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MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

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BRENDHA EVELINGH – MEDICINA FUNORTE XXXI 
MÓDULO DE EMBRIOLOGIA – CONCEPÇÃO E GENÉTICA 
 
 
OBJETIVO DE ESTUDO: MÉTODOS DE ANTICONCEPÇÃO 
 
CONCEITO: Prevenção da gravidez indesejada. Realiza-se pela aplicação dos métodos de controle de 
natalidade,reversíveis ou irreversíveis. (Cada método possui indicações, contraindicações, e índice de 
falhas.) 
 
 Métodos IRREVERSÍVEIS: Cirurgias eletivas 
1- Ligação de Trompas (Laqueadura) – cirurgia secção na trompas (e amarradas) 
2- Vasectomia – cirurgia secção no ducto deferente 
 
 Métodos reversíveis NATURAIS: Baseiam-se na previsibilidade do período fértil e em evitar ter 
relações sexuais nesses dias, possui índice de falhas 
 
1- Tabelinha 
2- Muco cervical 
3- Temperatura 
4- Coito interrompido 
 
 MÉTODOS Reversíveis de BARREIRA 
 
1- Preservativo\camisinha\códon masculina(anticoncepcional seguro se usado corretamente e 
prevenção contra IST’S) 
2- Preservativo feminino: proteção adicional contra a infecção pelo papiloma vírus humano (HPV) e o 
herpes, ao recobrir a região dos lábios vaginais. 
3- Germicidas 
4- Diafragma 
5- DIU 
 
BRENDHA EVELINGH – MEDICINA FUNORTE XXXI 
MÓDULO DE EMBRIOLOGIA – CONCEPÇÃO E GENÉTICA 
 
 
 CONTRACEPTIVOS HORMONAIS 
Os contraceptivos hormonais são métodos para prevenção da gravidez à base de formas sintéticas de hormônios 
femininos: o estrogênio e a progesterona. Alguns desses métodos combinam os dois hormônios, enquanto outros 
têm apenas progesterona. Eles podem ser tomados, injetados, inseridos na vagina, aplicados à pele ou 
implantados sob a pele. 
1- COMO OS CONTRACEPTIVOS HORMONAIS FUNCIONAM? 
Os contraceptivos hormonais funcionam de várias maneiras para evitar uma gravidez não programada, por exemplo: 
 Inibição da ovulação - os contraceptivos hormonais impedem a liberação do óvulo pelos ovários, impedindo 
assim a possibilidade de que seja fecundado após a relação sexual sem uso de preservativos; estes 
hormônios inibem a oocitação (ovulação), por evitarem a liberação de FSH e LH pela hipófise. 
 Espessamento do muco cervical - os contraceptivos hormonais engrossam o muco do colo do útero, o que 
dificulta a chegada do espermatozoide ao útero. 
 
2- TIPOS DE CONTRACEPTIVOS HORMONAIS 
Há várias questões a serem consideradas ao decidir qual método anticoncepcional é ideal. É importante que 
se discuta essas opções com um médico e que NÃO se começe a fazer uso por conta própria. Cada organismo 
reage de uma maneira.. A partir do histórico clínico e do exame físico geral e ginecológico da paciente, o médico 
pode orientar o método contraceptivo, incluindo os métodos hormonais. 
 Pílula oral - existem vários tipos de pílulas, inclusive de uso contínuo. 
 Anel vaginal - objeto de silicone que a mulher insere na vagina, onde os hormônios são lentamente 
liberados para prevenção da gravidez. O anel deve ficar no lugar por três semanas contínuas. Na sequência, 
você deve retirá-lo e ficar uma semana sem usar – é quando você irá menstruar. Após esse intervalo, você 
coloca um novo anel. 
 Adesivo anticoncepcional - com aspecto semelhante a um curativo, o adesivo é colado no corpo e os 
hormônios são absorvidos através da pele. É usado em esquema semelhante ao do anel vaginal: três 
semanas com e uma semana sem o adesivo. 
 Anticoncepcional injetável - você deverá receber uma injeção a cada um ou três meses, dependendo do 
tipo. Quando as injeções são interrompidas, a fertilidade pode demorar até sete meses para voltar. 
 Implantes contraceptivos - é um pequeno bastão implantado pelo seu médico sob a pele, na parte inferior 
do braço. O procedimento é rápido, feito com anestesia local. Dentro do corpo, o dispositivo libera 
progesterona. É eficaz por até três anos, mas pode ser removido antes. 
 
