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Amenorreia: causas e diagnóstico

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Alice Barros – Ginecologia - Medicina 
↪ É a ausência de mentruação. 
↪ Pode ser classificada em: 
 Amenorreia primaria – nunca menstruaram, sem caracteres sexuais secundários, ‘’puberdade tardia’’ 
 Amenorreia secundaria – já tiveram menstruação mas pararam por algum motivo. 
 Amenorreia fisiológica – a menina que nunca menstruou ainda, a gravida, lactante, menopausa. 
 Amenorreia patológica 
↪ A Organização Mundial de Saúde (OMS) descreveu três classes de amenorreia. (Não dado) 
 Grupo 1: Inclui mulheres sem evidências de produção endógena de estrogênio, que apresentam níveis 
normais ou baixos de FHS, níveis normais de prolactina e ausência de lesão do eixo hipotalâmico-hipofisário. 
 Grupo 2: está associado a mulheres com evidências de produção de estrogênio e níveis normais de 
prolactina e FSH. 
 Grupo 3: inclui mulheres com altos níveis séricos de FHS indicativos de insuficiência ou falência gonadal 
↪ Os elementos mais importantes no diagnóstico da amenorreia incluem: 
 Exame físico para avaliação de caracteres sexuais secundários e anormalidades anatômicas, 
 Dosagem de gonadotrofina coriônica humana (hCG) para descartar gravidez, 
 Dosagem de prolactina e do hormônio estimulador da tireoide (TSH) e 
 Avaliação dos níveis de hormônio foliculoestimulante (FSH) para distinguir entre os tipos hiper e 
hipogonadotróficos de hipogonadismo. 
↪ A menstruação normal requer um eixo normal! É preciso 
que o hipotálamo secrete de forma pulsátil o hormônio 
liberador de gonadotrofina (GnRh) pela hipófise. O GnRh 
estimula a secreção de FSH e LH pela hipófise, promovendo 
o desenvolvimento do folículo ovariano e a ovulação. O 
folículo ovariano com atividade normal vai secretar 
estrogênio e, após a ovulação este folículo é convertido 
em corpo lúteo onde vai haver a secreção da 
progesterona, além de estrogênio – os quais estimulam o 
desenvolvimento do endométrio. Porém, na inatividade de 
qualquer um desses componentes não vai haver 
sangramento. 
 
↪ AMENORRÉIA PRIMÁRIA X AMENORRÉIA SECUNDÁRIA 
↪ CAUSAS: 
➙ ANATOMICAS: relacionado com a amenorreia 1ª, 
são agenesias, tanto agenesia de migração quanto por erro de fusão dos ductos mullerianos. 
➙ PSÍQUICAS: meninas muito magras tem pouco colesterol, pseudo gravidez, bulimia. 
➙ NEUROLÓGICAS: genética ou adquirida, tumores 
➙ ENDÓCRINAS: qualquer anormalidade no eixo, hipotireoidismo 
➙ GENÉTICAS: por consequência da amenorreia primaria, síndrome de Tanner é o tipo mais comum de 
hipogonadismo hipergonadotrofico 
➙ Nas amenorreias secundárias geralmente ocorre por iatrogênias, causas anatômicas, obstrução, cirurgias 
ou infecção. 
CÁLCULO PARA O ATRASO MENTRUAL: (prova) 
↪ Vamos supor que a pessoa menstruou hoje, dia 01/05, imaginando um ciclo hipotético de 30 dias, no dia 01/06 
ela deveria menstruar de novo, 01/07 de novo, e 01/08 de novo. 
Alice Barros – Ginecologia - Medicina 
↪ No dia 01/06 ela não menstruou, dia 01/07 ela não menstruou de novo, já foram quantos ciclos sem menstruar? 
Já se passaram 2 ciclos sem menstruar, se for no dia 01/08 ainda sem menstruar já se passaram 3 ciclos. 
↪ Digamos que essa mulher vai fazer uma consulta com você no dia 02/08, por que não estava menstruando, 
quantos dias de atraso menstrual ela tem? 1 dia de atraso menstrual apenas, pois antes de 3 ciclos sem menstruar 
ainda é “normal” então a partir do 3 ciclo sem menstruar eu começo a contar como dias de atraso menstrual 
↪ É a ausência de menstruação aos 14 anos / 13 anos associada a falha no desenvolvimento sexual (ausência de 
caracteres sexuais secundários) ou ausência de menstruação aos 16 anos, independente do desenvolvimento 
desses caracteres. / ou aos 15 anos de idade na presença de caracteres secundários normais. 
