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Diérese, Exérese, hemostasia e síntese

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Diérese, exéreses, hemostasia, síntese 
A cirurgia tem um padrão a ser seguido: 
Inicia-se com a anestesia, em seguida vem a diérese, 
depois a exéreses, a hemostasia e, por fim a síntese do 
tecido. 
Diérese: 
É o tempo operatório com finalidade de penetração e 
separação dos tecidos afim de atingir a área anatômica 
de interesse cirúrgico. 
A diérese é dividia em 2: 
• Incisão: é a parte do procedimento que faz a 
comunicação do meio interno com o meio 
externo, através do bisturi 
• Divulsão: é a parte do procedimento em que se 
faz a separação dos tecidos de forma delicada 
utilizando instrumentos de ponta romba. 
A diérese ela pode ser feita em tecidos moles e tecidos 
duros: 
Quando realizada em tecidos moles, ela deve seguir 3 
etapas: 
• A incisão: com o auxilio do bisturi 
• O corte/secção: com auxilio de tesouras 
• E a divulsão: realizada com tesouras (sem corte), 
pinças hemostáticas e espátulas 
Quando a diérese é em tecidos duros, ela conta com o 
auxílio de cinzéis, alveolomoto e brocas. Ela pode ser feita 
de 3 maneiras: 
• Osteotomia: é um desgaste com o objetivo de 
oferecer acesso a região desejada 
• Ostectomia: retirada de uma parte do osso, janela 
óssea 
• Odontosecção: aqui, a manobra e o instrumento 
utilizado, irá depender da raiz do dente. Se a raiz 
é divergente, anquilosada ou hipercementosa. 
A incisão na diérese é dividida em 3 quando se trata da 
finalidade: 
Incisional: é a criação do acesso cirúrgico 
Excisional: é a retirada de uma lesão 
Plástica: melhorar uma área. 
Para que a incisão seja bem feita é necessária que 
atenda alguns pré-requisitos: 
• Irrigação sanguínea 
• Linha única 
• Adequada visão do campo operatório 
• Apoio do traçado em tecido ósseo sadio 
• Linhas de tensão da pele 
• Versatilidade na amplitude 
• Incisões paralelas 
• Respeitar os planos 
Tipos de incisão: 
Newman: papilas, trapezoidal e um alivio 
Novak-Peter: papilas, trapezoidal e dois alívios 
Partsch: semi lunar e não atinge as papilas 
Exérese 
É a manobra que extirpa um bloco ou fragmento de um 
tecido, ou órgão, com objetivo terapêutico ou para 
biopsia. 
A exérese pode ser dividida em: 
Incisional: retira-se apenas uma parte da lesão 
Excisional: ocorre a remoção total da lesão 
Avulsão: é a retirada total ou parcial de um órgão ou 
tecido através de forças mecânicas. 
Hemostasia: 
É um conjunto de manobras que tem como objetivo 
evitar a perda excessiva de sangue decorrentes de um 
trauma operatório e/ou acidentes. 
A toalete do alvéolo, tem como objetivo limpar o alvéolo 
antes da síntese, essa limpeza é feita através da aplicação 
de soro fisiológico e manobras de baixo para cima com a 
cureta de Lucas a fim de retirar todos os restos 
necróticos, pedaços de osso ou dente. Esse 
procedimento deve ser feito até que o sangue esteja 
limpo. 
O objetivo da manobra de Chompret é manter o sangue 
dentro do álveo, portanto com uma manobra incorreta 
pode levar a 2 problemas: 
• Alveolite úmida 
• Alveolite seca: ocorre quando o sangue sai do 
alvéolo e resseca o osso 
A hemorragia é classificada de acordo com a natureza do 
vaso: 
• Arterial: é pulsátil e possui um sangue vermelho 
vivo 
• Venosa: fluxo pequeno e continuo 
• Capilar: “nape” (lençol) – micropontos (paredes 
do alvéolo) 
o Muito difícil de acontecer, porém não é 
uma ocorrência normal. Enquanto houver 
a presença dos micropontos não se 
pode suturar, é um sangue mais escuro 
que o sangue venoso. 
o Caso o sangue não saia poderá ocorrer 
a formação de edema/hematoma. 
A hemorragia pode ser classificada também de acordo 
quanto ao momento: 
• Imediata: durante o trans ou pós operatório 
• Mediata: algum tempo ao após ato cirúrgico 
• Tardia: sugere problemas sistêmicos ou fármacos 
que alteram os fatores de coagulação sanguínea. 
