertura externa.
Resumo-Bactérias associadas às infecções urinárias, ginecológicas, perinatais e sexualmente transmissíveis 3
Doenças Bacterianas do sistema urinário
O que é cistite, uretrite e pielonefrite?
As infecções do sistema urinário são iniciadas mais frequentemente por uma 
inflamação da uretra, ou uretrite. A infecção da bexiga é denominada cistite, e a 
infecção dos ureteres, ureterite. O perigo mais significativo das infecções do 
trato urinário inferior é que elas podem migrar para os ureteres e afetar os rins, 
causando a pielonefrite. Ocasionalmente, os rins são afetados por infecções 
bacterianas sistêmicas, como a leptospirose. Os patógenos causadores dessa 
doença são encontrados na urina excretada.
Devido à proximidade do ânus com a abertura urinária, as bactérias intestinais 
predominam nas infecções do sistema urinário. A maioria das infecções 
urinárias é causada por Escherichia coli. Infecções por Pseudomonas, devido a 
sua resistência natural aos antibióticos, são especialmente problemáticas.
O que é a cistite? Explique os sintomas, agente causador, patogenia, 
diagnóstico e tratamento.
O que é: É uma inflamação comum da bexiga em mulheres.
Sintomas: Disúria (dificuldade, dor e urgência para urinar) e piúria (pus na 
urina).
Patogenia: A uretra feminina tem menos de 5 cm de comprimento, e os 
microrganismos a atravessam facilmente. Ela é bem mais próxima do ânus 
e de suas bactérias intestinais contaminantes que a uretra masculina. Essas 
considerações refletem o fato de que a taxa de infecção do sistema urinário 
em mulheres é cerca de oito vezes maior que em homens.
Agente Causador: Em ambos os gêneros, a maioria dos casos deve-se a 
infecções por E. coli. Outra causa bacteriana frequente é o Staphylococcus 
saprophyticus coagulase-negativo.
Diagnóstico: Como regra geral, uma amostra de urina com mais de 100 
unidades formadoras de colônia (UFC) por mL de patógenos potenciais 
(como coliformes) de uma paciente com cistite é considerada significativa. O 
diagnóstico deve incluir também um teste de urina positivo para leucócito 
esterase (LE), enzima produzida pelos neutrófilos – que indica uma infecção 
ativa.
Tratamento: O fármaco trimetoprim-sulfametoxazol normalmente reverte os 
casos de cistite com rapidez. Os antibióticos fluoroquinolona ou ampicilina 
Resumo-Bactérias associadas às infecções urinárias, ginecológicas, perinatais e sexualmente transmissíveis 4
frequentemente são utilizados com sucesso se resistência à antimicrobianos 
é encontrada
O que é a Pielonefrite? Explique os sintomas, agente causador, patogenia, 
diagnóstico e tratamento.
O que é: É uma inflamação dos rins, e normalmente é um progressão da 
cistite não tratada.
Sintomas: Febre e dor nos flancos (lateral da lombar) ou nas costas. No 
sexo feminino, infecções do trato urinário inferior são uma complicação 
frequente.
Patogenia: A pielonefrite geralmente resulta em bacteremia. Se a 
pielonefrite se tornar crônica, formam-se cicatrizes nos rins, o que prejudica 
significativamente o seu funcionamento.
Agente Causador: O agente envolvido em cerca de 75% dos casos é a E. 
coli.
Diagnóstico: culturas sanguíneas e uma coloração de Gram da urina para a 
identificação da presença de bactérias são estratégias úteis no diagnóstico. 
Uma amostra de urina contendo mais de 10.000 UFC/mL e um teste de LE 
positivo indicam pielonefrite.
Tratamento: Uma vez que a pielonefrite é uma condição que oferece 
potencial risco à vida, o tratamento normalmente se inicia com a 
administração intravenosa, de longo prazo, de um antibiótico de amplo 
espectro, como uma cefalosporina de segunda ou terceira geração.
O que é a Leptospirose? Explique os sintomas, agente causador, 
patogenia, diagnóstico e tratamento.
O que é: é principalmente uma doença de animais domésticos ou silvestres, 
mas pode ser transmissível aos seres humanos e, algumas vezes, provocar 
doença renal ou hepática severa.