3- POR QUE CONSIDERAR A CONTRACEPÇÃO HORMONAL? 
Quando usadas corretamente, todas as opções de contracepção hormonal são 99% eficazes na prevenção da 
gravidez. Também existem vários benefícios não contraceptivos, incluindo: 
 Reduzem o risco de câncer de endométrio e de ovário; 
 Geralmente, diminuem o fluxo menstrual; 
 Podem reduzir cólicas menstruais. 
 
4- QUAIS SÃO OS POSSÍVEIS EFEITOS COLATERAIS DOS CONTRACEPTIVOS HORMONAIS? 
A maioria das mulheres não tem efeitos colaterais significativos pelo uso de contraceptivos hormonais. Se houverem 
efeitos colaterais, eles provavelmente desaparecerão depois de alguns meses. Caso eles durem mais de três meses, 
a paciente deve conversar com seu médico. São eles: 
 Ganho de peso; 
 Dor de cabeça 
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 Seios doloridos; 
 Menstruação irregular; 
 Alterações de humor; 
 Menos desejo sexual; 
 Náusea. 
 
5- Mas afinal, qual a relação entre métodos contraceptivos e a trombose? 
O uso de métodos anticoncepcionais combinados, compostos de estrogênio e progestagênio, realmente podem 
aumentar o risco de trombose venosa, mas esse é um evento bastante raro. Abaixo dos 30 anos, a trombose venosa 
ocorre em 1 a 2 em cada 10.000 mulheres não usuárias de métodos hormonais combinados e em cada 2 a 4 
mulheres usuárias desses métodos. Assim, é possível verificar que o uso desses métodos pode aumentar o risco, 
mas mesmos assim, o evento continua sendo bastante incomum de ocorrer. 
 
6- Suspensão da Menstruação? 
 
Todos os métodos hormonais podem ser utilizados para suspender a menstruação. Os métodos combinados 
(estrogênios e progestagênios) devem ser utilizados sem intervalo para terem esse efeito. Já os métodos somente 
com progestagênios já têm esse tipo de uso, sem intervalo, o que, em geral, provoca a suspensão do fluxo 
menstrual. Ambos os modelos são seguros, não havendo nenhum risco em não menstruar. 
Atenção! Não há qualquer problema em não menstruar. Mulheres que têm muita cólica menstrual, muito fluxo 
 
menstrual ou tensão pré-menstrual intensa podem se beneficiar bastante dessa opção. 
Não há qualquer estudo científico que demonstre prejuízo em não menstruar a curto ou longo prazo e também não 
há relação entre não menstruar e o risco de trombose. 
Qualquer mulher pode suspender a menstruação? 
A restrição para uso dos métodos contraceptivos hormonais é a mesma, utilizando ou não a opção de suspender a 
menstruação. 
Quem tem mioma ou endometriose pode se beneficiar com a suspensão?Mulheres com endometriose, em 
geral, têm muita cólica menstrual e aquelas com mioma podem apresentar muito fluxo durante o período menstrual, 
 
levando até a quadros de anemia. Dessa forma, não menstruar é um benefício para aliviar a dor e para resolver a 
perda sanguínea dessas pacientes. 
 
 Anticoncepcionais HORMONAIS orais 
Os anticoncepcionais hormonais orais, também chamados de pílulas anticoncepcionais são esteróides utilizados 
isoladamente ou em associação com a finalidade básica de impedir a concepção. 
TIPOS DE PÍLULA: Classificam-se em combinadas e apenas com progestogênio (minipílulas); as primeiras 
compõem-se de um estrogênio associado a um progestogênio, enquanto a minipílula é constituída por progestogênio 
isolado. As combinadas dividem-se ainda em monofásicas, bifásicas e trifásicas. Nas monofásicas, a dose dos 
esteróides é constante nos 21 ou 22 comprimidos da cartela. As bifásicas\tri contêm dois\três tipos de comprimidos 
com os mesmos hormônios em proporções diferentes. 
 ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS ORAIS DE PROGESTOGÊNIO 
 
