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Fisiologia do sistema imune

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- O corpo possui duas linhas de defesa: 
barreiras físicas e químicas, como a 
pele, o muco e o ácido estomacal, 
inicialmente tentam manter os patógenos 
fora do ambiente interno do corpo; 
- Se a primeira linha de defesa falha, 
então a resposta imune interna assume; 
- A resposta imune interna tem quatro 
passos básicos: 
1) detecção e identificação da 
substância estranha; 
2) comunicação com outras células 
imunes para reunir uma resposta 
organizada; 
3) recrutamento da assistência e 
coordenação da resposta entre todos 
os participantes; 
4) destruição ou supressão do 
invasor. 
RESPOSTAS IMUNES 
- A resposta imune humana, em geral, é 
dividida em duas categorias: 
1) imunidade inata inespecífica; 
2) imunidade adquirida 
específica. 
- A imunidade inata está presente desde 
o nascimento e é a resposta imune 
inespecífica do corpo à invasão; 
- Os receptores de membrana que 
medeiam a imunidade inata têm ampla 
especificidade e permitem a algumas 
células imunes responder a sinais 
moleculares que são ao mesmo tempo 
únicos e comuns a microrganismos 
patogênicos; 
- Como a resposta inata inespecífica não 
está direcionada para um patógeno em 
particular, ela começa dentro de 
minutos ou horas; 
- A inflamação, aparente na pele como 
uma área avermelhada, quente e inchada, 
é uma reação característica da imunidade 
inata mediada por citocinas. 
- A imunidade adquirida (também 
chamada de imunidade adaptativa) é 
direcionada a invasores específicos e, 
por essa razão, é a resposta imune 
específica do corpo; 
- Os receptores de membrana que 
medeiam a imunidade adquirida são 
altamente específicos e podem 
distinguir entre diferentes patógenos; 
- Uma característica da imunidade 
adquirida é que uma resposta imune 
específica a partir de uma primeira 
exposição a um patógeno pode levar 
dias. Entretanto, na exposição repetida, 
o sistema imune “lembra” da exposição 
anterior ao patógeno e reage mais 
rapidamente; 
- A imunidade adquirida pode ser 
dividida em: 
1) imunidade celular; 
2) imunidade humoral. 
- A imunidade celular usa a sinalização 
dependente de contato, na qual uma 
célula imune se liga por meio de 
receptores à sua célula-alvo; 
- É mediada pelos linfócitos T; 
- Essa defesa promove a destruição de 
microrganismos intracelulares, como 
vírus e bactérias, que residem e se 
proliferam nos fagócitos, ou a morte das 
células infectadas para eliminar os 
reservatórios de infecção; 
- Alguns linfócitos T também 
contribuem para a erradicação de 
microrganismos extracelulares por meio 
do recrutamento de leucócitos que 
destroem esses patógenos e auxiliando as 
células B na produção efetiva de 
anticorpos. 
 - A imunidade humoral, também 
conhecida como imunidade mediada 
por anticorpos, usa proteínas 
secretadas, denominadas anticorpos, 
para desencadear a resposta imune; 
- Ela é o principal mecanismo de defesa 
contra microrganismos extracelulares 
e suas toxinas pois, os anticorpos podem 
se ligar a essas toxinas e microrganismos 
e auxiliar na sua eliminação; 
- Os anticorpos reconhecem os 
antígenos microbianos, neutralizam a 
infectividade dos microrganismos e 
focam nos microrganismos para sua 
eliminação por vários mecanismos 
efetores; 
- Os anticorpos ligam-se nos antígenos 
para torná-las mais visíveis para as 
células do sistema imune, mas eles 
também são especializados e podem 
ativar diferentes mecanismos para 
combater esses microrganismos. 
TECIDOS LINFÁTICOS 
- Os dois tecidos linfoides primários 
são o timo e a medula óssea, ambos 
locais onde as células envolvidas na 
resposta imune são formadas e 
amadurecem; 
- Alguns tipos de células imunes 
maduras não se especializam até sua 
primeira exposição ao patógeno, 
denominadas de células naïve. 
