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Negócios Digitais e a Economia da Informação

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A tecnologia transforma a vida das pessoas em diversos aspectos, seja na forma de
interação social e de comunicar-se ou no modo de se fazer negócio e ganhar dinheiro. Cada
vez mais as empresas passam a investir em tecnologia e em negócios digitais, buscando
maior alcance e sucesso. Isso porque processos e tarefas que antes demoravam foram
automatizados.
Com a chegada da digitalização nas empresas, ocorreram mudanças significativas em todas
as áreas empresariais. Inclusive, surgiram novos modelos de negócio, enquanto outros
perderam a força, e acabaram por desaparecer.
Para entendermos a lógica dessas mudanças no mercado, é importante estudar as bases da
nova Economia da Informação, organizada em redes, e sua diferença da Economia Industrial
clássica.
Com o desenvolvimento da internet e da era digital, a forma de comunicação entre as
pessoas vem se transformando continuamente, assim como a forma como os produtos e
serviços são vendidos e, efetivamente, a própria lógica de negócios. Falamos com
frequência em negócios digitais, como se fossem absolutamente distintos dos negócios
tradicionais, "pré-digitais", ou seja, os que existiam antes do desenvolvimento e da
popularização da Internet. Isso é sempre verdade? Como se comportam os modelos de
negócio, nessas duas fases, com suas semelhanças e diferenças?
Passaremos a entender como as alterações que ocorreram no fluxo de informação e
automação dos processos, a ubiquidade e o trabalho com dados em tempo real podem
influenciar os negócios. Analisaremos também como alguns setores perderam força ou
simplesmente desapareceram, enquanto outros surgiram quase que repentinamente.
Entretanto, algumas bases econômicas, gerenciais e sociológicas dos negócios mantiveram
noção de continuidade.
A Blockbuster, renomada locadora de filmes no passado, é um dos exemplos de empresa
que faliu com a chegada de processos tecnológicos: O empreendimento era grande e com
muitos clientes, mas, com a chegada de serviços de Streaming, como Netflix, perdeu
espaço e se extinguiu em poucos anos. Já uma marca que perdeu a força e hoje vale bem
menos do que valia há 20 anos é a Xerox, que embora tenha tido muitas inovações, não teve
uma gestão suficientemente boa para sustentá-la. Assim, nesta aula, iremos compreender
como e por que as marcas precisam se adaptar e inovar conforme as mudanças no
mercado e teremos um panorama amplo da formação da economia digital.
Negócios Digitais
Aula 1: Introdução aos negócios digitais
Introdução
Objetivos
Apresentar um panorama da formação da Economia Digital.
Compreender as alterações de produção e consumo de conteúdo.
A era digital foi consolidada no final do século XX, como consequência da terceira
Revolução Industrial. Diversos impactos ocorreram com a transformação digital: mudança
no jeito de ser, pensar, comunicar e trabalhar do ser humano, e uma dessas mudanças foi a
otimização dos fluxos informacionais.
Da era industrial para a era digital: No século 18, na Inglaterra, a primeira Revolução
Industrial trouxe mudanças significativas pra a sociedade e para a economia. A forma de
produção mudou, a máquina a vapor foi inventada, o que fez com que a produção têxtil
fosse altamente beneficiada, tornando o processo mais ágil, aumentando a quantidade de
mercadorias, fábricas e profissões. Esses benefícios, até meados do século 20, eram
restritos a países desenvolvidos, chegando ao Brasil, por exemplo, por meio de empresas
estrangeiras e importações.
Posteriormente, entre o século 19 e 20, ocorreu a segunda Revolução Industrial, com
maiores invenções produzidas e comercializadas, dentre elas o carro, o telefone e a
televisão.
