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ENFERMIDADES DO SISTEMA NERVOSO DE GRANDES ANIMAIS

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CLÍNICA DE GRANDES ANIMAIS
Maria Eduarda Rocha
DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO DE GRANDES ANIMAIS
→ Lesões de nervos periféricos 
→ Lesões encefálicas 
→ Lesões medulares 
“O animal realmente tem alteração neurológica?” 
“A alteração neurológica é encefálica, medular ou de nervos periféricos?” 
LESÕES DE NERVOS PERIFÉRICOS
· São as mais fáceis de serem identificadas 
· Muito comum em animais de grande porte, devido ao peso elevado 
· CLASSIFICAÇÃO: 
· A lesão pode ser de 3 tipos: neuropraxia, axoniotmese ou neurotmese 
· A classificação da lesão permite dar o prognóstico 
· NEUROPRAXIA: Redução na condução nervosa (por compressão, na maioria das vezes) sem alteração estrutural no axônio e com o tratamento o prognóstico é favorável 
· A compressão geralmente causa a neuropraxia 
· AXONIOTMESE: Perda de continuidade de alguns axônios com degeneração ao longo do segmento distal e a recuperação depende da lenta regeneração das fibras nervosas 
· Dependendo do nervo, pode ser avaliado por ultrassonografia
· O animal pode melhorar com o tempo, mas a regeneração de fibra nervosa é muito lenta 
· NEUROTMESE: Secção total do nervo, incluindo tecidos conjuntivos de suporte (prognóstico desfavorável)
· Relacionado a traumas ou procedimentos cirúrgicos (ressecção do nervo)
· CAUSAS: 
· Traumatismos (mais comum) 
· Injeções mal aplicadas 
· Abscessos 
· Invasões parasitárias
· PRINCIPAIS NERVOS ACOMETIDOS: 
LESÕES DE PLEXO BRAQUIAL: 
· CAUSAS: 
· Traumatismos sobre a articulação umeral 
· Feridas axilares penetrantes profundas 
· Tração dos membros torácicos (partos distócicos)
· SINAIS CLÍNICOS:
· Flacidez completa do membro torácico 
· Ombro caído (paralisia do músculo subescapular) 
· Incapacidade de flexionar a articulação 
· Completa dessensibilização de todo o membro
PARALISIA DO NERVO RADIAL: 
· O nervo radial é uma projeção do plexo braquial 
· O nervo radial é acometido com frequência, pois ele passa próximo às tuberosidades dos membros torácicos, então pode sofrer compressão com facilidade 
· CAUSAS: 
· O nervo radial projeta-se sobre a face lateral da articulação do cotovelo, sendo vulnerável a lesões compressivas 
· Lesão direta sobre o nervo
· Tronco de contenção 
· Decúbito lateral com inadequado acolchoamento 
· SINAIS CLÍNICOS: 
· Cotovelo caído 
· Incapacidade de protração do membro 
· Arrastamento da pinça 
· Flexão das articulações distais 
· Atrofia muscular (bastante comum nesses casos) 
PARALISIA DO NERVO CIÁTICO: 
· CAUSAS:	
· Trações forçadas do feto em partos distócicos 
· Injeções mal aplicadas 
· SINAIS CLÍNICOS: 
· Jarrete caído 
· Pés dobrados 
· Atrofia muscular 
· Animal não consegue permanecer em estação 
por muito tempo 
PARALISIA DO NERVO TIBIAL: 
· CAUSAS:
· Injeções prolongadas 
· Decúbito prolongado
· SINAIS CLÍNICOS: 
· Jarrete hiperflexionado 
· Membro cai repentinamente no final da passada 
PARALISIA DO NERVO PERONEAL: 
· CAUSAS:
· Decúbito prolongado (ex: hipocalcemia) 
· SINAIS CLÍNICOS:
· Jarrete hiperextendido 
