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- São substancias que se ligam o anticorpo ou a um receptor do LT, gerando uma resposta imune. - Embora todos os antígenos sejam reconhecidos por linfócitos específicos ou por anticorpos, somente alguns deles são capazes de ativar os linfócitos. As macromoléculas são efetivas em estimular os LB a iniciares as respostas imunes humorais. CONCEITOS - Imunógeno: moléculas que estimulam a resposta imune; - Antígeno: substância que reage com os produtos da resposta imune especifica; - Hapteno: agentes químicos pequenos que podem se ligar aos anticorpos. São antígenos, mas não conseguem ativar LB por si só. Haptenos antigênicos mas não imonogênicos. Hapteno + proteína carreadora induzem resposta imune. - Epítopo ou determinante antigênico: porção do anticorpo que se liga com os produtos da resposta imune especifica. Macromoléculas normalmente são bem maiores do que a região de ligação do antígeno de uma molécula de anticorpo. Desta forma, qualquer anticorpo se liga a somente uma porção da macromolécula- epítopo. - As macromoléculas possuem múltiplos determinantes, alguns dos quais podem ser repetidos e cada um pode estar ligado por um anticorpo. A presença desses múltiplos determinantes idênticos em um antígeno é referida como polivalência ou multivalência. - A organização espacial de diferentes epítopos em uma única molécula de proteína pode influenciar a ligação dos anticorpos de várias maneiras. Determinantes não sobrepostos: quando os determinantes estão bem separados, duas ou mais moléculas de anticorpo podem ser ligados ao mesmo antígeno proteico, sem influenciá-los. Determinantes sobrepostos: quando dois determinantes estão p´roximos um do outro, a ligação do anticorpo ao primeito determinante pode causar uma interferência estérica com a ligação do anticorpo ao segundo. - Em raros casos, a ligação de um anticorpo pode causar uma alteração conformacional na estrutura do antígeno, influenciando positiva ou negativamente a ligação de um segundo anticorpo a outro local na proteína por outros meios além do impedimento estérico. Essas interações são chamadas de efeitos aloestéricos. DETERMINANTES ANTIGÊNICOS - Podem ser delineados em qualquer tipo de composto; - São reconhecidos por LB; - Composição: são criados pela sequência 1ª dos resíduos no polímero (determinantes lineares ou sequenciais) e/ou pela estrutura 2ª, 3ª ou 4ª da molécula (determinantes conformacionais); - Pequenos e estão limitados a 4-8 resíduos (aa e/ou açúcares) - Dterminantes lineares: epítopos formados pelos vários resíduos adjacentes de aa. -Determinantes conformacionais: são formados por resíduos de aa que não estão em sequência, mas se tornam espacialmente justapostos na proteína dobrada. - Determinates neoantigênicos: modificações como glicosilação, fosforilação por alterarem na estrutura da proteína, podem induzir novos epítopos. Eles também podem ser reconhecidos por anticorpos específicos. DETERMINANTES RECONHECIDOS POR LT Composição - Células T não reconhecem antígenos polissacarídicos ou ácidos nucléicos; - Os determinantes não precisam estar localizados na superfície exposta do antígeno, uma vez que o reconhecimento do determinante pela célula T requer o processamento do antígeno em pequenos peptídeos; - Peptídeos livres não são reconhecidos pela célula T; - Célula T reconhece o complexo peptídeo + molécula do MHC. Número: estão limitados às porções do antígeno que possam se ligar às moléculas do MHC, o que explica as diferenças nas respostas de diferentes indivíduos. CONJUGADOS HAPTENO- CARREADOR São moléculas imunogênicas às quais os haptenos foram acoplados covalentemente. A molécula imunogênica é denominada carreador. Estrutura - Determinantes antigenicos nativos do carreador; - Novos determinantes criados pelo hapteno determinantes haptênicos; - O tipo de carreador determina se a resposta será T-dep ou T-indep. TIPOS DE ANTÍGENOS -Antígenos T-independentes: podem estimular diretamente os LB a produzir anticorpos, sem a necessidade do auxílio de LT- polissacarídeos. Propriedades - Estruturas poliméricas: os mesmos epítopos são repetidos diversas vezes; -Ativação policlonal de LB: podem ativar clones de células B para outros antígenos. Antígenos T independentes tipo 1: ativadores policlonais. Antígenos T independentes tipo 2: não são ativadores policlonais. - Resistência à degradação: os antígenos T-independentes são mais resistentes e assim persistem por