Sintomas: Após um período de incubação de 1 a 2 semanas, dores de 
cabeça e musculares, calafriose febre aparecem abrupta- mente. Muitos 
dias depois, os sintomas agudos desaparecem e a temperatura retorna ao 
normal. Alguns dias depois, entretanto, um segundo episódio de febre pode 
ocorrer. As leptospiras são observadas no interior de células não fagocíticas 
dos pacientes infectados. É incerto como os patógenos entram nas células 
Resumo-Bactérias associadas às infecções urinárias, ginecológicas, perinatais e sexualmente transmissíveis 5
hospedeiras, no entanto, eles utilizam esse mecanismo como fator de 
dispersão para os órgãos-alvo e para a evasão do sistema imune. Devido a 
isso, a resposta imune é atrasada tempo o suficiente (1 ou 2 semanas) para 
que a população de bactérias no sangue e nos tecidos alcance números 
enormes. Em um pequeno número de casos, os rins e o fígado tornam-se 
gravemente infectados (doença de Weil); a insuficiência renal é a causa 
mais comum de morte. Uma forma emergente de leptospirose, a síndrome 
hemorrágica pulmonar, surgiu globalmente. Afetando os pulmões com 
sangramento maciço, essa síndrome tem uma taxa de mortalidade de mais 
de 50%. A recuperação resulta em uma imunida- de sólida, mas apenas 
contra o sorovar envolvido
Patogenia e Transmissão: Os animais infectados com as espiroquetas 
disseminam a bactéria em sua urina por períodos prolongados. Os seres 
humanos se tornam infectados através do contato com água contaminada 
com urina, proveniente de lagos de água doce ou riachos, solo ou, algumas 
vezes, pelo contato com tecido animal. Normalmente, o patógeno penetra 
por pequenas abrasões na pele ou nas membranas mucosas. Quando 
ingerido, ele penetra pela mucosa do trato digestório superior. Cães e ratos 
são a fonte mais comum de infecção. Cães domésticos apresentam uma 
taxa considerável de infecção; mesmo quando imunizados, eles continuam 
a disseminar as leptospiras.
Agente Causador: O agente causador é a espiroqueta Leptospira 
interrogans.
Diagnóstico: A maioria dos casos de leptospirose é diagnosticada por um 
teste sorológico que é complicado e, normalmente, feito em laboratórios 
centrais de referência. Entretanto, muitos testes rápidos estão disponíveis 
para o diagnóstico preliminar. Além disso, o diagnóstico pode ser realizado 
pela amostragem de sangue, urina ou outros fluidos para o microrganismo 
ou seu DNA
Tratamento: Doxiciclina (uma tetraciclina) é o antibiótico recomendado para 
o tratamento; entretanto, a administração de antibióticos em estágios tardios 
frequentemente é insatisfatória. Uma explicação para esse fato pode ser 
que as reações imunes são responsáveis pela patogênese nesse estágio.
Doenças Bacterianas do Sistema Reprodutivo
Resumo-Bactérias associadas às infecções urinárias, ginecológicas, perinatais e sexualmente transmissíveis 6
O que é a Gonorreia? Explique os sintomas, agente causador, patogenia, 
transmissão, diagnóstico e tratamento.
O que é: É uma IST muito comum. 
Sintomas: Os homens tornam-se cientes da existência de uma infecção 
gonorreica pela dor ao urinar e pela descarga de mate- rial contendo pus 
pela uretra. Cerca de 80% dos homens infectados mostram esses sintomas 
óbvios após um período de incubação de apenas alguns dias; a maioria 
mostra sintomas em menos de uma semana. Nos dias anteriores à 
antibioticoterapia, os sintomas são persistentes por semanas. Uma 
complicação comum é a uretrite, embora ela ocorra mais em decorrência da 
coinfecção com Chlamydia, que será discutida em breve. Uma complicação 
rara é a epididimite, uma infecção do epidídimo. Normalmente de ocorrência 
unilateral, essa condição dolorosa resulta da infecção ascendente ao longo 
da uretra e do ducto deferente.
