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Planejamento de Carreira e Sucesso Profissional

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DESCRIÇÃO
Oportunidades com o Ensino Superior. Formas de aprendizagem, estabelecimento de metas,
conceitos de inclusão e desigualdade sob o viés social. Seu papel como profissional na
sociedade.
PROPÓSITO
Compreender o funcionamento do ambiente universitário e como o autoconhecimento e a
análise do contexto social podem impulsionar o sucesso acadêmico e profissional.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Distinguir as características das Instituições de Ensino Superior no Brasil.
MÓDULO 2
Listar métodos para administração do tempo e técnicas de estudos
MÓDULO 3
Distinguir questões de diversidade e inclusão na sociedade
MÓDULO 1
Distinguir as características das Instituições de Ensino Superior no Brasil
INSTITUIÇÕES DE ENSINO
São nas Instituições de Ensino Superior (IES) que funcionam os cursos de graduação e os
de pós-graduação. As IES podem ser classificadas como Universidades, Centros
Universitários ou Faculdades. Mas, quais as diferenças entre essas três denominações?
Vejamos:
FACULDADE
Atua normalmente em uma área específica do saber, por exemplo, oferecendo apenas cursos
de gestão, ou de saúde, ou voltados à educação etc. Uma Faculdade não possui autonomia
para criar programas de ensino sem a autorização do MEC.
CENTRO UNIVERSITÁRIO
Possui cursos de graduação em variadas áreas e autonomia para criar cursos na sede da
instituição. Geralmente, Instituições de Ensino que se classificam como Centros Universitários
não preencheram todos os requisitos necessários para serem aceitas como Universidades e
costumam ser de tamanho menor que elas.
UNIVERSIDADE
O status de Universidade garante que a IES tenha autonomia total para executar suas
finalidades e criar seus cursos. A Universidade deve possuir ao menos 4 programas de pós-
graduação stricto sensu , sendo três mestrados e um doutorado.
RESUMINDO
As diferenças entre Faculdade, Centro Universitário e Universidade não estão diretamente
relacionadas com a qualidade dos cursos ofertados, mas sim com a autonomia e a
complexidade institucional, como no quadro ao lado.
AUTONOMIA E A COMPLEXIDADE
INSTITUCIONAL
Aqui você encontra a legislação que regula as IES no país.
Agora que conhecemos os tipos de Instituições de Ensino, vamos diferenciar os tipos de
cursos que elas podem oferecer:
CURSOS DE GRADUAÇÃO
Clique nos botões para ver as informações. Objeto com interação.
BACHARELADO
Graduação que confere ao formado competências em determinado campo do saber para o
exercício de alguma atividade profissional.
LICENCIATURA
Tipo de graduação que prepara o indivíduo para atuar como professor na Educação Básica
dentro da área escolhida. Tanto a Licenciatura quanto o Bacharelado possuem uma base
comum, por isso, normalmente, eles têm o mesmo peso.
TECNOLÓGICO
Este tipo de curso possui carga horária menor que a do Bacharelado e a da Licenciatura, e
apresenta como principal característica a preparação em caráter prático, em um nicho mais
específico que o Bacharelado, como Logística e Design Gráfico, por exemplo.
CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO
Clique nos botões para ver as informações. Objeto com interação.
LATO SENSU
Os cursos lato sensu (também chamados de especialização), possuem caráter de
aperfeiçoamento ou de atualização em uma determinada área de conhecimento. Um dos
objetivos desse tipo de curso é qualificar o egresso para uma determinada função. Estão nessa
categoria também os cursos de tipo MBA e MFA.
STRICTO SENSU
Os cursos do tipo stricto sensu são voltados à formação científica e pesquisa acadêmica.
Geralmente são categorizados como mestrado ou doutorado. O mestrado dura cerca de dois
anos, durante os quais o aluno desenvolve uma pesquisa e cursa as disciplinas relativas ao
tema pesquisado. Já o doutorado, tem duração média de quatro anos para: cumprimento das
disciplinas, realização da pesquisa e elaboração de uma tese.
ESPECIFICIDADES ACADÊMICAS
CONCEPÇÃO DE UM CURSO SUPERIOR
As diretrizes do Ministério da Educação determinam os componentes curriculares obrigatórios
(disciplinas) e os tempos mínimo e máximo para integralização de cada curso de graduação.
Além das disciplinas, alguns cursos têm definidas a obrigatoriedade de carga horária mínima
de atividades acadêmicas complementares, de estágio curricular ou trabalho de conclusão de
curso, por exemplo.
De forma geral, o processo de aprovação de um curso culmina na utilização de uma matriz
curricular que serve ao aluno como uma espécie de guia, contendo todas essas informações.
MATRIZ CURRICULAR
Apresentamos um trecho da matriz curricular de um curso de Administração com suas
informações fundamentais:
PERÍODO
CÓDIGO DA
DISCIPLINA
NOME DA
DISCIPLINA
TIPO
CARGA
HORÁRIA
PRÉ-
REQUISITO
1 GST1234
Introdução a
Administração
Mínima 36 horas ...
1 GST4321
Matemática
para negócios
Mínima 72horas ...
1 ... ... ... ... ...
2 CCJ0987
Estatística
Aplicada
Mínima 72horas GST4321
2 GST7890
Contabilidade
Social
Eletiva 36 horas ...
2 CEL001
Tópicos em
Libras
optativa 36 horas ...
Agora, vamos explorar as nomenclaturas:
• Período letivo
Compreende o espaço de tempo em que se dá uma etapa do curso. Geralmente o período é
semestral, sendo cada semestre composto por um grupo de disciplinas e, eventualmente, por
atividade(s) acadêmica(s) para aquele período. Procure cursar todas as disciplinas do período
para evitar que sua progressão acadêmica fique confusa.
• Código e nome da disciplina
Cada disciplina, de cada curso, possui um código de referência, uma espécie de identidade da
disciplina, que geralmente é associado ao seu nome. Os códigos e nomes das disciplinas são
importantes quando há mudança de currículo, por exemplo, ou quando se deseja transferir de
curso, entre outras situações acadêmicas.
• Tipo da disciplina
• As disciplinas denominadas mínimas são aquelas de cumprimento obrigatório, que compõem
a estrutura curricular mínima, de acordo com as diretrizes curriculares do MEC.
• As disciplinas denominadas eletivas contemplam determinados temas, áreas ou subáreas,
podendo o estudante escolher dentre elas as que deseja cursar. Verifique se seu curso possui
exigência de disciplinas eletivas e quais estão disponíveis.
• As disciplinas optativas constituem um vasto elenco de possibilidades de enriquecimento
curricular. Os alunos poderão cursá-las facultativamente, sem limite mínimo ou máximo, sendo
o resultado incluído no seu histórico escolar.
• Carga horária
A carga horária compreende o número de horas previsto para abranger o conteúdo a ser
abordado na disciplina. Também é calculada de acordo com o número total de horas de um
curso, o qual é harmoniosamente distribuído pelos períodos para se ter uma uniformidade. O
número de horas de uma disciplina também pode contemplar, além das aulas teóricas em sala
de aula, atividades práticas, pesquisas etc.
• Pré-requisito
Algumas disciplinas, em virtude de seu conteúdo, exigem conhecimento prévio adquirido em
disciplinas anteriores. A isso denominamos pré-requisito; ou seja, pra cursar uma disciplina que
possui tal exigência, é necessário ter cursado uma disciplina anterior que guarda relação de
conteúdo. É possível ainda haver correquisito: uma disciplina deverá ser cursada juntamente
com outra, no mesmo período.
A seguir, veremos um pouco mais sobre esse processo de forma prática:
Clique nas setas para ver o conteúdo. Objeto com interação.
01
O Núcleo Docente Estruturante (NDE) analisa as determinações do MEC e estabelece o
Projeto Pedagógico do curso e, junto com ele, a matriz curricular.
02
Os professores das disciplinas também fazem parte do processo, auxiliando na especificação
das ementas das disciplinas que compõem a matriz curricular e definindo as cargas horárias,
os conteúdos programáticos, entre outros.
03
Os alunos, ao escolherem o curso e realizarem a matrícula, entram em contato com a matriz
curricular, verificando quais disciplinas compõem cada período letivo, sua carga horária,
créditos etc.
ESPAÇOS COMUNS
O mundo acadêmicovai muito além de uma cadeira e uma mesa e você precisa conhecê-lo
bem, aproveitando todas as oportunidades que ele oferece. Para começar, vamos apresentar
os espaços oferecidos pela IES na qual você está matriculado e que poderá utilizar durante sua
jornada acadêmica:
1
SALAS DE AULA
Onde acontecem as aulas (geralmente teóricas), que contam com a presença do professor e
dos estudantes. Normalmente a aula teórica utiliza métodos de ensino baseados em
exposições feitas pelo professor.
LABORATÓRIOS
Ambientes específicos voltados para aulas práticas de alguns cursos (podendo, por exemplo,
ser um laboratório de fotografia, de química, informática etc.). A aula prática utiliza métodos de
ensino baseados na aplicação do conhecimento, com simulações, experiências, atividades
individuais ou coletivas realizadas pelo estudante.
2
3
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM
Nesse ambiente, o professor atua como mediador da aprendizagem, incentivando a construção
e a troca de conhecimentos e experiências entre você e outros estudantes, com o importante
papel de impulsionar os estudos. Além das aulas, há discussões realizadas nos fóruns,
ferramentas de interação, chats, biblioteca virtual da disciplina, conteúdo interativo, videoaulas
etc.
BIBLIOTECA
A biblioteca é um espaço de apoio ao aluno. Além de suas funções principais, oferece, de
forma sistemática, oficinas que habilitam o estudante a pesquisar na Internet e cursos sobre as
normas técnicas a serem seguidas na formulação de trabalhos escritos. Geralmente, ao
falarmos de biblioteca, estamos nos referindo à biblioteca presencial, mas em muitas
universidades já existe a biblioteca virtual.
4
RECOMENDAÇÃO
A IES na qual você está matriculado possui várias outras instalações; explore-as!
ATIVIDADES CURRICULARES
A exigência de atividades curriculares deve variar de acordo com as características do curso
que você escolheu. Além das atividades exigidas em aula, vejamos as mais comuns:
Clique nos botões para ver as informações. Objeto com interação.
PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR (ATIVIDADES
ESTRUTURADAS)
São atividades práticas pertinentes que integram a carga horária de algumas disciplinas.
