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Bioquímica II bloco 2

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Glicogênio
	Para evitar o aumento da pressão osmótica, a célula sintetiza glicogênio.
- Estrutura do Glicogênio: 
É um polímero formado por glicoses alfa (uma glicose cíclica). As ligações glicosídicas mais comuns são entre os carbonos 1 e 4 (C1 de uma glicose e C4 da outra). A ligação ocorre através das hidroxilas.
A molécula de glicogênio apresenta um terminal redutor, que é aquele no qual o C1 não está participando de ligações glicosídicas. O terminal não redutor é aquele na qual o C4 não está participando de ligações glicosídicas, apresentando uma hidroxila livre (existem vários desses terminais na molécula de glicogênio). 
Pode ocorrer também a ligação C1-C6. Esse ponto é conhecido como ponto de ramificação, pois é nele que a cadeia se divide, apresentando suas ramificações. As ramificações acontecem de 8 a 12 glicoses, ou seja, depois de 8 a 12 glicoses com ligação C1-C4, espera-se uma ligação C1-C6. O glicogênio tem uma proporção de ligação alfa 1e6 muito maior quando comparado a amilopectina. 
Celulose: apresenta glicose beta e só aparecem ligações 1,4. Logo, não é uma cadeia ramificada. Apresenta em torno de 15000 moléculas de glicose.
Amido: apresenta glicose alfa e divide-se em amilopectina e amilose. A amilopectina apresenta ligações 1,4 e 1,6 e a ramificação ocorre de 24 a 30 resíduos. Já a amilose é uma cadeia linear com apenas ligações 1,4 e apresenta de 1000 a 500.000 glicoses.
A celulose é uma molécula insolúvel em água, enquanto amido e glicogênio são solúveis. Quanto mais linear, menor a solubilidade. Apesar de ter maior superfície de contato com a água, as moléculas estão mais fortemente ligadas, tornando a dissolução difícil. 
Só comer carboidrato não é suficiente para um metabolismo pleno. Falta, por exemplo, nitrogênio. Um vegetariano pode ser atleta, mas tem que conseguir diversos tipos de aminoácidos de outras fontes que não o leite e carne.
O amido começa a ser degradado na boca pela ptialina, uma amilase. Ela hidrolisa o amido (adiciona água ás ligações glicosídicas e separa amido em glicose).
A quebra de glicogênio é fosfato dependente, para formar glicose 1-fosfato. A quebra de glicogênio é semelhante à de amido, mas em vez de adicionar água, adiciona-se um grupamento fosfato (processo conhecido como fosforólise).
Na presença da enzima que catalisa a reação, mais íons bário e muita glicose 1-fosfato, ocorre o deslocamento do equilíbrio na direção de formação do glicogênio. Isso porque o bário se liga ao fosfato, diminuindo a concentração de fosfato e deslocando o equilíbrio nesse sentido de síntese de glicogênio.
Na fosforólise (ocorre com o glicogênio), como a quebra da ligação glicosídica ocorre por adição de fosfato, ele provavelmente se ligará nas posições: 1 ou 4. Mas o fosfato é nucleofílico, então ele quer se ligar ao carbono mais positivo e este é o C1, já que ele está ligado a dois oxigênios, que puxam os elétrons e o deixa mais positivo.
A enzima que realiza a fosforólise é a glicogênio fosforilase, que tem como substrato fosfato e glicogênio. Essa enzima atua nos terminais não redutores! (aqueles com C4 livre).
Em algumas doenças o glicogênio fica linear e com isso o seu processo de degradação fica bem mais lento, já que a enzima só age nos terminais não redutores e, no caso da molécula linear, só tem um terminal não redutor (diminui a oferta de energia).
Se o glicogênio ficar linear, ele vai ficar insolúvel, aí vai formar agregados no hepatócito. Como esse agregado fica fora do meio solúvel, a enzima não o ataca. 
A glicose 1-fosfato tem mais energia que a glicose, logo o delta G é mais positivo na fosforólise do que na hidrólise. 
Se você partir do glicogênio e da glicose, a quebra de glicogênio é mais rentável. Isso porque a transformação de glicogênio em glicose 6P não gasta ATP, enquanto a conversão de glicose em glicose 6P gasta uma molécula de ATP.