Em mulheres, a doença é mais insidiosa. Somente o colo uterino, que 
contém células epiteliais colunares, é infectado. As paredes da vagina são 
compostas de células epiteliais escamosas estratificadas, que não são 
colonizadas. Poucas mulheres percebem a infecção. Posteriormente, no 
curso da doença, pode ocorrer dor abdominal a complicações, como a 
doença inflamatória pélvica.
Em homens e mulheres, a gonorreia não tratada pode se disseminar e se 
tornar uma doença sistêmica grave. As complicações da gonorreia podem 
envolver as articulações, o coração (endocardite gonorreica), as meninges 
(meningite gonorreica), os olhos, a faringe ou outras partes do corpo. A 
artrite gonorreica, que é causada pelo crescimento do gonococo nos fluidos 
das articulações, ocorre em aproximadamente 1% dos casos de gonorreia. 
As articulações comumente afetas são as do pulso, do joelho e do 
tornozelo. 
Se a mãe estiver infectada com gonorreia, os olhos do bebê dela podem se 
tornar infectados à medida que ele passa pelo canal do parto. Essa 
condição, oftalmia neonatal, pode resultar em cegueira. Devido à gravidade 
dessa condição e à dificuldade de ter certeza que a mãe está livre da 
gonorreia, antibióticos são colocados nos olhos de todos os recém-
nascidos. Se for conhecido que a mãe está infectada, uma injeção 
intramuscular de antibiótico também é administrada ao bebê. Algum tipo de 
profilaxia é requerido por lei em muitos Estados. Infecções gonorreicas 
também podem ser transferidas pelo contato das mãos, de locais infectados 
Resumo-Bactérias associadas às infecções urinárias, ginecológicas, perinatais e sexualmente transmissíveis 7
para os olhos de adultos. As infecções gonorreicas podem ser adquiridas 
em qualquer momento do contato sexual; as gonorreias faríngea e anal não 
são raras. Os sintomas da gonorreia faríngea frequentemente lembram 
àqueles da dor de garganta séptica comum. A gonorreia anal pode ser 
dolorosa e acompanhada de descargas de pus. Na maioria dos casos, 
entretanto, os sintomas são limitados à coceira.
Patogenia e Transmissão: Para infectar, o gonococo precisa se ligar através 
das fímbrias às células mucosas da parede epitelial. O patógeno invade os 
espaços que separam as células epiteliais colunares, as quais são 
encontradas na área orofaríngea, nos olhos, no reto, na uretra, na abertura 
do colo uterino e na área externa genital das mulheres pré-puberais. A 
invasão desencadeia uma inflamação e, quando os leucócitos se movem 
para a área inflamada, o pus característico se forma. Em homens, uma 
única exposição não protegida resulta em infecção com gonorreia 20 a 35% 
das vezes. As mulheres tornam-se infectadas em 60 a 90% das vezes com 
uma única exposição.
Agente Causador: Provocada pelo diplococo gram-negativo Neisseria 
gonorrhoeae.
Diagnóstico: A gonorreia nos homens é diagnosticada pelo achado de 
gonococos em esfregaço corado de pus da uretra. A coloração de Gram de 
exsudatos não é tão confiável para as mulheres. Em geral, uma cultura é 
coletada do colo uterino e cultivada em meios especiais. A cultura de 
bactérias nutricionalmente fastidiosas requer uma atmosfera enriquecida 
com dióxido de carbono. O gonococo é muito sensível às influências 
ambientais adversas (dessecação e temperatura) e sobrevive com 
dificuldade fora do corpo. O cultivo tem a vantagem de permitir a 
determinação da suscetibilidade aos antibióticos. 
O diagnóstico da gonorreia tem sido auxiliado pelo desenvolvimento de um 
teste de ELISA que detecta N. gonorrhoeae no pus uretral ou em 
esfregaços cervicais, em cerca de 3 horas, com alta exatidão. Esse e outros 
testes rápidos utilizam anticorpos monoclonais contra antígenos de 
superfície dos gonococos. Testes de amplificação de ácido nucleico são 
muito precisos em identificar isolados clínicos de casos suspeitos.