Devem ser desenvolvidas e propostas pelos professores e executadas pelos alunos, de forma
individual ou coletiva, dependendo da atividade, ao longo de todo o Curso.
ATIVIDADES ACADÊMICAS COMPLEMENTARES (AAC)
Para se formar, o aluno deve ter uma carga horária mínima de horas de atividades acadêmicas
complementares de acordo com o exigido na sua matriz curricular. São componentes
curriculares obrigatórios nos cursos de bacharelado e licenciatura e têm por objetivo enriquecer
e complementar o perfil do formando. Essas atividades podem ocorrer fora do ambiente
acadêmico e incluem a prática de estudos, pesquisas, atividades independentes, transversais,
opcionais, de interdisciplinaridade etc. Elas privilegiam a formação social e profissional,
fortalecendo as relações dos acadêmicos com o mercado do trabalho. Importante! Confira, em
sua IES, quais os critérios para validar as atividades realizadas fora do seu ambiente
acadêmico.
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO
O estágio é uma atividade acadêmica obrigatória na maioria dos cursos de nível superior
(especialmente para os cursos de licenciatura). Trata-se da articulação entre a teoria e a
prática, essencial para a formação profissional. A carga horária mínima do estágio varia
conforme o curso. Consulte a estrutura curricular do seu curso para mais informações.
EXTENSÃO
As atividades de extensão, por sua vez, consistem primordialmente em propiciar à comunidade
o estabelecimento de uma relação de reciprocidade com a instituição de ensino, integrando
estudantes, professores e comunidade em projetos consistentes e de relevância social,
geralmente valendo algumas horas AAC.
INICIAÇÃO CIENTÍFICA E PESQUISA
A iniciação científica e a pesquisa incentivam a investigação, com vistas ao desenvolvimento
da ciência e da tecnologia e à criação e difusão de cultura. As atividades de pesquisa
desenvolvem o entendimento do ser humano e da sociedade. Como estudante, você será
estimulado a conhecer os métodos científicos e a aprendizagem de técnicas de pesquisa, bem
como o desenvolvimento da mentalidade crítica e investigativa.
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)
É um componente curricular presente ao final dos bacharelados e das licenciaturas, como
forma de efetuar uma avaliação final dos graduandos, que contempla a diversidade dos
aspectos de sua formação. O TCC pode ser uma monografia, um artigo científico, um projeto,
dependendo do Projeto Pedagógico de cada curso. Consulte a matriz curricular do seu curso
para saber se o TCC é obrigatório.
FORA DO AMBIENTE ACADÊMICO
Você pode encontrar essas atividades também em formato online, a até mesmo ofertados de
forma gratuita. Confira, por exemplo, os cursos da Google Ateliê Digital .
ATIVIDADES DE PESQUISA
Geralmente, a inscrição para atividades de Iniciação Científica se dá por meu de Edital,
publicado pela IES. Na dúvida, pergunte ao seu professor ou tutor.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO
Os procedimentos de avaliação seguem normas que podem ser diferenciadas tanto pela IES
como pela modalidade da disciplina. O aluno deve ser avaliado pelo seu desempenho nas
avaliações, sendo a cada uma delas atribuída uma nota de 0 (zero) a 10 (dez). Em relação à
prova em si, os instrumentos para avaliação da aprendizagem podem ser construídos a partir
de itens de teste: questões objetivas e discursivas, classificadas em diferentes níveis de
complexidade e diferentes níveis cognitivos.
Será considerado aprovado na disciplina o aluno que obtiver nota igual ou superior a uma
média, que costuma ser gerada a partir de todas as notas dessa disciplina em particular.
É importante que você procure saber qual a média da sua Instituição de Ensino e que pergunte
para cada professor sobre a forma de avaliação.
ESTABELECENDO CONTATOS
Matrícula feita, curso iniciado...
E agora?
A partir desse momento, você conviverá presencial ou virtualmente com diversos membros
dessa comunidade. Trata-se de um novo grupo de parceiros que estabelecerá com você uma
rede de futuros contatos pessoais e profissionais. Conheça, a seguir, seus principais
interlocutores:
LEMBRE-SE: SEU COMPORTAMENTO, SUA
PERSONALIDADE E SUA IMAGEM SERÃO
LEMBRADOS POR ESSAS PESSOAS.
QUER ENTENDER MELHOR? VAMOS
CONVERSAR COM O PROFESSOR RODRIGO
RAINHA.
VÍDEO VERSÃO LIBRAS
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 2
Listar métodos para administração do tempo e técnicas de estudos
ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO
Dedicação, vontade de crescer e superação de dificuldades são fundamentais em qualquer
área de atuação. Chegou a hora de entender mais sobre como estudar de forma organizada, o
assunto principal deste módulo. Iniciaremos com algumas reflexões:
Quando estamos no trânsito e o sinal vermelho nos impede de prosseguir, nossa percepção de
tempo se dá de duas formas: se estamos com pressa, o sinal demora; se não temos urgência,
sequer percebemos que ele mudou para verde.
Imagine a situação a seguir:
Clique nas setas para ver o conteúdo. Objeto com interação.
01
Uma constatação é: nunca teremos tempo para fazer tudo o que precisamos e desejamos.
02
Durante toda nossa vida, o tempo esteve e está presente, indicando horários a cumprir e
decisões a tomar, mas nem sempre sabemos lidar com isso.
03
Saber administrar o tempo é identificar, dentre as várias coisas que precisam ser feitas, o que é
prioritário para você.
04
Teoricamente é uma tarefa simples, mas não é. Estabelecer prioridades é uma necessidade.
ADMINISTRAR O TEMPO AJUDA A ORGANIZAR
SUA ROTINA, AUMENTANDO SUA
PRODUTIVIDADE. COMO TODAS AS AÇÕES
POSSUEM INÍCIO, MEIO E FIM, SEU CURSO
SUPERIOR NÃO É DIFERENTE.
A necessidade de organizar o tempo se tornou premissa básica nos dias atuais. Ser
desorganizado pode trazer prejuízos emocionais, profissionais e até financeiros. Administrar o
tempo é sabero que é prioritário dentre as várias atividades da sua rotina. Estabelecer
prioridades não é tão simples quanto parece e cumpri-las é mais desafiador ainda. Por isso,
precisamos ter em mente o quão importante é essa organização para a nossa vida.
RECOMENDAÇÃO
É de extrema importância que você tenha uma agenda pessoal como ferramenta. Atualmente
temos várias alternativas, seja de agenda física, tradicional, ou de aplicativos que cumprem
esse papel. O fundamental, seja no trabalho ou nos estudos, é que você escolha uma boa
agenda, onde você possa marcar todos os compromissos. Você poderá consultá-la sempre ou,
no caso do aplicativo, configurá-la para enviar notificações de compromissos com minutos,
horas ou dias de antecedência.
Podemos resumir os passos para uma administração do tempo bem-sucedida da seguinte
forma:
CONFIRA, A SEGUIR, ORIENTAÇÕES PARA QUE VOCÊ
EXECUTE CADA UMA DESSAS ETAPAS DE ACORDO
COM SUAS PRIORIDADES.
1 - ESTABELECER PRIORIDADES
Saber definir prioridades e gerenciar tarefas traz impactos significativos para a organização das
demandas a serem cumpridas e para a tomada de decisões. Além disso, estabelecer
prioridades ajuda a trazer mais equilíbrio também para o campo pessoal. Você pode definir
quais compromissos precisam da sua atenção em determinado momento e, assim, evitar
sensações de esgotamento ou de culpa por achar que deveria estar em outro local.
1 - LISTAR ATIVIDADES
Liste todas as suas atividades para que você enxergue com mais clareza tudo o que tem para
fazer diariamente.
2 - ESTABELEÇA ORDEM DE PRIORIDADE
A partir da lista, estabeleça sua ordem de prioridades, respeitando a importância e a relevância
de cada atividade, seus valores, impactos e prazos.
2 - PLANEJAR ROTINA
VOCÊ DEVE ORGANIZAR O SEU DIA DE
ACORDO COM A RELAÇÃO ATIVIDADES/TEMPO,
SEMPRE UTILIZANDO A LISTA DE PRIORIDADES
COMO REFERÊNCIA.
Para que a lista seja fiel à realidade e factível de ser cumprida, é fundamental que você se
conheça a fundo, isto é, que identifique sua capacidade produtiva, seu tempo de concentração,
sua necessidade de sono etc. Dessa forma, você vai encontrar seu melhor momento para fazer
cada atividade.
Nossos corpos têm relógios embutidos que determinam os melhores momentos para comer,
dormir, fazer exercícios e trabalhar. Talvez você não tenha a flexibilidade de fazer tudo no
tempo certo para si, mas tente ouvir seu relógio interno o máximo possível.
RECOMENDAÇÃO
Se você é daquelas pessoas cujos trabalhos criativos são melhor produzidos à noite, tente
evitar afazeres criativos durante o dia e agende mais tarefas administrativas e analíticas para a
manhã. Se você acha que exercitar-se é melhor no meio do dia, tente fazer isso durante seu
intervalo para o almoço ou faça uma pausa no trabalho à tarde e retorne no início da noite.
3 - ESTIPULAR METAS
Uma vez feito o planejamento da sua rotina, é preciso que ele seja cumprido. Assim, uma boa
dica é estabelecer metas. Você sabe o que é uma meta? Em termos conceituais, podemos
dizer que a meta é um ponto aonde se quer chegar.
Vamos destacar quatro possíveis metas relacionadas à sua formação superior:
4 - ELABORAR PLANO DE AÇÃO
Usando a meta acadêmica como exemplo, o próximo passo é estabelecer um Plano de Ação:
1
Primeiro movimento
2
Organizar
as ações
3
Monitorar
as ações
4
Apurar dos resultados
5
Atingir meta
1. PRIMEIRO MOVIMENTO:
Aqui, vamos determinar as ações do semestre. Neste caso, levantamos três passos: obter
presença no máximo de aulas possível, estudar cada disciplina duas horas a mais por semana
e obter aprovação nas avaliações.
2. ORGANIZAR AS AÇÕES:
Percebemos que as duas primeiras ações definirão o cumprimento da terceira, então
focaremos nas duas primeiras até o resultado das avaliações. A organização delas pode ser
feita em uma tabela.
3. MONITORAR AS AÇÕES:
Na tabela, criaremos colunas referentes aos meses para cada ação. O acompanhamento deve
ser feito por ela, lembrando que você precisa saber a média e o limite de faltas para se guiar.