A enzima glicogênio fosforilase não quebra a ligação C1-C6. Quando sobram 3 glicoses antes da ramificação, a enzima desramificadora vai transportar essas glicoses para a outra ponta e depois degradará a ligação C1-C6 por HIDRÓLISE. Gera assim uma molécula de glicose em vez de gerar glicose 1-fosfato como na fosforólise. 
A degradação de glicogênio gera 1 glicose para cada 10 glicoses 1-fosfato, porque as ramificações ocorrem de 8 a 12 resíduos (essa uma glicose é aquela da ramificação).
Porque quando você coloca glicose 1-fosfato e enzima ocorre formação de glicose 6-fosfato e o contrário não ocorre? Tem-se a impressão de que não ocorre, isso porque a proporção é 1:9 de glicose 1P em glicose 6P.
No fígado, a enzima glicose 6-fosfatase é responsável por transformar glicose 6-fosfato em glicose para que essa glicose possa sair das células hepáticas e irem para outros tecidos. É preciso que ocorra essa transformação porque glicose 6-fosfato não sai da célula para ir para outros tecidos. Já no músculo a enzima glicose 6-fosfatase está ausente, de forma que ele retém a glicose 6P para consumo próprio. 
Degradação:
Glicogênio + PO-34 + H2O + glicogênio fosforilase + enzima desramificadora = Glicose 1-fosfato. Reação de fosforólise.
A Glicogênio fosforilase sintetiza glicogênio se houver alta concentração de Glicose 1-fosfato.
No fígado a glicose 6-P sofre ação da glicose 6-fosfatase gerando glicose. Essa glicose sai da célula e é mandada para o corpo.
Há outra enzima especializada que quebra as ramificações, a enzima desramificadora, necessária para degradar o glicogênio totalmente
Como a glicose 6-P é menos energética, o equilíbrio está deslocado para sua reação. Para deslocá-lo para o glicogênio é preciso fornecer energia.
O difícil é começar a cadeia de glicogênio, depois que já esta La, aumentar é fácil.
Síntese:
A UDP-glicose é o substrato para a produção do glicogênio, pois tem alta energia.
Uma enzima chamada Gliconenina é capaz de iniciar uma cadeia a partir da UDP-glicose. Forma-se um complexo entre a glicogenina e o glicogênio sintase para alongar a cadeia. Quando há muita glicose esse complexo se separa e a glicogênio sintase alonga, até ficar grande, momento em que a ramificadora atua.
Essas enzimas permanecem ligadas ao glicogênio fazendo a metabolização. 
Glicogênio Fosforilase e Glicogênio Sintase:
 São reguladas reciprocamente.
Fosforilase:
 A fosforilase a é a forma ativa e fosforilada, é desfosforilada pela fosforilase fosfatase, produzindo a fosforilase b, forma relativamente inativa na ausência de AMP e desfosforilada. A fosforilase quinase pode converter a fosforilase b de volta.
A forma b é dependente de AMP para ficar ativa. O consumo excessivo de ATP gera uma quebra do glicogênio pelo AMP, que é um efetor.
* Quanto mais adrenalina, maior a passagem de b para a.
Sintase:
Também ocorre em formas fosforilada e desfosforilada. Sua forma ativa é a glicogênio sintase a que é desfosforilada! Quando for fosforilada pelo ATP é convertida em glicogênio sintase b. Glucagon e adrenalina inativam & Insulina ativa.
A glicogênio fosforilase a sintase são reguladas reciprocamente; quando uma é estimulada, a outra é inibida.
Hormônios atuantes nas duas enzimas:
Controladas pela adrenalina, glucagon e insulina.
Glucagon e adrenalina geram uma hiperglicemia levando a quebra do glicogênio. Levando a uma fosforilação
Já a insulina gera uma desfosforilação.
AMPcíclico:
O receptor de glucagon é acoplado a proteína G que ativa a adenilato ciclase e esta transforma ATP em AMPc. Esse AMPc é efetor alostérico de uma quinase que gera uma cascata que ao final ativa a glicogênio fosforilase b quinase, gerando a transformação de fosforilase b em fosforilase a.