↪ A ausência do surgimento da mama aos 13 anos já é indicativo de investigação. Para detectar a causa da 
amenorreia é essencial indagar se a paciente possui caracteres sexuais secundários, uma vez que a ausência 
indica que a mulher nunca foi exposta ao estrogênio. 
↪ Pode ser dividida em AMENORREIA SEM CARACTERES SEXUAIS SECUNDÁRIOS ou COM CARACTERES SEXUAIS 
SECUNDÁRIOS. 
 
↪ O primeiro passo é pedir um ultrassom, se não se vê um útero e o cariótipo é XY, essa mulher é homem. Se eu vejo 
útero, eu doso FSH, e se este vier baixo eu penso em alguma alteração central, e para descobrir se essa alteração 
central provem do hipotálamo ou da hipófise eu faço o teste do GnRH, se positivo é de causa hipotalâmica, se 
negativo é de causa hipofisária. Caso não tenha teste GnRh eu posso fazer uma ressonância. 
↪ Se FSH aumentado, a causa é GONADAL, então se solicita o cariótipo, se der anormal considero como disgenesia 
gonadal, e se der normal considero outras causas como cirurgias, radioterapia, etc... 
↪ Se ela não tem útero duas coisas podem ter acontecido, ela pode ser XY ou ela pode ser XX e ter agenesia do 
ducto de muller. 
↪ Ela tem caracteres, É FEMININA, é XY mas não menstrua pq não tem utero: ela tem a síndrome da insensibilidade 
androgênica SIA. Ela não vai ter pelos pq ela não é sensível ao androgênio, você pode até dosar testosterona. 
Alice Barros – Ginecologia - Medicina 
CAUSAS: 
 HIPOGONADISMO HIPERGONADOTÓFICO ASSOC. À AUSENCIA DE CARACTERES SECUNDÁRIOS 
⤷ Disgenesia gonadal (altos níveis de LH e FSH) – Anormalidades cariótipas 
⤷ Os níveis de gonadotrofina estão elevados em razão da ausência de feedback negativo do 
estrogênio sobre o eixo hipotalâmico-hipofisário. 
⤷ SINDROME DE TURNER (45,X): amenorreia devido atresia acelerada dos folículos 
⤷ DISGENESIA GONADAL PURA: fenótipo feminino com infantilismo sexual, amenorreia primaria, 
estatura normal e sem anormalidades do cariótipo. 
⤷ HIPERPLASIA SUPRARRENAL LIPOIDE CONGÊNITA: são incapazes de converter colesterol em 
pregnenolona, a primeira etapa da biossíntese de hormônios esteroides. 
⤷ DEFICIENCIA DA AROMATASE: impede a aromatização de androgênios em estrogênio. Pode-se 
suspeitar dessa síndrome ainda antes do nascimento, pois a maioria das mães de crianças 
afetadas apresenta virilização durante a gravidez. 
⤷ Lesao grave dos ovários antes do inicio da puberdade pode causar insuficiência ovariana e 
ausência de caracteres. 
⤷ OVARIANA 
➙ FSH e LH altos. 
➙ Insuficiência ovariana 
➙ Falência ovariana precoce 
➙ Radioterapia... 
⤷ HIPOFISÁRIA (Hipogonadismo hipogonadotrofico) A amenorreia primária causada por 
hipogonadismo hipogonadotrópico ocorre quando o hipotálamo não secreta quantidades 
adequadas de GnRH ou em caso de distúrbio hipofisário associado à produção ou liberação 
inadequada de gonadotrofinas hipofisárias. 
➙ hiperprolactinemia, 
➙ hipotireoidismo, 
➙ síndrome de Sheehan, 
➙ adenomas hipofisários. 
