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Professor: Estevão Vieira de Rezende Clínica Médica de Grandes Animais II Centro Universitário de Patos de Minas UNIPAM Fluidoterapia Definição: restauração do volume e composição dos líquidos corporais à normalidade e manutenção do equilíbrio dos eletrólitos e líquidos externos. Fluidoterapia Anamnese Exame Clínico Teste Lab. Quantidade Via de Adm. Velocidade Fluidoterapia Água Eletrólitos Org. Manutenção das funções do organismo 60% PV adulto 80% PV neonato Água Quando Instituir a Terapia Hídrica? Objetivos: Restauração da volemia; Hidratação dos tecidos; Correção de desequilíbrios eletrolíticos e ácido-básicos; Sinais clínicos da perda hídrica: Perda da elasticidade da pele; Ressecamento das mucosas; Enoftalmia; Extremidades frias; Aumento da TPC; Taquicardia; Taquipnéia; Pulso fraco; Fraqueza muscular; diurese. Quando Instituir a Terapia Hídrica? Prejuízos da desidratação Desidratação reduz a produção de leite = queda de 30% em vacas com privação hídrica por 48 horas. Importante A fluidoterapia é um tratamento de suporte; A doença primária que provoca distúrbios de fluidos deve ser diagnosticada e tratada adequadamente; Importante O conhecimento preliminar dos mecanismos fisiopatológicos inerentes às mais variadas doenças é de fundamental importância para a elaboração do plano de reposição hidroeletrolítica. Fluidoterapia Gradiente osmótico: Responsável pelo movimento dos fluidos entre os compartimentos. Qual fluido deve ser utilizado? Colóides ou Cristalóides? Colóides: substâncias com alto peso molecular que aumentam a pressão coloidosmótica intravascular. Exemplos: Colóides naturais como sangue, plasma, albumina e os sintéticos, Dextran 70 (um polímero de glicose), gelatina e hemoglobina polimerizada. Espaço Intracelular Espaço Extracelular Hipertônico Atraí fluidos e eletrólitos do compartimento intersticial e celular para o vascular; Auxilia na estabilização da pressão arterial, fluxo urinário e redução de edema. Hipertônico Os colóides exercem função semelhante a das proteínas plasmáticas, pois suas grandes moléculas permanecem dentro dos vasos sanguíneos, aumentando a pressão oncótica, favorecendo a permanência de fluidos e atraindo mais fluido do interstício. Qual fluido deve ser utilizado? Cristalóides: são as mais empregadas na fluidoterapia, soluções à base de água com moléculas às quais a membrana capilar é permeável, favorecendo a fluidez pelos tecidos. Exemplos: NaCl 0,9%, NaCl 0,45%, Ringer lactato e glicose 5%. NaCl 0,9% e Ringer Lactato Isotônicos Osmolaridade semelhante a do plasma; Hipotônico NaCl 0,45%: Osmolaridade menor que a do plasma; Água passa do compartimento vascular para o intersticial; Ringer Lactato Apresenta composição mais próxima à do plasma; Solução empregada na maioria dos pacientes como fonte inicial e emergencial de reposição hidroeletrolítica; Deve ser utilizada nas perdas de fluidos e eletrólitos acompanhadas de acidose metabólica; O lactato presente na solução é transformado em bicarbonato após metabolização hepática. NaCl 0,9% Indicações: Hipercalemia (Ca) Hiponatremia (Na) Hipocloremia (Cl) Alcalose metabólica; Grandes perdas eletrolíticas pelo suor. Glicose 5% Indicações: Diminuição das reservas energéticas (hipoglicemia), desequilíbrios hídricos, não eletrolíticos. Volume de manutenção: taxa de rotatividade diária de fluidos (ou de água) do organismo. Volume de manutenção para um adulto (mL) = 50mL x peso vivo (kg) Volume de manutenção para um jovem (mL) = 100mL x peso vivo (kg) Volume de manutenção um neonato (mL) = 150mL x peso vivo (kg) Quantidade Fluidoterapia Quantidade O volume total de líquido a ser administrado deve incluir fundamentalmente a quantidade de fluidos perdida pela desidratação e as necessidades diárias de manutenção. Emprega-se a quantidade de 50 a 100 ml/kg/dia, utilizando-se os valores inferiores para animais adultos e os superiores para animais jovens. Fluidoterapia Perdas hídricas menores que 5 % não são manifestadas clinicamente Mensurações laboratoriais Estimativa de grau de desidratação Quantidade de vias de administração Considerar 3 diferentes volumes: Volume de reposição: É aquele que corrige o déficit de fato, ou aquilo que foi estimado ao avaliar o grau de desidratação. Volume de reposição (L) = peso vivo (kg) x grau de desidratação 100 Volume de perdas continuadas: Considera o volume que continua sendo perdido ao longo do dia. Dificilmente mensurável. As dificuldades técnicas fazem com que esse volume seja muitas vezes ignorado. Quantidade de vias de administração Quantidade Exemplo: Bezerro neonato de 50 kg portador de diarréia e desidratação clínica estimada em 10%, tem-se: Vias de Administração Em grandes animais, as vias mais comuns para a administração de fluidos são a oral e a intravenosa; A via subcutânea não é utilizada em grandes animais. Via oral para ruminantes adultos Drench Em 20 a 25 litros de água morna, acrescentar: • 160 gramas de Cloreto de Sódio (NaCl) • 20 gramas de Cloreto de Potássio (KCl) • 10 gramas de Cloreto de Cálcio (CaCl) • 250 ml de Propilenoglicol Via oral neonato (Bezerros) Soluções caseiras: Para 1 litro de água: 2,5 g NaCl 1,5 g KCl 5 g NaHCO3 28 g de dextrose 2 vezes ao dia, 2 litros/vez (1 hora antes ou depois do aleitamento artificial ou amamentação) Via oral neonato (Bezerros) Vias Parenterais Endovenosa; (Veia Jugular) Infusão rápida do volume de reposição, é sempre imprescindível nos casos de desidratação severa e de choque hipovolêmico. FIM Estevão Vieira de Rezende estevaovr@unipam.edu.br 34-9-9960-4594 mailto:estevaovr@unipam.edu.br
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