- Nos tecidos linfoides secundários, as 
células imunes maduras interagem 
com patógenos e iniciam uma resposta; 
- Eles são divididos em: 
1) tecidos encapsulados; 
2) tecidos linfáticos difusos não 
encapsulados. 
- Tecidos linfoides encapsulados: são 
representados pelo baço e os linfonodos 
e possuem uma parede externa 
formada por cápsulas de fibras 
colágenas; 
- O baço contém células imunes 
posicionadas para monitorar o sangue 
contra invasores estranhos.; 
-Suas células fagocitárias também 
aprisionam e removem eritrócitos 
velhos. 
- Tecidos linfáticos difusos não 
encapsulados: são agregados de células 
imunes que aparecem em outros 
órgãos do corpo, incluindo as 
amígdalas na nasofaringe posterior; o 
tecido linfático associado ao intestino 
(GALT), que se situa debaixo do epitélio 
do esôfago e dos intestinos; e 
agrupamentos de tecidos linfáticos 
associados à pele e aos tratos 
respiratório, urinário e genital; 
- Em cada caso, esses tecidos contêm 
células imunes posicionadas para 
interceptar patógenos invasores antes 
que eles cheguem à circulação geral. 
 
 
CÉLULAS DO SI 
 
- Células dendríticas: são células 
apresentadoras de antígeno que são 
caracterizadas por processos longos e 
delgados que se assemelham aos 
dendritos neuronais. Elas são 
encontradas na pele, onde recebem a 
denominação de células de Langerhans 
e em vários órgãos; 
- Quando reconhecem e capturam 
antígenos, elas migram para os tecidos 
linfoides secundários, onde apresentam 
antígenos para os linfócitos; 
- A sua ligação com o antígeno ativa os 
linfócitos. 
- Neutrófilos: são células fagocíticas e 
vida útil programada de um ou dois dias. 
Eles são os leucócitos mais abundantes 
e são facilmente identificados por terem 
um núcleo segmentado. Devido a esse 
fato, os neutrófilos são também 
chamados de leucócitos 
polimorfonucleares; 
- Quando imaturos, podem ser 
identificados por seu núcleo em forma de 
ferradura. Eles são formados na 
medula óssea e liberados na circulação. 
- A maioria dos neutrófilos permanece 
no sangue, mas podem sair da circulação 
se forem atraídos para um local 
extravascular de dano ou infecção; 
- Além de ingerirem bactérias e 
partículas estranhas, eles liberam várias 
citocinas, incluindo pirogênios 
causadores da febre e mediadores 
químicos da resposta inflamatória. 
- Macrófagos: Uma vez nos tecidos, os 
monócitos aumentam de tamanho e se 
diferenciam em macrófagos fagocíticos; 
- Alguns macrófagos teciduais 
patrulham os tecidos, outros encontram 
uma localização e permanecem fixos no 
local apropriado. Em ambos os casos, os 
macrófagos são os principais fagócitos 
dentro dos tecidos; 
- Eles também removem partículas 
maiores, como eritrócitos velhos e 
neutrófilos mortos e possuem um papel 
muito importante no desenvolvimento 
da imunidade adquirida, uma vez que 
eles são células apresentadoras de 
antígenos; 
- Depois que um macrófago ingere e 
digere antígenos moleculares ou 
celulares, ele pode inserir fragmentos do 
antígeno processado em sua membrana, 
de modo que o fragmento do antígeno se 
torna parte de complexas proteínas de 
superfície. 
- Células Natural Killer: elas agem mais 
rapidamente do que outros linfócitos, 
respondendo dentro de horas a partir de 
uma infecção viral primária; 
- As células NK reconhecem as células 
infectadas por vírus e as induzem a 
cometer suicídio por apoptose antes que 
o vírus possa se replicar; 
- A eliminação completa do vírus requer 
a ativação de uma resposta imune 
específica. As células NK também 
atacam algumas células tumorais; 
- Ela e outros linfócitos secretam 
diversas citocinas antivirais, incluindo 
interferons. 
