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Relatorio 16 Óleos e Graxas_ (2)

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Análise de Óleos e Graxas
Bruna Lopes (IC)¹, Igor Valezan (IC)2, Júlia Goedert (IC)3, Manoella Neves Pereira (IC)4, Daiana Cardoso de Oliveira (PS).
brunal190294@gmail.com1, igorvalezan@gmail.com2, julliagoedert@hotmail.com3, nevespmanu@gmail.com4.
Universidade do Sul de Santa Catarina		Data: 25 / 06 / 2018 
Palavras Chave: Óleos, graxas, extração. 
Introdução
Óleos e graxas são substâncias orgânicas de origem animal, mineral ou vegetal. Geralmente são hidrocarbonetos, gorduras, ésteres, entre outros. Não costumam ser encontrados em águas naturais, mas provenientes de despejos e resíduos industriais, esgotos domésticos, efluentes de oficinas mecânicas, postos de gasolinas, estradas e vias públicas (ORSSATTO et al., 2010).
Os óleos e graxas, em seu processo de decomposição, reduzem o oxigênio dissolvido elevando a Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) e a Demanda Química de Oxigênio (DQO) causando alterações negativas no ecossistema aquático (METCALF; EDDY, 1991).
Resíduos de óleos quando em contato com a água podem causar sérios danos ao meio ambiente, pois formam uma película impedindo a passagem de oxigênio para as células bacterianas e assim causando a morte de microrganismos (NUVOLARI, 2011).
A baixa solubilidade em água das longas cadeias carbônicas, além de provocar entupimentos nas tubulações por incrustações e prejudicar o tratamento biológico (aeróbio/anaeróbio) nas ETE’s (Estações de Tratamento de Efluentes), caracteriza os OGRs como grandes fontes de contaminação do solo e dos recursos hídricos, quando dispostos diretamente (OLIVEIRA et al., 2014).
Para o lançamento de efluentes em corpos hídricos o parâmetro de óleos e graxas é exigido pela legislação ambiental. Os limites de tolerância para óleos e graxas minerais é de 20 mg/L e para óleos e graxas vegetais e ou animais de 50 mg/L (BRASIL, 2005).
O presente relatório tem como objetivo a determinação e análise de óleos e graxas em amostra de água, de acordo com a metodologia de análise de extração a solvente.
Materiais e Métodos 
Os materiais e reagentes utilizados no experimento estão, respectivamente, descritos na Tabela 1 e na Tabela 2 representadas a seguir.
Tabela 1. Materiais utilizados no experimento
	Materiais
	Capacidade (mL)
	Papel filtro Whatman
	----
	Frasco boca larga
	----
	Disco de Musseline
	----
	Aparelho de Extração de Soxhet
	----
	Bomba a Vácuo
	----
	Funil de Buchner
	----
	Pinça Metálica
	----
	Papel Indicador de pH
	----
Fonte: Autores, 2018.
Tabela 2. Reagentes utilizados no experimento
	Reagentes
	Quantidade
	Ácido Clorídrico Concentrado
	----
	n-Hexano
	----
	Suspensão para Filtração
	----
	Água deionizada 
	----
Fonte: Autores, 2018.
Determinação de óleos e graxas:
Para a preparação do filtro, colocou-se um papel filtro no funil de Buchner e, sobre ele, fez-se um colchão de algodão e, em cima, novamente, papel filtro. Em seguida, passou-se água deionizada através do funil e pressionou-se o funil e o papel. 
Então, filtrou-se lentamente 1000 mL da amostra a ser analisada. Utilizando pinças, retirou-se o papel filtro e introduziu-se no aparelho de Soxhlet e realizou-se a extração a partir do solvente hexano.
Destilou-se o solvente contido no balão com uma manta de aquecimento em uma temperatura média de 85ºC. Em seguida, inseriu-se o balão em uma estufa a 105ºC, durante duas horas. Esfriou-se o balão no dessecador e pesou-se a fim de realizar o cálculo de óleos e graxas com a seguinte equação:
Resultados e Discussão
Para a determinação de óleos e graxas em uma amostra de água efetua-se filtração a vácuo da amostra e o óleo contido na amostra ficará retido no filtro. 
A extração dos óleos e graxas foi realizada com o filtro (utilizado na filtração a vácuo) no cartuxo do aparelho de Soxhlet com o solvente hexano, que é um solvente orgânico apolar, que pode extrair os óleos e graxas contidos no filtro, pois os óleos e graxas são lipídios formados a partir de álcool glicerol e ácido esteárico, sendo apolar e insolúvel em água, mas solúveis em solventes orgânicos. 
O procedimento de destilação proporcionou a retirada do solvente hexano contido junto com a amostra de óleos e graxas. Manteve-se uma temperatura constante de 85ºC, pois a temperatura de ebulição do hexano é de 68ºC. 
Após a secagem do balão na estufa restou-se apenas a quantidade de óleo e graxas que havia na amostra no balão, o qual foi pesado antes e após o procedimento para certificar a quantidade contida na amostra, que foi de 350,3 mg de óleos e graxas em 1L de amostra de água. 
Segundo a Resolução no 357 do CONAMA. Art. 34, os limites são de 50 mg/L para óleos de origem vegetal e gorduras animais e 20 mg/L para óleos minerais, sendo assim, a amostra esta em desacordo com a Resolução no 357 do CONAMA e não deve ser descartada sem tratamento.
Conclusões
A partir da determinação e análise de óleos e graxas em amostra de água, através da metodologia de análise de extração a solvente, pôde-se constatar que a amostra estudada possui 350,3 mg de óleos e graxas em 1L de água. 
Segundo Oliveira et al. (2014), águas com excesso de óleos e graxas, tem propensão para bloquear as linhas de esgoto municipais e reduzir a eficiência do processo a jusante do seu tratamento.
A amostra analisada, por estar acima do estabelecido pelo CONAMA, pode causar avarias às tubulações nas quais entrar em contato caso não seja descartada com tratamento prévio.
Referências
BRASIL. Resolução n. 357, de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Diário Oficial da União, nº 053, 2005.
METCALF & EDDY. Wastewater Engineering. Treatment, Disposal and Reuse. McGraw-Hill, 1991.
NUVOLARI, A. Esgoto Sanitário - coleta, transporte, tratamento e reuso agrícola. 2. ed. São Paulo: Blucher, 2011. 
ORSSATTO, F.; HERMES, E.; BOAS, M. A. V. Eficiência de Remoção de Óleos e Graxas de uma Estação de Tratamento de Esgoto Sanitário. Engenharia Ambiental. Espírito Santo do Pinhal, v. 7, 2010.
OLIVEIRA, J. P. PHYSICO-CHEMICAL CHARACTERIZATION OF OILY SANITARY WASTE AND OF OILS AND GREASES EXTRACTED FOR CONVERSION INTO BIOFUELS. Química Nova, 2014. GN1 Genesis Network. Disponível em: <http://quimicanova.sbq.org.br/imagebank/pdf/v37n4a04.pdf>. Acesso em: 25 jun. 2018.
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