A hemorragia pode ser causada de acordo com doenças: 
• Hemofilia: deficiência dos fatores VIII e IX (dura 
24hr), doença de Christmans 
• Von Willebrand: evidencia da função anormal de 
plaquetas (trombocipatia) e deficiência de fator 
VIIII (dura 12hr) 
• Trombocitopenia: plaquetas abaixo de 100.000mm 
(Não intervir) 
• Doenças hepáticas: deficiência dos fatores 
dependentes de Vit. K (II, VII, IX e X), bem como 
fatores I e V (não adianta aplicar Vitamina K. Meia 
vida de 3 a 5hr 
• Terapia pela heparina: acelera inativação da 
trombina (III). Aplicar plasma congelado 
• Anticoagulantes orais: cumarínicos impedem a 
ação de Vit. K (10mg Vit. K por 3 dias) 
• Purpura trombocitopenia: devido ao nº reduzido 
de plaquetas circulantes (pode ser induzida por 
uso de drogas) 
o antes de qualquer procedimento em 
pacientes com trombocitopenia se faz 
necessário a realização de uma 
transfusão para evitar problemas 
hemorrágicos durante o procedimento 
cirúrgico. 
• Purpura tromboastênica: número normal de 
plaquetas, porém estas não possuem atividades 
de agregação. É um problema escondido, já que 
o exame de sangue mostra a quantidade de 
plaqueta ideal, a dúvida surge somente com o 
conhecimento do tempo de sangramento devido 
à algum corte ou lesão. 
Mecanismos da hemostasia: 
• Lesão do endotélio, as fibras colágenas expostas 
estimulam a agregação plaquetária, que formam 
nesta área lesada um tampão hemostático 
frouxo (fibrina frouxa). Este agregado libera 
mediadores que causam vasoconstrição local 
facilitando formação de coagulo definitivo. 
o O coagulo definitivo ocorre a partir da 
ativação da cascata de coagulação dos 
fatores plasmáticos (via intrínseca) e no 
final converte fibrinogênio em trombina 
que se converte em fibrina 
o Tempo de protrombina (TP): é a 
avaliação da eficácia da via extrínseca na 
formação do coagulo (fator VII) de 11 a 
15seg. 
o Tempo de tromboplastina parcial (TTP) 
avalia a eficácia da via intrínseca (avalia 
todos os fatores exceto o fator VII) de 
25 a 40seg 
o Tempo de coagulação: verifica 
suficiência e nº baixo de plaquetas de 5 a 
10min 
o Tempo de sangramento de 1 a 3min 
Meios de hemostasia: 
• Profilaxia: solicitação de exames pré-operatório 
• Compressão: com a gaze 
• Ligadura: pinça hemostática com fios absorvíveis 
• Sutura em massa: fio de sutura abraçando 
volume de tecidos moles. 
• Eletrocauterização: desidratação celular 
• Medicamentos tópicos: trombina tópica, avicon, 
Ipsilon (ácido aminocapróico), avitene, gelfoan, 
surgicel, subgalato de bismuto. 
• Medicamentos sistêmicos 
Síntese: 
Conjunto de manobras cirúrgicas para reposicionar as 
estruturas anatômicas separadas durante o ato operatório. 
O tempo cirúrgico e as manobras utilizadas no 
procedimento podem impactar a sutura, podendo 
atrapalhar ou facilitar o processo de cicatrização do 
paciente. 
A manobra de síntese pode ser classificada de acordo 
com a localização: 
• Superficiais: dentes (odontossíntese), pele. 
• Profundas: abaixo das fáscias musculares 
A manobra de síntese pode ser classificada de acordo 
com disposição dos fios: 
• Simples: vários pontos separados 
• Continuas: único ponto na incisão toda 
A manobra de síntese pode ser classificada de acordo 
com o material utilizado: 
• Fio absorvível: pode ser sintético (poliglicólico, 
poliglactina) ou animal (cat gut simples ou 
cromado) 
• Fio não absorvível: sintéticos (nylon, poliéster, 
polipropileno) ou natural (algodão, linho ou seda) 
A manobra de síntese pode ser classificada de acordo 
com a forma de reunir tecidos: 
• Simples 
• Em massa: pontos em U 
• Por planos: estratigrafia 
• Mista: blair-Donatti 
• Vis a vis: extremidades do retalho ficam 
congruentes (evita queloide) 
Para a realização da sutura é recomendado o uso de fio 
não absorvível preto ou azul com agulha meia-lua que 
evita que o tecido seja muito lesionado na hora da sutura. 
Os pontos em X são muito utilizados para a sutura de 
molares, já que a manobra de Champret não é o 
suficiente para tracionar os tecidos para a utilização deum ponto simples.

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