Tratamento: Para a gonorreia que afeta os tecidos cervicais, uretrais ou 
retais, a recomendação atual é, inicialmente, utilizar as cefalosporinas, 
como a ceftriaxona ou o cefixime. A ceftriaxona também é recomendada 
para casos de infecção faríngea. Fluoroquinolonas não são recomendadas 
Resumo-Bactérias associadas às infecções urinárias, ginecológicas, perinatais e sexualmente transmissíveis 8
devido ao desenvolvimento rápido de resistência a elas. A menos que uma 
coinfecção com Chlamydia trachomatis seja descartada,o paciente também 
deve ser tratado para esse organismo. É também uma prática-padrão tratar 
parceiros sexuais de pacientes, a fim de diminuir o risco de reinfecção e a 
incidência de ISTs em geral.
O que é a Chlamydia trachomatis ? Explique os sintomas, agente 
causador, patogenia, transmissão, diagnóstico e tratamento.
O que é: É um tipo de Uretrite não gonocócica (UNG) ou Uretrite 
Inespecífica( UI)
Sintomas: Em mulheres, ela é responsável por muitos casos de doença 
inflamatória pélvica, além de infecções oculares e pneumonias em lactentes 
nascidos de mães infectadas. Infecções clamidiais genitais também estão 
associadas com alto risco de câncer cervical. Uma vez que os sintomas 
frequentemente são leves em homens, e as mulheres normalmente são 
assintomáticas, muitos casos de UNG permanecem não tratados. Embora 
as complicações não sejam comuns, podem ser bastante graves. Os 
homens podem desenvolver inflamação do epidídimo. Em mulheres, a 
inflamação das tubas uterinas pode causar cicatrizes, levando à 
esterilidade.
Agente Causador: Chlamydia trachomatis.
Diagnóstico: Para o diagnóstico, a cultura é o método mais confiável, porém 
requer métodos de cultivo especializados, leva de 24 a 72 horas e nem 
sempre está disponível de maneira conveniente. Atualmente, existem 
diversos testes novos não baseados em cultura. Muitos deles amplificam e 
detectam as sequências de DNA e RNA do microrganismo. Amostras de 
urina podem ser utilizadas, mas a sensibilidade é menor que com 
esfregaços. O desenvolvimento mais recente em testes de amplificação é o 
uso de espécimes de esfregaços (uretrais ou vaginais, conforme o caso) 
coletados pelos próprios pacientes – método que eles tendem a preferir.
Tratamento: São sensíveis a antibióticos do tipo tetraciclina, como 
doxiciclina, ou a antibióticos macrolídeos, como a azitromicina.
Observações: Um fato de especial importância é que cinco vezes mais 
casos são relatados em mulheres do que em homens. C. trachomatis 
também é responsável pelas ISTs linfogranuloma venéreo e tracoma.
Resumo-Bactérias associadas às infecções urinárias, ginecológicas, perinatais e sexualmente transmissíveis 9
O que é a Doença Inflamatória pélvica (DIP)? Explique os sintomas, agente 
causador, patogenia, transmissão, diagnóstico e tratamento.
O que é: Doença inflamatória pélvica (DIP) é um termo coletivo para 
qualquer infecção bacteriana extensa dos órgãos pélvicos femininos, 
particularmente o útero, o colo do útero, as tubas uterinas ou os ovários.
Sintomas: A infecção das tubas uterinas, ou salpingite, é a forma mais 
severa de DIP. A salpingite pode resultar em cicatrizações que bloqueiam a 
passagem dos óvulos do ovário ao útero, possivelmente causando 
esterilidade. Uma tuba uterina bloqueada pode causar a implantação de um 
ovo fertilizado na tuba uterina, em vez de no útero. Esse fenômeno é 
denominado gravidez ectópica (ou tubária), sendo uma condição 
potencialmente letal, devido à possibilidade de ruptura da tuba, com 
hemorragia resultante.
Patogenia e Transmissão: O começo da DIP clamidial é relativamente mais 
insidioso, com poucos sintomas inflamatórios iniciais, em comparação com 
a N. gonorrhoeae. Entretanto, o dano à tuba uterina pode ser maior com a 
infecção clamidial, principalmente no caso de infecções repetidas.
Agente Causador: A DIP é considerada uma infecção polimicrobiana, ou 
seja, diversos patógenos diferentes podem ser a causa, incluindo 
coinfecções. Os dois micróbios mais comuns são a N. gonorrhoeae e a C. 
trachomatis.