- Mastócitos: são células de vida longa 
originados da linhagem hematopoética 
que, após a sua maturação, ainda mantêm 
sua capacidade proliferativa; 
- Por serem intimamente ligados na 
ativação da resposta imune 
de linfócitos T, os mastócitos têm 
grande importância na defesa 
contra helmintos e bactérias; 
- Eles são encontrados no tecido 
conjuntivo e sua forma varia de acordocom o ambiente em que são encontrados. 
Quando estão aderidos ao tecido 
conjuntivo eles apresentam-se na forma 
alongada, e quando estão isolados das 
cavidades, na forma arredondada; 
-Assim como a forma, os mastócitos 
apresentam tamanhos variados de acordo 
com a sua localização, seu citoplasma é 
repleto de grânulos. 
- Basófilos: são raros na circulação, 
mas são facilmente reconhecidos em um 
esfregaço de sangue corado pela 
https://www.infoescola.com/citologia/linfocitos/
https://www.infoescola.com/biologia/helmintos/
https://www.infoescola.com/reino-monera/bacterias/
https://www.infoescola.com/biologia/tecido-conjuntivo/
https://www.infoescola.com/biologia/tecido-conjuntivo/
presença de grandes grânulos azul-
escuros no seu citoplasma; 
- São tipos de células que liberam 
mediadores que contribuem para a 
inflamação; 
-Os grânulos dessas células contêm 
histamina, heparina (anticoagulante 
que inibe a coagulação do sangue), 
citocinas e outras substâncias químicas 
envolvidas nas respostas imune e 
alérgica. 
- Eosinófilos: são facilmente 
reconhecidos pelos grânulos corados de 
cor-de-rosa presentes no seu 
citoplasma; 
- Essas células estão associadas a 
reações alérgicas e a parasitoses; 
-Normalmente, poucos eosinófilos são 
encontrados na circulação periférica, 
onde representam apenas 1 a 3% de 
todos os leucócitos; 
- A duração de um eosinófilo no sangue 
é estimada em somente 6 a 12 horas; 
- Como os eosinófilos matam os 
patógenos, eles são classificados como 
células citotóxicas. Além disso, eles 
também participam de reações alérgicas, 
nas quais eles contribuem para 
inflamação e dano tecidual por 
liberarem enzimas tóxicas, substâncias 
oxidativas e uma proteína chamada de 
neurotoxina derivada de eosinófilo. 
- O Sistema Complemento: 
complemento é um termo coletivo para 
um grupo de mais de 25 proteínas 
plasmáticas e proteínas da membrana 
celular; 
- A cascata do complemento é similar à 
cascata de coagulação, onde as proteínas 
do complemento são secretadas na 
forma inativa e são ativadas em uma 
cascata sequencial; 
- Vários intermediários da cascata do 
complemento atuam como opsoninas, 
como substâncias químicas que 
atraem leucócitos e como agentes que 
causam a degranulação dos 
mastócitos; 
- Essa cascata do complemento termina 
com a formação do complexo de ataque 
à membrana, um grupo de proteínas 
solúveis em lipídeos que se inserem nas 
membranas celulares de patógenos e 
células infectadas por vírus, formando 
poros gigantes. Esses poros permitem a 
entrada de água e íons nas células do 
patógeno. Como resultado, a célula 
incha e rompe-se. 
- O complexo de histocompatibilidade 
principal (MHC): é uma família de 
proteínas complexas de membrana, 
codificadas por um conjunto específico 
de genes; 
- As proteínas do MHC combinam-se 
com fragmentos de antígenos que 
foram digeridos dentro da célula. O 
complexo antígeno-MHC é, então, 
inserido na membrana celular para que o 
antígeno fique visível na superfície 
extracelular; 
-Existem dois tipos de moléculas de 
MHC: 
1) As moléculas de MHC de classe 
I: são encontradas em todas as 
células humanas nucleadas; 
- Quando vírus ou bactérias invadem a 
célula, eles são digeridos até fragmentos 
proteicos e alocados em “plataformas” 
MHC-I; 
- Se uma célula TCD8+ (citotóxica) 
encontra uma célula humana hospedeira 
com um fragmento de antígeno estranho 
no seu MHC-I, a célula CD8+ reconhece 
a célula hospedeira como uma célula 
infectada por patógeno e a mata para 
prevenir a sua reprodução. 
