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Disciplina: Operação em Transportes Turísticos Aéreos e Marítimos - Aula 3: Transporte aéreo um setor vital para o Brasil. Por que?

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Disciplina: Operação em Transportes Turísticos
Aéreos e Marítimos
Aula 3: Transporte aéreo – um setor vital para o Brasil.
Por que?
Apresentação
Nesta aula, serão analisados os conceitos norteadores de cadeia produtiva, com ênfase no setor aéreo, e como ela in�uencia
diferentes setores da economia.  Também será destacado o processo de desenvolvimento e estágio atual de composição do
mercado aéreo brasileiro a partir do estudo de uma série de políticas públicas de fomento ao setor.  Esta abordagem é
fundamental para a compreensão da importância do transporte aéreo no contexto turístico, social e econômico.
Objetivos
Identi�car a importância do setor aéreo de transportes na cadeia produtiva;
Reconhecer os principais elementos que compõem a indústria aérea;
Veri�car como o transporte aéreo mudou o comportamento e in�uenciou a economia mundial a partir da metade do
Século XX.
A indústria do transporte aéreo
A indústria do transporte aéreo constitui-se de um segmento
vital para a economia e a sociedade.
Diariamente, milhões de pessoas dependem e utilizam este
serviço, seja por motivo de trabalho, saúde, lazer, ao mesmo
tempo em que ela serve de insumo produtivo para milhares de
empresas que a utilizam como meio de deslocamento rápido e
seguro para seus executivos, cargas e técnicos, como aponta
Oliveira (2009).
Imagine o turismo e o comércio globais sem o transporte aéreo. Seria toda essa
movimentação diária possível sem os aviões? Qual outra modalidade de transporte possui a
mesma velocidade e capacidade de abrangência?
A utilidade do transporte aéreo não se
limita a operações internacionais. Ele
também é fundamental na integração
territorial de países, em especial aqueles
de dimensões continentais como o
Brasil , ou na integração de blocos
continentais como a Europa.
1
O transporte aéreo representa
segurança, garantia da manutenção da
soberania nacional e, em alguns casos,
o único meio de atendimento das
necessidades básicas em localidades
situadas no interior, regiões fronteiriças
ou de difícil acesso.
https://estacio.webaula.com.br/cursos/gon192/aula3.html
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
O transporte aéreo contribuindo para a economia do país
Tente dimensionar o valor do transporte aéreo para a economia brasileira:
 Fonte: Google Maps
Um executivo de Porto Alegre precisa ir a Belém ao encontro
de compradores e retornar no mesmo dia. Existe alguma outra
possibilidade dessa viagem ocorrer que não seja a bordo de
um avião?
Todos estes fatores reunidos por si próprios são capazes de justi�car a presença de políticas públicas e uma abrangente malha
aérea cobrindo todo o território nacional, mas será que isso re�ete a realidade?
Infelizmente, não. Apesar de toda relevância imputada ao setor aéreo no Brasil, veri�ca-se que apenas:
120 
municípios
Têm ligações aéreas regulares

3%
Do território nacional é atendido pelas
empresas aéreas.
Se um morador do município de Tabatinga desejar ir a Manaus e tiver que escolher entre uma das duas opções:
AVIÃO
1h30 de viagem.
 BARCO
7 a 11 dias de viagem.
Entre as atividades econômicas mais prejudicadas pelas di�culdades impostas pela precariedade da malha aérea brasileira, o
turismo sem dúvida é uma delas, pois é intrínseca à atividade turística a obrigatoriedade de deslocamento e ao veri�carmos as
distâncias entre as regiões do Brasil constatamos que é simplesmente impossível o turismo se desenvolver de maneira
sustentável e abrangente no País sem a existência dessa infraestrutura.
Um dos lugares mais desejados pelos turistas brasileiros, sem dúvida, é Fernando de Noronha, um verdadeiro paraíso insular
localizado no Oceano Atlântico, porém, desprovido de acesso terrestre. 
Assim, as únicas formas de chegar são apenas por via aérea ou via marítima, sendo esta demasiadamente lenta e incompatível
com a necessidade de acesso rápido proporcionada pelo transporte aéreo, ou seja, se as atividades aéreas para Fernando de
Noronha forem suspensas, a base da economia da ilha tende a ser praticamente extinta, mas voltaremos a falar sobre esta
relação ainda nesta aula utilizando estudos de caso no exterior.
Cadeia produtiva do transporte aéreo
Assim como ocorre com todos os setores da economia, o transporte aéreo possui uma cadeia produtiva composta por
elementos que lhes são bastante peculiares.
No caso do transporte aéreo, tanto ele participa de uma cadeia produtiva (a cadeia produtiva de infraestrutura e o turismo são
exemplos disso), bem como ele possui uma cadeia produtiva própria composta por:
2
1
Agentes como as empresas aéreas
2
Passageiros
3
Setor de cargas
4
Segurança aérea
5
Escola de formação de pilotos
6
Mercado de aeronaves, entre tantos outros destacados por
Oliveira (2009)
Para mais informações, clique aqui <galeria/aula3/docs/pdf01_aula03.pdf> e leia o texto.
https://estacio.webaula.com.br/cursos/gon192/aula3.html
https://estacio.webaula.com.br/cursos/gon192/galeria/aula3/docs/pdf01_aula03.pdf
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Primórdios da aviação

O Brasil é o quinto maior país do mundo, com uma
área de mais de 8 milhões de quilômetros quadrados
e cerca de 5.564 municípios.