⤷ HIPOTALÂMICA 
➙ Anorexia nervosa 
➙ Stress 
➙ Desnutrição 
➙ Exercicio físico intenso 
➙ Pseudociese 
➙ FSH/LH baixos 
AVALIAÇÃO DE MULHERES COM AMENORREIA ASSOCIADA A AUSENCIA DE CARACTERES SEXUAIS SECUNDARIOS (a 
prof n passou) 
1. O exame laboratorial inicial deve ser a dosagem dos níveis séricos de FSH e LH, exceto se a anamnese e o 
exame físico sugerirem o contrário, para diferenciar se o hipogonadismo é hiper ou hipogonadotrópico. Se 
o nível de FSH estiver elevado, é necessário fazer o cariótipo. Um alto nível de FSH associado a um cariótipo 
45,X confirma o diagnóstico de síndrome de Turner. A deleção parcial do cromossomo X, o mosaicismo, a 
disgenesia gonadal pura e a disgenesia gonadal mista são diagnosticados pelo cariótipo 
2. Por causa da associação com coarctação da aorta (até 30%) e disfunção da tireoide, as pacientes com 
síndrome de Turner devem ser submetidas a ecocardiograma a intervalos de 3 a 5 anos e a provas da 
função tireoidiana anuais. A RM cardíaca é um importante componente da avaliação cardíaca. As 
pacientes com síndrome de Turner devem ser submetidas à avaliação de perda auditiva, malformações 
renais, diabetes e hipertensão. 
3. Se o cariótipo for anormal e contivero cromossomo Y, como na disgenesia gonadal, as gônadas devem ser 
removidas para que se evitem tumores 
4. Se o cariótipo for normal e o nível de FSH estiver elevado, é importante considerar o diagnóstico de 
deficiência de 17-hidroxilase, que pode ser fatal se não tratada. Esse diagnóstico deve ser considerado 
quando o teste indica níveis séricos elevados de progesterona (> 3,0 ng/ml), baixo nível de 17α-
hidroxiprogesterona (0,2 ng/ml) e nível sérico elevado de desoxicorticosterona. 52 O diagnóstico é 
confirmado pelo teste de estímulo com ACTH. Após administração de ACTH em bolo, os indivíduos afetados 
apresentam níveis muito aumentados de progesterona sérica em comparação com os níveis iniciais sem 
haver alteração dos níveis séricos de 17α-hidroxiprogesterona 
5. O baixo nível de FSH no exame de rastreamento confirma o diagnóstico de hipogonadismo 
hipogonadotrópico. As lesões do SNC devem ser excluídas por tomografia computadorizada (TC) ou RM, 
Alice Barros – Ginecologia - Medicina 
sobretudo se houver galactorreia, cefaleia ou problemas do campo visual. A calcificação suprasselar ou 
intrasselar em uma sela anormal é encontrada em cerca de 70% das pacientes com craniofaringioma 
6. O atraso fisiológico é um diagnóstico de exclusão e difícil de se distinguir da secreção insuficiente de GnRH. 
O diagnóstico pode ser respaldado por uma história sugestiva de atraso fisiológico, uma radiografia que 
mostre atraso da idade óssea e a ausência de lesão do SNC à TC ou RM. 
 
 
↪ Agora, falaremos da paciente que tem queixa de amenorreia, e possui caracteres sexuais secundários, ou seja, 
ela tem mama, pelos secundários sexuais e outras características. 
↪ Se ela tem caracteres sexuais secundários, obviamente ela tem estrógeno circulando no corpo. 
↪ Novamente, faremos um ultrassom dessa paciente, se aparecer um útero, seguimos roteiro para amenorreia 
secundaria. 
↪ Se não aparecer útero fazemos cariótipo, se der XY, temos uma insensibilidade androgênica. 
↪ Se ela não tem pelo, não menstruou, mas tem caracteres sexuais secundários, provavelmente ela tem uma 
insensibilidade androgênica. 
AMENORREIA COM CARACTERES SEXUAIS SECUNDÁRIOS E ANORMALIDADES DA ANATOMIA PÉLVICA 
↪ A amenorreia ocorre em caso de bloqueio do trato de saída, ausência do trato de saída ou ausência de útero 
funcional. Para haver menstruação, o endométrio deve ser ativo, e o colo do útero e a vagina têm de ser 
permeáveis. A maioria das mulheres com anormalidades do ducto de Müller apresenta função ovariana normal e, 
portanto, desenvolvimento normal de caracteres sexuais secundários. 