· Flexão do boleto e quartela 
PARALISIA DO NERVO OBTURADOR: 
· CAUSAS: 
· Compressões pós-parto
· Pisos escorregadios 
· Mais comum em bovinos por possuírem acetábulo raso e ligamento redondo fracamente desenvolvido 
· SINAIS CLÍNICOS: 
· Emboletamento 
· Incapacidade de sustentar o peso 
· Abdução exagerada dos membros 
· Luxação coxofemoral 
TRATAMENTO DAS PARALISIAS DE NERVOS PERIFÉRICOS: 
· Consiste em reduzir a inflamação dos nervos e aliviar a dor músculo-esquelética 
· Anti-inflamatórios 
· Maxican (0,6 mg/kg para equinos; 0,5 mg/kg para ruminantes – 3 a 5 dias) 
· Dexametasona (0,05 mg/kg/IV – 3 a 5 dias) 
· Vitamina B1 (10 mg/kg/IV – 3 a 5 dias) 
· Duchas frias (2 a 3 vezes ao dia) 
· Massagem local (pomadas com DMSO) 
· Talas 
· Acupuntura (eletroacupuntura) 
· Fisioterapia 
PRINCIPAIS ENCEFALOPATIAS EM GRANDES ANIMAIS
RAIVA:
· Enfermidade viral infecciosa fatal, que afeta o SNC de pessoas e de quase todas as espécies de mamíferos 
· Notificação obrigatória 
· Prejuízo 
· A raiva não é a enfermidade mais comum a causar prurido, mas tendo alterações neurológicas deve ser considerada um diagnóstico diferencial 
· ETIOPATOGÊNESE:
· Doença transmitida principalmente pelo morcego hematófago Desmodus rotundus 
· Causada pelo vírus Lyssavirus da família Rhabdoviridae 
· Transmissão na maioria dos casos por mordedura de animais infectados 
· Pode ocorrer a transmissão também por contato com mucosas de animais infectados 
· Invariavelmente todo caso de raiva evolui para óbito (100%)
· EPIDEMIOLOGIA: 
· Morbidade entre 10% e 30% 
· Letalidade 100% 
· Não há predisposição por raça, sexo ou idade 
· Ocorre em praticamente todos os meses do ano 
· SINAIS CLÍNICOS: 
· Quadro clínico variável (muitos sinais são comuns em outras enfermidades) 
· Depende da concentração do inóculo viral, patogenicidade da cepa, distância entre o local de inoculação e o encéfalo, estado imune do animal 
· Período de incubação de 2 semanas a 6 meses 
· Local da picada difícil de visualizar (cicatrizado)
· Forma paralítica: 
· Em animais de produção, a forma paralítica é a mais comum
· Incoordenação dos membros pélvicos, paralisia e paresia 
· Relaxamento do esfíncter anal 
· Paralisia de cauda 
· Tremores de cabeça 
· Opistótono 
· Bruxismo 
· Diminuição da visão 
· Salivação (abundante e espumosa) 
· Fezes ressecadas e escassas 
· Incontinência urinária 
· Forma furiosa:
· Mugidos constantes 
· Agressividade 
· Hiperexcitabilidade 
· Hiperestesia 
· Prurido intenso 
· Manifestações de irritação cutânea 
· DIAGNÓSTICO: 
· A análise de líquor (in vivo) serve como uma triagem
· A confirmação do diagnóstico de raiva é post-mortem 
· Inoculação intracerebral em camundongos recém-nascidos 
· Imunofluorescência direta 
· Histopatológico 
· Corpúsculo de Negri em 70% dos casos (sinal patognomônico) 
· TRATAMENTO E CONTROLE: 
· Não há tratamento! 
· Combater morcegos (uso de redes especiais, pasta anticoagulante) 
· Vacinação 
· Vacinar animais a partir de 2 meses de idade 
· Reforço após 30 dias em animais primovacinados 
· Revacinar anualmente 
· A raiva sempre será diagnóstico diferencial quando houver alterações neurológicas! 