Como se não bastasse suas dimensões superlativas,
a histórica ausência de investimentos em
infraestrutura de transporte terrestre e hidroviário fez
do transporte aéreo um setor simplesmente
indispensável sob todos os prismas, dados os seus
atributos como velocidade e capacidade de
cobertura.
De acordo com Palhares (2002), o primeiro grande evento envolvendo a aviação brasileira ocorreu no dia 7 de setembro de 1906,
na França, quando o brasileiro Alberto Santos Dumont realizou o que para muitos foi o primeiro voo da história da humanidade
com o 14 Bis, embora este fato seja até os dias de hoje bastante contestado por pesquisadores, principalmente americanos, que
atribuem tal façanha aos irmãos Willbur e Orville Wright, porém sem os mesmos registros históricos e divulgação da mídia como
o feito do brasileiro.
Outro aspecto que diverge quanto aos criadores do primeiro avião seriam os aspectos tecnológicos utilizados.
1910/1914
Independentemente de quem teria sido o
primeiro criador do avião, no início do século
passado a França liderava as pesquisas e
operações com aeroplanos e dirigíveis, enquanto
entre 1910 e 1914 a alemã Deutsche
Lufthschiffarts Direktion operava uma frota de
quatro dirigíveis entre cidades alemãs.
1914/1918
Com o início da Primeira Guerra Mundial (1914-
1918), todos os avanços obtidos nos primeiros
anos do século XX sofreram uma forte retração,
embora ao seu �nal novas aeronaves tenham
sido introduzidas no mercado com relevante
desenvolvimento tecnológico para sua época, as
quais, em conjunto com o desenvolvimento de
novas tecnologias permitiram mais velocidade e
e�ciência das viagens.
1919
Em 5 de fevereiro de 1919 surgiu �nalmente a
primeira linha de serviço aéreo regular do mundo,
operada pela Deutsche Luft Reederei, interligando
as cidades de Berlim e Weimar, e no dia 25 de
agosto do mesmo ano foi inaugurada a primeira
linha aérea regular internacional entra Paris e
Londres, operada pela inglesa Air Transport and
Travel, operada com avião de combate adaptado.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Assim, a aviação internacional foi se desenvolvendo com o passar do século e vários acontecimentos destacáveis aconteceram
no universo do transporte aéreo:
A travessia do Atlântico Sul comandada por Sacadura Cabral e Gago Coutinho, em comemoração ao
centenário da independência do Brasil, em 1922, ligando Lisboa ao Rio de Janeiro com escalas na África e na
costa brasileira.
O voo entre Inglaterra, Índia e Burma (atual Myanmar), completando um percurso de 28.968 quilômetros em
210 horas comandado por Alan Cobham.
Os voos do mesmo comandante Alan Cobham entre Inglaterra, África do Sul e Austrália.
O voo de Charles Lindbergh em 1927 sobre o Atlântico Norte a bordo do histórico monomotor “Spiritof St.
Louis”, entre Nova York e Paris em 33 horas e 39 minutos – sem escalas – atribuindo-lhe o título de primeiro
homem a cruzar o Atlântico sem paradas.
O voo sobre o Oceano Pací�co operado por Charles Smith a partir de San Francisco para Brisbane, com
escalas em Honolulu, Havaí, Suva e Ilhas Fiji. 
O período pós II Guerra representou uma verdadeira revolução na indústria aeronáutica, pois com os avanços
tecnológicos introduzidos no setor a partir da metade dos anos 1950 fez surgir no mercado aeronaves de
maior capacidade e velocidade como o Caravelle, Boeing 707 e o Douglas DC-8.
Já entre as décadas de 1960 e 1970 a indústria introduziu no mercado o conceito de wide bodies, como o Boeing 747, Douglas
DC-10 e Lockhedd Tri Star que tornaram os deslocamentos intercontinentais mais rápidos, seguros, confortáveis e para um
número cada vez maior de passageiros, estimulando diretamente o turismo internacional.
Ainda que de maneira incipiente, os primeiros passos da aviação no Brasil foram dados na década de 1920 com o
surgimento das primeiras linhas regulares, as primeiras empresas aéreas e as primeiras políticas públicas visando o setor
01
através do decreto de atos regulatórios para o setor, como aponta Malagutti (2001).
Como fruto dessa política, em 05 de janeiro de 1920 o Governo criou a Inspetoria Federal de Aviação Marítima e Fluvial
que possuía entre outras atribuições, funções relacionadas à navegação aérea e à indústria aeronáutica.
02