↪ CAUSAS ANATOMICAS DE AMENORREIA – anatomia pélvica anormal ou obstruções 
 Anomalias mullerianas: hímen imperfurado, septo vaginal transverso, síndrome de mayer-rokistansky-hauser 
 Insensibilidade androgênica: indivíduos com fenótipo feminino, com genótipo masculino, mas há um 
defeito que impede a função do receptor androgênico ocorrendo o desenv do fenótipo feminino. 
 Hermafroditismo verdadeiro 
 Ausencia de endométrio 
 Sindrome de Asherman 
 Secundaria a cirurgia uterina ou cervical previa 
 Secundaria a infecções 
↪ CAUSAS DE AMENORREIA COM CARACT SECUNDARIOS E ANATOMIA PELVICA NORMAL 
 SOP – assoc ao hiperandrogenismo 
 Hiperprolactinemia - A elevação da prolactina leva à secreção anormal de GnRH, que, por sua vez, pode 
acarretar distúrbios menstruais 
 Insuficiencia ovariana primaria 
Alice Barros – Ginecologia - Medicina 
 Lesoes hipofisarias e hipotalâmicas - 
 Alteração anormal de GnRh – causada por doença crônica, desnutrição, estresse, transtornos psiquatricos, 
transtornos alimentares, exercício físico... Quando a diminuição da pulsatilidade do GnRH é intensa, ocorre 
amenorreia. Em alterações menos acentuadas da pulsatilidade do GnRH, pode haver anovulação e 
oligomenorreia. 
 Em pacientes com amenorreia induzida por exercício, há diminuição da frequência dos pulsos de GnRH, 
avaliada pela detecção de uma menor frequência de pulsos de LH. 
 Transtornos alimentares, emagrecimento e dieta, estresse 
 Obesidade: As mulheres obesas têm número excessivo de adipócitos, nos quais ocorre aromatização 
extraglandular de androgênio em estrogênio. Elas têm menores níveis circulantes de globulina de ligação 
dos hormônios sexuais, o que possibilita a conversão de uma maior proporção de androgênios livres em 
estrona. O excesso de estrogênio aumenta o risco de câncer endometrial nessas mulheres 
AVALIAÇÃO DAS MULHERES COM AMENORREIA, CARACT. SEXUAIS SECUND. E ANATOMIA PELVICA NORMAL 
↪ Deve-se fazer o teste de gravidez (hCG urinária ou sérica) em mulheres em idade reprodutiva com amenorreia, 
caracteres sexuais secundários normais e exame pélvico normal. Se os resultados do teste de gravidez forem 
negativos, a avaliação da amenorreia deve ser feita da seguinte maneira: 
 1. Avaliação clínica do estado estrogênico (ressecamento vaginal, fogachos, 
2. TSH sérico – avaliar hipo e hipertireoidismo 
3. Prolactina sérica 
4. Nível sérico de FSH - para avaliar se a paciente tem amenorreia hipergonadotrópica, hipogonadotrópica ou 
eugonadotrópica. O hipergonadotrofismo significa que a causa de amenorreia é insuficiência ovariana. 
5. É possível considerar a US vaginal para avaliação do número de folículos antrais nos ovários (pode ajudar a fazer 
o diagnóstico de SOP ou sugerir IOP) 
6. Exame por imagem da hipófise e avaliação hipotalâmica se houver elevação da prolactina ou suspeita de 
amenorreia hipotalâmica (sobretudo se houver sintomas relativos ao SNC ou se não houver explicação clara para a 
amenorreia hipotalâmica). Na paciente hipoestrogênica sem elevação do nível de FSH, devem ser excluídas lesões 
hipofisárias e hipotalâmicas. 
IMPORTANTE VALORIZAR NA AMENORREIA PRIMARIA 
• Queixa de dor progressiva, cíclica, no baixo ventre, após aparecimento dos caracteres secundários, sem 
menstruação. 
• Desenvolvimento das mamas e dos caracteres sexuais secundários; desenvolvimento e a cronologia. Uma garota 
com pubarca e sem telarca, de onde está vindo essa pubarca? Da suprarrenal, estrogênio ela não tem do ovário. 
Com telarca e sem pubarca, (Depois da telarca, seis meses após, aparece a pubarca); ela tem insensibilidade aos 
receptores androgênicos. 