Diagnóstico: Um diagnóstico de DIP depende muito dos sinais e dos 
sintomas, em combinação com as indicações laboratoriais de gonorreia ou 
infecção clamidial do colo uterino
Tratamento: O tratamento recomendado para DIP é a administração 
simultânea de doxiciclina e cefoxitina (uma celafosporina). Essa 
combinação é ativa contra ambos, gonococos e clamídia.
O que é a Sífilis? Explique os sintomas, agente causador, patogenia, 
transmissão, diagnóstico e tratamento.
O que é: É IST e que possui alguns estágios, o estágio primário, 
secundário, período latente e o estágio terciário da sífilis.
Estágio Primário da Sífilis: No estágio primário da doença, o sinal inicial é 
um cancro, ou úlcera, pequeno, de base endurecida, que aparece no local 
da infecção de 10 a 90 dias após a exposição – em média, cerca de 3 
semanas. O cancro é indolor, e um exsudato seroso forma-se no centro. 
Resumo-Bactérias associadas às infecções urinárias, ginecológicas, perinatais e sexualmente transmissíveis 10
Esse fluido é altamente infeccioso. Em algumas semanas a lesão 
desaparece. Nenhum desses sintomas causa qualquer desconforto. De fato, 
muitas mulheres têm total desconhecimento do cancro, que, com, 
frequência, localiza-se no colo do útero. Nos homens, o cancro algumas 
vezes se forma na uretra e não é visível. Durante esse estágio, as bactérias 
entram na corrente sanguínea e no sistema linfático, que as distribuem 
amplamente pelo corpo.
Estágio Secundário da Sífilis: Muitas semanas após o estágio primário (o 
tempo exato varia e os estágios podem se sobrepor), a doença entra no 
estágio secundário, caracterizado principalmente por uma erupção cutânea 
de aparência variável. A erupção é amplamente distribuída na pele e nas 
membranas mucosas, sendo especialmente visível nas palmas das mãos e 
nas solas dos pés. O dano ocorrido aos tecidos nesse estágio e no estágio 
terciário tardio deve-se principalmente à resposta inflamatória aos 
imunocomplexos circulantes que se alojam em várias partes do corpo. 
Outros sintomas frequentemente observados são perda de tufos de cabelo, 
mal-estar e febre branda. Algumas pessoas podem apresentar sintomas 
neurológicos.
Nesse estágio, as lesões da erupção contêm muitas espiroquetas e são 
muito infecciosas. A transmissão por contato sexual pode ocorrer durante os 
estágios primário e secundário. Dentistas e outros profissionais de cuidados 
com a saúde, ao entrarem em contato com o fluido oriundo dessas lesões 
podem se tornar infectados pelas espiroquetas que penetram por 
minúsculas fissuras na pele. Essa transmissão não sexual é possível, 
porém os micróbios não sobrevivem por muito tempo nas superfícies 
ambientais, não sendo comum serem transmissíveis, por exemplo, em 
assentos sanitários. A sífilis secundária é uma doença sutil; pelo menos 
metade dos pacientes diagnosticados nessa fase não se recorda de 
Resumo-Bactérias associadas às infecções urinárias, ginecológicas, perinatais e sexualmente transmissíveis 11
nenhum tipo de lesão. Os sintomas desaparecem, normalmente, dentro de 
três meses.
Período latente: Os sintomas da sífilis secundária desaparecerão com ou 
sem tratamento, e a doença entra em um período latente. Durante esse 
período, não há sintomas. Após 2 a 4 anos de latência, a doença 
normalmente é não infecciosa, exceto pela transmissão materno-fetal. A 
maioria dos casos não progride além do período latente, mesmo sem 
tratamento.