EFEITOS SECUNDÁRIOS 1)Alterações no fluxo menstrual. 2)Cefaléia. 3)Sensibilidade mamária. 
BENEFÍCIO NÃO-CONTRACEPTIVO: Prevenção das doenças benignas de mama; câncer de endométrio ou de 
ovário; e doença inflamatória pélvica. 
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 ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS ORAIS COMBINADOS 
São componentes que contêm dois hormônios sintéticos, o estrogênio e o progestogênio, semelhantes aos 
produzidos pelo ovário da mulher. As pílulas combinadas atuam basicamente pormeio da inibição da ovulação, 
além de provocar alterações nas características físico-químicas do endométrio e do muco cervical. São 
métodos muito eficazes quando usados correta e consistentemente, podendo sua taxa de falha ser da ordem de 
0,1%, no primeiro ano de uso. Em uso habitual, atinge valores de 6 a 8%. 
TÉCNICA DE USO – INSTRUÇÕES ÀS USUÁRIAS 
 a) No primeiro mês de uso, ingerir o 1° comprimido no 1° dia do ciclo menstrual ou, no máximo, até o 5° dia. 
b) A seguir, a usuária deve ingerir um comprimido por dia até o término da cartela, preferencialmente no mesmo 
horário. É importante orientar a usuária para verificar a cartela todas as manhãs no sentido de certificar-se do seu 
uso no dia anterior. 
 c) Ao final da cartela (21 dias), fazer pausa de 7 dias e iniciar nova cartela, independentemente, do dia de início do 
fluxo menstrual. Se a cartela tem 22 pílulas, descansar só 6 dias. Alguns tipos já possuem 7 dias de placebo, quando 
deve ocorrer o sangramento, não sendo necessário haver interrupção. 
 d) Caso não ocorra a menstruação no intervalo entre as cartelas, a usuária deve iniciar uma nova cartela e procurar 
o serviço de saúde para descartar a hipótese de gravidez. 
 
Principais efeitos secundários que podem estar relacionados com o uso da pílula são: 1)Alterações de humor. 
2)Náuseas, vômitos e mal-estar gástrico. 3)Cefaléia. 4)Tonteira. 5)Mastalgia. 6)Sangramento intermenstrual. 
7)Cloasma. 
 Anticoncepcionais HORMONAIS Injetáveis: Consiste no uso mensal ou trimestral de hormônio 
em forma de injeção. 
TIPOS DE INJETÁVEIS 
 COMBINADO: Os anticoncepcionais injetáveis combinados contêm uma associação de estrogênio e 
progestogênio, para uso parenteral, mensal. 
Modo de usar: anticoncepcional injetável mensal é aplicado via intramuscular profunda, uma vez ao mês-nos 
combinados-, entre o 7º e o 10º dia do ciclo menstrual. 
Índice de falha: 0,3 a 0,4% 
 
 COM PROGESTOGÊNIO ISOLADO: Consiste na administração de progestogênio isolado, via parenteral, 
com obtenção de efeito anticonceptivo por períodos de 3 meses. Os progestógenos injetáveis, além de 
anovulatórios, aumentam a viscosidade do muco cervical, tornam o endométrio menos propício à 
implantação do ovo e alteram a motilidade tubária. Em média o retorno à fertilidade pode levar 4 meses após 
o término do efeito (7 meses após a última injeção). 
Observação: o método requer supervisão mínima e tem efeito prolongado. Entretanto, para a escolha da 
paciemte deve ser avaliada a ausência de contra-indicações, como câncer, cardiopatias, doenças do fígado. 
Devem ser também levadas em conta as desvantagens do método, principalmente a irregularidade 
menstrual, aumento de peso e certa demora para retornar a fertilidade
BENEFÍCIOS NÃO-CONTRACEPTIVOS Pode reduzir o risco para: DIP (doença inflamatória 
pélvica). 1)Câncer de endométrio. 2)Anemia falciforme. 3)Endometriose. 4)Câncer de ovário. 
5)Cisto de ovário. 
EFEITOS SECUNDÁRIOS: 1) Amenorréia 2) sangramento irregular 3) aumento de peso 4) 
cefaleia 5) alterações de humor 6) nervosismo
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
Artigo da SciElo: Métodos contraceptivos e suas características, por Lília Maria de Azevedo Moreira, em 2011 
Capítulo 4 ‘’Anticoncepcional hormonal’’ da cartilha de assistência em planejamento familiar, publicado no site da 
BVMS

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