4. APURAR DOS RESULTADOS:
Semanas antes de executar as avaliações, você pode checar essa tabela para saber se tem
chances de ser aprovado. Ao final de todas as avaliações, insira suas notas no plano.
5. ATINGIR META:
“Concluir o curso superior no prazo de formação estipulado”.
RECOMENDAÇÃO
Nesse plano, selecionamos três ações relacionadas à meta, mas você poderá ter outras.
Procure aprimorar essa organização incluindo uma coluna de comentários/observações, por
exemplo, ou uma coluna de prazo para cumprimento, e outras que achar necessário. No
semestre seguinte, repita a operação.
TÉCNICAS DE ESTUDO
As técnicas de estudo são procedimentos facilitadores em âmbito acadêmico. Temos que
pensar em como melhorar os três pontos abaixo:
Com a aplicação de técnicas de estudo, você pode melhorar o seu ofício ou rendimento
acadêmico.
Você deve estar se perguntando: existe alguma técnica de estudo que me ajude a estudar
ou a trabalhar de uma maneira mais efetiva? Sim, existe e selecionamos algumas técnicas:
FICHAMENTO
A primeira técnica de estudo serve para trabalhar concentração e memória. É o fichamento ou
resumo. Uma coisa muito importante ao ler é que você tenha uma caneta ou um tablet para
anotar as informações mais importantes do texto. Isso ajuda você a reter essa informação,
melhorando sua atenção e sua memória. Então, todas as vezes que estiver lendo um texto,
você pode e deve escrever no papel frases ou palavras-chaves que sejam importantes.
Se você for fazendo isso ao longo de todo o texto, ao terminar de lê-lo, você verá que o seu
fichamento está pronto. A partir disso, o que você pode fazer é deixar as anotações ali naquele
papel ou transcrever as palavras para o seu Word, ou para uma agenda (física, eletrônica),
porque você já terá os pensamentos básicos principais todas as vezes que quiser usar aquele
texto. Então, o fichamento ou o resumo podem ser feitos dessa maneira de forma prática.
MAPA METAL
A segunda atividade ou técnica que você pode fazer para melhorar sua memória e sua atenção
é o mapa mental. É muito parecido com o fichamento, mas você coloca esse texto (ou
atividade, filme, livro etc.) em palavras, em temas, então destaca o tema daquele texto que
você está lendo.
A partir daquele tema, você vai encontrar no texto quais são as palavras que são relacionadas
àquele tema e que são importantes. O mapa mental é formado por temas que vão se
conectando por linhas para formar diagramas. Isso é uma técnica mnemônica, ou seja, uma
técnica que faz você lembrar o que fez, o que leu, de forma bastante rápida e eficiente.
TABELA
Outra técnica que também pode ser utilizada é a construção de tabelas. Algumas pessoas
preferem utilizar a tabela para resgatar o texto ou o trabalho que está fazendo de maneira
rápida, então basta construir uma tabela com as colunas que achar necessárias e aí se
colocam os temas, as palavras-chaves ou os assuntos pertinentes e importantes daquele texto.
É uma ótima forma de resumir.
AUTOEXPLICAÇÃO
Por fim, falaremos da autoexplicação. Algumas pessoas têm dificuldades de ler em voz baixa,
dizem assim: “quando eu leio baixo, não entendo que eu li”, então é preciso ler alto. Essas
pessoas vão se dar muito bem com a técnica da autoexplicação, ou seja, elas leem o texto e
explicam para si próprias e, durante essa explicação, as dúvidas vão surgir e a própria pessoa
vai explicá-las.
GRAVAÇÃO EM ÁUDIO
Uma técnica que pode ser aliada a essas outras é a gravação em áudio. Quem, nos dias
atuais, não tem um celular na mão? Com o recurso de gravação de voz você pode gravar um
texto que está estudando ou uma matéria que esteja escrevendo. Depois, você poderá ouvir o
áudio gerado em qualquer lugar.
TIPOS DE APRENDIZADO
Vamos conhecer, então, quais são as categorias de aprendizagem e ver como elas se
diferenciam no processo de educação, pois cada perfil de estudante possui maneiras mais
adequadas de compreender um conteúdo. Em seguida,você poderá descobrir qual dos perfis
mais se assemelha às suas características.
INTERNET COMO ALIADA
A Internet revolucionou a comunicação, trazendo uma grande diversidade de conteúdos e
interatividade. Os ambientes virtuais de aprendizagem, adotados pela maior parte das
Instituições de Ensino, costumam ter características similares, como fóruns de discussão, por
exemplo.
OS RECURSOS ONLINE DE INTERAÇÃO EM
REDE PERMITEM COMPARTILHAR IDEIAS,
IMAGENS, VÍDEOS, TEXTOS, MÚSICAS E
ESTIMULAM A CRIAÇÃO COLETIVA,
COLABORATIVA.
Não copie e cole sem citar fonte, muito menos use textos da intemet em trabalhos acadêmicos
como se fossem de sua autoria. Isso é uma questão de ética na rede!
ÉTICA
Em termos gerais, ética é o código de princípios e valores morais que regem o comportamento
de uma pessoa ou grupo, com relação ao que é certo ou errado, influenciando na conduta e na
tomada de decisões. Portanto, a ética está relacionada à opção ou ao desejo de manter
relações e condutas justas e aceitáveis, o que consiste em uma reflexão crítica que permita a
escolha da melhor forma de agir.
QUER ENTENDER MELHOR? VAMOS
CONVERSAR COM O PROFESSOR RODRIGO
RAINHA.
VÍDEO VERSÃO LIBRAS
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 3
Distinguir questões de diversidade e inclusão na sociedade
EXCLUSÃO
No Brasil, a desigualdade social é econômica, cultural e política, além de étnica. Esse processo
deve ser entendido como exclusão, isto é, uma impossibilidade de poder partilhar, o que leva à
vivência da privação, da recusa, do abandono e da expulsão, inclusive com violência, de um
conjunto significativo da população. A exclusão é uma situação de privação coletiva e inclui
pobreza, discriminação, subalternidade, não equidade, não acessibilidade, não representação
pública
NÃO SE TRATA DE UM PROCESSO INDIVIDUAL,
EMBORA ATINJA PESSOAS, MAS DE UMA
LÓGICA QUE ESTÁ PRESENTE NAS VÁRIAS
FORMAS DE RELAÇÕES ECONÔMICAS,
SOCIAIS, CULTURAIS E POLÍTICAS DA
SOCIEDADE BRASILEIRA.
SAIBA MAIS
O tema da desigualdade e inclusão social no Brasil é muito importante, uma vez que segundo
recentes dados do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH—2018), revelado pelo
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o país ocupa o 79º lugar entre
189 nações no ranking de IDH pelo terceiro ano seguido, que leva em conta indicadores de
educação, renda e saúde, de acordo com o relatório de desenvolvimento humano.
DADOS DO ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO
HUMANO (IDH—2018)
O país perdeu 17 posições na classificação correspondente à diferença entre ricos e pobres, e,
entre os países da América do Sul, o Brasil é o terceiro país que mais perde percentualmente
neste índice (com 23,9%), atrás do Paraguai (25,5%) e Bolívia (25,8%).
A desigualdade brasileira também cresce nas comparações de gênero. Embora as mulheres
tenham mais anos esperados de escolaridade (15,9, frente a 14,9 dos homens) e maior tempo
médio de estudo (8 anos, contra 7,7 dos homens), elas ainda recebem bem menos que os
homens no Brasil.
A renda per capita da mulher é 42,7% inferior à de pessoas do sexo masculino. No índice de
desigualdade de gênero, o país aparece na 94ª posição entre 160 países analisados. Também
é baixa a representatividade da mulher no Congresso Nacional (apenas 15%, em 2019).
 Casa de taipa no interior do Brasil.
É, portanto, um processo múltiplo que se explica por várias situações de privação material e/ou
relacionadas à escassez de autonomia, de desenvolvimento humano, de qualidade de vida.
Desse modo, a exclusão não está restrita ao acesso de bens e serviços, mas também à
segurança, à justiça, à cidadania.
RESUMINDO
Trata-se de uma condição inerente ao capitalismo contemporâneo, ou seja, a exclusão social
foi impulsionada pelas estruturas desse sistema econômico e político e intensificadas com a
globalização do capitalismo neoliberal, a partir do final do século XX. Assim, as pessoas que
possuem essa condição social sofrem diversos preconceitos. Elas são marginalizadas pela
sociedade e impedidas de exercer livremente seus direitos de cidadãos.
Os grupos dos excluídos são denominados minorias, correspondem a grupos sociais ou
mesmo nações que lutam na defesa de seus ideais.
MINORIA
O termo “minoria”, nesse caso, não se trata de um conceito quantitativo.
A situação em comum dessas minorias é a situação de exclusão e/ou discriminação, que
provoca o surgimento de movimentos sociais à procura de conquistar a dignidade e o
respeito, por meio de ações políticas.
MOVIMENTOS SOCIAIS
Atuação coletiva de um grupo organizado com objetivo de alcançar mudanças sociais por meio
do embate político, conforme seus valores e ideologias. Fazem parte dos movimentos sociais,
os movimentos populares, sindicais e a organizações não governamentais (ONGs).
IMPORTANTE
Os excluídos não são apenas aqueles que se encontram em situação de carência material,
mas também os que não são reconhecidos como sujeitos, que são estigmatizados,
considerados nefastos ou perigosos à sociedade. Como, por exemplo: a impossibilidade dos
homossexuais constituírem uniões estáveis e terem direito à herança de seus companheiros ou
companheiras.
Dentro do contexto da exclusão social, existem diferentes graus e formas de exclusão que,
segundo Sposati (2006), se apresentam como:
Exclusão estrutural
Exclusão absoluta
Exclusão relativa
Exclusão da possibilidade de diferenciação
Exclusão da representação
Exclusão integrativa
Clique aqui para ler sobre cada tipo de exclusão.
EXCLUSÃO ESTRUTURAL
Resultado do processo seletivo do mercado, que não garante emprego a todos, gerando
contínua desigualdade.
EXCLUSÃO ABSOLUTA
Originada da condição de pobreza absoluta de um crescente segmento social.
EXCLUSÃO RELATIVA
Sentida por aqueles que possuem os níveis mais baixos de acesso e apropriação da riqueza
social e das oportunidades historicamente acessíveis do ser humano.