Estágio terciário da sífilis: Em até 25% dos casos não tratados, a doença 
reaparece em seu estágio terciário. Esse estágio ocorre somente após um 
intervalo de muitos anos depois da ocorrência do período latente. T. 
pallidum tem uma camada externa de lipídeos que estimula uma resposta 
imune pouco efetiva, principalmente por reações de complemento 
destruidoras de células. No entanto, a maioria dos sintomas da sífilis 
terciária provavelmente se deve às reações imunes do corpo (mediadas por 
células) às espiroquetas sobreviventes. O estágio terciário, ou tardio, da 
sífilis, em geral, pode ser classificado pelos tecidos afetados ou pelo tipo de 
lesão. A sífilis gomatosa é caracterizada por gomas, que são uma forma de 
inflamação progressiva que aparece como massas de tecido com aspecto 
emborrachado em diversos órgãos (mais comumente na pele, nas 
membranas mucosas e nos ossos) após cerca de 15 anos. Nesses locais, 
elas causam destruição dos tecidos, mas normalmente não causam 
incapacitação ou morte A sífilis cardiovascular resultamais severamente 
em um enfraquecimento da aorta. A neurossífilis ocorre em até 10% dos 
pacientes se a doença não for tratada. Como partes do sistema nervoso 
central são afetadas, o resultado pode variar amplamente em sinais e 
sintomas. O paciente pode sofrer de alterações de personalidade e outros 
sinais de demência (paresia), convulsões, perda da coordenação do 
Resumo-Bactérias associadas às infecções urinárias, ginecológicas, perinatais e sexualmente transmissíveis 12
movimento voluntário (tabes dorsalis), paralisia parcial, perda da 
capacidade de utilização e compreensão da fala, perda da visão ou 
audição, ou perda do controle da bexiga e do intestino. Poucos (ou nenhum) 
patógenos são encontrados nas lesões do estágio terciário, e eles não são 
considerados muito infecciosos. Hoje, raramente os casos de sífilis 
progridem até esse estágio.
Sífilis congênita: Uma das formas mais perturbadoras e perigosas da sífilis, 
chamada de sífilis congênita, é transmissível através da placenta para o 
feto. O prejuízo do desenvolvimento mental e outros sintomas neurológicos 
estão entre as consequências mais graves. Esse tipo de infecção é mais 
comum quando a gestação ocorre durante o período latente da doença. A 
gestação durante os estágios primário e secundário mais comumente 
produz um natimorto. O tratamento da mãe com antibióticos durante os dois 
primeiros trimestres (6 meses) geralmente é capaz de prevenir a 
transmissão congênita.
Patogenia e Transmissão: T. pallidum não tem fatores de virulência 
evidentes, como toxinas, porém produz diversas lipoproteínas que induzem 
uma resposta imune inflamatória. Aparentemente, essa é a causa da 
destruição tecidual da doença. Quase imediatamente após a infecção, o 
organismo entra na corrente sanguínea e invade profundamente os tecidos, 
cruzando facilmente as junções entre as células. Ele tem uma mobilidade do 
tipo saca-rolhas, que o permite “nadar” rapidamente nos fluidos gelatinosos 
teciduais. A sífilis é transmissível por contato sexual de quaisquer tipos, por 
infecção sifilítica da área genital ou de outras partes do corpo. O período 
médio de incubação é de 3 semanas, mas pode variar de 2 semanas a 
muitos meses. A doença progride, ocorrendo muitos estágios reconhecidos.
Agente Causador: É uma espiroqueta gram-negativa, Treponema pallidum
Diagnóstico: O diagnóstico da sífilis é complexo, uma vez que cada estágio 
da doença tem exigências especiais. Os testes se dividem em três grupos 
gerais: inspeção microscópica visual, testes sorológicos treponêmicos e 
testes sorológicos não treponêmicos. Para a triagem preliminar, os 
laboratórios usam o teste sorológico não treponêmico ou o exame 
microscópico de exsudatos das lesões, quando estão presentes. Se o teste 
de triagem for positivo, os resultados são confirmados por testes sorológicos 
treponêmicos
Resumo-Bactérias associadas às infecções urinárias, ginecológicas, perinatais e sexualmente transmissíveis 13
Tratamento: A penicilina benzatina, formulação de ação prolongada que 
permanece efetiva no corpo por cerca de duas semanas, é o antibiótico 
normalmente utilizado no tratamento da sífilis. A concentração alcançada no 
soro por essa formulação é baixa, mas a espiroqueta tem permanecido 
muito sensível a esse antibiótico. Para pessoas sensíveis à penicilina, 
muitos outros antibió- ticos, como a azitromicina, a doxiciclina e a 
tetraciclina, também têm provado ser efetivos.
O que é a Linfogranuloma venéreo (LGV)? Explique os sintomas, agente 
causador, patogenia, transmissão, diagnóstico e tratamento.
