Buscar

Gestão de Recursos Hídricos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E GESTÃO 
LICENCIATURA EM GESTÃO AMBIENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
A BACIA HIDROGRÁFICA DO ZAMBEZE 
 
 
Constantino Lacerda da Conceição Alexandre Trinta 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Nampula, Agosto de 2021 
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E GESTÃO 
LICENCIATURA EM GESTÃO AMBIENTAL 
 
 
 
 
 
A BACIA HIDROGRÁFICA DO ZAMBEZE 
 
 
Trabalho de Campo submetido ao Departamento de Economia e Gestão, como requisito para 
obtenção do grau académico de licenciatura em Gestão Ambienta 
 
 
 
O Estudante: 
Constantino Lacerda da Conceição Alexandre Trinta Os Tutores: 
Eng. Jenita Cangola; 
MSc. Hélio Ernesto Divage 
 
 
 
 
 
 
Nampula, Agosto de 2021 
ÍNDICE 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 4 
2. A BACIA HIDROGRÁFICA DO ZAMBEZE ................................................................... 5 
2.1. Caracterizacao da area em estudo .................................................................................... 5 
2.2. Localização geográfica da Bacia hidrográfica do Zambeze ............................................ 6 
2.3. Origem do rio Zambeze ................................................................................................... 6 
2.4. Principais actividades desenvolvidas ao longo da bacia ................................................. 8 
2.5. Principais desafios e problemas sócio ambientais enfrentados nas áreas da bacia ......... 9 
2.6. As entidades reguladoras de GRH responsáveis pela sua gestão e o quadro legal que os 
sustenta ..................................................................................................................................... 10 
2.7. Importância nacional e internacional da mesma ............................................................ 10 
2.8. Principais usos a que a mesma é destinada.................................................................... 11 
3. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 12 
4. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 13 
 
 
 
4 
 
1. INTRODUÇÃO 
No Centro de Moçambique, encontra-se a Província de Tete. que pode ser sintetizada em 
três palavras fundamentais: Hospitalidade, Tranquilidade e Beleza Natural, ademais de se 
encontrar, nesta Província, um povo que por suas veias corre o sangue da Moçambicanidade 
com uma larga história de luta libertadora. 
Abrange aproximadamente 1.390.000 km², atravessando regiões ora com grande 
densidade populacional, ora em áreas de baixa densidade, como é o caso da Área de 
Conservação Transfronteiriça Cubango-Zambeze. A Comissão do Curso de Água do Zambeze 
(ZAMCOM) existe desde 2004 com o objectivo de reforçar a cooperação na partilha dos seus 
recursos em causa. 
 
 
5 
 
2. A BACIA HIDROGRÁFICA DO ZAMBEZE 
A bacia do Zambeze, é uma bacia hidrográfica africana, que tem seu principal flúmen de 
escoamento o rio Zambeze, sendo a quarta maior bacia do continente, além de efetivamente a 
mais importante bacia da África Austral. 
A área de drenagem da bacia abrange Angola, Botsuana, Tanzânia, Namíbia, Zâmbia, 
Zimbábue, Maláui e Moçambique, sendo a principal fornecedora de água doce, energia 
elétrica e peixes para as populações das referidas regiões, principalmente das cinco últimas 
nações. A bacia abriga imensas planícies molhadas, sendo a responsável pela regulação 
climatológica de um rico ecossistema de savanas e florestas úmidas que a cerca. 
Seu curso navegável principal é pelo rio Zambeze, sendo o tramo da foz no oceano Índico 
(mais precisamente no canal de Moçambique) até cerca as proximidades da cidade de Tete, no 
noroeste moçambicano. Há ainda cursos navegáveis nos lagos Cahora Bassa e Cariba, e nas 
planícies das Piscinas de Mana, Faixa de Caprivi, Liuva-Luena-Baroste-Siloana (parte 
inclusive do Lungué-Bungo), Chire, Luangua e no lago Niassa, sendo que estas três últimas 
porções navegáveis já dentro de duas de suas treze sub-bacias. 
Duas sub-bacias importantes da bacia do Zambeze tem interligação com outros grandes 
sistemas africanos, sendo: (a) a sub-bacia do Lago Niassa/Rio Chire, que se conecta com o 
Grande Vale do Rifte, e; (b) a efêmera bifurcação fluvial Vertedouro de Selinda (ou rio 
Maguegana), na sub-bacia do rio Cuando, que conecta a bacia do Zambeze à bacia do Calaári. 
(Ndhlovu, 2013). 
2.1. Caracterizacao da area em estudo 
A região do Hidroelectrica da Zambeze situa-se na zona Centro do país. Ela é 
atravessada transversalmente pelo rio Zambeze, que tem como nascente o planalto central da 
Zâmbia e deságua no Oceano Índico. Em território nacional ocupa uma área de 225.000 km2 
(cerca de 27,7% da superfície do país), com uma população de 3,775 milhões de habitantes 
(25% da população moçambicana) e integra quatro províncias do centro do país: Tete, 
Manica, Sofala e Zambézia, dos quais 56% da população dessas províncias se encontram no 
vale. 
 