EXCLUSÃO DA POSSIBILIDADE DE
DIFERENCIAÇÃO
Resultado do grau de normalização e enquadramento que as regras de convívio estabelecem
entre os grupos de uma sociedade, não efetivando os direitos das minorias. No caso, o padrão
de intolerância inclui, ou não, as heterogeneidades de gênero, etnia, religião, orientação sexual,
necessidades especiais etc.
EXCLUSÃO DA REPRESENTAÇÃO
Grau pelo qual a democracia de uma sociedade possibilita tornar presentes e públicas as
necessidades, interesses e opiniões dos vários segmentos, especialmente na relação Estado-
Sociedade.
EXCLUSÃO INTEGRATIVA
A exclusão é perversamente a maneira de um segmento da população permanecer
precariamente presente na lógica da acumulação.
INCLUSÃO
A inclusão é um termo amplo, utilizado em diferentes contextos, em referência a questões
sociais variadas. Entretanto, de modo geral, corresponde à inserção social de pessoas que
experimentam algum tipo de exclusão, seja da escola, do mercado de trabalho e/ou de
qualquer outro espaço social, devido à sua condição socioeconômica, de gênero, orientação
sexual, raça, não domínio de tecnologia ou por possuir algum tipo de deficiência. A inclusão
social é a busca da afirmação de direitos que há muito tempo foram negados e a
valorização da diversidade.
PORTANTO, A EXCLUSÃO E A INCLUSÃO
SOCIAL SÃO NECESSARIAMENTE
INTERDEPENDENTES.
Alguém é excluído de uma situação de inclusão específica. A sociedade que exclui é a mesma
que inclui e integra, e esta transmutação é a condição de uma ordem desigual.
Todos estamos de algum modo inseridos, mas nem sempre decente e dignamente. A ideia da
inclusão se fundamenta em uma filosofia que reconhece e aceita a diversidade na vida em
sociedade. Isto significa a garantia do acesso de todos a todas as oportunidades,
independentemente das peculiaridades de cada indivíduo e/ou grupo social.
A inclusão social é uma questão qualitativa e pressupõe, segundo Sposati (2006), os seguintes
quesitos:
Autonomia
Qualidade de vida
Desenvolvimento humano
Equidade
Cidadania
Democracia
Felicidade
Clique aquipara ler sobre cada quesito.
AUTONOMIA
É entendida como a capacidade e a possibilidade do cidadão em suprir suas necessidades
vitais, especiais, culturais, políticas e sociais, sob as condições de respeito às ideias individuais
e coletivas. Estas supõem uma relação com o mercado e com o Estado, ambos responsáveis
por assegurar as necessidades de exercício de liberdade, com reconhecimento da sua
dignidade e a possibilidade de representar pública e partidariamente os seus interesses, sem
ser impedido por ações de violação dos direitos humanos e políticos ou pelo cerceamento à
sua expressão.
QUALIDADE DE VIDA
A qualidade e a democratização dos acessos às condições de preservação do homem, da
natureza e do meio ambiente. Qualidade de vida é a possibilidade de melhor redistribuição, e
usufruto, da riqueza social e tecnológica aos cidadãos de uma comunidade; a garantia de um
ambiente de desenvolvimento ecológico e participativo de respeito ao homem e à natureza,
com o menor grau de degradação e precariedade.
DESENVOLVIMENTO HUMANO
É a possibilidade de todos os cidadãos de uma sociedade melhor desenvolverem seu potencial
com o menor grau possível de privação e de sofrimento; a possibilidade da sociedade poder
usufruir coletivamente do mais alto grau de capacidade humana. O estudo do desenvolvimento
humano tem sido realizado pela ONU/PNUD, por meio do Indicador de Desenvolvimento
Humano (IDH).
EQUIDADE
É o reconhecimento e a efetivação, com igualdade, dos direitos da população, sem restringir o
acesso a eles nem estigmatizar as diferenças que conformam os diversos segmentos que a
compõem. Assim, equidade é entendida como possibilidade das diferenças serem
manifestadas e respeitadas, sem discriminação; condição que favoreça o combate das práticas
de subordinação ou de preconceito em relação às diferenças de gênero, políticas, étnicas,
religiosas, culturais, de minorias etc.
CIDADANIA
É aqui considerada como o reconhecimento de acesso a um conjunto de condições básicas
para que a identidade de morador de um lugar se construa pela dignidade, solidariedade e não
só pela propriedade. Esta dignidade supõe não só o usufruto de um padrão básico de vida
como a condição de presença, interferência e decisão na esfera pública da vida coletiva.
DEMOCRACIA
A possibilidade do exercício democrático é componente de inclusão local na medida em que
esta supõe cidadania e não acesso a renda e serviços, o que coloca as pessoas no patamar da
sobrevida sem alcançar a condição de sujeitos cidadãos.
FELICIDADE
Para atingi-la supõe-se muito mais do que a posse, o acesso a condições objetivas de vida. Ela
traz à cena a subjetividade e, nela, o desejo, a alegria entre um conjunto de sentimento em
busca da plenitude humana. Vale dizer, uma situação que permita que o potencial das
capacidades humanas sem restrições a povos ou pessoas possa se expandir. “De cada um
conforme a sua capacidade, e a cada um conforme sua necessidade” (Marx).
POLÍTICAS PÚBLICAS
A Constituição Federal do Brasil assume como fundamental, entre outros, o princípio da
igualdade, quando reza no seu artigo 5º que:
“[...] TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI, SEM
DISTINÇÃO DE QUALQUER NATUREZA, GARANTINDO-
SE AOS BRASILEIROS E AOS ESTRANGEIROS,
RESIDENTES NO PAÍS, A INVIOLABILIDADE DO
DIREITO À VIDA, À LIBERDADE, À IGUALDADE, À
SEGURANÇA E À PROPRIEDADE.”
Para que a igualdade seja real, entretanto, ela há de ser relativa (dar tratamento igual aos
iguais e desigual aos desiguais).
O QUE ISSO SIGNIFICA?
Que as pessoas são diferentes, têm necessidades diversas e o cumprimento da lei exige que a
elas sejam garantidas as condições apropriadas de atendimento às peculiaridades individuais,
de forma que todos possam usufruir das oportunidades existentes. Tratar desigualmente não se
refere à instituição de privilégios, e sim, à disponibilização das condições exigidas pelas
peculiaridades individuais na garantia da igualdade real.
O principal valor que permeia, portanto, a ideias da inclusão é o configurado no princípio
da igualdade, pilar fundamental de uma sociedade democrática e justa: a diversidade
requer a peculiaridade de tratamento, para que não se transforme em desigualdade social. Este
princípio da igualdade permite à lei tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais.
O PRINCÍPIO POSTULA QUE AS
DESIGUALDADES DE FATO DECORRAM DAS
DIFERENÇAS DAS APTIDÕES PESSOAIS,
DANDO TRATAMENTO DIFERENCIADO ÀS
PESSOAS DIFERENCIADAS.
Desse modo, a configuração social do Estado brasileiro estabelecida pela Constituição de 1988
traz um conjunto de tarefas que visam superar as diferenças sociais e, em especial, a exclusão.
É através das políticas públicas que a promessa constitucional da inclusão social será
realizada pelo Estado e pela sociedade.
POLÍTICAS PÚBLICAS
Em geral, políticas públicas são um instrumento ou um conjunto de ação dos Governos, uma
ação elaborada no sentido de enfrentar um problema público ou ainda um conjunto de decisões
e ações destinadas à resolução de problemas políticos.
QUEM REGULA?
A gestão da política social está ancorada na parceria entre o Estado, a sociedade civil,
organizada ou não, e a iniciativa privada.
As políticas públicas compreendidas como as opções que o governo toma, em instância
federal, estadual ou municipal, para cumprir os objetivos estatais, exigem a participação dos
interessados, isto é, todos os cidadãos, segundo o ideal republicano.
POR QUE PARTICIPAR?
Participar de maneira efetiva da tomada das decisões políticas do Estado, tanto nos momentos
cruciais como na realização cotidiana das tarefas estatais, promove um sentimento de
pertencimento, e de corresponsabilidade no cidadão na sua realidade social.
COMO É A PARTICIPAÇÃO DAS EMPRESAS
PRIVADAS NESSE PROCESSO?
As empresas privadas têm sido também fortes parceiras nos programas de inclusão social uma
vez que as incorporam à agenda de Responsabilidade Social Corporativa, que é uma forma de
conduzir os negócios e que torna a empresa parceira e corresponsável pelo desenvolvimento
social.
SAIBA MAIS
As políticas públicas de inclusão social podem ser divididas em ações afirmativas e
programas sociais.
AÇÕES AFIRMATIVAS
Conjunto de políticas que compreendem que, na prática, as pessoas não são tratadas
igualmente e, consequentemente, não possuem as mesmas oportunidades, o que impede o
acesso destas a locais de produção de conhecimento e de negociação de poder. Esse
processo discriminatório atinge de forma negativa pessoas que são marcadas por estereótipos
que as consolidam socialmente como inferiores, incapazes, degeneradas etc.
PROGRAMAS SOCIAIS
Iniciativas destinadas a melhorar as condições de vida de uma população. Nesse assunto,
serão apresentados dados e informações sobre algumas iniciativas do governo voltadas à
população de baixa renda do Brasil.
QUER ENTENDER MELHOR? VAMOS
CONVERSAR COM O PROFESSOR RODRIGO
RAINHA.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao fim do estudo de nosso tema!
E como você deve ter percebido, trouxemos para você apenas o caminho das pedras, com
informações fundamentais para seu pleno acesso ao mundo acadêmico. Mas em se tratando
de Ambientação Universitária é a convivência diária que trará maior tranquilidade no seu
percurso no Ensino Superior. Seja em ambientes virtuais como presenciais nas
Unidades/Polos, é sua relação com os seus pares, Professores, Profissionais Administrativos
que permitirá a você extrair o que há de melhor nesses ambientes. E contribuir para seu
aprimoramento.
Cabe a você tomar decisões que, embora pareçam pequenas, farão grande diferença ao longo
dos anos. Assiduidade, participação nas atividades extracurriculares, aproveitar ao máximo o
conhecimento dos docentes, trabalhar em equipe, realizar os exercícios propostos, preparar-se
antecipadamente para as aulas, respeitar professores e colegas – sempre baseado em
princípios éticos, como também estudamos – e saber exatamentecomo e onde você se
posiciona na sociedade são atitudes que, ao final do curso, terão contribuído muito para o seu
futuro. E futuro acadêmico, profissional, pessoal...
