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• Gênese da linha primitiva: No processo de gastrulação, o disco embrionário bilaminar é convertido em trilaminar, surgindo, então, a partir da terceira semana, a linha primitiva, como resultado da migração de células do epiblasto para o plano mediano. O epiblasto também produz substâncias que induzem os neuroblastos a migrar a fim de que o tubo neural se feche e seja devidamente formado, dando seguimento ao desenvolvimento saudável do embrião. • Numa depressão alterna à linha primitiva, surge o nó primitivo, com uma pequena depressão no centro (fosseta primitiva), o qual possui genes que expressam diversos fatores de diferenciação. • Com nó primitivo e linha primitiva formados, células invaginadas da mesoderme migram cranialmente, seguindo para a formação do canal notocordal. • Prosencéfalo; • Mesencéfalo; VESÍCULAS PRIMORDIAIS • Rombencéfalo. SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP): formado por nervos, gânglios e terminações nervosas, é subdividido em sistema nervoso da vida de relação (somático), o qual funciona segundo a nossa vontade consciente (atuando no músculo esquelético), e sistema nervoso da vida vegetativa (visceral), que foge da nossa consciência e funciona independentemente da nossa vontade (com ação em destaque nos músculos liso, cardíaco e em glândulas). (Essa parte não apareceu na gravação, então, precisei dar um google hihihi) SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC): localiza-se dentro da cavidade craniana e do canal vertebral. * o cérebro e o cerebelo, juntos, formam o sistema nervoso supra-segmentar; SNP, medula espinhal e tronco encefálico, por sua vez, formam o sistema nervoso segmentar. ENVOLTÓRIOS DO SNC • MENINGES: membranas contínuas, formadas por tecido conjuntivo, revestem o encéfalo. São três: a) Dura-máter: a mais resistente, serve de proteção ao encéfalo e sustentação de veias, artérias e seios venosos; Neuroanatomia I Vida intrauterina Divisão embrionária O sistema nervoso Neuroanatomia - SNC O não fechamento completo do tubo neural pode acarretar má formações embrionárias, como anencefalia ou espinha bífida. Por Paulo Jackson Neri b) Aracnoide-máter: logo abaixo da dura-máter, possui prolongamentos para o encéfalo e para a medula. *No espaço subaracnoide, há uma grande coleção de líquido cefalorraquidiano (LCR ou líquor). c) Pia-máter: delgada, vascularizada e muito próxima ao sistema nervoso. LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO • Circula através de ventrículos; VENTRÍCULOS: séries de cavidades contínuas, cheias de LCR, dentro do encéfalo. São quatro: dois laterais, o III e o IV. O III e os laterais mantêm contato pelo Forame de Monro (conjunto de canais que permite o fluxo de LCR). Entre o os ventrículos III e IV, há um canal de contato chamado aqueduto cerebral (ou aqueduto de Sylvius). *Há canais de contato também no ventrículo IV com o espaço subaracnoide e o canal medular, graças aos Forames de Magendie e Luschka.. O que circula por esses meios é o líquor, não havendo circulação direta nem bombeamento de sangue, pois, para tanto, seria necessária a presença de musculatura lisa, não havendo fibras musculares no sistema nervoso. • Plexo Coróide: Responsável pela produção do LCR, é formado por pregas da pia-máter que possuem grandes quantidades de capilares fenestrados (furados) e revestidos por um epitélio simples cúbico, que se estende para os ventrículos. O processo de produção se baseia na “filtragem” do sangue para a extração do que será o LCR. • O líquor é incolor, de peso específico baixo (99% de água); seu volume estimado, em um adulto, é de 120 a 180mL; • Qualitativamente, contém a mesma composição do plasma sanguíneo, diferindo-se quantitativamente – apresenta pequena quantidade de proteínas e glicose e maior concentração de cloretos; • Função básica: Sustentação do SNC e amortecimento do encéfalo. MASSA CINZENTA E MASSA BRANCA São nomes convencionais, devido à coloração adquirida após aplicação de nitrato de prata. São formados por corpos de neurônios (massa cinzenta) e axônios e bainha de mielina (massa branca). São representadas, respectivamente, pela região cortical (mais externa) e pela região medular (mais