• Massas nas regiões inguinais; desenvolvimento pondero-estatural; Mãe refere “hérnia inguinal” na meninas, você 
pode pensar em testículos. 
• Antecedentes de traumas, cirurgias, radioterapia, quimioterapia 
• Condições do nascimento e do crescimento; se teve hipóxia; • Distúrbios nutricionais e alimentares 
• Estado psicológico, emocional e vivencial 
• História familiar, ocorrência de outros casos e suas evoluções 
• Sinais de hiperandrogenismo 
• Retardo ou anormalidade no crescimento corporal 
NA ANAMNEDE INDAGAR SOBRE: 
 Historia menstrual, uso de drogas e medicamentos, radioterapia, quimioterapia, exercício físico excessivo, 
situação emocional, conjugal, familiar, social 
 
 
Alice Barros – Ginecologia - Medicina 
NO EXAME FÍSICO: 
 Peso, estatura, envergadura, estigmas de Tuner, massas inguinais, genitália externa e interna (estados 
intersexuais, hiperplasia adrenal, anomalias congênitas), discrepância entre idade cronológica e 
desenvolvimento corporal – infantilismo. 
 Abortamento e procedimentos anticonceptivos com manipulação intra-uterna 
 Hemorragia intraparto, amamentação ou não 
 Operações e procedimentos ginecológicos prévios 
 Descarga papilar láctea ou serosa, uni ou bi lateral, espontânea ou a expressão 
 Sinais de hiperandrosteronismo – pele oleosa, acne, hirsutismo 
 Sinais de falência ovariana – fogachos, distúrbios menstruais, dispaureunia, e sintomas neuropsíquicos 
 Fadiga, febre, queda de estado geral, calafrios noturnos associados a contato com portadores de 
doenças orgânicas importantes como tuberculose. 
TRATAMENTO 
Por ser a amenorreia um sintoma, o tratamento deve ser sempre voltado para a causa que lhe deuorigem. 
 Tratamento clinico de doenças intercorrentes 
 Aconselhamento psicológico 
 Tratamento hormonal, incluindo indução da ovulação 
 Tratamento cirúrgico, para correção dos defeitos natomicos 
 Eventualmente, na falência ovariana ou na contraindicação da terapia corretiva, deve-se indicar o 
tratamento de substituição, para evitar os riscos de prolongada carência estrogênica. 
↪ Em mulheres em que a menarca já ocorreu, a ausência de menstruação, denominada amenorreia secundária, 
deve ser investigada quando a menstruação não ocorrer por três meses ou quando ocorrerem menos de nove 
menstruações ao longo de um ano 
↪ Antes de qualquer coisa para investigar a amenorreia secundária, faz o BHCG, eu quero saber se a minha 
paciente está grávida. 
↪ Se não estiver gravida: investigar! Toma 
anticoncepcional? Ciclo regular? 
procedimentos ginecológicos? Está tomando 
alguma medicação? Qual? Teve algum 
trauma? Cirurgia? Histórico familiar? • PROVA: Se 
cair a conduta de amenorreia secundária na 
prova tem que colocar isso na prova. 
 
TESTE DA PROGESTERONA 
 
Grupos De Anovulação 
 SINDROME DOS OVARIOS POLICISTICOS: 
IM + Hiper androginismo, FSH e 
prolactina normais 
 INSUFICIENCIA OVARIANA PREMATURA:IM + hipoestrogenismo. FSH vai estar elevado e prolactina normal 
 HIPERPROLACTINEMIA: IM geralmente só isso, mas algumas podem apresentar galactorreia também. No 
exame vai ter prolactina aumentada e FSH normal ou diminuído. 
 DISFUNCAO HIPOTALAMICA X INSUFICIENCIA: IM , a dif entre eles é que na disfunção eu vou ter uma 
alteração dos pulsos de GnRH então ela continua estimulando o ovário mas ela não tem aquele pulso 
certinho que gera dominância folicular ou ovulação. N insuficiência eu vou ter o hipo estrogenismo e FSH 
baixo e prolactina normal. Na disfunção hipotalâmica eu vou ter FSH normal e prolactina normal. 