A fosfodiesterase degrada AMPc para inativar a enzima.
Quando nos alimentamos o AMPc vira AMP devido a insulina. Alta concentração de AMP ativa a glicogênio fosforilase.
	
Quando a glicemia está baixa o glucagon é liberado e ativa a via 1 (da figura 6), que é responsável pela formação da glicose 1-fosfato.
O glucagon ativa a proteína G e esta ativa a enzima adenilato ciclase, que transforma ATP emAMPc. 
O AMPc ativa PKA, que é responsável pela ativação da enzima fosforilase quinase. 
A fosforilase quinase fosforila a enzima glicogênio fosforilase b, transformando-a em glicogênio fosforilase a. Com isso a enzima glicogênio fosforilase a passa a ser ativa e realiza a quebra de glicogênio, originando glicose 1-fosfato. 
Ao mesmo tempo em que PKA ativa a enzima fosforilase quinase, ela também ativa a enzima glicogênio sintase quinase, que é responsável pela fosforilação da enzima glicogênio sintase. A enzima glicogênio sintase quinase fosforila a enzima glicogênio sintase, tornando-a inativa e incapaz de produzir glicogênio. Esse processo ocorre na via 2.
OBS: A enzima glicogênio fosforilase apresenta dois momentos: fosforilase a e fosforilase b.
OBS: Glicogênio sintase ATIVA→ quando está DESFOSFORILADA.
Glicogênio sintase INATIVA→ quando está FOSFORILADA.	
Quando glicogênio é degradado no músculo, a substância que atua é a epinefrina. O glucagon só atua no fígado. Quando ocorre liberação de epinefrina no músculo ela ativa a via 1 (da figura 6), que responsável pela formação de glicose 1-fosfato.
A fosfoglicomutase tem uma serina que manda sua fosforila para a glicose 1-fosfato que foi formada na via 1,fazendo com que a glicose 1-fosfato seja transformada em glicose 1,6-bisfosfato. Com isso a fosforila que estava no carbono 1 da glicose 1,6-bisfosfato vai para a fosfoglicomutase, originado glicose 6-fosfato que será utilizada como fonte de energia.
No fígado esse processo ocorrerá, mas no fígado há a enzima glicose6-fosfatase que transforma glicose 6-fosfato em glicose para que esta possa ser mandada para outros tecidos. 
Já no músculo não há presença da enzima glicose 6- fosfatase e com isso as células hepáticas vão reter a glicose 6-fosfato. Isso ocorre porque o músculo não quer “perder” glicose para outros tecidos, então se não ocorre a transformação de glicose 6- fosfato em glicose, não haverá distribuição para outros tecidos. Logo o fígado ficará com toda a fonte de energia. 
Quando a glicemia está alta o glicogênio começa a ser estocado e a insulina começará a sinalizar a cascata (figura 6). Mas a insulina ativa a via 2 (da figura 6).
A insulina impede a ativação de adenilato ciclase e com isso não ocorrerá formação de AMPc e a quantidade de AMP será maior que a de AMPc. Com isso não terá ativação de PKA, logo glicogênio sintase quinase não será ativada e não vai fosforilar a glicogênio sintase. E quando glicogênio sintase está desfosforilada ela está na sua forma ativa e, portanto, sintetizando glicogênio.
A inativação de PKA provoca também a inativação da fosforilase quinase e consequentemente a glicogênio fosforilase b não é fosforilada então não ocorre transformação de fosforilase b em fosforilase a e com isso não ocorre quebra de glicogênio nem formação de glicose 1-fosfato.
OBS: A fosforilase b fica inativa em presença de AMPc e fica ativa em presença de AMP.
 
- UDP Glicose:
Para que ocorra a formação do glicogênio a glicose 1-fosfato vai interagir com UTP. Essa interação gera UDP- glicose + PPi. A UDP- glicose será utilizada pela enzima glicogênio sintase (quando estiver ativa), ela fará a união de várias UDP-glicoses através de ligações alfa 1,4 e no momento da união o UDP vai sair e apenas as moléculas de glicose ficarão unidas, formando o glicogênio. 