 
6 
 
2.2. Localização geográfica da Bacia hidrográfica do Zambeze 
A Província de Tete situa-se no extremo noroeste do país, e faz fronteira com 3 (três) 
Países numa extensão total de 1480Kms, nomeadamente com a República do Malawi 610 
Kms, com a República da Zâmbia 420 Kms e com a República do Zimbabwe 450Kms. 
Zâmbia e Malawi a norte, Malawi a este, Zâmbia e Zimbabwe a oeste e a sul com o 
Zimbabwe e três províncias Moçambicanas, Zambézia a este, Manica e Sofala a sul e entre as 
coordenadas de 14º00'S e 17º42'01"S e 30º13'E e 35º20'07"E. 
Ilustração 1: identificação da Bacia hidrográfica do Zambeze por meio de mapa 
 
Fonte: (MapSat, 2021) 
2.3. Origem do rio Zambeze 
O Zambeze (em inglês: Zambezi ou Zambesi) é um grande rio da África Austral, 
principal componente da bacia do Zambeze, sendo também o maior dos rios africanos que 
desaguam no Oceano Índico. 
Com um total de 2.750 km de comprimento, o rio Zambeze nasce na Zâmbia, a 30 km da 
fronteira com Angola. 
 
7 
 
Entra em território angolano no Cazombo e sai a sul do Lumbala-Caquengue, sempre no 
município do Alto Zambeze, província do Moxico. 
A sua importância em Angola é devida principalmente à extensa bacia hidrográfica de 
150.800 km² apenas em território angolano. 
Todos os rios no quadrante sudeste de Angola são afluentes do Zambeze. 
Depois, o rio Zambeze estabelece a fronteira entre a Zâmbia e o Zimbabwe e atravessa 
Moçambique de oeste para leste, para desaguar no Oceano Índico num enorme delta. 
A parte mais espectacular do seu curso são as Cataratas Vitória, as maiores do mundo, 
com 1708 m de extensão e uma queda de 99m. Este monumento natural foi inscrito pela 
UNESCO em 1989 na lista dos locais que são Património da Humanidade. (Mwanangombe, 
2010) 
O rio Zambeze tem ainda outras quedas de água importantes, entre as quais as Cataratas 
Chavuma, próximas da fronteira Angola-Zâmbia e as Ngonye Falls, perto de Sioma, na região 
ocidental da Zâmbia. 
As planícies de inundação do Zambeze, também no oeste da Zâmbia, são a terra do povo 
Lozi, cujo chefe tem duas “capitais”: Lealui e Limulunga. 
No tempo das chuvas, a corte dos Lozi muda-se para Limulunga, que não fica inundada e 
este evento é considerado uma das grandes festividades da Zâmbia, o Kuomboka. 
Existem duas grandes barragens no rio Zambeze: Kariba, na fronteira entre a Zâmbia e o 
Zimbabwe (e gerida conjuntamente) e Cahora Bassa, em Moçambique. 
Estas barragens são uma das maiores fontes de energia eléctrica para a sub-região da 
África Austral e as suas albufeiras são igualmente palco de importantes pescarias. (Costa, 
1928). 
Dados relacionados a sua extensão e províncias (podendo também discriminar os 
distritos)envolvidos pela bacia. 
Províncias Distritos Comunidades 
 
 
 