 
Alice Barros – Ginecologia - Medicina 
 
 
 
TESTE DA PROGESTERONA 
↪ Indicado após ter sido descartado a gravidez 
↪ Dou progesterona por 10 dias e suspendo, espera-se que a paciente menstrue após essa progesterona. 
• TESTE POSTIVO: Se ela menstruar significa que ela tem estrógeno, mas não estava produzindo progesterona, não 
havia corpo lúteo, então ela não está OVULANDO, ela está em uma síndrome anovulatória. Trato, se ela quiser 
engravidar, com um indutor da ovulação (veremos em aula sobre fertilidade); se ela não quer engravidar, dou 
anticoncepcional + progesterona. 
↪ Se for positivo - significa que ela não está ovulando, mas TEM ESTRÓGENO. 
↪ Significa que a cavidade uterina está integra. O problema está acima do útero e da vagina. Vamos investigar 
ovário ou hipotálamo. 
↪ Pedimos FSH e LH. 
▪ TSH e prolactina já pedimos 
Alice Barros – Ginecologia - Medicina 
↪ FSH elevado - quem não está funcionando é o ovário - hipogonadismo hipergonadotrofico. Problema está na 
gônada. (Falência ovariana precoce, radioterapia, doença autoimune ou genética, etc) Tratamento: estrógeno e 
progesterona. 
▪ OBS.: Em quais circunstâncias faço exérese? Cariótipo XY ou mosaico. 
↪ FSH baixo - hipogonadismo hipogonadotrófico. O problema está na hipófise ou no hipotálamo. ▪ Peço 
ressonância para ver se tem um tumor de hipófise ou hipotálamo. Se não tiver nada, peço teste de GnRh, vai me 
dizer se o problema é na hipófise ou no hopotálamo 
• TESTE NEGATIVO - Ela não menstrua após os 10 dias de progesterona ela não tem estrógeno, endométrio não 
proliferativo. 
 ↪ Se for negativo, significa que ela não tem progesterona e NEM ESTRÓGENO, endométrio não proliferou. Nesse 
caso, então, vamos dar estrógeno + progesterona por uns 15 dias. Vamos ver se assim o endométrio vai proliferar. 
↪ Então agora eu faço mais um teste, eu dou estrógeno e progesterona e suspendo. 
↪ Se não menstruar mesmo assim, o problema é canalicular (problema com o endométrio), algo destruiu a 
camada basal do endométrio (o próprio profissional (quando foi fazer um aborto neça através da curetagem) ou 
uma infecção de endométrio, é preciso coletar uma boa história, antes que qualquer exame). 
▪ Não menstruou - problema está no endométrio - causa canalicular. Ocorreu alguma lesão: curetagem, infecção. 
Confirmar diagnóstico: ultrassom, histerografia, histeroscopia, vejo se tem sinequia (definição: aderência por meio 
de tecido fibroso patológico de dois tecidos ou partes de um órgão normalmente separadas), e penso na melhor 
conduta. 
▪ TEM SINEQUIA -> eu já corto, e para não colabar novamente, dou estrógeno. Outra coisa que posso fazer, É 
colocar o DIU, garanto que não vai colabar novamente. E NÃO pode ser de progesterona, pois vai atrofiar o 
endométrio. 
↪ Se ela menstruar, significa que todo o sistema canalicular está funcionando, e o problema dela é ou ovariano (o 
ovário não tem receptor para os hormônios) ou central (hipófise e hipotálamo), preciso de TSH e PROLACTINA, para 
investigar. 
 TSH alto - hipotireoidismo. (O TSH quando faz feed-back negativo para o hipotálamo; é uma causa 
importante de amenorreia). 
 TSH normal 
▪ fazer teste da progesterona, positivo – anovulação crônica. 
▪ Negativo – estrógeno + progesterona, positivo – FSH/LH, se der alto – causa ovariana; baixo –central. Negativo – 
causa canalicular. 
↪ Prolactina alta - A prolactina tem a capacidade de inibir a secreção do hormônio luteinizante (LH) e do 
folículoestimulante (FSH) pela hipófise, que são os hormônios que agem estimulando as gônadas (testículo e ovário). 
Com a diminuição do LH e do FSH, e consequente deficiência dos hormônios sexuais, pode ocorrer diminuição do 
desejo sexual (libido), impotência, infertilidade, menstruações irregulares (oligomenorreia) ou ausência de 
menstruação (amenorreia). 