A enzima glicogênio sintase não consegue armazenar glicogênio sem que tenha uma cadeia previamente formada. Essa cadeia será formada por um primer, que será formado pela glicogenina, da seguinte maneira: a UDP-glicose será acoplada ao primer e conforme uma cadeia vai se formando a enzima ramificadora vai formar uma ligação 1,6 através da quebra da ligação 1,4, formando uma ramificação (cadeia prévia). Com a glicose 1,6 bisfosfato formada ocorrerá formação de glicogênio (de acordo com o que expliquei da figura 6).
- Processos que ocorrem em jejum:
A deficiência da enzima glicose 6-fosfatase provoca: aumento da concentração de glicogênio, muito aumento na concentração de lactato e redução da quantidade de glicose. A enzima glicose 6- fosfatase é encontrada no fígado e transforma glicose 6-fosfato em glicose, para que ela possa ser distribuída aos tecidos. 
A deficiência da glicose 6-fosfatase inibe a transformação de glicose6-fosfato em glicose, ocasionando quebra de glicogênio.
Como não ocorrerá transformação de glicose6- fosfato em glicose, a glicose 6-fosfato ficará em quantidade excessiva no fígado. Com isso o fígado consumirá glicose 6-fosfato acima do normal, gastando muita energia e muito oxigênio. O que provocará a diminuição da quantidade de oxigênio nas células hepáticas e levará ao início do processo de fermentação láctica, formando lactato. O fato da via glicolítica estar funcionando acima do normal provoca a ocorrência da fermentação láctica.
Deficiência de amilo 1,6-glicosidase (enzima desramificadora). Como não quebra a ramificação o glicogênio ficará mais concentrado do que em uma situação de jejum e a glicose não será tão “bem” liberada, vai ocorrer uma deficiência na liberação da glicose. 
A deficiência de fosforilase aumenta a concentração, a quantidade de glicogênio, porque essa enzima é a responsável pela quebra de glicogênio. Com isso ocorre também aumento da concentração de glicose.
Deficiência de glicogênio sintase: como essa enzima sintetiza glicogênio a sua deficiência provocará a diminuição da quantidade de glicogênio. Se a pessoa está em jejum, não terá glicose e também não terá glicogênio (não terá glicogênio pra quebrar nem para ser quebrado), porque tem deficiência de glicogênio sintase. Com isso a via glicolítica estará pouco ativada e lactato será pouco produzido. 
Uma pessoa que pratica esportes, por exemplo, apresenta maior resistência à exercícios físicos do que uma pessoa que não pratica esportes. Ou seja, a quantidade de glicogênio no esportista diminui de forma regular porque ele consome glicogênio e outros produtos de fontes energéticas de forma regular, permitindo que ele tenha melhor preparo físico. Já as pessoas que não praticam esportes consomem glicogênio e outras fontes energéticas de forma desregulada, por isso elas apresentam pior preparo físico já que seu glicogênio acaba mais rápido.
Uma pessoa que consome mais carboidrato terá mais energia porque terá mais glicogênio e uma pessoa que consome menos carboidrato terá menos energia porque produz menos glicogênio.
Observações:
Numa dieta com alto carboidrato, sobe o índice de insulina e ativa o glicogênio, gerando uma alta concentração de glicogênio;
b) Uma pessoa destreinada consome mais rapidamente o glicogênio, pois tem maior dificuldade de captação de oxigênio, gerando uma falta de ATP. Logo, o AMP fica em alta concentração realizando a degradação do glicogênio nessa situação, gerando uma maior quebra. Além disso, numa pessoa destreinada há aumento de adrenalina que estimula a degradação do glicogênio.
 Numa pessoa treinada, há menor uso de ATP, pois o trabalho é direcionado.
c) No início de um exercício não há queda de glicemia, pois o fígado manda glicose para o sangue. Também há um aumento do glucagon. Após algum tempo, o músculo já degradou sua reserva de glicogênio e começa a captar mais glicose do sangue. O fígado não dá mais conta de repor essa glicose, assim a glicemia cai. Há um aumento do glucagon, que regula o glicogênio fosforilase por fosforilação.
 Quanto mais glucagon, mais gliconeogenese. Quanto menor a glicemia, mais ácidos graxos.
Glicogenoses:
Doenças relacionadas ao armazenamento de glicogênio. Um defeito na glicogênio sintase gera uma não produção de glicogênio.