MENINGOENCEFALITE POR HERPESVÍRUS BOVINO 5 (BHV-5): 
· Grande incidência nos rebanhos brasileiros 
· Doença infecciosa viral aguda 
· Altamente fatal 
· Caracterizada por sinais neurológicos corticais (inflamação do encéfalo e meninges com necrose do córtex telencefálico) 
· ETIOPATOGENIA: 
· A principal via de acesso do vírus ao encéfalo é pela mucosa nasal e trato olfatório 
· Período de incubação de 10 a 15 dias 
· Doença pode ficar latente e ocorrer vários meses após a infecção 
· A maneira pela qual o BHV-5 produz as lesões no encéfalo é desconhecida 
· EPIDEMIOLOGIA: 
· Maioria dos casos ocorre em animais jovens de 13 a 18 meses (2 meses a 3 anos) 
· Forma de surtos, casos isolados ou surtos com morbidade baixa 
· Morbidade de 0,05 a 5% (20 a 25% quando se considera apenas os animais do lote) 
· Letalidade de 75 a 100% 
· Não é 100% letal igual a raiva, pois alguns casos podem se recuperar
· Os surtos são atribuídos a estresse (desmama, transporte dos animais, vacinações, castrações, troca de pastos)
· Acomete animais confinados e à pasto 
· SINAIS CLÍNICOS: 
· Febre
· Depressão profunda 
· Corrimento nasal e ocular 
· Andar em círculos 
· Cegueira 
· Salivação excessiva 
· Nistagmo
· Opistótono
· Incoordenação 
· Decúbito lateral
· Morte 
· DIAGNÓSTICO: 
· Sinais clínicos 
· Exame de líquor 
· Exame histopatológico do encéfalo (achados de corpúsculo de inclusão intranucleares em astrócitos e neurônios) 
· Outros exames:
· PCR (bloco de parafina)
· Cultivo celular 
· Imunohistoquímica 
· ACHADOS DE NECROPSIA: 
· Hiperemia das leptomeninges 
· Achatamento e amolecimento das circunvoluções 
· Congestão cerebral 
· Áreas amareladas à acinzentadas em várias regiões corticais 
· Meningoencefalite não supurativa com malácia em diversas áreas do SNC 
· CONTROLE E PROFILAXIA: 
· Não existe vacina específica para Herpesvírus5, mas costuma-se utilizar a vacina para outro Herpesvírus pois segundo estudos há imunidade cruzada
· CattleMaster: Vacina inativada contra a Rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR – Herpesvírus bovino tipo 1), Diarreia viral bovina (tipo 1 e 2), Parainfluenza tipo 3, Vírus sincicial respiratório bovino (BRSV) e Leptospirose bovina 
· Vacina cara (em torno de 20 reais a dose - 40,00 por animal – 2 doses)
· Em bovinos, aplicar 1 dose de 5 ml por via subcutânea ou intramuscular 
· Reforço anual 
· Não há tratamento específico para BHV-5! 
POLIOENCEFALOMALACIA (NECROSE CEREBROCORTICAL): 
· Uma das principais enfermidades que acometem ruminantes 
· ETIOLOGIA: 
· Deficiência de vitamina B1 (tiamina) 
· Intoxicação por enxofre 
· BHV-5 
· Intoxicação por sal (privação de água) 
· Intoxicação por chumbo 
· Intoxicação por Phalaris angusta (região Sul) 
· FISIOPATOGENIA DE DEFICIÊNCIA DE VITAMINA B1: 
· A vitamina B1 é essencial para algumas reações que ocorrem no organismo (glicólise, pentose fosfato, produção de ATP)
· O ATP possui diversas funções no organismo (energia e controle da osmolaridade (H2O e Na+), através da bomba de sódio e potássio). Ou seja, a bomba de sódio e potássio (Na+/K+) é dependente de ATP 
· Se não tem vitamina B1 suficiente, terá uma falha na bomba de sódio e potássio, e as células vão edemaciar, aumentando então a pressão intracraniana e ocasionando a necrose neuronal. Os macrófagos infiltram para retirar os neurônios mortos, e com isso há a malácia da região 
· Os neurônios são extremamente sensíveis à deficiência de ATP
· FISIOPATOGENIA DE INTOXICAÇÃO POR ENXOFRE: 
· O enxofre é importante na formação de vários aminoácidos necessários para o organismo
· Quando o animal ingere uma dieta com alto teor de enxofre, esse enxofre será transformado em gás sulfídrico no rúmen, de forma que esse gás pode ser absorvido pela parede do rúmen ou inalado (pulmão). Se for em pequenas quantidades, o fígado consegue metabolizar e eliminar. Mas quando em excesso, excede a capacidade de metabolização do fígado, e a partir disso esse gás irá inibir a enzima citocromo C oxidase, garantindo então a redução da produção de ATP, e gerando prejuízos sobre o funcionamento da bomba de sódio e potássio (Na+/K+) 
· EPIDEMIOLOGIA:
· Acomete ruminantes em todo o mundo 
· Mais comum em animais jovens (pode ocorrer em qualquer idade) 
· Ocorre em qualquer época do ano 
· Morbidade: 1 a 14% 
· Letalidade: 43 a 100%
· SINAIS CLÍNICOS: 
· DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
· Deve incluir todas as enfermidades que causam sinais encefálicos em ruminantes (anamnese e exame clínico):
· Raiva 
· HVB-5 
· Intoxicação por chumbo 
· Listeriose 
· DIAGNÓSTICO: 
· Clínico – anamnese (amprólio) 
· Resposta positiva ao tratamento com tiamina 
· Análise de líquor 
· Dosagem de gás sulfídrico ruminal 
· Dosagem dos níveis de enxofre na dieta 
· Necropsia 
· Histopatológico 
· TRATAMENTO: 
· Deficiência de B1: 
· Vitamina B1 10 mg/kg/IM durante 3 dias 
· Dexametasona 0,2 mg/kg/IM ???
