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Fisiologia cardíaca - Débito cardíaco

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→ Frequência cardíaca – quanto maior a frequência cardíaca, 
mais rápido é o bombeamento de sangue. A FC, por sua vez, é 
controlada pelo SNA e pelo sistema de regulação intrínseca que 
envolve barorreceptores e quimioceptores. 
→ Volume sistólico – consiste no volume de sangue 
efetivamente ejetado por batimento. Tem-se que VS = VDF – 
VSF. *O volume diastólico final refere-se à quantidade total de 
sangue recebida pelo ventrículo a partir da diástole; o volume 
sistólico final refere-se à quantidade residual de sangue no 
ventrículo após a sístole. Em condições fisiológicas, VDF = 120ml; 
VSF = 50ml e VS = 70ml. O volume sistólico é influenciado por 
basicamente três fatores: 
• Pré-carga – corresponde à pressão diastólica final presente no 
ventrículo, a qual relaciona-se com seu grau de enchimento 
antes da sístole. pré carga =  VS =  DC 
*Fatores que dificultam a pré-carga = desidratação, diuréticos, 
dilatação venosa [estoque periférico de sangue], hipovolemia 
 
• Pós-carga – corresponde à força que se opõe à contração 
ventricular (pressão que deve ser superada). 
*Fatores que aumentam a pós-carga = estenose aórtica, 
vasoconstricção, hipertensão, viscosidade do sangue 
 
• Contratilidade – consiste na força/capacidade de contração 
do miocárdio. Seu aumento implica no aumento da 
quantidade de sangue ejetada. 
 
→ Atividade metabólica – de maneira geral, o fluxo sanguíneo 
local de um tecido aumenta conforme o metabolismo 
[necessidade de O2], o que repercute no retorno venoso = DC 
 
→ Resistência periférica total (RP) – consiste na pressão 
exercida pelas paredes dos vasos contra o fluxo sanguíneo. Tem-
se que DC = 
𝑃𝐴
𝑅𝑃
. *Se opõe a pressão arterial; 
• Vasoconstrição = RP e FS = DC 
• Vasodilatação = RP e FS = DC 
 
 
 
MECANISMO DE FRANK-STARLING 
“Quanto mais o miocárdio for distendido durante o enchimento, 
maior será a força de contração e maior a quantidade de sangue 
bombeada”. Em outras palavras, dentro de limites fisiológicos, o 
coração bombeia todo o sangue que a ele retorna pelas veias. 
Dessa forma, a regulação cardíaca intrínseca se dá em resposta às 
variações no aporte do volume sanguíneo que chega ao coração 
pelo retorno venoso. 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIO FÍSICO 
Durante uma atividade física, de maneira geral, o débito cardíaco é 
aumentado em resposta ao aumento da força e frequência de 
contração do coração (estimulação simpática). Além disso, também 
observa-se diminuição do volume sistólico final pelo aumento 
do retorno venoso, melhorando-se a fração de ejeção. 
Obs: o condicionamento físico está associado ao retardo do 
envelhecimento, uma vez que à longo prazo, implica em 
diminuição da frequência cardíaca (VSF = VS = FC) 
 
 
Corresponde à porcentagem de sangue do VE que é ejetada a cada 
batimento. Tem-se que FE = 
𝑉𝑆
𝑉𝐷𝐹
. Seu valor normal é >55% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Existem limites definidos para a quantidade de sangue que o 
coração é capaz de bombear. 
a) Hipereficácia – pode ser desencadeada por estimulação 
nervosa ou por hipertrofia cardíaca. 
 
 
 
 
 
 
b) Hipoeficácia – pode ser causada por inibição nervosa, 
hipertensão, condições que causem anormalidades no ritmo 
cardíaco (bloqueio de ramo), obstrução coronariana, 
valvulopatia, inflamação do M. cardíaco (miocardite), etc. 
 
→ correlação clínica: INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 
 
 
Corresponde ao volume de sangue ejetado pelo coração em 1 
minuto Nos homens, o DC em repouso é de aproximadamente 
5,6 L/min, enquanto que nas mulheres, é de 4,9L/min. 
FÓRMULA GERAL: 
DC = FC X VS 
Assim, infere-se que o débito cardíaco é controlado de forma 
quase total pelos fatores periféricos que determinam o retorno 
venoso. *Lembrando que cada tecido controla seu fluxo sanguíneo 
local, sendo o retorno venoso a soma de todos os fluxos locais. 
 
REGULAÇÃO DO DÉBITO CARDÍACO 
RETORNO VENOSO 
FRAÇÃO DE EJEÇÃO 
CURVA DO DC 
*É comum que os corações de atletas de maratona, por 
exemplo, aumentem sua massa de 50 a 75%, o que influencia 
a força de contratilidade e permite o bombeamento de 
maiores quantidades de sangue. 
Condição na qual o coração não bombeia sangue 
adequadamente [fração de ejeção], tendo como causas 
comuns doença coronariana, infarto agudo do miocárdio e 
hipertensão. Como resultado, tem-se dois efeitos principais: (1) 
diminuição do débito cardíaco e (2) acúmulo de sangue nas 
veias, resultando em aumento da pressão venosa.

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