Todas as glicogenoses levam a hipoglicemia devido à dificuldade de degradar glicose; alem disso levam a um acúmulo de glicogênio.
O lactato alto é conseqüência que Glicose 6-P esta difícil de degradar na via glicolítica, empurrando essa glicose para todos os lugares.
Deficiência na ramificadora ( leva a produção de glicogênio linear, que pode se agregar e precipitar;
Deficiência na glicogênio sintase (Hipoglicemia. A glicose entra na célula, mas não é armazenada. O excesso, que não é utilizado para produção de ATP, sai por outras vias.
No caso de pacientes diabéticos, continuam hiperglicêmicos, pois a glicose não e captada. Como nestes há problemas em relação à insulina, o glucagon continua agindo, levando a gliconeogenese. 
Resuminho: A gliconeogenese envolve as seguintes reações:
1ª- Conversão do Piruvato em Fosfoenolpiruvato, pela enzima piruvato carboxilase.
2ª- Conversão de Frutose 1,6-bifosfato em Frutose 6-fosfato, pela enzima frutose bifosfatase.
3ª- Conversão de Glicose 6-fosfatase em Glicose livre, pela enzima glicose 6-fosfatase (dependente de Mg).
Ácidos Graxos
Definição: apresentam cadeia longa, são apolares e são encontrados no tecido nervoso.
Função: isolantes térmicos, fornecedores de energia (são armazenados em forma de triglicerídeos), formadores de membrana (fosfolipídios), precursores de hormônios, são sinalizadores (na tipagem sanguínea, por exemplo) e reguladores. 
O glicogênio é bastante solúvel em água. 
Pode-se medir a importância de uma reserva energética de acordo com o tempo que ela dura. 
A oxidação dos ácidos graxos gera 9 kcal/g, enquanto que a oxidação de glicogênio gera 4kcal/g. Os ácidos graxos apresentam maior quantidade de energia por grama que o glicogênio. Isso por que os carboidratos já estão parcialmente oxidados, enquanto os lipídeos estão mais reduzidos.
A principal fonte de armazenamento de energia é o triacilglicerídeo (ácido graxo) porque ele é apolar, por isso é menos pesado e ocupa menos volume que o glicogênio que é uma molécula polar e retém água. 
Mas o glicogênio também é importante porque a quebra de ácido graxo gera corpos cetônicos (semelhantes ao lactato) no fígado e eles são liberados para serem utilizados pelo corpo.
Papel das lipases: SOLUÇÃO AQUOSA: a lipase está em solução aquosa e os lipídios são hidrofóbicos. A bile emulsiona o lipídio, criando uma camada permitindo que a lipase entre em contato com o lipídio.
PROBLEMA NAS LIPASES: se ocorrer problema nas lípases não ocorrerá degradação dos lipídios, mas eles estarão encapsulados pela bile e passarão direto pelas fezes.
*Um diabético usa principalmente triglicerídeos, pois não possui glicogênio GLUT2, a falta desse hormônio leva a ausência de estimulo a glicogênio sintase, por isso glicogênio não é formado. Neles há alta degradação de ácidos graxos, por isso encontramos muitos corpos cetônicos na urina.
- Ácidos Graxos:
Em uma situação de glicemia, glucagon ou adrenalina ativam a triacilglicerol lipase nos adipócitos, liberando ácidos graxos e glicerol. 
Na célula receptora desses produtos ocorre (-oxidação dos ácidos graxos e degradação do glicerol.
 Para o transporte dos ácidos graxos para dentro da mitocôndria ocorre reação com carnitina , esta pega os ácidos graxos e os leva para a mitocôndria. Na mitocôndria o ácido graxo é convertido em Acetil-CoA para ser metabolizado no ciclo de Krebs. 
Apenas a acilcarnitina pode entrar, pois possui transportador na membrana.
O ácido graxo é ativado antes de ocorrer sua degradação, essa ativação se dá pela adição de CoA, virando acilCoA, este entra na mitocôndria e se transformado em Acetil-CoA para participar do ciclo de Krebs. 