Esperamos ter contribuído para que você identifique e tenha condições de encarar os desafios
acadêmicos. Porque, no final das contas, o que fará a diferença em sua vida, é a maneira como
você vai encarar esses desafios e tantos outros que surgirão!
 PODCAST
Agora, o professor Rodrigo Rainha realiza uma síntese dos pontos principais abordados no
conteúdo.
FALA MESTRE
Dicas Para Os Iniciantes
Sinopse: Michel Wurman, sócio e Head of Real State Investiments, área do PTG Pactual, e o
CEO da BrMalls, Ruy Kameyama, dão dicas sobre como dar os primeiros passos na vida
profissional.
Sinopse: Michel Wurman, sócio e Head of Real State Investiments, área do PTG Pactual, e o
CEO da BrMalls, Ruy Kameyama, dão dicas sobre como dar os primeiros passos na vida
profissional.
Processo Seletivo
Sinopse: O fundador do Sucos do Bem e da foodtech Fazenda do Futuro, Marcos Leta, fala
sobre como ele avalia um candidato na hora do processo seletivo.
Sinopse: O fundador do Sucos do Bem e da foodtech Fazenda do Futuro, Marcos Leta, fala
sobre como ele avalia um candidato na hora do processo seletivo.
Transformações No Processo Seletivo
Sinopse: Sofia Esteves, presidente do conselho do grupo de talentos da IBMEC discorre sobre
as transformações ao longo dos anos do que se busca em um candidato na hora do processo
seletivo.
Sinopse: Sofia Esteves, presidente do conselho do grupo de talentos da IBMEC discorre sobre
as transformações ao longo dos anos do que se busca em um candidato na hora do processo
seletivo.
REFERÊNCIAS
CLAVERY, Elisa. Brasil tem pequena melhora no IDH mas segue estagnado no 79º lugar
em ranking global. Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/09/14/brasil-tem-
pequena-melhora-no-idh-mas-segue-estagnado-no-79lugar-em-ranking-global.ghtml. Acesso
em 4 dez. 2019.
SAWAIA, Bader (Org.). As artimanhas da exclusão: análise psicossocial e ética da
desigualdade social. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1999.
SECRETARIA DE GOVERNO-PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Inclusão Social. Disponível
em: https://www.secretariadegoverno.gov.br/iniciativas/internacional/fsm/eixos/inclusao-social.
Acesso em 12 jun. 2017.
SPOSATI, Aldaíza. Preparo da NOB-RH/SUAS. MDS/UNESCO, Brasília, 2006.
CONTEUDISTA
Rodrigo Rainha
CURRÍCULO LATTES
DESCRIÇÃO
Conceitos fundamentais para uma boa gestão financeira. Planejamento estratégico assertivo
para o alcance de metas e a otimização de resultados traçados para sua vida. Tipos de
investimento.
PROPÓSITO
Conhecer os fundamentos básicos de planejamento, gestão financeira e responsabilidade
sustentável com impacto em nosso equilíbrio financeiro e dinâmica social.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar os principais fundamentos da gestão financeira
MÓDULO 2
Aplicar técnicas de planejamento e organização da vida financeira às metas pessoais
MÓDULO 3
Distinguir os tipos de investimentos mais comuns presentes no mercado, em especial o
investimento sustentável
MÓDULO 4
Analisar a influência das práticas sustentáveis e seus benefícios à sociedade
MÓDULO 1
Identificar os principais fundamentos da gestão financeira
INTRODUÇÃO
Desde que nascemos, estamos sempre projetando metas para a nossa vida. Seja de forma
consciente ou inconsciente, precisamos nos organizar e pensar qual o caminho a ser traçado
para alcançar um objetivo.
Na realização de um curso ou na compra de um produto, precisamos desenvolver um
conhecimento sobre a nossa situação financeira, gerindo nossos gastos e rendas de forma
eficaz.
MAS VOCÊ SABE O QUE É GESTÃO
FINANCEIRA?
VÍDEO
Para saber um pouco mais sobre este assunto, assista ao vídeo Gestão Financeira.
Como você pôde perceber no vídeo Gestão Financeira, a relação que temos com o dinheiro
impacta diretamente no sucesso e alcance dos nossos objetivos e sonhos.
GESTÃO FINANCEIRA
A gestão financeira é a metodologia com a qual o indivíduo administra recursos, buscando a
otimização deles por meio da maximização das receitas e minimização dos gastos.
Quando não conseguimos realizar uma gestão eficaz dos gastos, a nossa vida financeira tende
a ficar confusa e nossos sonhos cada vez mais distantes de serem realizados.
A relação entre pessoas e dinheiro não pode ser conflituosa, e sim virtuosa, agregando valor à
vida das pessoas em vez de destruir seus sonhos e desafios. Por isso, devemos, antes de
tudo, pensar sobre nossas escolhas para o equilíbrio financeiro.
1. O QUE EU DESEJO?
As escolhas devem levar em consideração o quanto há disponível. Não adianta criar metas que
não sejam alcançáveis, que não correspondam à sua situação atual de vida. Isso não quer
dizer que você não possa ter sonhos grandes, mas precisa pensar nas etapas a cumprir até
chegar à meta, identificando se elas poderão ser realizadas.
2. EU POSSO?
Por mais que a aquisição de um certo item faça a diferença na sua vida, reflita se você
realmente pode, nesse momento, adquiri-lo e, caso seja indispensável realizar uma compra,
avalie se algum outro gasto menos prioritário pode ser reduzido.
3. EU DEVO?
Como dizia o ditado, “querer não é poder”. Ao realizar suas escolhas financeiras, pense se
realmente necessita de determinado produto e o quanto ele pode afetar a sua rotina ou seu
estilo de vida. Será que você realmente deve realizar uma determinada compra? Você sofrerá
algum impacto negativo ao escolher realizá-la? Se sim, será possível conviver com esse
impacto?
4. EU PRECISO?
Ao realizar uma compra, reflita se realmente precisa desse produto. Qual será a diferença disso
para a minha vida e o meu dia a dia? Será que esse consumo é uma necessidade? Oferecer
alguma vantagem ou melhora no seu estilo de vida?
Ter um equilíbrio orçamentário é fundamental para realizar a gestão de seus recursos e a
concretização dos sonhos, mas, para avaliar e direcionar medidas certas para esse equilíbrio, é
importante a apresentação de alguns conceitos:
Clique nas barras para ver as informações. Objeto com interação.
RECEITAS
São todas as entradas de recursos financeiros que você recebe. Esses recursos podem ser
provenientes de uma prestação de um serviço, de vendas de uma determinada mercadoria ou
até rendimento de um aluguel ou aplicação financeira.
As receitas podem ser divididas em bruta e líquida.
RECEITA BRUTA
Entradas de dinheiro sem quaisquer descontos. O valor total do salário, por exemplo, antes da
dedução de impostos, contribuições e coparticipações.
RECEITA LÍQUIDA
Entradas de valores financeiros após os descontos de imposto e coparticipações como INSS,
imposto de renda etc.
GASTOS
São todas as despesas (fixas ou não) que você possui, ou seja, o dinheiro desembolsado.
Quando um gasto é realizado com objetivo de gerar algum tipo de receita futura, ele passa a
ser conhecido como custo.
Para que possa fabricar um produto, por exemplo, será necessário comprar matéria-prima,
equipamentos etc.
ATENÇÃO
Desenvolver conhecimento sobre a própria situação financeira é posicionar-se um passo à
frente na busca pelos seus objetivos. Ao conhecermos detalhadamente nossa receita e nossos
gastos mensais, conseguiremos agir tendo em vista essa afirmação e adotar iniciativas para
viabilizar o alcance dessas metas, independentemente do agente econômico em que nos
enquadramos.
AGENTES ECONÔMICOS
Ao pensarmos em gestão financeira, é fundamental entendermos os tipos de agente
econômico existentes e a qual pertencemos. Eles podem ser divididos em pessoa física e
pessoa jurídica.
Apesar de os dois conceitos serem utilizados nos artigos 1, 2 e 44 do Código Civil Brasileiro
ara se referir ao ser humano, eles possuem semelhanças e diferenças na hora de tratar do
gerenciamento econômico, como os tipos de receita, gastos investimentos etc.
PESSOA FÍSICA
É a pessoa natural, o indivíduo, desde o nascimento até a morte, o cidadão que compõe a
sociedade.
PESSOAJURÍDICA
É uma entidade abstrata, não natural, com existência e responsabilidade jurídicas, porém
composta por pessoas físicas, como associações, empresas e companhias.
O Código Civil Brasileiro define para pessoa física que:
• Art. 1. Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
• Art. 2. A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a
salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
Já para as pessoas jurídicas, o código define que:
• Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I - As associações.
II - As sociedades.
III - As fundações.
IV - As organizações religiosas.
V - Os partidos políticos.
VI - As empresas individuais de responsabilidade limitada.
PESSOA FÍSICA PESSOA JURÍDICA
RECEITA
Salários, aluguéis a receber,
serviços prestados, entre outros.
É o faturamento, ou seja, os valores de venda
e serviços prestados pela empresa.
DESPESA
Gastos de caráter geral
(pagamento de contas de água, luz,
telefone, aluguel etc.).
Também conhecido como opex, é todo o gasto
relacionado à administração e às vendas, como
juros, multas, pagamentos de funcionários,
despesas de escritório etc.
INVESTIMENTO
Recursos que possibilitam retornos,
como poupança, fundos de renda
fixa etc.
Conhecido como capex, é aquisição de
elementos que ajudarão a ampliar o lucro da
empresa, como compra de ativos aluguel e
terceirizações.
FINANCIAMENTO
Recursos obtidos em instituições
financeiras (bancos, por exemplo)
com destino definido, como compra
de imóvel, veículo etc.
Também oriundos dessas instituições, seus
recursos podem ser solicitados para aquisição
de crédito a fornecedores, aquisição de bens
de consumo duráveis, entre outros exemplos,
porém é necessário comprovar a aplicação
desse dinheiro.
EMPRÉSTIMO
Dinheiro concedido por instituições
financeiras sem direcionamento,
podendo, portanto, ser utilizado
para qualquer fim. Ele pode ser
pessoal, consignado, por penhor
etc.