· Enxofre: 
· Retirar da alimentação a fonte com excesso de enxofre 
· Vitamina B1 
· PREVENÇÃO: 
· Evitar mudanças bruscas na alimentação 
· Análogos da tiamina (amprólio, plantas produtoras de tiaminase) 
· Remover os animais de locais onde existam fontes com alto teor de enxofre (água e pastagem) 
· Analisar o teor de enxofre nos alimentos para prever condições em que os níveis de S estejam acima do tolerado 
· Dosagem do H2S ruminal 
MENINGITE BACTERIANA:
· Inflamação das membranas que envolvem o SNC
· ETIOPATOGENIA:
· Pode ser causada por diversas bactérias: Streptococcus spp, Enterococcus spp, Pseudomonas aeroginosa, Listeria monocytogenes 
· Muitos são os organismos oportunistas que podem ser encontrados na flora normal de vários tecidos 
· 4 vias de entrada:
· Hematógena (mais comum) 
· Invasão neurógena através dos axônios (L. monocytogenes) 
· Mucosa olfativa 
· Disseminação direta (traumas, otites, descorna) 
· EPIDEMIOLOGIA:
· Principalmente animais jovens 
· Morbidade é baixa 
· Letalidade próxima a 100% 
· SINAIS CLÍNICOS: 
· Depende do local afetado 
· Convulsões 
· Febre 
· Incoordenação 
· Letargia 
· Coma 
· Hiperestesia 
· DIAGNÓSTICO: 
· Anamnese e exame clínico 
· Análise de líquor (aumento de proteínas, turbidez, pleocitose e bactérias)
· Hemograma com leucocitose (neutrofilia na fase aguda) 
· Cultivo 
· TRATAMENTO: 
· Depende do agente etiológico envolvido 
· Antibióticos 
· Sulfa equinos e ruminantes: 30 mg/kg/IV BID 
· Florfenicol equinos e ruminantes: 20 mg/kg/IM a cada 48 horas
· Ceftriaxona equinos: 20 mg/kg/IV QUID 
· AINES 
· DMSO
· CONTROLE E PROFILAXIA:
· Certificar que o recém-nascido ingeriu colostro 
· Cuidados com a desinfecção do umbigo 
· Cuidados com o corte da cauda em ovinos 
· Vacinas (colibacilose, salmonelose) 
LEUCOENCEFALOMALACIA EM EQUINOS: 
· “Doença do milho mofado” 
· OBS: nem sempre precisa estar mofado para causar a doença! 
· Doença neurológica multifocal – ingestão de alimentos contaminados com a toxina fumonisina B1, produzida pelo fungo Fusarium verticillioides (antigo F. moniliforme) 
· O milho é um dos cereais mais vulneráveis ao aparecimento de fungos toxigênicos 
· SINAIS CLÍNICOS: 
· Pressão de cabeça contra objetos 
· Fasciculações musculares 
· Ptose auricular, palpebral e labial 
· Hipoalgesia da face 
· Diminuição ou ausência de ruídos gastrointestinais
· Convulsões 
· Coma
· Morte 
· DIAGNÓSTICO: 
· Hemograma 
· Análise de líquor 
· Dosagem de fumonisina na ração (> 10 ppm: tóxico) 
· Necropsia 
· Macroscopia
· Presença de necrose e liquefação da substância branca 
· Edema dos hemisférios cerebrais 
· Amolecimento das circunvoluções 
· Superfície de corte amarelada ou hemorrágica com áreas de malácia 
· Exame histopatológico 
· Histopatologia 
· Áreas de malácia circundadas por edema e hemorragia da neurópila 
· DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS: 
· Herpesvírus equino 1 
· EPM 
· Raiva 
· Trauma crânio-encefálico 
· Intoxicação por chumbo 
· PROGNÓSTICO E TRATAMENTO: 
· Prognóstico reservado a desfavorável 
· Tratamento de suporte: 
· Hidratação 
· Alimentação 
· Sedação 
· Manitol/DMSO
· Laxantes e carvão ativado???