O ciclo de Krebs é movimentado pelo oxalacetato, que vem do piruvato, que veio da glicose. Então se a quantidade de glicose diminui a velocidade do ciclo de Krebs também diminui e o Acetil-CoA é transformado em corpos cetônicos. 
Ou seja, se tem muita reserva de lipídios, Acetil-CoA é jogado na via. E se tem pouca glicose e muito Acetil-CoA a via passa a funcionar muito rápido, provocando a formação dos corpos cetônicos no fígado, que serão mandados para os tecidos.
Os corpos cetônicos são formados a partir de Acetil-CoA que ficou “engarrafado” na porta do ciclo de Krebs, justamente por esse ciclo está ocorrendo lentamente.
Carnitina:
No momento que glucagon é lançado na corrente sanguínea ele ativa a enzima adenilato ciclase e esta aumenta a quantidade de AMPc, ativando a proteína quinase A. A proteína quinase A vai ativar a enzima perilipina A que vai viabilizar lipídios para serem quebrados pela lipase, para que a lipase hidrolise os lipídios, formando ácidos graxos.
Se fosse degradação de glicogênio, essa via pararia na proteína quinase A e seguiria um destino que já foi explicado. Com é degradação de ácido graxo essa via vai até o final. 
Depois que ocorre hidrólise do triacilglicerol, ocorrerá formação de Acetil-CoA. 
OBS: A bile EMULSIFICA lipídios, ou seja, torna-os viabilizados. A lipase QUEBRA lipídios, ou seja, aumenta a superfície de contato.
OBS: Lipídios simples e compostos são diferentes de acordo com o tamanho da cadeia. Os simples têm menor cadeia e os compostos têm maior cadeia. Os compostos apresentam insaturações.
Questões:
Os ácidos graxos são degradados de dois em dois através da beta-oxidação. É a beta-oxidação que quebra de dois em dois, formando Acetil-CoA.
Quando a pessoa é diabética a insulina não está presente da maneira adequada, com isso a glicose não é absorvida, o que provoca a diminuição da velocidade do ciclo de Krebs, provocando o acúmulo de Acetil-CoA e consequentemente a formação de corpos cetônicos. Conclui-se que a pessoa diabética emagrece bastante em um curto período de tempo e produz bastantes corpos cetônicos.
Quando o ácido graxo está em cadeia ímpar a enzima que degrada de dois em dois não reconhece a cadeia ímpar e por isso não ocorre quebra do ácido graxo e consequentemente não ocorre formação de Acetil-CoA nem de corpos cetônicos. Os corpos cetônicos podem apresentar mais de dois carbonos, geralmente. O tecido hepático só forma corpos cetônicos, não os utiliza. Os corpos cetônicos são utilizados por outros tecidos.
A enzima não reconhece as cadeias com número ímpar, com isso ela não cliva essas cadeias. O precursor dos corpos cetônicos é uma molécula com 4 carbonos. No caso da acetona libera CO2. Só existem 3 tipos de corpos cetônicos, um deles é a acetona (3 carbonos) e os outros dois são o ácido carboxílico sem OH+.
Em baixa concentração de oxigênio a beta-oxidação é muito afetada. O oxigênio regenera o FAD. No caso de uma pessoa destreinada, a falta de oxigenação gera a não beta-oxidação.
OBS: Os ácidos graxos são quebrados de dois em dois carbonos porque ocorre quebra entre os carbonos alfa e beta depois ocorre oxidação de CH, o que caracteriza a beta-oxidação.
A beta-oxidação ocorre no segundo carbono.
O experimento de Knoop é para mostrar que a quebra dos ácidos graxos ocorre de dois em dois. A lipase quebra a ligação glicerol-cadeia de ácido graxo e depois ocorre a quebra de dois em dois.
Resposta de uma questão de um estudo dirigido: o benzoato saiu na urina do cachorro como marcador porque não podia virar acetil- CoA porque tinha mais de dois carbonos.
OBS: quando a cadeia é ímpar, a última porção vai seguir outro destino e vai virar succinil-CoA. Observar a figura 11.
Corpos Cetônicos:
São encontrados em diabéticos, pessoa em jejum prolongado e dietas muito pobres em carboidratos. Nesses casos a via glicolítica não aconte4ce, o Acetil CoA vem só de ácido graxo.