Doze anos mais tarde o então Presidente Getúlio Vargas criou o Departamento de Aviação Civil (DAC), que inicialmente
esteve subordinado ao Ministério de Viação e Obras Públicas até 20 de janeiro de 1941 quando, en�m, foi incorporado ao
Ministério da Aeronáutica até 2004, quando o Presidente Lula o extinguiu e passou suas atribuições à Agência Nacional
de Aviação Civil.(Malagutti, 2001).
Alinhando-se à política nacional de transporte aéreo introduzida nos anos 1920 o mercado de aviação brasileira teve sua
primeira linha operada em território nacional autorizada em caráter experimental à francesa Latecoère, que
complementava uma linha regular de correio e mala postal entre a Europa e a América do Sul (Castro e Lamy, 1993).
03
Contudo, a primeira concessão o�cial de operações aéreas à iniciativa privada no Brasil visando o atendimento à
sociedade e a integração nacional, foi outorgada à alemã Condor Syndikat em janeiro de 1927 e à própria Latecoère,
o�cializando o único registro de cabotagem no Brasil.
Você sabe o que é cabotagem? Pinto (2008) de�ne o termo cabotagem como “uma operação de linhas domésticas por
empresa estrangeira”. Fundada em 1º de dezembro de 1927, a Syndicato Condor surgiu como resultado do processo de
nacionalização da Condor Syndikat, que à época representava os interesses da empresa aérea alemã Luft Hansa no
Brasil.
04
Inicialmente a Syndicato Condor utilizou aeronaves e foi dirigida por empresários da antiga empresa e iniciou operações
no ano de 1928 entre as cidades de Rio de Janeiro e Porto Alegre, cumprindo o percurso em 11 horas, uma média de
velocidade de 11 km/h e quatro escalas segundo Betting (2005).
Rapidamente a empresa expandiu suas ações no Brasil e estabeleceu linhas regulares para Salvador, Natal, Cuiabá,
Fortaleza e Carolina, além de cidades estrangeiras como Santiago e Buenos Aires, com excelentes índices de 99,8% de
regularidade e 99,8% de pontualidade. (Malagutti, 2001 e Bettini,2007)
05
Porém, durante a II Guerra Mundial a Syndicato Condor se viu obrigada de mudar seu nome por causa do sentimento
antigermânico que tomou conta da nação e passou a se chamar Cruzeiro do Sul e foi gradativamente substituindo sua
frota basicamente composta de aeronaves alemãs, por aeronaves norte-americanas dos modelos DC-3 e DC-4.
Ao longo de sua existência, a Cruzeiro do Sul cresceu ao incorporar empresas aéreas do Sul do Brasil como a
Transportes Aéreos Catarinenses (TAC) e a Sociedade Anônima Viação Aérea Gaúcha (SAVAG), além de algumas rotas
da extinta Panair.
Para �nalizarmos os assuntos dessa aula, leia os textos:
VARIG <galeria/aula3/docs/pdf02_aula03.pdf> .
Cronologia do transporte aéreo brasileiro <galeria/aula3/docs/pdf03_aula03.pdf> .
Notas
Brasil 1
https://estacio.webaula.com.br/cursos/gon192/galeria/aula3/docs/pdf02_aula03.pdf
https://estacio.webaula.com.br/cursos/gon192/galeria/aula3/docs/pdf03_aula03.pdf
Mais de 8 milhões de quilômetros quadrados e cerca de 5.564 municípios, cujas distâncias entre suas fronteiras não poderiam ser
atendidas por nenhum outro modal que não fosse o aéreo, principalmente na Região Amazônica onde além da distância em
relação as principais cidades do país ainda existe as barreiras geográ�cas de acesso como a �oresta e os rios.
Cadeia produtiva 2
Você reconhece o que é uma cadeia produtiva?A cadeia produtiva compreende todas as etapas de produção e transformação de
um produto, serviço ou matéria prima realizadas por diferentes unidades, que em forma de cadeia vão agregando-lhe valor
su�ciente até que o mesmo esteja disponível para o consumidor �nal.
Referências
Próxima aula
A inter-relação histórica entre o setor de transportes e o turismo.
As diferentes formas como ambos os setores se integram até os dias de hoje.
O funcionamento das Alianças Estratégicas.
Explore mais
Visite o site NECTAR-ITA <//www.nectar.ita.br> e leia os seguintes textos:
Um retrato da aviação regional no Brasil. Documento de trabalho N.018 – Acervo Cientí�co do Núcleo de Estudos em
Competição e Regulação do Transporte Aéreo (NECTAR).
 Constituição do marco regulatório para o mercado Brasileiro de aviação nacional/ Regulatory Aspects for the Brazilian
Regional Air Transport Market, Nectar/ITA.
https://www.nectar.ita.br/

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