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Anatomia Patológica Tumores benignos • Condiloma acuminado são proliferações epiteliais benignas sexualmente transmissíveis causadas pelo papilomavírus humano (HPV), principalmente os tipos 6 e 11. Após a remoção geralmente pode haver uma recidiva, mas é raro que se tornem malignos. Se pode demonstrar com imuno-histoquímica e técnicas de hibridização do DNA Morfologia • Macroscópica: protuberâncias papilares solitárias ou múltiplas, sésseis ou pediculadas, de cor avermelhada, com tamanho variando entre 1 e 5 mm e frequentemente afetam o sulco coronal balano prepucial ou a parte interna do prepúcio e períneo • Microscópica: papilas ramificadas revestidas por epitélio escamoso estratificado (mas ordenado), frequentemente associado a hiperceratose; A vacuolização das células epiteliais (coilocitose) é comum. Acantose, papilomatose e coilocitose Não tem evidências de displasia e nem invasão do estroma, tendem a ter recorrência, mas não evoluciona para o carcinoma Anatomia Patológica • A doença de Peyronie causa fibrose dos corpos cavernosos do pênis, com consequente encurvamento e dor durante a relação sexual. Tumores malignos • Câncer de pênis Lesões pré-cancerosas ➢ Espectro de lesões escamosas intraepiteliais (SIL) atipias caracterizadas por anomalias na maduração, polaridade e atipia nuclear (HGSIL vs. LGSIL) ➢ Frequentemente associada a um carcinoma epidermoide invasivo adjacente. • Lesões CIS são amplamente associadas à infecção por HPV, especialmente o tipo 16. • Enfermidade de Bowen – eritroplasia de Queyrat Generalidades ➢ Representam um CIS epidermoide ➢ Usualmente em indivíduos mais velhos ➢ Se associam a carcinoma invasor em 5% ➢ 5-10% progressão a carcinoma invasor ➢ As diferenças entre uma e outra resultam de variações anatômicas na área - EQ: quando se localiza na glande - EB: quando se localiza na pelo do corpo. ➢ Devem ser consideradas uma entidade enquanto ao prognostico e tratamento Histologia ➢ Alteração de todo a espessura do epitélio, núcleos hipercromaticos agrandados, células multinucleadas ➢ Disqueratose, vacuolização, acantose e paraqueratose ➢ Numerosas mitoses típicas e atípicas ➢ Inflamação crônica e proliferação vascular no estroma subjacente. Anatomia Patológica • Papulose Bowenoide ➢ Lesão relacionada com HPV (80%) que aparece em homens jovens (30 anos), como múltiplas pápulas arroxeadas- vermelhadas na pele do corpo. Ocasionalmente na glande ou prepúcio ➢ Características similares a enfermidade de bowen com menor alteração na maduração, menos atipia citológica e figuras mitóticas. ➢ Comumente involuciona espontaneamente com ou sem sequelas • Carcinoma epidermoide Generalidades ➢ A maioria das neoplasias do pênis são carcinomas epidermoides Anatomia Patológica ➢ Infrequente nos países de primeiro mundo (< 1% dos canceres no homem) ➢ Em países em desenvolvimento: até 10% de todos os canceres ➢ Fatores ambientais são mais importantes que os genéticos na patogênese, mas tem descrito casos familiares ➢ Fatores predisponentes: pobre higiene, fimose. Outros: história de verrugas genitais, dificuldade na decalotação, acumulação de esmegma, falta de circuncisão ao nascimento ou tardia, tabagismo, história de erupção ou trauma peniano Características clínicas ➢ Idade média de 58 anos. Ocasionalmente em adultos jovens, raro em crianças ➢ Motivo de consulta: tumoração peniana. Úlcera ou eritema em 30- 40% dos casos ➢ Menos frequente: dor (12%), disuria e sangramento (5%), enfermidade metastática (12%) Classificação ➢ Sitio de origem ➢ Padrão de crescimento ➢ Subtipos histológicos ❖ Sitio de origem ➢ Glande (80%) ➢ Mucosa prepucial (15%) ➢ Surco coronal (5%) ➢ Pele do prepúcio e corpo: extremamente raros. ❖ Padrão de crescimento ➢ Disseminação superficial (35%) - Tumor plano de crescimento horizontal que invade só superficialmente as capas anatômicas - Bem a moderadamente diferenciado - Baixo índice de gânglios (+) Anatomia Patológica ➢ Crescimento vertical (20%) -Crescimento em profundidade - Frequentemente de alto grau - Alto índice de gânglios (+) ➢ Verruciforme (25%) - Neoplasias de aspecto papilar - Bem a moderadamente diferenciado - Baixo índice de gânglios (+) - Inclui: carcinoma verrugoso, condilomatoso e papilar Anatomia Patológica ➢ Multicêntrico (5%) - Dois ou mais neoplasias primarias independentes mulcentricas em vários compartimentos anatômicos ➢ Misto (15%) - Padrões múltiplos de crescimento ❖ Subtipos histológicos ➢ Tipo clássico ou usual (70%) Anatomia Patológica - Quase sempre bem a moderadamente diferenciado, tumores queratinizantes - Frequentemente associados a carcinoma in situ ➢ Basaloide (10%) - Relacionado com HPV - Ninhos sólidos de células basaloides pobremente diferenciadas - Alto índice de recorrência e gânglios (+). Pobre prognostico ➢ Verruciforme (20%) - Condilomatoso: Relacionado com HPV, presença de conspícua de koilocitosis Usualmente de baixo grau Bordas infiltrativas -Verrucoso: Neoplasia exofitica bem diferenciada Não atipia koilocitica Anatomia Patológica Margens expansivas - Papilar: Neoplasia exofitica bem a moderadamente diferenciada Margens infiltrativas Mais frequentes ➢ Outros: sarcomatoide, adenoescamoso e misto Fatores prognósticos Ajudam a predizer metástase regionais ou sistêmicas: ➢ Tamanho do tumor primário: maior tamanho pior prognostico (exceto os verriciformes) ➢ Sítio do tumor primários: prepúcio > glande > surco coronário ➢ Padrão de crescimento: verruciforme > disseminação superficial > crescimento vertical ➢ Subtipos histológico: verrugoso > condilomatoso – papilar > tipo clássico > basaloide – sarcomatoide ➢ Grau tumoral: GI (24% MTS), GII (46% MTS), GIII (82% MTS) ➢ Nível anatômico: varia de acordo ao sítio anatômico considerado (escala 0-3) ➢ Profundidade de infiltração: a maior infiltração pior prognostico ➢ Os parâmetros mais importantes para predizer linfonodos (+) é o grau tumoral e o nível anatômico ➢ Índice prognostico de cubilla: grau tumoral + nível anatômico Anatomia Patológica - 1 a 3 (baixo risco de MTS) - 4 (risco moderado, MTS 10-20%) - 5 a 6 (risco avançado, MTS frequente, pobre prognostico)
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