A terceira Revolução Industrial foi quando houve uma integração cada vez maior entre
ciência, tecnologia e produção. O descobrimento da robótica, chegada do advento do
computador e da internet são alguns de seus principais marcos. Assim começa a era digital,
mas não se limita a ela – representa uma verdadeira revolução no que diz respeito à forma
como o mundo se comunica. Visto que com a internet tudo é instantâneo e há um
“encurtamento das distâncias”, os consumidores também acompanham essas mudanças no
próprio estilo de vida. Com isso, passam a exigir empresas que trabalhem com agilidade e
qualidade, sendo cada vez mais importante saber usufruir da Era Digital para alavancar seu
negócio, como algumas empresas já fizeram. É o caso de empresas como Airbnb, Nubank,
entre outras.
O fluxo digital exerce hoje um impacto mais amplo no crescimento do PIB do que séculos
de comércios de bens, segundo o relatório do McKinsey Global Institute (MGI). O mundo
está mais conectado do que nunca. Além de transmitir fluxos de informação e ideias, os
fluxos de dados permitem movimentar finanças, bens, serviços e pessoas. Enquanto
antigamente o comércio era confinado a economias avançadas e multinacionais, hoje existe
a participação ativa de economias em desenvolvimento, pequenas empresas e startups.
Inclusive, dezenas de milhões delas se tornaram exportadoras que fazem parceria com sites
de e-commerce, por exemplo, Amazon e eBay.
Então, como podemos perceber, diversas transformações ocorreram na sociedade como
um todo com a Era Digital, inclusive na forma de se fazer e de se administrar um negócio,
seja ele digital, ou não.
Portanto, analisaremos juntos algumas das áreas do mercado em que ocorreram mudanças
profundas e buscaremos entender o porquê.
A Era Digital e as alterações no fluxo da informação
Automação, ubiquidade e simultaneidade
Com a mídia digital, as informações que eram passadas de cima para baixo, ou seja,
pressupondo relação de poder e soberania, passam a ser justas e a proporcionar o mesmo
poder a todos os usuários. No entanto, essa cultura pode ser usada para o bem ou para o
mal, e ela é usada para o mal quando mecanismos de moderação ocultam conteúdos
impopulares ou impedem expressão do ponto de vista de minorias.
O Trip Advisor, site de viagens com informações e opiniões de conteúdos relacionados ao
turismo, inclui fóruns interativos de viagens. Ele foi um dos primeiros sites (fundado em
2000) a adotar um conteúdo gerado pelo usuário, se encaixando na cultura participativa, já
que, ao realizar uma viagem ou ir a um determinado local, é possível dar sua opinião, nota e
recomendar ou não para outras pessoas. O site recebe em média 456 milhões de visitantes
mensais.
A estratégia de ter a opinião de outras pessoas que estiveram no hotel, restaurante ou
ponto turístico tende a ser muito boa, pois, normalmente, as pessoas acreditam mais umas
nas outras do que na empresa fornecedora do serviço (LIRA, 2018).
Vamos entender o lado lucrativo da internet? Antigamente, era necessário já ter um bom
capital inicial para se iniciar um negócio. Hoje, tratando de um negócio digital, o capital
inicial exigido é bem inferior quando comparado a um negócio tradicional. Por outro lado, é
um campo novo de atividade e demanda outras habilidades e conhecimentos.
Um dos primeiros autores que reconheceu a principal característica da nova economia foi
Machlup (1962) – ele utilizou o termo “indústria baseada no conhecimento” para descrever o
novo modelo. Em 1959, descobriu que os cargos ligados a produzir conhecimento haviam
ultrapassado todos os outros em termos numéricos. Posteriormente, em 1977, Marc Uri
Porat escreveu uma obra que dissertava esse setor emergente como uma “economia da
informação”.
Essa economia cresceu de forma absurda quando a tecnologia possibilitou produção sem
limites de cópias de textos, imagens, áudios, vídeo e outros materiais informativos. Em 2004,
já se verificava que a parcela do setor de informação dos EUA no PIB cresceu por volta de
46% em 1967 para 56% em 1992, chegando a 63% em 1997.