O que é: É uma IST causada pela bactéria Chlamydia trachomatis. 
Sintomas: Os microrganismos invadem o sistema linfático, e a região dos 
linfonodos torna-se aumentada e dolorosa. A supuração (descarga de pus) 
também pode ocorrer. A inflamação dos linfonodos resulta em cicatrizes, 
que, ocasionalmente, obstruem os vasos linfáticos. Esse bloqueio algumas 
vezes leva a um aumento de volume maciço da genitália externa nos 
homens. Em mulheres, o envolvimento dos linfonodos da região retal pode 
levar ao estreitamento do reto. Essas condições podem, ocasionalmente, 
requerer cirurgia
Agente Causador: Essa doença aparentemente é causada pelos sorovares 
de C. trachomatis que são invasivos e tendem a infectar o tecido linfoide.
Diagnóstico: Para o diagnóstico, testes sanguíneos para a presença de 
anticorpos contra os sorovares de C. trachomatis que estão causando a 
doença são os mais satisfatórios. Os organismos isolados também podem 
ser crescidos em cultura celular ou em ovos embrionados.
Tratamento: O antibiótico de escolha para o tratamento é a doxiciclina.
O que é o Cancroide (Cancro mole)? Explique os sintomas, agente 
causador, patogenia, transmissão, diagnóstico e tratamento.
O que é: A IST conhecida como cancroide (cancro mole).
Sintomas: No cancroide, uma ulceração dolorosa e edemacia- da que se 
forma sobre a genitália envolve uma infecção dos linfonodos adjacentes. Os 
linfonodos infectados na virilha algumas vezes ulceram e secretam pus na 
superfície da pele. Essas lesões são um fator importante na transmissão do 
HIV, sobretudo na África. As lesões também podem ocorrer em outras 
áreas, como a língua e os lábios.
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Patogenia e Transmissão: Assim como a sífilis, sua incidência está 
fortemente associada ao uso de drogas.
Agente Causador: O agente causador é o Haemophilus ducreyi, um 
pequeno bacilo gram-negativo
Diagnóstico: Os sintomas e o cultivo dessas bactérias são o principal meio 
de diagnóstico
Tratamento: Os antibióticos recomendados incluem doses únicas de 
azitromicina ou ceftriaxona.
O que é Vaginose bacteriana? Explique os sintomas, agente causador, 
patogenia, transmissão, diagnóstico e tratamento.
O que é: A inflamação da vagina devido a uma infecção, ou vaginite.
Sintomas: A vaginose bacteriana é caracterizada por pH vaginal acima de 
4,5 e uma abundante descarga vaginal espumosa. Quando testadas com 
uma solução de hidróxido de potássio, essas secreções vaginais liberam um 
odor de peixe, devido à presença de aminas produzidas pela G. vaginalis.
Patogenia e Transmissão: A maioria desses casos é atribuída à presença 
de G. vaginalis e é chamada de vaginose bacteriana. (Uma vez que não 
existe sinal de inflamação, o termo vaginose é preferido ao termo vaginite.). 
Não há condição correspondente nos homens, mas a G. vaginalis com 
frequência está presente em suas uretras. Desse modo, a condição pode 
ser sexualmente transmissível, porém, ocasionalmente, ocorre em mulheres 
que não são sexualmente ativas.
Agente Causador: principalmente o fungo Candida albicans, o protozoário 
Trichomonas vaginalis, ou a bactéria Gardnerella vaginalis, um pequeno 
bastonete pleomórfico gram-variável
Diagnóstico: O diagnóstico tem como base o pH vaginal, o odor de peixe 
(teste de exalação) e a observação microscópica de células-alvo na 
descarga vaginal. Essas células indicadoras são células epiteliais vaginais 
descamadas cobertas por um biofilme de bactérias, geralmente G. vaginalis.
Tratamento: O tratamento é feito principalmente com metronidazol, 
antimicrobiano que erradica os anaeróbios essenciais à continuação da 
doença, mas permite que os lactobacilos normais repovoem a vagina. 
Observações: A doença tem sido considerada mais uma irritação do que 
uma infecção séria, mas atualmente tem sido vista como um fator em 
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muitos partos prematuros e nascimento de bebês com baixo peso.

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