Tete 
 
Tete 
Boroma 
Mphanda Nkuwa 
Chirodzi 
M'sanángué 
 
Mutarara 
Sucamiala 
Catchaço 
 
8 
 
Baué 
 
Manica 
 
Tambara 
Tambara 
Sabeta 
Macamba 
 
 
Sofala 
Caia 
Chandimba 
Inhampunga 
 
Marromeu 
Nhane 
Bauaze 
Jiwa 
Fonte: (Ribeiro & Dolores, 2011) 
Tambara (Manica) e Mutarara (Tete) com características bastante semelhantes, 
apresentam um tipo de clima seco. A evapotranspiração potencial, em média, ronda os 1.200 a 
1.400mm e a temperatura média anual é de 26.5ºC, sendo a máxima de 32.5ºC e a mínima de 
20.5ºC. A temperatura elevada agravada pelas condições de fraca precipitação nestas regiões 
aumentam a dependência e escassez de água, necessária para a actividade agrícola e 
desenvolvimento das culturas. Dada a dependência directa que estas comunidades apresentam 
pelo recurso as características locais e distribuição das comunidades ao longo do Rio, estas 
vêm sendo bastante afectadas, pelas cheias ficando isoladas inúmeras vezes, perdendo as suas 
colheitas, semente da época seguinte, gado e outros bens que possam possuir. 
Marromeu, na Província de Sofala é um Distrito com características bastante diferentes 
mas que no entanto também apresenta o mesmo tipo de vulnerabilidade às cheias e secas 
prolongadas. Com 79 rios e riachos com curso de água permanente, Marromeu possui um 
clima tropical húmido em todos os locais, com duas estações por ano, nomeadamente a de 
Inverno – entre os meses de Abril a Agosto, e a de Verão durante os restantes meses. 
Trata-se de um Distrito conhecido pela sua riqueza em termos de produção agrícola 
outrora explorada e que agora as suas populações se encontram sob constante risco de cheias e 
afectadas por estas, perdendo as suas culturas, bens e fonte de rendimento. As comunidades 
vivem constantemente isoladas devido às cheias e para além das per- das que têm, o constante 
stress da eminência de cheia aumenta a sua vulnerabilidade. 
2.4. Principais actividades desenvolvidas ao longo da bacia 
As comunidades ao longo da bacia desenvolvem actividades como: 
 Agricultura; 
 
9 
 
 Pecuária; e 
 Pesca. 
 
2.5. Principais desafios e problemas sócio ambientais enfrentados nas áreas da 
bacia 
As comunidades referem que o Rio mudou, encontrando-se agora com margens mais 
extensas, onde se deposita a areia e mais largo, onde a erosão é um factor muito evidente. 
Agora o rio transborda muito mais e muito mais facilmente, sendo a área alagada muito maior 
e que inunda muito mais rapidamente. 
A mudança no padrão de assentamento que tem tornado as comunidades mais vulneráveis 
às grandes cheias e aumentado o número de pessoas directamente afectadas pelas graves 
cheias também tem graves implicações na saúde. Considerando que durante as cheias de 2000 
mais de 500.000 pessoas ficaram desalojadas e isto colocou grandes quantidades de pessoas 
em campos de refugiados com saneamento, alimentação e abastecimento de água 
inadequados. Estas condições causam grandes problemas de saúde, tais como cólera, febre 
tifóide, poliomielite, hepatite e outras doenças gastrointestinais. 
Normalmente a principal causa de doença nos países em desenvolvimento são doenças 
relacionadas com a água. Por exemplo, tanto os mosquitos transmissores da malária como os 
caramujos de água doce transmissores de esquitossomose, que se encontram na água 
estagnada. Grandes cheias servem para movimentar corpos de água estagnada. Isto não só 
aumenta a qualidade da água desses corpos de água e reabastece o lençol freático, como 
também tende a reduzir a produtividade de vectores tais como mosquitos. Essas cheias 
também aumentam as populações de peixes que se alimentam desses vectores, diminuindo 
ainda mais a sua população. (Ribeiro & Dolores, 2011) Em áreas onde as massas de água 
estão completamente secas, as doenças relacionadas com a água também diminuiriam 
significativamente. No entanto, isso tem obrigado as comunidades nessas áreas secas a serem 
mais dependentes do Rio Zambeze para tomar banho, beber e para outras actividades 
domésticas, originando um assentamento mais próximo do Rio (ou seja, aumentam os riscos 
de inundação), aumentando ainda a exposição a muitos agentes patogénicos, o que tem sido 
apontado como um dos motivos para muitos ataques de crocodilos. 
 