Para Porat, a economia se torna uma economia da informação quando a informação
relacionada ao trabalho ultrapassa o trabalho relacionado a outros setores. A economia da
informação tem fronteiras não estabelecidas e existe um debate a respeito de quais
atividades ou bens devem ser considerados parte dela.
Vejaalgumas definições para economia da informação de acordo com Verzola (2005):
1. Uma economia da informação é aquela em que o setor de informações se tornou
predominante com relação aos setores agrícola e industrial.
2. O setor de informações é a parte da economia que lida com a criação, manipulação,
processamento, transmissão, distribuição e uso de informações, quando a informação é
definida como a redução da incerteza e a incerteza como a medida do número de
possibilidades. A menor unidade de informação é o bit, que resolve a incerteza entre
dois resultados igualmente possíveis. A informação é uma entidade não material e não
energética, possuindo forma física apenas quando armazenada em meio físico (como
em um disco rígido) ou comunicada de forma física (como em um sinal de rádio).
3. A informação, por definição, inclui software, bancos de dados, música, vídeo, conteúdo
de livros, projetos, dados genéticos, memória humana e orgânica, bem como outras
entidades que podem ser representadas, armazenadas e comunicadas como bits. Isso
pode ser chamado de bens informativos, que, por vezes, são colocados na categoria de
conteúdo informativo. Os bens informativos incluem bens que não são puramente
informativos, mas cuja quantidade de informação contida contribui para a maior parte
do preço do bem. Também incluem números de protocolos de Internet (IP), nome de
domínio, formatos, padrões e itens similares utilizados apenas em equipamentos e
recursos de informação.
Economia da Informação
Definições da Economia da Informação
4. A economia da informação também engloba equipamentos e instalações físicas
utilizadas para a geração e processamento de informações, embora esses
equipamentos possam ter sido produzidos fora de tal economia. Os equipamentos
físicos incluem computadores, equipamentos de comunicação, de comutação, de
redes, de áudio e vídeo, impressoras, estúdios e estações de rádio e TV, bibliotecas,
máquinas de sequenciamento de DNA e similares. Esses podem ser chamados de
equipamentos e instalações de informações.
5. A economia da informação inclui ainda as pessoas envolvidas na geração e na
distribuição das informações.
6. A informação é uma entidade não-material e não-energética, e matéria e energia são
necessárias apenas quando a informação precisa ser armazenada ou comunicada. À
medida que a tecnologia da informação continua a avançar, as formas de armazenar as
informações de comunicação que utilizem menos matéria e menos energia continuam
a ser desenvolvidas. Sendo assim, o custo de reprodução da informação (por exemplo,
duplicar, fazer cópias, entre outros) está próximo de zero.
7. O parágrafo anterior define exclusivamente a economia da informação. Um bem que
pode levar uma quantidade significativa de matéria ou energia em sua criação, mas que
custa praticamente nada para ser reproduzido, conduz a uma economia que é bem
diferente da economia de bens físicos (por exemplo, os bens que contêm em cada
unidade uma quantidade fixa de matéria e energia consumidas, que inevitavelmente se
refletirão em seu custo). Os bens informativos podem ser reproduzidos praticamente a
custo zero (por exemplo, com um custo de produção marginal perto de zero), o que
significa que, uma vez criado, sua escassez pode ser interrompida praticamente sem
custo algum. Assim, o estudo da economia de informação deve envolver não apenas
um estudo convencional da economia da escassez, mas também da economia da
abundância.