2) As moléculas do MHC de classe 
II: são encontradas 
primariamente nas células 
apresentadoras de antígenos 
(APCs); 
- Quando uma célula imune engloba e 
digere um antígeno, os fragmentos 
retornam para a membrana da célula 
imune combinados com proteínas 
MHC de classe II; 
- Se uma célula TCD4+ (auxiliar) 
encontra uma APC com um fragmento 
de antígeno estranho em seu MHC-II, a 
célula Th1 responde, secretando 
citocinas que amplificam a resposta 
imune. 
IMUNIDADE INATA 
- A resposta imune inata consiste em 
leucócitos estacionários e de 
patrulhamento que atacam e destroem 
os invasores. Essas células imunes são 
geneticamente programadas para 
responder a uma grande variedade de 
materiais que elas reconhecem como 
estranhos, e é por isso que a imunidade 
inata é considerada inespecífica; 
- A imunidade inata termina com a 
infecção ou a contém até que a resposta 
imune adquirida seja ativada; 
- Os patógenos que conseguem 
atravessar as barreiras físicas da pele e 
do muco são atacados primeiro pela 
resposta imune inata; 
- Um elemento importante da resposta 
imune inata é a habilidade de certos 
leucócitos de reconhecer moléculas 
que são exclusivas dos 
microrganismos (padrões moleculares 
associados a patógenos, ou PAMPs) e 
iniciar uma resposta apropriada; 
- Os PAMPs ligam-se aos receptores de 
reconhecimento dos leucócitos, 
receptores de reconhecimento de padrão 
(PRRS), que ativam a resposta imune 
inespecífica. A resposta inicial dessas 
células imunes aos invasores é matá-los 
ou ingeri-los; 
- Primeiro, os fagócitos estacionários e 
de patrulhamento são atraídos para as 
áreas de invasão por sinais químicos 
conhecidos como quimiotaxinas que 
agem como PAMPs. Uma vez no local, 
os leucócitos ativados lutam contra os 
invasores, secretando suas próprias 
citocinas quimiotáxicas para atrair 
leucócitos adicionais para o local da 
infecção. 
- Se uma área de infecção atrai um 
grande número de fagócitos, pode 
formar-se o material que conhecemos 
como pus. 
 Essa substância é uma coleção de 
neutrófilos e macrófagos vivos e 
mortos junto com líquido tecidual, 
fragmentos de células e outros 
compostos remanescentes do processo 
imune; 
- Nos macrófagos, os receptores de 
reconhecimento de padrão conhecidos 
como receptores semelhantes ao Toll 
(TLRs- Toll-Like receptors) ativam as 
células para secretarem citocinas 
inflamatórias; 
- Os anticorpos que marcam uma 
bactéria encapsulada, juntamente com 
proteínas plasmáticas adicionais, são 
conhecidos coletivamente como 
opsoninas, que atuam como pontes 
entre os patógenos e os fagócitos, 
ligando-se a receptores dos fagócitos. 
- A inflamação é uma reação 
característica da imunidade inata e tem 
três importantes papéis no combate à 
infecção em tecidos lesados: 
1) atrair células imunes e 
mediadores químicos para o 
local; 
2) produzir uma barreira física 
que retarda a disseminação da 
infecção; 
3) promover o reparo tecidual, 
uma vez que a infecção esteja 
sob controle (uma função não 
imune). 
- A resposta inflamatória é gerada 
quando macrófagos teciduais ativados 
liberam citocinas. Essas substâncias 
químicas atraem outras células imunes, 
aumentam a permeabilidade capilar e 
causam febre. Por sua vez, as células 
imunes atraídas para o local liberam as 
suas próprias citocinas. 
IMUNIDADE ADQUIRIDA 
- Existem três tipos principais de 
linócitos: linfócitos B, linfócitos T e 
células natural killer (NK); 
-Os linfócitos B ativados desenvolvem-
se, formando plasmócitos, que secretam 
anticorpos; 
- Os linfócitos T ativados desenvolvem-
se tanto em células que atacam e 
destroem células infectadas por vírus 
(células T citotóxicas ou células TC) 
como em células que regulam outras 
células imunes (células T auxiliares ou 
células TH); 
- Todos os linfócitos secretam citocinas 
que atuam sobre células imunes, não 
imunes e, algumas vezes, patógenos; 
- A imunidade adquirida pode ser 
subdividida em: 
1) imunidade ativa; 
2) imunidade passiva. 
