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Pensando Sistemicamente Nossas Relações Familiares, a partir do Novo Paradigma da Ciência

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Pensando Sistemicamente Nossas Relações Familiares, a partir do Novo Paradigma da Ciência
· Há outros jeitos de pensar nossas
relações familiares.
· Nossos paradigmas podem ser entendidos, então, como regras ou regulamentos, como pressupostos que trazemos conosco, para lidar com as diversas situações com
Que nos defrontamos.
· Os pais têm paradigmas para educar seus filhos; as mulheres têm paradigmas para organizar suas casas; os homens têm paradigmas para lidar com as mulheres; os professores têm paradigmas para dar boas aulas e assim por diante.
· Pressupostos adotados pela ciência para compreender o mundo: pressuposto da simplicidade, pressuposto da estabilidade do mundo e pressuposto da possibilidade da
objetividade.
· Resumindo, podemos dizer que a ciência tradicional: 1. simplifica (fragmenta) o sistema que estuda; 2. para conhecer as regras do funcionamento; 3. de como ele é na realidade.
· Trabalhando com as partículas elementares, os cientistas viram complexidade, causalidade recursiva, fenômenos relacionados uns com os outros: reconhecimento da complexidade e da impossibilidade de simplificá-la. Também viram não um mundo estável, mas um mundo instável, em processo de tornar-se.
· Assim, o quadro de referência que construí focaliza a ultrapassagem dos pressupostos da simplicidade, da estabilidade e da objetividade, dando lugar aos novos pressupostos da complexidade, da instabilidade e da intersubjetividade.
· Tratando-se de nossas relações familiares, nosso paradigma tradicional nos ensinou a, diante de uma dificuldade no sistema familiar: 1. separar o todo em parles e localizar o problema numa delas; 2. procurar a causa do problema/dificuldade; 3. buscar uma verdade sobre o que está acontecendo.
· Adotando a visão sistêmica, veremos sempre o indivíduo na relação e, então, poderemos ver, por exemplo, que um homem muito dominador na relação com sua esposa, pode mostrar-se tão extremamente dócil na relação com sua colega de trabalho, a ponto de nem parecer a mesma pessoa. Então poderíamos nos perguntar: afinal, esse homem é autoritário ou não é autoritário? E concluiremos que ele não é autoritário, mas que está autoritário na relação com a esposa e que, portanto, ela também é parte daquilo de que se queixa: o autoritarismo não é uma característica dele, mas sim da relação deles.
· Também a observação muito comum de que as crianças são bem comportadas quando longe dos pais e mal comportadas quando perto deles, leva-nos a reconhecer que o mau comportamento não é uma característica dessas crianças, mas que faz parte das regras de relação entre pais e filhos nesse sistema familiar.
· Pensando sistemicamente, tomaremos como uma regra para nós mesmos a do sempre descrever com o verbo estar o que vemos acontecer. Ficaremos proibidos usar o verbo ser, e isso nos ajudará a pensar em processos em curso e em processos relacionais.
· Descrever usando o verbo estar, mantém presente para nós a possibilidade de atuação vir a estar diferente e expressa nossa crença numa mudança que dependerá de nós próprios e não do outro.
· Entretanto nem sempre as pessoas envolvidas percebem seu próprio papel ou sua própria participação nas situações que estão vivenciando como problemáticas ou difíceis, não podendo elas próprias desencadear uma mudança.
· O profissional sistêmico, trabalhando com o sistema e podendo observar diretamente as regras do jogo, ajudará a família a perceber os padrões de interações intra e intersistêmicas e a adquirir condições para desencadear, a própria mudança.
· Por que é impossível atingir total objetividade? Primeira: evidencia que, no nível da nossa experiência individual, da nossa
subjetividade, é impossível distinguir uma percepção de uma alucinação. Portanto, impossível, para qualquer pessoa, afirmar a existência de uma realidade objetiva.Segunda: evidencia que falar de realidade só se torna possível quando compartilhamos nossas experiências individuais; quando conversando ou a falar de algo, que experimentamos subjetivamente, como uma realidade.
· Assumindo a visão sistêmica, reconhecemos que não existe realidade independente do observador que ninguém tem acesso privilegiado a uma suposta realidade, que não existe a verdade sobre os fatos, que conversando, fazemos emergir as realidades pelas quais somos corresponsáveis
· Se um adolescente procura o pai com queixas do irmão, o pai proporá uma conversa com os dois onde conversando farão emergir uma nova realidade pela qual serão os três co- responsáveis. Lidarão com as diferenças e dificuldades, co-construindo soluções de que todos serão autores e não mais com soluções impostas por um sobre os demais
· E se, numa conversação, por consenso intersubjetivo, a família rotula um de seus membros como incompetente, esquisito, preguiçoso, muito prestativo, superdotado, essas características emergirão como características reais dessa pessoa
· Como eu estou contribuindo para que alguma situação em específico esteja acontecendo? O que posso fazer para mudar a situação?
@PSICOALUNOSS

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