8. Os bens informativos podem ser obtidos por meio dos chamados direitos de
propriedade intelectual, que incluem mecanismos estatutários monopolistas, como
patentes e direitos autorais. Os direitos de propriedade intelectual criam uma escassez
artificial, negando a abundância potencial de um bem informativo já criado e permitindo
a seus detentores a manutenção artificial do preço de um bem informativo de forma
arbitrária. Uma economia da informação que conta com tais mecanismos monopolistas,
como o direito de propriedade intelectual, para recompensar a atividade intelectual
pode ser chamada de economia da informação monopolista. No futuro, poderemos ver
também a emergência das economias da informação não monopolistas, em que a
atividade intelectual será recompensada apenas por meios não monopolistas,
permitindo ao público o total desfrute da abundância dos bens informativos que foram
criados. Os equipamentos e instalações para as informações são obtidos da mesma
forma tradicional que os equipamentos industriais, mesmo quando os aspectos
individuais de tais recursos possam conter também materiais patenteados e com
direitos autorais.
Os pagamentos pelo uso de bens informativos e equipamentos não envolvem transferência
de propriedade, mas permissão temporária para o uso do bem – são como aluguéis.
Figura 1.1 – Mídia digital
Fonte: Pixabay (2021).
Notas
http://pos.estacio.webaula.com.br/cursos/ATU219/aula1/img/01.z.jpg
A Cultura da Convergência é uma nova forma de comunicação que une as velhas mídias
com as novas. Ela se manifesta de algumas maneiras. São elas:
MEIO DE COMUNICAÇÃO – Os fluxos de conteúdo ocorrem por meio de diferentes
plataformas.
PARTICIPATIVA – Existe interação. Você não apenas lê a informação, pode também opinar e
interagir.
INTELIGÊNCIA COLETIVA – O saber de diversas pessoas unido em um só lugar, gerando
significado.
Para que possamos saber o panorama geral para investir em negócios digitais no Brasil e no
mundo, é importante que entendamos um pouco da relação do brasileiro com a tecnologia
e com as redes sociais.
De acordo com o relatório feito pela Data Reportal, em 2018, com dados da agência We Are
Social e da plataforma Hootsuite, os brasileiros passam mais de 9 horas por dia na internet
e, além disso, as redes sociais estão dominando o país, tendo como tempo médio diário nas
plataformas mais de 3 horas e meia por usuário. No total, são 149.1 milhões de brasileiros
(70% da população nacional aproximadamente) que utilizam a internet. Desses brasileiros,
aproximadamente 140 milhões tem login nas redes sociais, o que seria 66% da população
nacional.
No Brasil, vídeos do Facebook recebem engajamento de 6,74% dos usuários, o que condiz
com a média global de 6,03%. Em segundo lugar vem a publicação de fotos e o
compartilhamento de links, o que mostra que o conteúdo audiovisual gera mais
engajamento no Facebook entre os usuários brasileiros.
Tendo esses dados em mente, fica evidente a vantagem competitiva de qualquer empresa
investir em conteúdo digital e se fazer presente na internet, afinal, se quase toda a
população utiliza horas do seu dia para estar na Internet e nas redes sociais, por que não
inserir sua marca nesse meio?
Observemos o caso da Domino’s, que soube identificar perfeitamente a necessidade de se
investir em tecnologia e na internet, e, hoje, o CEO identifica a marca como “Uma empresa
de tecnologia que vende Pizza”. Isso porque 60% das vendas da marca acontecem no meio
digital, seja no site ou pelo aplicativo. E, provavelmente, a empresa teria dificuldade de
captar ou mesmo não teria esses clientes antes do investimento na internet, já que seus
ganhos aumentam cada vez mais.
Foi em 2010 que o CEO da empresa viu a necessidade de refazer sua estratégia, já que não
estava com resultados positivos no que diz respeito às vendas. Assim, a empresa começou,
em 2012, a testar diferentes maneiras de compra online, como o Pizza Hero, que foi um
aplicativo que fez bastante sucesso na época.
Delivery com drones, robôs, carros com capacidade de carregar e cozinhar 80 pizzas de
uma só vez são testes que a marca vem fazendo, visando diminuir os custos, aumentar o
lucro e investir em tecnologia.