Não está vinculado a um investimento
específico e possui modalidades como
empréstimo consignado, antecipação de
recebíveis etc.
Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Independentemente de qual agente econômico sejamos (físico, jurídico ou ambos), é
importante termos noção da situação financeira em que nos encontramos.
ATENÇÃO
Quando a nossa situação financeira está equilibrada, a entrada de recurso (receita) é capaz de
gerir os custos (gastos) diários, permitindo, por intermédio de um gerenciamento financeiro
consciente, o investimento do saldo positivo gerado. Exemplo: manter o valor a título de
provisão para despesas inesperadas, não previstas, ou a aquisição de algum bem.
Quando temos uma situação desequilibrada, na qual os custos estão em elevação, embora a
receita esteja inalterada, precisamos rever nossos gastos e começar a se planejar para que
não ocorra um endividamento negativo. Por isso, é fundamental planejar, como veremos no
próximo módulo.
ENDIVIDAMENTO
Endividamento é a capacidade de contrair dívidas.
VÍDEO
Para saber um pouco mais sobre este assunto, assista ao vídeo Agentes econômicos, da
professora Renata Ribeira, Mestre em Geografia Econômica e especialista no tema.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 2
Aplicar técnicas de planejamento e organização da vida financeira às metas pessoais
PLANEJAMENTO FINANCEIRO PESSOAL
Fazer planejamento financeiro é preparar-se para o futuro com uma previsão de receitas e
gastos. É manter o controle sobre o seu destino financeiro.
Com uma saúde financeira saudável, você terá condições de realizar investimentos, captar
recursos e alcançar seus objetivos e metas. Mas, antes de começarmos a nos planejar,
precisamos traçar qual é o nosso objetivo.
PLANEJAR É DEFINIR
Os nossos objetivos podem ser de três naturezas: profissional, pessoal e patrimonial.
PROFISSIONAL
Onde você deseja trabalhar, quando espera ocupar essa posição (tempo) e qual a sua intenção
de receita (renda.)
PESSOAL
O que deseja sobre seus relacionamentos, grau de instrução, lazer.
PATRIMONIAL
O que você deseja adquirir: carro, moradia, aplicar em um investimento etc.
Agora que já descobrimos a natureza do seu objetivo, chegou a hora de organizar o
orçamento. Para isso, é necessário analisarmos como anda, no presente momento, seu fluxo
de entrada e saída de recursos.
ORGANIZANDO O ORÇAMENTO
Com o controle orçamentário, temos como perceber quais gastos consomem a maior parte da
receita, diminuindo a sobra de recursos financeiros. Quando temos um controle efetivo de tudo
que ganhamos, recebemos e gastamos, conseguimos aferir se, em nossa renda, há um saldo
positivo, com uma receita maior dos gastos que incorrem, ou se estamos em um processo
negativo, com um custo financeiro muito elevado de gastos.
ENTRADA E SAÍDA DE RECURSOS
A entrada de recursos provém das receitas que pode provir do salário, aluguéis, prestação de
serviço, etc.
Já a saída de recursos são os valores que saem da sua receita. É importante que tenhamos
cuidado em separar seus gastos de sustentação da casa, de higiene, lazer ,instrução,
financiamentos etc, pois quanto mais controlado seu orçamento, melhor será a visualização do
seu panorama sobre os custos elevados de gasto de consumo.
ATENÇÃO
A partir do momento em que existe uma visibilidade orçamentária, é possível cortar alguns
gastos supérfluos e se preparar para a concepção dos objetivos futuros, pessoais, patrimoniais
e profissionais.
Todo planejamento orçamentário pessoal deve possuir a origem de recursos financeiros, as
características do tipo de despesas e a descrição de valores de custo dos recursos utilizados
no dia a dia. Esses dados coletados auxiliarão no controle, determinando o limite de gasto com
base na receita, como exposto a seguir.
CARACTERÍSTICAS DOS TIPOS DE DESPESA
As despesas podem ser fixas ou variáveis.
Despesas fixas são aquelas que ocorrem mensalmente e que ocorrem independente do seu
nível de consumo.
As despesas variáveis são aquelas que podem ocorrer mensalmente ou não, possuindo
valores diferenciados de acordo com a sua utilização.
DICA
Que tal utilizar esse controle financeiro na sua vida?
Baixe a tabela orçamentária que preparamos especialmente para você e tenha cada vez mais
controle sobre seus gastos.
Com o orçamento pronto, você terá a transparência necessária em sua vida financeira para
decidir sobre o seu futuro. Observaremos isso na prática com o caso de Maria Amélia.
Maria conseguiu sua tão sonhada aprovação em um vestibular de uma prestigiada
universidade particular.
Quando soube da aprovação, o primeiro dilema que Maria encontrou foi como programar seus
gastos mensais para arcar com o investimento em educação que está prestes a realizar. Ela
atualmente trabalha como atendente em uma agência de publicidade.
Gastos Mensais de Maria Amélia:
Aluguel: R$ 300
Telefones: R$100
Luz/Gás/IPTU: (pagos pelo marido)
TV a cabo: R$ 50
Internet: R$ 50
Supermercado: R$ 100
Despesas pessoais: R$500
Lazer: R$100
Qual dos gastos de Maria gera um retorno financeiro para ela?
Você já deve saber a resposta: NENHUM!
A partir de agora, entretanto, Maria terá um gasto mensal que, na verdade, é um investimento,
com retorno financeiro em médio e longo prazos.
Após o controle orçamentário, Maria verificou que necessitará de uma revisão em seus gastos
para incorporar a eles o investimento em educação. Assim, ela poderá identificar quais são
gastos supérfluos e remanejar parte do valor para o pagamento da mensalidade da faculdade.
Neste caso, Maria identificou que precisará diminuir parte das despesas pessoais para pagar a
faculdade.
Gastos Mensais de Maria Amélia:
Aluguel: R$ 300
Telefones: R$100
Luz/Gás/IPTU: (pagos pelo marido)
TV a cabo: R$ 50
Internet: R$ 50
Supermercado: R$ 100
DESPESAS PESSOAIS: R$200
Lazer: R$100
FACULDADE: R$ 300
Como você pôde observar, com o planejamento orçamentário, Maria percebeu que o valor que
possui só pagará parteda mensalidade do curso desejado. Para que ela consiga realizar esse
objetivo, precisará traçar um plano com algumas ações necessárias. Para isso, vamos falar
sobre a técnica 5W2H.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 5W2H
O 5W2H é um conceito de planejamento que pode ser utilizado em qualquer atividade. Graças
à sua forma de planejar, é possível ter uma visão macro do processo para que determinado
objetivo seja alcançado. Além disso, o 5W2H permite um alinhamento das expectativas,
minimizando dúvidas e garantindo um gerenciamento eficiente para a concretização da meta.
WHAT
What – O que você deseja?
Indique qual é o seu objetivo, o que você deseja realizar.
WHY
Why – Por quê?
Liste o motivo desse objetivo, quais são as justificativas para realizá-lo.
WHEN
When – Quando?
Faça uma previsão de quanto tempo levará para realizar esse objetivo.
WHO
Who – Por quem será feito?
Liste se o alcance desse objetivo depende só de você ou se haverá mais pessoas envolvidas.
WHERE
Where – Onde?
Em qual local ocorrerá esse objetivo ou onde será feito.
HOW
How – Como será feito?
O que você precisa fazer para alcançar esse objetivo.
HOW MUCH
How much – Quanto custará?
Qual valor monetário você terá que desembolsar para o cumprimento desta meta.
Viu como é simples? O 5W2H mostra as etapas para o alcance do seu propósito. Para ficar
mais claro, vamos ver, na prática, o método baseado nos planos de Maria.
5W2H
What – O que você deseja? Cursar uma faculdade
Why – Por quê? Para crescimento profissional e aumento de renda
When – Quando? Iniciar em até 1 ano
Who – Por quem será feito? Maria
Where – Onde? Universidade
How – Como será feito? Graças a um financiamento
How much – Quanto custará? R$ 300
Maria, por meio do planejamento estratégico 5W2H, elaborou um plano de ação para alcançar
o seu objetivo e descobriu que a melhor opção seria um endividamento através de um
financiamento.
ENDIVIDAMENTO
O endividamento é um índice que quantifica quanto da sua renda será comprometido por
dívidas. Quando estivermos trabalhando nele, precisaremos estar atentos aos juros da
operação, refletir sobre a nossa capacidade de honrar os compromissos e verificar os prazos
para não comprometer o nosso fluxo de caixa.
Há duas diferentes formas de endividamentos que são bem conhecidas: o financiamento e o
empréstimo. Veja a diferença entre ambas:
EMPRÉSTIMO
Recurso que uma instituição financeira concede para você gastar do jeito que quiser.
Seu custo é mais elevado do que o de um financiamento, pois não exige vínculo, uma garantia
tão formal e direta do bem adquirido com relação a operação que está realizando.
FINANCIAMENTO
O valor concedido pela instituição fiduciária é diretamente vinculado à operação, ou seja, só
pode ser utilizado no destino determinado e autorizado pelo banco. Como essa operação tem
menos riscos que o empréstimo, o custo financeiro e a taxa de juros também são menores.
O empréstimo e o financiamento comprometem parte da renda e causa endividamento. Por
isso, devemos ter atenção e cuidado ao realizar essas operações.
SOLICITAR FINANCIAMENTOS E EMPRÉSTIMOS
PARA ADQUIRIR BENS E ALCANÇAR AS SUAS
METAS NÃO É UM PROBLEMA. O PROBLEMA
ESTÁ EM COMO ESSE VALOR SERÁ APLICADO
E QUAIS SÃO AS SUAS CONDIÇÕES DE
UTILIZAÇÃO.
Por isso, lembre-se sempre de:
1. Ir ao site do banco de sua escolha e pesquisar sobre os juros, taxas e condições
detalhadamente.
2. Verificar se o site possui um simulador financeiro e realize diferentes combinações (pagar
em prazos diferentes, utilizar diferentes valores de entrada etc.).
3. Comparar as taxas praticadas em cada modalidade com outros bancos e fiduciárias.
4. Procurar sempre instituições confiáveis e cadastradas no Banco Central do Brasil.
BANCO CENTRAL DO BRASIL
Banco Central do Brasil (BACEN) é o orgão regulador dos bancos e instituições financeiras. Ele
é responsável pela fiscalização dessas instituições e por garantir que o Código de Defesa do
Consumidor (CDC) seja respeitado.