- A imunidade ativa ocorre quando o 
corpo é exposto a um patógeno e produz 
seus próprios anticorpos; 
- Ela pode ocorrer naturalmente, 
quando um patógeno invade o corpo, ou 
artificialmente, quando recebemos uma 
vacina que contém patógenos mortos ou 
inativados;- A imunidade passiva ocorre quando 
adquirimos anticorpos produzidos por 
outro organismo. 
 A transferência de anticorpos da 
mãe para o feto através da placenta é um 
exemplo. 
LINFÓCITOS NA IMUNIDADE 
ADQUIRIDA 
- Os linfócitos são células que 
reconhecem e respondem a antígenos, 
constituindo os mediares da imunidade 
humoral e celular. Além disso, eles 
expressam receptores de antígenos 
clonalmente expressos, cada um 
específico para um determinante 
antigênico diferente; 
- Cada clone de linfócitos T e B expressa 
receptores de antígenos com uma única 
especificidade. Assim, os receptores de 
antígenos nesses linfócitos são 
clonalmente distribuídos; 
- Os linfócitos B são os produtores de 
anticorpos e funcionam como 
mediadores da imunidade humoral 
pois, reconhecem antígenos 
extracelulares solúveis e na superfície 
celular se diferenciam em plasmócitos 
secretores de anticorpos; 
- Já os linfócitos T reconhecem os 
antígenos dos microrganismos 
intracelulares e auxiliam os fagócitos a 
destruir esses microrganismos ou matam 
as células infectadas. Entretanto, eles 
possuem uma especificidade restrita 
para antígenos, pois reconhecem as 
proteínas do complexo maior de 
histocompatibilidade (MHC) expressas 
nas superfícies de outras células; 
- Linfócitos específicos para um grande 
número de antígenos existem antes da 
exposição ao antígeno e, quando um 
antígeno entra em um órgão linfoide 
secundário, ele se liga às células 
específicas para o antígeno, avaliando-
as. 
ANTICORPOS 
- Os anticorpos são proteínas 
circulantes produzidas em resposta à 
exposição de antígenos; 
- Eles são específicos em reconhecer 
estruturas de antígenos e constituem os 
mediadores da imunidade humoral 
contra as classes de microrganismos; 
- Anticorpos ligados a membrana 
servem como receptores que mediam a 
ativação das células B disparadas pelo 
antígeno. Já os anticorpos secretados, 
funcionam como mediadores da 
imunidade humoral específica 
acoplando vários mecanismos efetores 
que servem para eliminar os antígenos 
ligados; 
- Eles são classificados em diferentes 
isotipos baseando-se nas diferenças nas 
regiões C da cadeia pesada: 
1) IgA: se liga às células B através 
da região Fc; 
- Está presente nas secreções corporais, 
incluindo lágrimas, colostro, saliva e 
líquido vaginal, bem como em secreções 
da cavidade nasal, dos brônquios, do 
intestino e da próstata; 
- Fornece proteção contra a 
proliferação de microrganismos 
nesses líquidos e ajuda na defesa contra 
micróbios e moléculas estranhas que 
penetram no corpo através dos 
revestimentos celulares dessas 
cavidades. 
2) IgG: se ligam a macrófagos, 
células B, células NK, 
neutrófilos e eosinófilos por 
meio da região Fc; 
-É a principal imunoglobulina na 
resposta imune secundária; 
- Ativa o complemento; estimula a 
quimiotaxia; e atravessa a placenta, 
oferecendo ao recém-nascido 
imunidade passiva; 
3) IgM: se liga às células B através 
da região Fc; 
-É a imunoglobulina produzida 
durante a resposta imune primária; 
- Mais eficiente na fixação do 
complemento; ativa os macrófagos; atua 
como receptor de antígenos dos 
linfócitos B. 
4) IgD: se liga às células B através 
da região Fc; 
- Atua como receptor de antígeno, 
juntamente com a IgM, na superfície 
dos linfócitos B maduros. 