Como já vimos anteriormente, com a chegada da internet, diversas marcas tiveram que se
adaptar, mudar suas estratégias, sendo que algumas tiveram uma visão futura boa e se
Mercado brasileiro
Reconfiguração dos setores
saíram muito bem, enquanto outras perderam a força no mercado. Para ampliar o
entendimento sobre a alteração nos setores e o reflexo nos negócios das empresas,além
de citar a Domino’s e a Uber, vamos detalhar dois casos: o da Xerox e o da Amazon.
Xerox: temos uma empresa antiga e revolucionária. A primeira parte da história começa em
1906. A empresa era média e sobreviveu por muito pouco pela grande depressão. A
primeira Xerox Copier foi lançada em 1949 e ainda era um aparelho lento, mas com muito
potencial. O sucesso mesmo foi a Xerox 914 em 1959 – a primeira fotocopiadora
automatizada, mas de difícil manutenção, revolucionou a cópia de livros e documentos.
A Xerox abriu um centro de pesquisa e expandiu sua linha de produtos para muito além das
fotocopiadoras. Isso foi realizado a ponto de Steve Jobs dizer em uma entrevista que a
Xerox não tinha ideia do poder que tinha nas mãos. Do parque da Xerox saíram dois
computadores. Um deles virou fenômeno no vale do silício, mas não chegou a ser vendido.
Com isso tudo, então, por que ela não investiu em PCs? O sucesso comercial inicial não foi
animador, então eles resolveram optar pela segurança e não investir nessa indústria.
Nos anos 1970, ninguém tinha melhores programadores do que a Xerox. Seriam eles que
nos próximos anos mudariam o mundo ou, pelo menos, criariam as ferramentas que iriam
permitir que alguém com mais visão de negócio mudasse o mundo. Nessa década, ela
lançou a Xerox 6500, que foi a primeira fotocopiadora com cores da empresa e, anos
depois, a impressora a laser também foi inventada pela marca e colocada no mercado.
Nesse ínterim, ela foi processada por um órgão regulador e precisou licenciar suas patentes
para competidoras, o que a fez perder uma fatia grande do mercado para concorrentes que
antes nem ameaçavam tanto.
Nos anos 1980, foi necessário que a Xerox se reinventasse: começou a prezar mais
qualidade e menos quantidade.
Nos anos 1990, modificou sua logomarca para mostrar que era uma empresa moderna e fez
isso outras vezes, posteriormente. Eles subestimaram o mercado da impressora de tinta,
perdendo muita competição por causa disso. Em contrapartida, inventaram a impressão sob
demanda.
Atualmente, a Xerox continua no ramo das copiadoras, impressoras e scanners, tanto para o
consumidor final como comercial. Contudo, tem uma abrangência mais discreta, pois eles,
em algum momento, “pararam no tempo”, não se arriscaram em diferentes tecnologias e
acabaram não acompanhando o topo da mudança.
A Xerox tinha um produto fantástico e inovador, no entanto, não teve a visão para
transformá-lo em algo maior. O resultado disso? Se você já ouviu falar em Macintosh,
lançado em 1984, sabe o que aconteceu. Ele foi o primeiro computador de massa criado e
com enorme sucesso de vendas.
O exemplo da marca Xerox foi de um caso em que a empresa não teve a visão estratégica e
gestão exemplar para sobreviver com força de mercado, embora tivessem um excelente
produto.
Agora, em contrapartida, vamos analisar o caso da Amazon, que uniu uma boa ideia, equipe
de excelência, gestão boa, visão estratégica e bom marketing e conseguiu obter muito
sucesso no mundo digital.
Amazon: caso de sucesso que revolucionou vendas online e de e-books.
Jeff Bezos observou o mercado ainda novo da internet e resolveu abrir sua própria empresa.
A inspiração para o nome da marca é o Rio Amazonas. Eles começaram a vender livros
porque tem obra pra todos os gostos, muita coisa disponível e por um bom preço.