longos períodos de tempo e continuam a estimular o SI. - Antígenos T- dependentes: necessitam do auxílio do LT para estimular o LB a produzir anticorpos- proteínas. - Estruturalmente, são classificados por poucas cópias de vários epítopos diferentes. SUPERANTÍGENOS - Quando o sistema imune encontra um antígeno T-dependente convencional, somente uma pequena fração da população de célula T é capaz de reconhecer o antígeno. Os superantígenos ativam policlonalmente uma grande fração dessas células T; - As doenças associadas com a exposição a superantígenos são, em parte, devidas à hiper ativação do sistema imune e subsequente liberação de citocinas biologicamente ativas pelas células T ativadas. FATORES QUE INFLUENCIAM A IMUNOGENICIDADE 1- Contribuições do imunógeno - Estranheza: o sistema imune normalmente discrimina entre o próprio e não próprio, de modo que somente moléculas estranhas são imunogênicas; - Tamanho: em geral, quanto maior a molécula mais imunogênica ela poderá ser; - Composição química: quanto mais complexa quimicamente a substância for, mais imunogênica ela será. - Forma física: antígenos particulados são mais imunogênicos do que os solúveis, e antígenos desnaturados mais imunogênicos do que a forma nativa; - Degradabilidade: antígenos que são facilmente fagocitados são mais imunogênicos. Para a maioria dos antígenos, o desenvolvimento de uma resposta imune exige que o antígeno seja fagocitado, processado e apresentado a células T auxiliares por uma célula apresentadora de antígeno- APC. 2- Contribuição do sistema biológico - Fatores genéticos: algumas substâncias são imunogênicas em uma espécie, mas não em outra. Similarmente, algumas substâncias são imunogênicas em um indivíduo, mas não em outros (isto é, responsivos e não responsivos). As espécies ou indivíduos podem ser desprovidos ou terem alterados genes que codificam para os receptores de antígeno nas células B e T, ou eles podem não ter os genes apropriados necessários para a APC apresentar o antígeno às células T auxiliares. - Idade: também influencia a imunogenicidade. Os muito jovens e os muito idosos têm diminuída a habilidade de montar uma resposta imune em resposta a um imunógeno. 3- Método de administração - Dose: a dose de administração de um imunógeno pode influenciar sua imunogenicidade. Há uma dose de antígeno acima ou abaixo, da qual a resposta imune não será ótima; - Via: geralmente a subcutânea é melhor que a via intravenosa ou intragástrica. A vida de administração também pode alterar a natureza da resposta; - Adjuvantes: são substâncias que podem aumentar a resposta imune a um antígeno. O uso de adjuvantes, entretanto, é frequentemente prejudicado pelos efeitos colaterais como febre e inflamação. NATUREZA QUÍMICA DOS IMUNÓGENOS 1- Proteínas: A grande maioria dos imunógenos são proteínas. Estas podem ser proteínas puras ou elas podem ser glicoproteínas ou lipoproteínas. Em geral, proteínas são usualmente muito bons imunógenos. 2- Polissacarídeos: Polissacarídeos puros e lipopolissacarídeos são bons imunógenos.3- Ácidos nucleicos: Ácidos nucleicos são usualmente pobremente imunogênicos. Entretanto, eles podem se tornar imunogênicos quando em fita simples ou quando complexado com proteínas. 4- Lipídios: Em geram lipídios são não-imunogênicos, embora eles possam ser haptenos. BASES ESTRUTURAIS E QUÍMICAS DA LIGAÇÃO DO ANTÍGENO - Os locais de ligação de muitos anticorpos a antígenos são superficiais planares que podem acomodar epítopos conformacionais de macromoléculas, permitindo que os anticorpos se liguem às grandes moléculas; - O reconhecimento do antígeno pelo anticorpo envolve ligação não covalente e reversível. Fatores como força eletrostática, ligações de hidrogênio, força de Van der Waals e interações hidrofóbicas contribuem para a ligação do anticorpo ao antígeno. - Antígenos polivalentes são importantes pelo ponto de vista da ativação de LB. Interações polivalentes entre o antígeno e o anticorpo têm importante significado, uma vez que muitas funções efetoras dos anticorpos são disparadas otimamente quando duas ou mais moléculas de anticorpos são mantidas próximas e juntas pela ligação a um antígeno polivalente. - Se um antígeno polivalente é misturado com um anticorpo específico, eles se interagem e formam imuncomplexos. Esses que são presos ou formados nos tecidos, podem iniciar uma reação inflamatória, resultando em doenças de imunocomplexos.
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