DICA
Agora que você já aprendeu como planejar e gerir seus gastos, será que você saberia lidar
com todas as situações que envolvem planejamento profissional, pessoal ou patrimonial?
Você já deve ter se deparado com alguma situação em que não soube qual decisão tomar. Que
tal testar seus conhecimentos no Vida Financeira, um jogo cheio de desafios propostos pelo
consultor financeiro Gustavo Cerbasi?
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 3
Distinguir os tipos de investimentos mais comuns presentes no mercado, em
especial o investimento sustentável
INVESTIMENTO
No módulo anterior, vimos que o endividamento é a quantificação das dívidas que
comprometem a receita, mas nem todo endividamento é negativo:
"A RENDA DE QUEM CONCLUIU O ENSINO
SUPERIOR É PRATICAMENTE O TRIPLO
DAQUELES QUE TÊM APENAS O ENSINO
MÉDIO, SEGUNDO PESQUISA NACIONAL POR
AMOSTRA DE DOMICÍLIOS CONTÍNUA."
Quando o endividamento é consciente, controlado e traz perspectivas futuras de retorno, ele
pode apresentar um caráter positivo, mesmo comprometendo uma parte do seu saldo por um
longo tempo. Neste caso, o endividamento para um financiamento estudantil, por exemplo,
apresenta futuras perspectivas de aumento de receita, já que o diploma pode garantir uma
melhor recolocação profissional e, consequentemente, um salário superior a um profissional
que possui apenas o Ensino Médio como escolarização.
Além disso, nem todo processo de endividamento é eterno. Quando contraímos uma dívida
positiva e nos planejamos, chegará um momento em que os custos financeiros (gastos)
estarão em queda, e a receita ficará inalterada ou até maior. No caso do endividamento
educacional, por exemplo, ao término do pagamento das mensalidades ou do financiamento
estudantil, haverá uma sobra de recursos e a perspectiva do aumento de salário que a nova
profissão proporcionará.
Nesses casos, é hora de estabelecer planos para essa nova receita, utilizando o saldo
financeiro para aplicações. Investir é a melhor forma de aumentar suas reservas financeiras.
Mas você sabe como funciona a lógica do investimento?
O investidor é a pessoa que disponibiliza recursos financeiros para que os bancos façam
movimentações. Em troca, o banco repassa ao investidor uma parte dos juros realizados
nessas transações por meio de spread.
ATENÇÃO
O banco é responsável por captar os recursos financeiros com outros investidores, emprestar a
tomadores e, até mesmo, investir grandes volumes de dinheiro na busca de maior receita. Por
isso, é extremamente importante identificar o perfil de investidor para, posteriormente,
conhecer os principais tipos de investimentos presentes no mercado.
TIPOS DE INVESTIDOR
O investidor é aquele cuja renda é maior que seu consumo/gastos, sobrando recursos para
serem aplicados. Mas nem todos são assim. O perfil de investidor é classificado conforme suas
características predominantes, podendo ele ser:
AGRESSIVO
Não tem medo de perda expressiva de capital. Acompanha constantemente o mercado
financeiro e busca sempre maior retorno de seus investimentos.
MODERADO
Deseja segurança em seus investimentos, mas está disposto a correr mais riscos. Analisa,
dentre as opções de médio risco, aquelas que podem trazer mais rentabilidade.
CONSERVADOR
Realiza seus investimentos de forma segura e não gosta de correr riscos. Prefere
investimentos com garantia de retorno, mesmo que o percentual seja baixo.
Agora que vimos os tipos de investidores existentes, que tal descobrir em qual tipo de
investidor você se enquadra? Analise as afirmativas a seguir e identifique o seu perfil
respondendo sim ou não para as perguntas.
Como podemos perceber, o tipo de investidor se relaciona diretamente com as escolhas que
serão feitas nas aplicações financeiras.
É por intermédio dessas características pessoais que podemos avaliar e escolher o
investimento que melhor se adequa a sua realidade. Agora que descobriu seu tipo de
investidor, veja alguns tipos de investimentos mais conhecidos.
TIPOSDE INVESTIMENTOS
Os investimentos financeiros podem ser de renda fixa ou variável.
Os investimentos de renda fixa são aqueles em que há uma previsibilidade do retorno, ou seja,
são mais seguros, pois possuem baixo risco de perda e taxas fixas de juros para as aplicações.
Já os investimentos de renda variável são aqueles que não possuem uma previsibilidade de
retorno, podendo trazer rendimentos maiores do que a renda variável fixa, mas também podem
causar prejuízos quando não bem acompanhados.
Conheça os tipos de investimentos mais comuns:
POUPANÇA
Investimento fixo mais popular, que possui a menor taxa de juros. Nessa modalidade, o banco
investe o dinheiro em aplicações do governo federal com o intuito de arrecadação de recursos.
A poupança possui uma rentabilidade de até 0,5% ao mês e é protegida pelo Fundo
Garantidor de Crédito (FGC).
TESOURO DIRETO
Título emitido pelo Tesouro Nacional, que atua como um empréstimo ao Governo Federal. Com
rendimento superior à poupança, o tesouro direto tem como objetivo impulsionar a economia e
controlar a inflação do país. Também é considerado um investimento fixo, pois possui valor de
juros definidos previamente.
CERTIFICADO DE DEPÓSITO BANCÁRIO (CDB)
Títulos são emitidos pelos bancos com o objetivo de captar dinheiro nessa modalidade de
investimento, ou seja, você empresta o seu dinheiro ao banco que, por sua vez, te devolve
esse dinheiro com juros pelo valor que foi investido. A taxa de juros geralmente é acordada no
momento da aplicação, já tendo, assim, o valor de juros definidos, mas há casos em que o
CDB pode variar com de acordo com a inflação.
FUNDO IMOBILIÁRIO
Também conhecido como FII, este fundo variável consiste em investir em imóveis de fim
comercial. Ao aplicar seu dinheiro no FII, você passa a ser uma espécie de dono do
empreendimento, recebendo parte dos aluguéis.
FUNDO DE AÇÕES
Nesse tipo de investimento variável, ocorre a compra de ações e você passa a ser um sócio da
empresa. Assim, o lucro vem por meio dos dividendos, ou seja, uma parte dos lucros é
repassada aos acionistas proprietários das ações.
FUNDO DE AÇÕES
Fundo que administra os mecanismos de proteção ao crédito. Ele não é uma instituição
financeira, ou seja, não atua na concessão ou intermediação de empréstimos ou
financiamentos. No entanto, é sua responsabilidade garantir o funcionamento e a proteção dos
investidores.
O FGC possui como missão:
Proteger depositantes e investidores no âmbito do Sistema Financeiro Nacional até os
limites estabelecidos pela regulamentação;
Contribuir para a manutenção da estabilidade desse sistema;
Auxiliar na prevenção de uma crise bancária sistêmica.
Fonte: (FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITOS, 2020).
Atualmente, uma nova modalidade de investimento tem surgido de maneira expressiva: o
investimento sustentável. Seu objetivo é o mesmo dos demais: garantir um bom retorno
financeiro, mas também injetar dinheiro em empresas preocupadas com os impactos
socioambientais.
INVESTIMENTO SUSTENTÁVEL
O investimento sustentável, assim como as demais formas de investimento, busca um retorno
financeiro positivo nas movimentações. A diferença é que, neste tipo de investimento, as
empresas envolvidas atuam em um negócio sustentável, ou seja, se preocupam para que a
forma como operam no mercado não cause danos ao meio ambiente e tenha responsabilidade
social.
As empresas sustentáveis entendem que, ao adotar práticas de preservação do meio
ambiente, apresentam ao seu consumidor final um modelo de negócio consciente e
transparente e, ao mesmo tempo, concebem melhores resultados com suas ações em prol
dos impactos ambientais e sociais.
MAS VOCÊ DEVE ESTAR SE PERGUNTANDO:
POR QUE EU DEVO COGITAR O INVESTIMENTO
SUSTENTÁVEL ENTRE TANTOS TIPOS DE
INVESTIMENTO?
BOM RETORNO FINANCEIRO
Uma empresa responsável socialmente é uma organização que cuida do meio ambiente e,
dessa maneira, se destaca nas relações de mercado. Ser ambientalmente correto gera lucros e
rendimentos.
Atualmente, os consumidores procuram empresas com ética e responsabilidade socioambiental
para comprar seus produtos, ou seja, procuram por organizações que apresentem uma
preocupação com a qualidade de vida da população e a sustentabilidade. Além disso, esse tipo
de empresa consegue diminuir consideravelmente seus valores de opex, já que adota práticas
autossustentáveis e econômicas, como a troca de copos descartáveis por reutilizáveis,
aquisição de placas solares etc.
Assim, consequentemente, as empresas sustentáveis operam suas ações e seu espaço no
mundo dos negócios de forma expressiva.
AUXILIO NA PRESERVAÇÃO DO PLANETA E NO SEU
FUTURO E DA SUA FAMÍLIA
Segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), o mundo pode viver uma
"catástrofe ambiental" em 2050. Devido às grandes taxas de poluição emitidas na atmosfera, as
mudanças climáticas e as pressões sobre o ecossistema têm aumentado consideravelmente.
Consequentemente, estamos sofrendo o esgotamento das nossas fontes naturais de água
potável. Além disso, corriqueiros desastres naturais podem causar perdas econômicas e
humanas.
Quando investimos em empresas que se preocupam com as emissões de gases na atmosfera
e com o desenvolvimento de tecnologias limpas, estamos investindo também no nosso bem-
estar, na nossa comunidade e no nosso planeta.
SAIBA MAIS
Se quiser entender um pouco mais sobre como ocorre a atuação dessas empresas socialmente
responsáveis, leia o artigo Inovação, Sustentabilidade e Responsabilidade Social: análise
da experiência de uma empresa de equipamentos pesados e aprofunde os seus
conhecimentos.
O investimento financeiro traz vantagens para as empresas, para o investidor e para toda a
sociedade. Assista à entrevista com um CEO de uma empresa de consultoria ambiental e
soluções sustentáveis para entender como ocorre o investimento sustentável na prática e seus
benefícios sociais.
CEO
O termo CEO vem do inglês Chief Executive Officer . Este profissional é a autoridade
responsável pelas estratégias e pelo cumprimento da missão, visão e valores de uma empresa.