A Amazon tinha várias parcerias com atacadistas e distribuidores e a empresa demorou um
ano entre ter a ideia, desenvolvê-la e colocá-la no ar.
Em 1997, a Amazon começou a fazer oferta pública de ações já apresentando resultados
numéricos interessantes. Com o estouro da bolha na internet em 2000, muitas marcas
deixaram de existir e, apesar de ter sobrevivido ao evento, as ações da Amazon caíram.
A Amazon utilizou a interface da loja original dela e criou um segmento completamente
novo de mercado e permanece forte com ele até hoje.
Para exemplificar, o Kindle começou a ser planejado em 2004 mas só foi lançado em 2007.
O lançamento mais recente é o Kindle Oasis. Já em relação ao Amazon vídeos, existe uma
concorrência cada vez mais acirrada com a Netflix.
Em março de 2016, a marca trouxe um novo lançamento, quando o AWS (Amazon Web
Service) começou a funcionar. Eles têm ainda alguns projetos em andamento, como o uso
de drones para entrega (PRIME AIR) e de mercearia sem atendente humano (AMAZON GO).
Um dos mais novos produtos é o ECHO: autofalante que controla dispositivos da sua casa e
um assistente pessoal usando a Alexa.
Em sua jornada, embora a Amazon tenha criado um conceito completamente novo para
venda de livros e outras coisas incríveis, é possível perceber, por exemplo, que muitas
partes do conceito de marketing se mantêm, entretanto, atualmente, está sendo aplicado
no meio digital e com uso de tecnologia.
“Toda oferta de marketing traz em sua essência uma ideia básica. [...] Produtos e serviços são
plataformas para a entrega de algum conceito ou benefício. As empresas empenham-se
arduamente na busca da necessidade essencial que tentarão satisfazer.” (KOTLER, 2000, p.
27).
Assim, o Kindle, por exemplo, aproveitou a necessidade das pessoas para com a leitura e
trouxe uma maneira mais simples, barata e sustentável de proporcionar a experiência de ler
para seus clientes – sem uso de papel e tudo em uma só plataforma trazendo facilidade a
bons preços. Isso atraiu uma quantidade enorme de amantes de livros, satisfazendo a
necessidade da leitura de um público consumidor.
Mostrando outro exemplo da importância de se enxergar a necessidade do cliente e
aproveitar oportunidades, podemos citar a UBER, empresa de transporte com uma das
maiores frotas do mundo, que não possui nenhum carro próprio da empresa, portanto,
podem fazer esse serviço por um preço melhor e mais justo para os clientes.
“Todas as empresas lutam para estabelecer uma marca sólida, ou seja, uma imagem de
marca forte e favorável.” (KOTLER, 2000, p. 33).
A Amazon sempre buscou utilizar a sua interface original, não só porque as pessoas já
sabiam como mexer nela, mas também para estabelecer o posicionamento da marca na
mente dos usuários, isto é, estabelecer como a empresa quer que o cliente enxergue a
marca.
Todos que se propuserem a iniciar um novo empreendimento ou fundar uma marca, devem
se fazer o seguinte questionamento: como quero que minha marca seja reconhecida? O
posicionamento da marca é justamente sobre o “espacinho” na mente do seu cliente que
você quer ocupar.
Figura 1.2 – Uso de tecnologia
Fonte: Pixabay (2021).
Visite o Portal da Educação para entender um pouco melhor o Caso Blockbuster:
Clique aqui
[https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/administracao-
estrategica-caso-blockbuster/43187]
Baseado em Kotler e Keller (2012), o posicionamento da marca é a diretriz que a empresa
deve seguir para que ela seja vista pelo público-alvo de maneira diferenciada. O
posicionamento da marca é a ação para desenvolver a oferta e a imagem da empresa para
que ela seja percebida pelo seu público-alvo como uma marca diferenciada. Tendo a marca
um bom posicionamento, é mais fácil desenvolver estratégias de marketing, já que a marca
decide seus objetivos para que o consumidor assimile a marca da forma que a empresa
deseja, de maneira diferenciada em relação aos concorrentes.
