Buscar

Prática Penal caso II

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Prática Penal
Profª Mscª Alexandra Fonseca Rodrigues
Caso análise- tipo II. 
Thais Oliveira Moutinho - 26084566
Questão para estudo: Um grupo de amigos, apaixonados por carros e velocidade, assiste ao filmes velozes e furiosos e resolve se reunir em via pública, sem nenhum tipo de autorização para realizar uma competição e ver quem é mais veloz na condução de seu veículo. Na tentativa de ganhar, todos pisam fundo no acelerador sem se intimidar pela possibilidade de lesionar pedestres ou danificar outros veículos. Por azar, um dos veículos atinge um idoso e o deixa gravemente lesionado. Qual (is) delito(s) os amigos cometeram?
Regras:
- Argumentos para acusação
Considera-se racha a corrida ilegal de automóveis que colocam em risco a integridade física de quem participa ou não. A Lei 12.971/14 em seu artigo CTB - Art. 308. § 1º, a pena é de três a seis anos de reclusão no caso de lesão corporal e aumentando as multas aplicáveis aos motoristas em 10 vezes, suspensão do direito de dirigir e apreensão do veículo. (Art. 174)
Caracterizando-se dolo eventual, pois mesmo que o agente não quisesse o resultado diretamente, assumiu o risco de produzi-lo quando os mesmos não se intimidaram pela possibilidade de lesionar algum pedestre. Já que é certo que os participantes de rachas sabem que há possibilidade dessa disputa causar um acidente. 
- Argumentos para defesa
O dolo eventual nessa circunstância não se enquadra, porque mesmo que os agentes tenham a previsibilidade do resultado não se pode dizer que eles assumiram o risco de lesionar o idoso. O dolo eventual diante da gravidade da lesão só poderá ser configurado se demonstrado que o agente efetivamente assumiu o risco do resultado, o que não está em questão. 
Na situação como esta, os agentes queriam disputar o racha, mas não imaginaram a possibilidade de lesionar gravemente um idoso, considerando que o acidente foi algo que fugiu totalmente do planejado.
Vejamos, tanto no dolo eventual quanto na culpa consciente, o agente prevê a possibilidade do resultado e mesmo assim continua a realizar a conduta. Porém com uma diferença, no dolo eventual o agente não se importa se tal resultado ocorrer e vitimar pessoas. Já culpa consciente, o agente confia nas suas habilidades e na certeza de que não chegará a esta conseqüência. (STF, no dia 06 de setembro p. F., no julgamento do HC 107801)

Continue navegando