↪ Então toda vez que quero simular o ciclo da mulher, dou estrógeno e depois de 14 dias associo progesterona por 
mais uns 7/10 dias, mantendo o estrógeno. Quando eu cessar o hormônio, ela vai menstruar - este é um ciclo 
artificial. 
↪ Se eu quiser fazer por mais dias, ou por menos dias, eu posso, o importante é que eu inicie a progesterona depois 
do estrógeno por pelo menos uns 6 dias. Se eu não der progesterona, ela vai sangrar também, mas porque uma 
hora o endométrio vai desabar, não é isso que queremos, queremos simular um ciclo. 
CAUSAS 
 CAUSA CANALICULAR (endométrio) (normogonadotrofico) 
⤷ 
⤷ Síndrome de Asherman (rara). Na SÍNDROME DE ASHERMANN – não há resposta ao ESTRÓGENO+ 
PROGESTERONA. 
⤷ Curetagem 
⤷ Uso de substâncias cáusticas 
⤷ Miomectomias 
Alice Barros – Ginecologia - Medicina 
⤷ Infecção pélvica (endometrite) 
⤷ Tuberculose ou esquistossomose 
⤷ Tratamento : Desbridamento por histeroscopia ou curetagem o Inserção de DIU o Estrógeno + 
Progesterona 
 CAUSA OVARIANA 
⤷ Falência ovariana precoce 
⤷ Distúrbio autoimune 
⤷ Radioterapia 
⤷ Quimioterapia 
⤷ Anormalidades cromossômicas numéricas e estruturais; 
 Causa HIPOFISARIA 
⤷ Hipogonadismo/Hipogonadotrófico 
⤷ Hiperprolactinemia 
⤷ Hipotireoidismo 
⤷ Sd. Sheehan ▪ Se caracteriza pelo hipopituitarismo pós-parto secundário à necrose hipofisária 
decorrente de hipotensão ou choque em virtude de hemorragia maciça durante ou logo após o 
parto, prevenção tratando hemorraria); adenomas hipofisários. 
⤷ Adenomas hipofisários. 
⤷ Sela Túrcica vazia 
⤷ Sd de Cushing 
 CAUSA HIPOTALAMICA 
⤷ Responde ao teste de GnRH. 
⤷ Anorexia Nervosa. 
⤷ Stress. 
⤷ Desnutrição. 
⤷ Exercício Físico. 
⤷ Pseudocies 
 ↪ Na amenorreia secundária é importante valorizar: 
 História menstrual 
 Uso anterior de drogas e/ou medicamentos (hormônios, psicotrópicos, anabolizantes) 
 Radioterapia, quimioterapia. 
 Exercício físico excessivo; 
 Situação emocional, conjugal, familiar social (separação, o abandono, desemprego, instabilidade 
financeira). 
 Sinais de hiperandrogenismo (pele oleosa, acne, hirsutismo). 
 Sinais de falência ovariana (fogachos, distúrbios menstruais, o dispareunia,e sintomas neuropsiquicos). 
 Fadiga, febre, queda de estado geral, calafrios noturnos, o associados a contato com portadores de 
doenças orgânicas o importantes como tuberculose. 
 Abortamento e manipulação intra-uterina. 
 Hemorragia intraparto, amamentação ou não. 
 Operações e procedimentos ginecológicos prévios. 
 Descarga papilar láctea 
 Estado nutricional e ponderal. 
 Avaliação do índice de massa corporal (IMC); 
 Hirsutismo, acne, estrias, acantose supra-renais); 
 Galactorréia (iatrogenia, hiperprolactinemia functional ou adenoma hipofisário). 
 Genitália externa e interna (anomalias, iatrogenias). 
 Trofismo da pele, da vulva e volume uterino e ovaria (níveis estrogênicos). 
 OBS: Um estado de Hipoestrogenismo está na sua cara, por isso voce nao precisa pedir dosagem de 
estrogenio. 
↪ Devem ser seletivamente indicados: 
Alice Barros – Ginecologia - Medicina 
 
 Glicemia (diabetes mellitus, SOP, hipertecose ovariana). 
 Ultrassonografia pélvica (útero e ovários). 