De acordo com Kotler e Keller (2012), para ter um posicionamento eficiente é preciso:
Definir uma estrutura identificando o mercado-alvo e os concorrentes para ter uma
referência onde será inserida.
Identificar como a marca será assimilada, definindo uma imagem à qual será
associada.
Criar um slogan para que, de forma resumida, seja fácil definir sua essência.
Assim, essas seriam as primeiras etapas para ter um sólido posicionamento da marca.  
Aprenda mais
Posicionamento da marca
Atenção!
http://pos.estacio.webaula.com.br/cursos/ATU219/aula1/img/02.z.jpg
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/administracao-estrategica-caso-blockbuster/43187
A produção e consumo de conteúdo na era da informação estão fortemente ligadosà
disponibilização de produtos e serviços em negócios digitais. Eles tendem a ocupar
espaços de cunho tecnológico com tecnologias de ponta, inclusive ligadas à transformação
digital, e seu sucesso depende da adaptação da empresa à reconfiguração dos setores e da
visão do cliente em relação à marca também.
Como visto na nossa aula, o mundo tecnológico atual faz com que as distâncias sejam
encurtadas, as fronteiras sejam indefinidas, onde o modo de agir, viver e fazer negócio
mudou. Conforme analisamos, as empresas precisam estar atentas a essas mudanças do
mercado e aos avanços tecnológicos para não serem “engolidas” por eles, como foi o caso
da dificuldade apresentada no Case da Xerox.
Além disso, vimos alguns conceitos como reconfiguração dos setores, cultura de
convergência, posicionamento da marca e economia da informação, percebendo a
importância do posicionamento da empresa junto ao mercado.
Portanto, podemos dar prosseguimento à nossa próxima aula e entrarmos mais a fundo no
mundo dos negócios digitais, trazendo alguns conceitos importantes, como cauda longa,
oferta e demanda, tipos de negócios e excesso de informação versus escassez de tempo, a
fim de entendermos de forma cada vez mais aprofundada sobre como empreender em
negócios digitais.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Exercícios de fixação
Questão 1: Determinadas empresas perderam a força que tinham no mercado ao longo dos
anos, o que pode ser observado, por exemplo, no caso da Xerox. Em relação a isso,
podemos considerar que:
a) Para sobreviver ao mercado, as marcas precisam ter boas ideias e que sejam
inovadoras. Esse foi o erro da Xerox, que manteve o mesmo produto sem inovar.
b) A Xerox pecou pois não teve a visão de mercado necessária e estratégias para
sobreviver à nova era tecnológica, embora tivesse ideias inovadoras.
c) A Xerox é uma empresa que não existe mais, pois não soube ter ideias tecnológicas
para um mercado já digital.
d) A Xerox não deu certo apesar de ter selecionado os negócios com visão de futuro.
e) A Xerox teve visão de mercado necessária e estratégias para sobreviver à nova era
tecnológica, mas não teve ideias inovadoras.
Questão 2: Como aprendemos, é necessário que as marcas tenham um posicionamento
claro para que seja mais fácil desenvolver estratégias de marketing. Sobre o conceito de
posicionamento da marca, podemos afirmar que:
a) Posicionamento da marca é como os clientes enxergam uma determinada marca, é a
forma como a marca está sendo vista pela maioria dos usuários.
b) Para que o posicionamento da marca seja bem definido, só é necessário que se crie
um slogan, ou seja, uma frase que a represente bem.
c) Posicionamento da marca é a forma com que a marca quer ser vista pelos seus
clientes, para ser vista pelo seu público-alvo de uma maneira diferenciada.
d) A Amazon tem o posicionamento da sua marca bem definido, e a razão disso é
apenas o fato de ter criado uma logo clara e com um significado.
e) O posicionamento da marca foi utilizado sem sucesso na era industrial.