interna). *Fora do SNC, o conjunto de corpos de neurônios é chamado gânglio. *Internamente, há o núcleo da base, um conjunto de corpos de neurônios que regula a motricidade. Nela, encontra-se altas concentrações de GABA e dopamina. HIPOCAMPO: Estrutura responsável pelas memórias a curto prazo. A queda na produção de dopamina, causada pela destruição das suas células produtoras, impede o cérebro de enviar as mensagens corretamente, levando as células nervosas locais ao desgaste. Isso provoca a perda progressiva da função muscular, caracterizando o Mal de Parkinson. Há uma substância chamada beta-amiloide, que destrói uma proteína chamada TAU (estabilizadora dos microtúbulos dentro do axônio). Quando a beta-amiloide entra em ação, os microtúbulos são desarranjados, e, consequentemente, a acetilcolina (neurotransmissor) deixa de formar memória, caracterizando o Mal de Alzheimer. O LCR é formado constantemente, havendo a necessidade de ser reabsorvido. Quando há uma concentração excessiva, exerce uma pressão intracraniana. Em crianças, pode resultar em hidrocefalia. Em adultos, o líquor se acumulará nos ventrículos, comprimindo estruturas cerebrais importantes. CÉREBRO Formado por dois hemisférios (direito e esquerdo), sendo cada hemisfério dividido em lobos: a) Lobo frontal *Área de Broca: parte triangular do giro frontal inferior, contém os programas motores da fala e da linguagem. Localiza-se apenas no hemisfério esquerdo. b) Lobo temporal *Área tonotópica: localizada nos sulcos transversos do giro temporal superior, é responsável pela audição. c) Lobo parietal *Giro pré-central arco reflexo *Área de Wernicke: área de tradução intelectual a partir da percepção. Localiza-se nos dois giros parietais. d) Lobo insular *Circuito de Papez: circuito iniciado no hipocampo, responsável pelas emoções e comportamentos. e) Lobo occiptal Essencial para a visão. ENCÉFALO *Corpo caloso: conjunto de corpos de axônios que une os dois hemisférios cerebrais. *Quiasma óptico: local de cruzamento entre os nervos ópticos. *Corpo pineal: Atua com destaque na regulação do ciclo do sono. *Sulco calcarino: região encarregada do processo de visão. *Área septal (circulada em azul): relacionada com as sensações de prazer, sobretudo sexuais. Pode ser afetada por álcool e demais drogas. DIENCÉFALO É a parte caudal do cérebro anterior (prosencéfalo), que ocupa a região central do cérebro. O diencéfalo é constituído pelo tálamo, hipotálamo,subtálamo. a) Tálamo: duas massas volumosas de substância cinzenta, unidas pela interferência intertalâmica., dispostas uma em cada lado da posição laterodorsal do diencéfalo. É o grande neurotransmissor do cérebro, regulando o destino de cada mensagem chegada. *O único que não passa pelo tálamo é o olfatório. b) Hipotálamo: controla e integra as atividades do sistema nervoso autônomo e da hipófise, bem como controla a temperatura corporal, além de regular o comportamento da ingestão de comidas e bebidas. Também auxilia a manter a consciência e estabelecer padrões de sono, sendo um dos principais responsáveis pela homeostase. c) Cerebelo: atua na manutenção do equilíbrio e da postura; controla o tônus muscular e os movimentos voluntários; responsável pela aprendizagem motora. PORÇÃO SEGMENTAR: TRONCO ENCEFÁLICO 1. MESENCÉFALO: contém núcleos de origem dos nervos cranianos III (oculomotor) e IV (troclear). 2. PONTE: contém núcleos relacionados aos nervos cranianos V (trigêmeo), VI (abducente), VII (facial) e VIII (vestibulococlear). Junto ao bulbo, auxilia no controle darespiração. 3. BULBO: Além de regular tudo que está a chegar no tálamo, os centros vitais regulam os batimentos cardíacos, respiração, o diâmetro dos vasos sanguíneos, deglutição, vômito, tosse, espirro e soluço. Contém núcleos relacionados aos nervos cranianos VIII, IX (glossofaríngeo), X (vago), XI (acessório) e XII (hipoglosso). Uma possível lesão no cerebelo, provocada por hemorragias cerebrais, tumores, infecções ou acidentes, pode comprometer o equilíbrio e a coordenação motora. Para dessa disfunção, dá-se o nome de ataxia. MACHADO, Angelo B. M.. Neuroanatomia funcional. 2 ed. São Paulo: Atheneu Editora, 2007. Referência Bibliográfica:
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