 Abaixam o pH do sangue, pois são ácidos. Eles por si só já são tóxicos.
O fígado faz corpos cetonico, mas não usa. Os tecidos entre hepáticos não fazem, mas usam, pois nestes não há glicogenese, assim o CK não esta diminuído e a via glicolítica ocorre mais, pois possuem hexoquinase, com maior afinidade por glicose, por isso captam esta mesmo em baixa concentração. Nestes tecidos os corpos cetonicos voltam a se Acetil CoA. Se não houvesse produção de corpos cetonicos os tecidos entre hepáticos consumiriam mais glicose. Os tecidos extra-hepáticos obtém Acetil CoA de 3 fontes: glicose, ácidos graxos e corpos cetonicos.
Formam-se a partir de Acetil- CoA.
Síntese no fígado.
Degradação por tecidos extra-hepáticos.
Deficiências:
Glicose 6-fosfatase ( pouca degradação de glicogênio, diminuição da glicemia, aumento do glucagon, liberação de ácidosgraxos na corrente sanguínea. Como a gliconeogenese não está sendo feita, não há produção de corpos cetônicos. O fígado está com alta de via glicolítica devido ao excesso de glicose 6-P;
Fosforilase ( a glicemia não diminui tanto. Ocorre gliconeogenese, há formação de corpos cetonicos, aumentando o glicogênio.
Glicogênio sintase ( menos glicogênio, menor a glicemia, mais glucagon. Há formação de muitos corpos cetonicos.
Acetoacetato
Quando ocorre acúmulo de acetil- CoA o primeiro composto a ser formado é o acetoacetato. O acetoacetato origina acetona e D-beta-hidroxibutirato.
O acetoacetato é um corpo cetônico.
No fígado ocorre condensação de dois acetil-CoA. Quando ocorre a junção desses dois acetil-CoA forma acetoacetil-CoA, que em contato com água origina acetoacetato e dois CoA que são utilizados para formar outros acetil- CoA.
O acetoacetato sofre descarboxilação por ação da enzima acetoacetato descarboxilase, originado acetona e liberando CO2.
Quando tem excesso de acetoacetato organismo pára de degradar ácido graxo e passa a degradar acetoacetato e utilizá-lo como fonte de energia. Como o acetoacetato está em excesso uma parte é degradada e outra não, essa parte que não está sendo degradada perde carbonos e vira acetona, isso ocorre porque acetona é volátil e pode ser liberada. O acetoacetato também pode virar D-beta-hidroxibutirato para que ocorra formação de NAD+. Se o organismo não está precisando de NAD+ ou se o organismo está precisando de energia o D-beta-hidroxibutirato é convertido em acetoacetato de novo.
Pode-se dizer que acetoacetato forma NAD+ para que ocorra regulação do excesso ou da escassez de acetoacetato.
Quando precisa de energia o acetoacetato é transformado em acetil-CoA pela ação da enzima transferase. O acetoacetil-CoA é transformado em acetil-CoA pela ação da enzima tiolase para que seja mandado para o ciclo de Krebs e ocorra todo aquele blá blá blá!
O corpo todo quebra lipídios em cadeias de ácidos graxos e esses ácidos graxos vão para o fígado onde são metabolizados em acetil-CoA.
OBS: o fígado não utiliza corpos cetônicos porque ele não possui a enzima transferase que é responsável por transformar acetoacetato em acetil-CoA. 
OBS: quando a fonte de glicemia do organismo está normal o fígado fornece ATP para os outros tecidos. O fígado só envia corpos cetônico para o resto do corpo quando o ciclo de Krebs não está ocorrendo. 
- Síntese de Ácido Graxo (Armazenamento de triacilglicerol):
O palmitato é uma cadeia de ácido carboxílico de 16 carbonos.
O acetil CoA não tem transportador específico por isso se transforma em corpos cetônicos, para ser mandado para o resto do corpo ou para poder ser transformado em acetona.
A pessoa comeu! Isso gera aumento da glicemia e o hormônio predominante quando a glicemia está alta é a insulina. A insulina faz com que a glicose entre na célula para que ocorra glicólise. A glicólise gera piruvato e a partir dele ocorre formação de acetil CoA. 