 
10 
 
2.6. As entidades reguladoras de GRH responsáveis pela sua gestão e o 
quadro legal que os sustenta 
As entidades responsáveis pela sua gestão: 
 Governamentais; 
 Privadas; 
 Comunidade. 
Quadro Legal: 
 Política de Águas de 46/2007 de 21 de Agosto 
 Lei de Águas Nº 16/91 
 Descentralização Aras 
 Quadro de Gestão Delegada 
 Estratégia de Gestão de Recursos Hídricos 
 Regulamento de Licenças e Concessões 
 Regulamento de Pequenas Barragens 
 Regulamento de Pesquisa e Exploração de Águas Subterrâneas 
 Acordos Internacionais 
2.7. Importância nacional e internacional da mesma 
Em relação à África Austral, representa a maior reserva de água do subcontinente; a 
maior reserva de energia renovável; a maior reserva de carvão de coque, a região de maior 
potencial agrícola, em termos de vastidão de terras e de qualidade. Para além destas 
características merece referência a sua elevada potencialidade hidroelétrica. Por estas razões 
naturais traduzidas em potencialidades de desenvolvimento, o Vale do Zambeze reúne 
condições naturais para se tornar um dos maiores motores do desenvolvimento do país e da 
África Austral (GPZ, 2003). 
O Vale do Zambeze é uma região privilegiada para se entender a problemática das 
políticas e programas de desenvolvimento nas suas diferentes perspectivas. Área de 
concretização e materialização de grandes empreendimentos agro-industriais e energéticos, 
como são os casos das açucareiras de Marromeu e do Luabo, da barragem de Cahora Bassa, 
do Projecto do carvão de Moatize e de programas de desenvolvimento comunitário. 
Paradoxalmente, a região apresenta o mais baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), 
ou seja, de 0,267, contra 0,285 que é a média do país. 
 
11 
 
2.8. Principais usos a que a mesma é destinada 
O Rio Zambeze é vital para o desenvolvimento de Moçambique, alimentando a vida em 
uma das planícies tropicais mais produtivas e de maior diversidade biológica em África. Este 
Rio, com 2.660 km de comprimento drena sete países e tem uma área total de drenagem de 
1.570.000 km
2
. Isso torna-o o quarto maior sistema fluvial de África e o maior a desaguar no 
Oceano Índico. O fluxo de água do Rio Zambeze pode atingir 22.000 m
3
/s. A região do Baixo 
Zambeze em Moçambique constitui o maior delta da África Oriental e é utilizado 
directamente por cerca de 2,8 milhões de pessoas, na sua maioria camponeses. Esta região 
tem uma paisagem muito diversificada, alternando entre gargantas estreitas para zonas de 
bancos de areia móveis para bifurcações de canal e, finalmente, terminando numa zona 
costeira distributária de 290 km de largura que forma um delta de 18.000 km
2
. O Vale do 
Baixo Zambeze funciona em torno do regime de cheias sazonais do Rio Zambeze. Como em 
todos os ecossistemas, o sistema do Zambeze é produto de milhares e milhares de anos de 
evolução, sendo as inundações um factor vital para o seu funcionamento. Desde as mais 
antigas práticas culturais, como a agricultura de recessão das cheias, a sincronização e a 
dependência biológica dos ecossistemas, as inundações são a essência da saúde do passado, 
presente e futuro do vale do Zambeze. 
 
 
12 
 
3. CONCLUSÃO 
O Rio Zambeze apresentou desde sempre e tradicional- mente um fluxo altamente 
sazonal, com fluxo baixo evidente durante a época seca e um fluxo elevado indutor de cheias 
durante o Verão. A Barragem de Cahora Bassa modificou este fluxo através da libertação de 
água armazenada para gerar energia durante a estação seca; e usando o fluxo elevado indutorde cheias de Verão para encher o reservatório para se preparar para os fluxos baixos da época 
seca. Apesar de a Barragem de Kariba estar também no Zambeze, é possível verificar através 
do gráfico abaixo, que comparando o fluxo natural do Rio Zambeze com o influxo na 
Albufeira de Cahora Bassa a diferença é baixa e ainda mantém um fluxo sazonal, sendo uma 
das principais razões deste facto os vários afluentes que desaguam no rio a jusante da 
barragem de Kariba. No entanto, quando comparado o nível de influxo na Albufeira de 
Cahora Bassa com natural de Março a Junho atingem o ponto mais baixo à volta dos 
1200m3/s abaixo do fluxo natural. 
 
 
13 
 
4. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Costa, M. A. (1928). Como fizeram os Portugueses em Moçambique. 
Mwanangombe, L. (2010). BIODIVERSIDADE – ZÂMBIA: / Resgatando as planícies de 
Kafue. Inter Press Service. 
Ndhlovu, A. (2013). AMBIENTE EM MUDANÇA na Bacia do Rio Zambeze. Zimbabwe: 
SARDC IMERCSA. 
Ribeiro, D., & Dolores, S. (2011). Gestão da Bacia Hidrográfica do Médio e Baixo 
Zambeze em Períodos Críticos: Justiça Ambiental. Maputo.

Continue navegando