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Afecções do Sistema Respiratório em Cães e gatos Resumo por: Denise Ramos Pacheco Prof. Dr. Matheus Matioli Mantovani. Medicina Veterinária UFU (2021). Anatomia do sistema respiratório Sistema respiratório superior: • Cavidade nasal • Faringe (nasofaringe) • Laringe Sistema respiratório inferior: • Traqueia • Brônquios • Bronquíolos • Alvéolos pulmonares • Pulmão Alguns consideram a traqueia cervical como sistema respiratório superior e a traqueia torácica como inferior. Função sistema respiratório: troca gasosa (alvéolo pulmonar – hematose – O2 do alvéolo migra para a circulação sanguínea e captação de CO2 para ser eliminado ao meio externo). Muitas interleucinas em cavidade nasal e pulmão – função imunológica. Controle do equilíbrio ácido-básico (alcalose e acidose respiratória). Gatos: mais comum apresentarem distúrbios de cavidade nasal (principalmente rinites de origem viral). Os cães costumam ter mais distúrbios traqueais (colapso traqueal) e também pneumonias, tanto de origem bacteriana quanto viral. Enfermidades brônquicas: o gato pode ter tanto a asma felina, como bronquite. O cão não tem asma, é mais comum ter bronquite. O gato é um modelo para o estudo da asma em humanos. O gato pode ter bronquite também, mas somente ele tem asma felina/inflamação brônquica. Cães oligocefálicos: Doberman, Fila Brasileiro, Pastor Alemão → diferentes prevalências de doenças quando comparados aos cães braquicefálicos, por exemplo. Manifestações clínicas do sistema respiratório: Distúrbios de: CAVIDADE NASAL → corrimento nasal, espirros, deformidade nasal, dispneia inspiratória. *pode ter corrimento nasal por distúrbio brônquico também. LARINGE (mais comum em cães do que nos gatos) → dispneia inspiratória e mudanças no latido (pode ficar mais fino). TRAQUEIA, BRÔNQUIOS E PULMÕES → tosse (onde há receptores de tosse – traqueia e brônquios, principalmente; alvéolo pulmonar e bronquíolo não tem. Em faringe tem alguns receptores de tosse também). Também apresentam dispneia expiratória ou mista (tanto por distúrbio brônquico ou pulmonar). CAVIDADE PLEURAL → efusão pleural e pneumotórax. Enfermidades do sistema respiratório: CAVIDADE NASAL → infecção do trato respiratório superior dos felinos; neoplasias nasais (cães principalmente). LARINGE → paralisia de laringe ou paralisia laríngea (cão). TRAQUEIA → complexo respiratório canino (tosse dos canis) e colapso traqueal. BRÔNQUIOS → bronquite crônica e asma felina. PULMÃO → pneumonias. Cavidade nasal: Corrimento nasal: • ETIOLOGIA → distúrbios localizados em cavidades nasais ou seios nasais (infecção, neoplasias, etc). Localização e aspecto da secreção são importantes para diferenciar a etiologia. Normalmente, corrimento nasal bilateral trata-se provavelmente de um distúrbio sistêmico (reação alérgica, infecção sistema respiratório superior ou inferior, edema pulmonar significativo, etc). • ASPECTO: • Seroso – translúcido, viscoso. Pode indicar reação alérgica ou infecções virais nos primeiros dias (normalmente até o terceiro ou quarto dia de infecção). • Mucopurulento – aspecto esverdeado. Pode ser devido a infecção bacteriana primária ou secundária (viral após 3 dias de evolução). • Hemorrágico puro – EPISTAXE (sangue puro). Pode ser devido a trauma ou corpo estranho, que lesa epitélio da cavidade nasal, normalmente unilateral. Em afecções neoplásicas, dependendo da neoplasia, pode ser bilateral. Em animais com distúrbios de coagulação/sistêmicos também pode haver corrimento nasal bilateral de origem hemorrágica. • O corrimento pode ser serossanguinolento também. Corrimento nasal seroso → pode ser normal (em baixa quantidade) ou por infecção viral, antecede purulento. Corrimento nasal mucopurulento → infecção viral, infecção bacteriana, neoplasia, corpo estranho, rinite crônica. Corrimento nasal hemorrágico → trauma, neoplasia, coagulopatia, infecção fúngica. *Rinite de origem bacteriana primária (infecção primária) é muito raro, normalmente é de origem secundária, tanto em cães quanto em gatos.
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