O Acetil CoA vai se unir ao oxalacetato e vai formar citrato. Quanto mais acetil CoA, mais citrato. O citrato é formado na mitocôndria e é utilizado para formação de ATP. Quando tem muito acetil CoA, a quantidade de citrato aumenta e a de ATP também. Com isso o citrato começa a ser expulso da mitocôndria e vai para o citoplasma onde é quebrado em acetil CoA e oxalacetato. Esse oxalacetato volta para a mitocôndria para participar do ciclo de Krebs e produzir NADPH. Já o acetil coa permanece no citosol para formar ácido graxo de novo.
Nesse caso o aumento de acetil coa não provoca formação de corpos cetônicos porque o acetil coa entra na via normalmente, ele não fica acumulado (porque a via da glicólise está ocorrendo de forma normal), ele está se transformando em citrato e como já tem muito ATP o citrato começa a se acumular e esse acúmulo faz com que ele seja mandado para o citoplasma da célula. O que se acumula é o citrato e não o acetil coa, por isso não ocorre formação de corpos cetônicos.
O corpo cetônico só se forma quando o resto do corpo está precisando de fontes de energia.
Importante:
O Acetil Côa que é produzido no citoplasma a partir de citrato é carboxilado
A biotina é um grupo prostético da enzima acetil coa carboxilase.
A biotina funciona como um “braço móvel” transportador de CO2 ao Acetil CoA.
- ACP:
Comeu! O Acetil CoA é uma cadeia com dois carbonos que sofre ação da enzima acetil coa carboxilase, formando Malonil coA . Após a conversão passa-se a ter Acetil CoA, Malonil CoA.
A proteína ACP é carreadora de acilas e ela substitui os CoA. A presença de ACP capacita as moléculas a se condensarem para que ocorra a síntese. 
A molécula de acetil- coa, que não virou malonil coa, sofre ação da enzima acetiltransacilase, originado acetil ACP. E as moléculas de malonil coa sofrem ação da enzima maloniltransacetilase, originando malonil ACP. Logo o saldo será de 1 acetil ACP e 7 malonil ACP.
Todas as enzimas a partir da adição de ACP fazem parte de um grupo chamado de complexo ácido graxo sintase.
Ácido Graxo Sintase:
Não é regulada. Condensa Acetil e Malonil.
O Malonil é descarboxilado antes da condensação. Há formação de Acetoacetil. É usado NADPH para hidrogenar as moléculas.
Reação: condensação ( hidrogenação ( desidratação ( hidrogenação
Forma-se butiril.
OBS: a etapa comprometida é a ACETIL COA→ MALONIL COA. Essa reação não volta, não é possível ter formação de acetil coa de novo a partir de malonil coa, por isso essa etapa é considerada etapa comprometida.
No jejum utiliza-se reserva de energia, então pára de sintetizar. O glucagon faz com que a enzima acetil coa carboxilase fique inativa (fosforilada). No jejum a concentração de AMP e de ADP+Pi é alta e a de ATP é baixa, o que mantém a enzima fosforilada e inativa. 
Quando tem insulina a enzima acetil coa carboxilase está ativa (descarboxilada). Como tem ATP a enzima não vai ficar fosforilada, com isso ela ficará ativa para sintetizar ácido graxo.
Regulação:
Acetil CoA carboxilase ( insulina desfosforila, ativando-a. Glucagon fosforila, inativando-a.
Logo após a síntese de ácido graxo, é preciso inibir sua degradação. O Malonil CoA age na acilcarnitina transferase, inibindo-a, assim o ácido graxo que acabou de ser sintetizado é impedido de entrar na mitocôndria e sofrer (-oxidação.
Ingestão de carnitina não emagrece, pois o aumento desta não promove maior saída de ácidos graxos do tecido adiposo.
Deficiência em biotina ( deficiência em carboxilação, não há produção de oxalacetato e intermediários do CK. Há aumento de corpos cetonicos e acúmulo de Acetil CoA pela falta das enzimas.
Dieta das proteínas ( Emagrece pois não libera insulina e sim glucagon. Quanto menos carboidratos ingeridos, menos gordura armazenada pela presença do glucagon. Há gliconeogenese e muita beta-oxidação.
Resumindo...
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