 Dosagem FSH/LH, Prolactina, TSH, T4, Livre 
 Radiografia da sela túrcica, ou ressonância magnética 
 Cariótipo. 
 Por ser a amenorreia um sintoma, o tratamento deve ser sempre voltado para a causa que lhe deu origem. 
 Tratamento clínico de doenças intercorrentes. 
 Aconselhamento psicológico. 
 Tratamento hormonal, incluído a indução da ovulação, no caso de uma anovulação crônica. 
 Tratamento cirúrgico, para correção dos defeitos anatômicos ou tumores. 
 Eventualmente, na falência ou na contra-indicação da terapia corretiva, deve-se indicar o tratamento de 
substituição, para evitar os riscos de prolongada carência estrogênica. 
 
GRAVAÇÃO DA AULA 
SAI – SINDROME DA INSENSIBILIDADE ANDROGENICA: Ela tem fenótipo feminino, não tem útero, ela não tem pelos e 
eu posso pedir dosagem detestosterona pra ver se ela tem quantidades femininas ou masculinas. Pode fazer 
gonadectomia depois que ela conseguir os caracteres sexuais secundários. Quando fizer dá só estrogênio, não 
precisa progesterona pq ela não tem útero. 
XX – SINDROME DE ROKISTANSKY: Agenesia mulleriana, eu posso dar pra essa paciente uma neovagina pra ela ter 
relação sexual mas como ela não tem uteor ela não tem filho. 
DE TODA FORMA FAZ REPOSIÇÃO DE ESTROGENIO. 
AMENORREIA SECUNDÁRIA 
A primeira coisa que você faz é pensar em gravidez, então você pede o Beta-HCG. O beta pode dar positivo e ela 
estar gravida, ai você faz teste rápido de sífilis, HIV, hepatite B, C, etc, manda ela propre natal. 
Se o beta der negativo deve-se investigar. a causa dessa amenorreia pode ser hipotalâmica, hipofisaria, gonadal, 
canalicular (canal de muller) ou ovariana. 
 CAUSA CANALICULAR: quando a paciente tem cinequias causando infecções de endométrio. As vezes a 
infecção consome a camada funcional do útero e ela cola nele, se ela cola a mulher não menstroa e 
aquilo funciona como corpo estranho. A curetagem pode causar isso também. 
 Síndrome de Sheehan, que e a sinequia uterina após a curetagem. Nesse caso a paciente não responde a 
tratamento medicamentoso, tem-se que desfazer as sinéquias. : a mulher conta que menstruava e fez uma 
curetagem e depois disso não mentroou mais. Pergunta se ela tomou a ingessao no hospital, pois essa 
injeção vai causar amenorreia trimestral devido o anticoncepcional. 
Alice Barros – Ginecologia - Medicina 
 OVÁRIO: SOP. Tem o FSH alto, se a amenorreia for ovariana seja primaria ou secundaria você deve dosar 
FSH. Se FSH normal a causa não é ovariana, se tiver alto vai ser. Falencia ovariana precoce pode gerar 
amenorreia 
 HIPOFISÁRIA: hiperprolactinemia, hipertireoidismo, síndrome de chirra – sangramentos abundantes no pós 
parto 
 ADENOMAS HIPOFISARIOS: Qualquer coisa da hipófise vai atrapalhar a produção de gonadotrofinas 
 CAUSAS HIPOTALAMICAS: anorexia, stress, exercício físico, pseudocinese aquela mulher que se imagina 
gravida 
 Vai cair esteroidogenese 
NA AMENORREIA SECUNDARIA indagar sobre historia sexual, atividade sexual, ciclos, uso de drogas, medicamentos 
anticoncepcionais (trimestrais causam amenorreia), psicotroficos – depletores de dopamina, estabilidade 
financeira. 
EXAME FISICO: peso, altura, envergadura, exame ginecológico,etc... abortos, manipulação intrauterina, saber se tá 
amamentando, sinais de hiperandrogenismo, sinais de falência ovariana 
OBESIDADE: 30% das mulheres brasileiras tem sobrepeso ou obesidade. Pela conversão periférica vai aumentar o 
nível estrogênico que vai aumentar o feedback negativo e gera amenorreia. Tratamento com perda de peso, etc. 
Falência ovariana tem que dar estrogênio porque elas não podem ficar sem estrogênio.

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