5) IgE se liga a mastócitos e 
basófilos através da região Fc; 
- Estimula os mastócitos a liberar 
histamina, heparina, leucotrienos e fator 
quimiotático eosinófilo da anafilaxia; 
- Responsável pelas reações de 
hipersensibilidade anafiláticas; níveis 
aumentados nas infecções parasitárias. 
SISTEMA COMPLEMENTO 
- Complemento é um termo para um grupo 
de mais de 25 proteínas plasmáticas e 
proteínas da membrana celular. A cascata 
do complemento é similar à cascata de 
coagulação; 
- As proteínas do complemento são 
secretadas na forma inativa e são ativadas 
em uma cascata sequencial; 
- Vários intermediários da cascata do 
complemento atuam como opsoninas, 
como substâncias químicas que atraem 
leucócitos e como agentes que causam a 
degranulação dos mastócitos; 
- A ativação do complemento envolve 
cascatas proteolíticas nas quais uma 
enzima precursora inativa, chamada 
zimogênio, é alterada para se tornar uma 
protease ativa que cliva e, assim, induz a 
atividade proteolítica da próxima proteína 
do complemento na cascata; 
- Ele pode ser ativado por 3 maneiras: 
• A via clássica: utiliza uma 
proteína plasmática chamada de 
C1q para detectar anticorpos 
ligados na superfície do 
microrganismo ou outra 
estrutura; 
- Uma vez que C1q tenha se ligado à 
porção Fc dos anticorpos, duas 
serinoproteases associadas (C1r e C1s) 
se tornam ativas e iniciam uma cascata 
proteolítica envolvendo outras proteínas 
do complemento. 
• A via alternativa: é disparada 
quando uma proteína do 
complemento chamada de C3 
reconhece diretamente certas 
estruturas da superfície 
microbiana, tais como LPS 
bacteriano; 
- O C3 também é constitutivamente 
ativado em solução a um baixo nível e se 
liga às superfícies celulares, mas, então, 
é inibido por moléculas regulatórias; 
- Pelo fato de os microrganismos não 
terem essas proteínas regulatórias, a 
ativação espontânea pode ser 
amplificada nas superfícies microbianas. 
Assim, esta via pode distinguir o 
próprio normal de microrganismos 
estranhos baseando-se na presença ou 
ausência das proteínas regulatórias. 
• A via da lectina: é disparada por 
uma proteína plasmática 
chamada de lectina ligante de 
manose (MBL), que reconhece 
resíduos de manose terminal nas 
glicoproteínas e nos glicolipídios 
microbianos, similarmente ao 
receptor de manose nas 
membranas dos fagócitos; 
- Após a MBL se ligar aos 
microrganismos, dois zimogênios 
chamados de MASP1 (serinoprotease 1 
associada à manose ou serinoprotease 
associada à lectina ligante de manan) e 
MASP2, com funções similares ao C1r e 
C1s, se associam à MBL e iniciam 
passos proteolíticos na cascata e 
idênticos à via clássica. 
LINFÓCITOS T 
1) Os linfócitos T auxiliares CD4+ 
são células T que também 
expressam marcadores CD4; 
- Essas células são ainda subdivididas 
com base na sua capacidade de 
secretar citocinas; 
- As células T auxiliares que sintetizam 
IL-2, IFN-y e TNF-a são denominadas 
células TH1. Essas células interagem 
com os linfócitos T CD8+ citotóxicos, 
as células NK e os macrófagos nas 
respostas imunes celulares, e são 
essenciais para controlar os patógenos 
intracelulares, como vírus e 
determinados microrganismos; 
- O outro grupo de células T auxiliares 
sintetiza IL-4, IL-5, IL-10 e IL-13 e são 
denominadas células TH2. Essas, 
interagem com os linfócitos B e são 
essenciais para desencadear as respostas 
imunes mediadas por anticorpos que 
controlam os patógenos 
extracelulares. 