O CEO está à frente de toda organização, sendo responsável pela tomada de decisão dos
negócios.
VÍDEO
Para saber um pouco mais sobre este assunto, assista ao vídeo Investimento Sustentável, da
professora Renata Ribeira, Mestre em Geografia Econômica e especialista no tema.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 4
Analisar influência das práticas sustentáveis e os benefícios que elas acarretam à
sociedade
SUSTENTABILIDADE
Como vimos no módulo anterior, consumidores e investidores procuram por empresas éticas,
preocupadas com a qualidade de vida da população e com a sustentabilidade. A população, de
maneira geral, está cada vez mais exigente com a qualidade dos produtos que compra, com a
política da empresa e com o seu papel socioambiental.
Como nos aponta Rattner:
“EM TODO O MUNDO, AS SOCIEDADES CIVIS
ESTÃO SE ORGANIZANDO E OFERECENDO
RESISTÊNCIA CRESCENTE, NÃO APENAS À
POLUIÇÃO AMBIENTAL E À DEGRADAÇÃO DOS
RECURSOS NATURAIS, MAS TAMBÉM AOS
ABUSOS DE PODER POLÍTICO E ECONÔMICO.
[...] NESTE PROCESSO DE MOBILIZAÇÃO DE
CIDADÃOS A AGIREM EM BUSCA DE
CRESCENTE PRODUTIVIDADE ECONÔMICA, UM
MEIO AMBIENTE LIMPO E BEM-ESTAR SOCIAL,
O FATOR CENTRAL NÃO É UM SISTEMA
DEMOCRÁTICO FORMAL, MAS A CONSTRUÇÃO
E O ESFORÇO CONTÍNUO DE INSTITUIÇÕES
DEMOCRÁTICAS ESPECÍFICAS. A QUESTÃO
PRINCIPAL QUE SURGE É COMO CRIAR
INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS CAPAZES DE
INDUZIR UM PROCESSO DE
DESENVOLVIMENTO SOCIALMENTE
EQUITATIVO E ECOLOGICAMENTE
SUSTENTÁVEL E AO MESMO TEMPO MANTER O
CONTROLE E DEFINIR OS LIMITES POLÍTICOS
QUE ESTABELECEM RELAÇÕES DE MERCADO
DESIGUAIS E DESESTABILIZANTES.”
Fonte: RATTNER, H. Sustentabilidade - uma visão humanista.
Como as discussões dos novos negócios tratam de sua ética e da sua relação com o meio
ambiente, é absolutamente condenável alguém pensar em um negócio, em uma empresa ou
no seu desenvolvimento financeiro pessoal sem perceber o mundo emvolta e sua relação com
ele. Pensando numa sustentabilidade humana, não é mais aceitável a condição egoísta do
enriquecimento às custas da fragilização do meio em que nós vivemos.
Refletindo sob essas perspectivas, alguns estudiosos consideram que a sustentabilidade é
composta, atualmente, por três dimensões. Conhecidas como Triple Bottom Line , elas se
relacionam da seguinte forma:
SUSTENTABILIDADE HUMANA
Percepção de que, quando falamos em sustentabilidade, não estamos falando holisticamente
da natureza, mas da percepção do homem enquanto parte da natureza. Suas relações com o
ambiente são, fundamentalmente, sua relação com os espaços em que ele vive e convive.
DIMENSÃO ECONÔMICA
Inclui a economia formal e as atividades informais que provêm serviços para os indivíduos e
grupos, aumentando, assim, a renda monetária e o padrão de vida dos indivíduos.
DIMENSÃO AMBIENTAL
Também conhecida como ecológica, estimula as empresas a considerarem o impacto de suas
atividades sobre o meio ambiente, a forma de utilização dos recursos naturais e contribui para
a integração da administração ambiental na rotina de trabalho.
DIMENSÃO SOCIAL
Aspecto social relacionado às qualidades dos seres humanos, como suas habilidades,
dedicação e experiências, abrangendo os ambientes interno e externo da empresa.
Assim, falar em sustentabilidade deixou de ser uma questão política e passou a fazer parte do
cotidiano das pessoas, se manifestando nas escolhas e valorizações individuais de cada um.
Não basta buscar o equilíbrio e o sucesso financeiro. Devemos entender que nossas práticas
só fazem sentido quando fomentam o bem-estar e o equilíbrio nas sociedades por intermédio
de práticas de responsabilidade social.
MAS VOCÊ SABE O QUE RESPONSABILIDADE
SOCIAL SIGNIFICA?
RESPONSABILIDADE SOCIAL
A responsabilidade social pode ser definida como ações, posturas e práticas que buscam o
bem-estar de toda uma sociedade. Pessoas físicas e jurídicas adotam uma postura
responsável e transparente, não visando a seus interesses exclusivos, mas ao engajamento
em projetos de ações sociais, culturais e ambientais.
Uma responsabilidade social atuante e contínua promove a melhoria constante e exerce a
cooperação e a ética social. Por isso, a preocupação ambiental mundial tem sido marcada por
conferências e encontros para demonstrar os cuidados com os recursos naturais e com a
sustentabilidade, bem como estabelecer a responsabilidade social dos empreendimentos
industriais.
Vamos entender, agora, como a ideia de responsabilidade social chegou ao nosso país e os
impactos dessa nova visão.
RESPONSABILIDADE SOCIAL NO BRASIL
1950
O conceito de responsabilidade social é antigo, mas teve uma arrancada significativa na
década de 1950, com Howard Bowen e sua perspectiva de que as empresas e seus negócios
são centros vitais de poder e decisão. As empresas precisam compreender suas
responsabilidades e os impactos oriundos de suas ações, ou seja, incluir a responsabilidade
social na gestão de seus negócios.
1960-1970
Nas décadas de 1960 e 1970, é reforçado um novo entendimento em que o compromisso das
organizações vai além da lucratividade. A influência de várias correntes de pensamento e
propostas alternativas pela competitividade capitalista fizeram com que as organizações
percebessem a importância de seu papel na sociedade.
1990
Nos anos 1990, o conceito de responsabilidade social começa a ser inserido no Brasil,
impulsionado pela crise social do Estado. A crise teve como consequência a convocação das
empresas a assumir suas responsabilidades com a sociedade e com o meio ambiente. Além da
crise, outros fatores impulsionaram o movimento da responsabilidade social, como o avanço
democrático, maiores exigências da sociedade, demandas do comércio internacional etc.
2005-2010
Ocorre a criação da ISO 26000 pelo Working Group on Social Responsibility após cinco anos
de debate entre especialistas oriundos de quase uma centena de países e de seis segmentos
sociais (trabalhadores, governos, empresas, consumidores, organizações não governamentais,
40 organizações internacionais, entre outros), com o objetivo de reconhecer a importância da
responsabilidade social, o entrosamento das partes interessadas e os temas essenciais. A
participação dos trabalhadores ocorreu por meio de especialistas vinculados às centrais
sindicais de vários países, liderados pela Confederação Sindical Internacional (CSI).
ISO 26000
O nosso país participou de forma ativa na elaboração da norma ISO 26000: o Brasil compôs a
presidência do grupo de trabalho, dividido entre os representantes da ABNT e do Instituto de
Normalização da Suécia - Swedish Standard Institute (SIS).
Com essa norma, houve o reconhecimento da autoridade de governos e organismos
intergovernamentais para a fixação dos requisitos de responsabilidade social para as
organizações. As contribuições de especialistas brasileiros em todas as etapas do processo
permitiram incorporar, ao conteúdo da norma, inúmeras sugestões e propostas vindas do
Brasil.
Vamos conhecer mais sobre essa norma tão importante?
VÍDEO
Para saber um pouco mais sobre este assunto, assista ao vídeo ISO 26000: a norma de
responsabilidade social.
A norma ISO 26000 tem como objetivo fornecer orientações sobre princípios e práticas de
responsabilidade social dirigidas a organizações de qualquer natureza, não apenas para
empresas. Ela toma por base as normas, tratados, convenções e outros documentos
intergovernamentais, inclusive as convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT)
para a definição das suas recomendações de conteúdo. Desse modo, procurou respeitar as
normas obrigatórias adotadas por amplo consenso entre nações e representantes da
sociedade internacional.
TALVEZ VOCÊ ESTEJA FAZENDO AS
SEGUINTES PERGUNTAS: COMO EU ME
ENCAIXO NISSO E POR QUE DEVO PENSAR
NAS PRÁTICAS SOCIAIS, EM ESPECIAL NAS
SOCIOAMBIENTAIS?
Poderíamos contar toda uma história das questões ambientais, leis e conferências que
estruturaram a história da humanidade e repensaram, de maneira crítica, os caminhos
irreversíveis de modificação de nosso ambiente. Nesse momento, entretanto, queremos
chamar a sua atenção para o outro lado da moeda.
Mais do que a percepção de um país dentro do processo de responsabilidade social, é
importante difundirmos a lógica da percepção individual, pois nós somos os agentes de todas
as práticas e iniciativas. Assim, as nossas escolhas sobre como vivemos podem influenciar e
afetar toda uma sociedade.
VÍDEO
Para saber um pouco mais sobre este assunto, assista ao vídeo Processo de
responsabilidade social.
PRINCÍPIOS
Ao contrário das outras normas, como a ISO 9001 e a ISO 14000, a 26000 não possui uma
certificação. Ela é apenas um guia para as organizações , tendo como princípios:
Transparência;
Responsabilidade;
Direitos humanos;
Consideração pelas partes interessadas;
Normas internacionais;
Legalidade;
Comportamento ético.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, aprendemos a importância da gestão financeira para o alcance de objetivos e
identificamos como o planejamento financeiro pessoal nos fornece uma noção transparente de
como agir para a consecução de uma vida financeira mais tranquila e saudável, sem tantos
problemas relacionados a quanto se gasta e quanto se ganha.
O controle orçamentário nos permite identificar, por meio da relação receita e gastos, se há um
superávit ou déficit nas contas pessoais. Quando a receita se mantém e os gastos decrescem,
é possível traçar novas metas e realizar investimentos, que podem ser de caráter fixo ou
variável.
Entre as opções, temos aquele socialmente responsável, que gera valor por intermédio de
práticas sustentáveis e de apoio ao meio ambiente, com atenção aos impactos econômicos,
sociais e ambientais. Esse tipo de investimento é comprometido com a responsabilidade social
e atua como promotor de boas práticas no meio empresarial brasileiro

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