Posicionamento da marca é ter uma boa estratégia de marketing e tornar sua marca
conhecida e bem avaliada pelos clientes.
Questão 3: No que diz respeito à relação dos brasileiros com a tecnologia e redes sociais, é
incorreto afirmar que:
a) É possível que, no futuro, as tecnologias sejam desenvolvidas cada vez mais, por
exemplo, com a utilização de robôs, diminuindo custos e aumentando lucros.
b) Os vídeos engajam melhor do que imagens e textos, o que mostra que, na maioria
dos casos, é mais eficiente produzir um conteúdo audiovisual para gerar engajamento
na sua marca.
c) É extremamente necessário nos dias de hoje que uma marca se faça presente nas
redes sociais, já que a maioria dos brasileiros as utilizam por muitas horas em um dia.
d) A tendência é que os negócios digitais obtenham cada vez mais investimentos pelas
marcas, inclusive de pequenas e médias empresas.
e) Como os brasileiros passam mais de 3 e meia horas por dia na internet, não há mais
necessidade de investir em outra coisa senão estratégias digitais.
Questão 4: A respeito da economia da informação, marque a alternativa que contém
somente afirmações corretas.
I. Para afirmarmos que estamos vivendo uma economia da informação, é necessário que
o setor de informação seja predominante em relação ao agrícola e industrial.
II. A economia da informação cresceu absurdamente quando foi criado o conceito de
cultura da convergência, que está presente no século XXI.
III. A economia da informação inclui também pessoas envolvidas na geração e distribuição
de informações.
IV. Os pagamentos pelo uso de bem e informativos são como uma transferência de
propriedades, eles passam a não ser mais seus.
a) Todas as alternativas estão corretas.
b) Apenas I e II.
c) Apenas II e III.
d) Apenas I e III.
e) Apenas III e IV.
Questão 5: A tecnologia trouxe automação dos processos, de forma que hoje eles hoje são
feitos de forma mais rápida, barata e simultânea, além de ter mudado a forma de agir,
pensar e fazer negócio do ser humano. A respeito da influência da tecnologia no modo de
vida atual, é incorreto afirmar que:
a) As antigas mídias deram lugar às novas, de forma que as velhas não existem mais e
Nesta aula:
Vimos um panorama da formação da Economia Digital.
Compreendemos as alterações de produção e consumo de conteúdo como ponto
de partida para os Negócios Digitais.
Na próxima aula:
O conceito de custo da informação.
Os conceitos de espaço de prateleira, escassez e cauda longa.
AMBROSI, A.; PIMENTA, D.; PEUGEOT, V. Desafios de palavras: enfoques multiculturais
sobre as sociedades da informação. Editora C & F Editions, 2005
GALLAGHER, L., 2018. A história do Airbnb. Como três rapazes comuns agitaram uma
indústria, ganharam bilhões e criaram muita controvérsia. São Paulo: Buzz, 2018.
JENKINS, H. Cultura da convergência. 2. ed. São Paulo: Aleph, 2009.
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passamos ter uma vida totalmente baseada na tecnologia e no meio digital.
b) A cultura da convergência une as velhas mídias e as novas e é um conceito que
define o modo como vivemos atualmente, com ambas interligadas.
c) A cultura participativa que vivemos hoje permite que possamos produzir conteúdo,
interagir de fato com as marcas e com os outros, não sendo apenas passivos.
d) A cultura da convergência pode ser usada tanto para o bem como para o mal, à
medida que pode se ocultar conteúdos impopulares e de que, com a liberdade de
postagem, o ser humano pode acabar usando isso de uma má forma, postando
conteúdo ruim e produzindo fake news.
e) O modelo da cultura participativa, no caso do Trip Advisor, por exemplo, é excelente,
pois as pessoas normalmente acreditam mais em opiniões de outros que utilizaram o
serviço do que na palavra da marca propriamente dita.
Síntese
Próxima aula
Referências
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