2) Os LT CD8 reconhecem 
antígenos intracitoplasmáticos 
apresentados por moléculas 
MHC de classe I, que são 
expressas por praticamente todas 
as células nucleadas. Células 
infectadas por vírus e células 
tumorais normalmente são 
reconhecidas pelos LT CD8; 
- Após adesão às células alvo 
apresentando um antígeno associado ao 
MHC e coestímulo adequado, os LT 
CD8 proliferam e, em um encontro 
subsequente, podem eliminar por 
citotoxicidade qualquer célula que 
apresente esse antígeno especifico, 
independente da presença de moléculas 
coestimulatórias; 
- Os LT CD8 também induzem a via de 
morte celular programada apoptose na 
célula alvo pela ação de perforinas e 
granzimas. 
3) Os linfócitos T supressores 
(reguladores) representam uma 
população de linfócitos T 
fenotipicamente diversa, com 
capacidade de suprimir uma 
resposta imune a antígenos e a 
autoantígenos por meio da 
supressão de atividades de outras 
células do sistema imune. 
RESPOSTAS ALÉRGICAS 
- A alergia é uma resposta imunológica 
inflamatóriaa um antígeno não 
patogênico. Isolado, o antígeno não é 
nocivo ao organismo, porém, se um 
indivíduo é sensível ao antígeno, o 
corpo produz uma resposta 
inflamatória para eliminá-lo. 
- Os mecanismos que desencadeiam a 
alergia, em geral, são: 
1) reações de hipersensibilidade do 
tipo I (imediata): são definidas 
como reações imunológicas que se 
desenvolvem rapidamente, logo 
após a ligação do antígeno com 
anticorpo presente na superfície de 
mastócitos ou basófilos de 
indivíduos previamente 
sensibilizados. 
2) Após a resposta imediata, ocorre o 
desenvolvimento mais lento do 
componente inflamatório chamado 
reação de fase tardia, caracterizado 
pela acumulação de neutrófilos, 
eosinófilos e macrófagos. 
- As alergias possuem um forte componente 
genético, assim se os pais têm uma 
determinada alergia, existe uma grande 
probabilidade de que seus filhos também a 
tenham; 
- O desenvolvimento da alergia requer a 
exposição ao alérgeno, um fator que é 
afetado por condições geográficas, culturais 
e sociais. 
 
 
 
O passo inicial – a primeira exposição ou fase de 
sensibilização – é equivalente à resposta imune 
primária discutida previamente: o alérgeno é ingerido 
e processado por uma célula apresentadora de 
antígeno, como um macrófago, que, por sua vez, ativa 
uma célula T auxiliar. 
As células TH ativam linfócitos B que têm o alérgeno 
ligado. Isso resulta na produção de anticorpos pelos 
plasmócitos (IgE e IgG) contra o alérgeno. Os 
anticorpos IgE são imediatamente ligados por suas 
extremidades Fc na superfície dos mastócitos e dos 
basófilos. As células T e as células B de memória 
guardam o registro da exposição inicial ao alérgeno. 
Após a reexposição, equivalente à resposta imune 
secundária, o corpo reage muito forte e rapidamente. 
O alérgeno liga-se à IgE já presente nos mastócitos, 
desencadeando a imediata liberação de histamina, 
citocina e outros mediadores que causam sintomas 
alérgicos. 
O tipo de reação alérgica depende do antígeno-
anticorpo, da célula imune envolvida e do local de 
introdução do antígeno. A ligação do alérgeno à IgE é 
a resposta mais comum à inalação, à ingestão e à 
injeção de alérgenos. Quando os alérgenos se ligam 
aos anticorpos IgE nos mastócitos, as células sofrem 
degranulação e liberam histamina e outras citocinas. 
O resultado é uma reação inflamatória. 
A gravidade da reação varia desde reações localizadas 
próximas ao local onde o alérgeno entrou até reações 
sistêmicas, como uma erupção cutânea em todo o 
corpo. A reação alérgica mediada por IgE mais grave 
é chamada de anafilaxia. 
Em uma reação anafilática, ocorre liberação maciça 
de histamina e de outras citocinas que causam 
vasodilatação generalizada, colapso circulatório e 
broncoconstrição grave. Se não for tratada 
imediatamente com adrenalina, a anafilaxia pode 
resultar em morte dentro de tão pouco como 20 
minutos.

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