· Vitamina B1 
· PREVENÇÃO: 
· Estocar corretamente os alimentos 
· Milho e ração mofada devem ser descartados 
· Evitar que restos de ração permaneçam no fundo do cocho 
HERPESVÍRUS EQUINO – 1 (EHV-1):
· EPIDEMIOLOGIA: 
· Mais comum em adultos (> 3 anos) 
· Surtos 
· Problemas respiratórios 
· Abortos 
· Morte neonatal 
· Mieloencefalopatia 
· SINAIS NEUROLÓGICOS: 
· Febre 
· Ataxia e paresia simétrica dos membros pélvicos 
· Paralisia de bexiga 
· Hipotonia de cauda e retenção de fezes 
· Sinais encefálicos 
· DIAGNÓSTICO: 
· Exame do líquor 
· Aumento da concentração de proteína 
· Poucas células nucleadas 
· Sorologia pareada (10 dias intervalo 4x maior) 
· Isolamento viral 
· Melhor no sangue ou swab nasal 
· Necropsia 
· Vasculite – malácia 
· TRATAMENTO: 
· Aciclovir 20 mg/kg/BID durante 5 dias 
· DMSO 1 g/kg/IV diluído 10% 
· Manitol 0,25 a 1 g/kg/IV 
· Aspirina 15 mg/kg/VO 
· Betanecol 0,04 mg/kg TID 
· Corticoide (vasculite) 
· Suporte (alimentação e hidratação) 
· MANEJO EM SURTOS: 
· Isolar os animais (30 dias) 
· Funcionários que manejarem animais doentes não devem entrar em contato com outros 
· Monitorar a temperatura 2x ao dia de todos os animais 
· Desinfectar as instalações 
· PROFILAXIA: 
· Vacinação 
· Lexington 8 
· Não protege contra a forma neurológica 
MIELOENCEFALITE PROTOZOÁRIA EQUINA (EPM): 
· Doença neurológica de equinos causada pelo protozoário Sarcocystis neurona 
· Neospora caninum e Neospora hughesi (outros países) 
· Hospedeiro definitivo: gambás 
· Hospedeiros intermediários: tatu, gato doméstico, guaxinim, cangambá 
· Hospedeiros aberrantes: cavalo 
· FATORES DE RISCO:
· Sistema de proteção de água e alimentos 
· Estresse 
· Presença do gambá na propriedade 
· Fatores de risco para a presença de oocitos nas fezes dos gambás 
· SINAIS CLÍNICOS: 
· Variáveis 
· Local da lesão 
· Graude comprometimento 
· Lesões na medula espinhal 
· Menos de 5% apresentam alteração encefálica 
· Incoordenação assimétrica dos membros 
· Fraqueza muscular/paresia 
· Posturas anormais (déficits proprioceptivos) 
· Hipermetria 
· Espasticidade 
· Atrofia muscular neurogênica 
· DIAGNÓSTICO: 
· Imunodiagnóstico do líquor (Western blot)
· Cuidado para não contaminar o líquor máximo 50 hemácias para exame 
· SAG – ELISA 
· Histopatologia/imuno-histoquímica 
· TRATAMENTO: 
· PREVENÇÃO: 
· Impedir acesso dos gambás aos alimentos e água fornecidos aos animais 
· Controlar a população de vetores nas baias 
· Estudos recentes com baixas doses de coccidiostáticos 
MIELOPATIA CERVICAL ESTENÓTICA (SÍNDROME DE WOBBLER): 
· Alteração no desenvolvimento das vértebras cervicais, caracterizada pelo estreitamento do canal vertebral cervical, resultando na compressão intermitente ou contínua da medula espinhal 
· EPIDEMIOLOGIA: 
· Machos 
· 1 a 3 anos de idade 
· Crescimento rápido 
· PSI 
· 2% mielopatia cervical estenótica 
· 10 a 50% malformações sem sinais de compressão 
· CAUSAS: 
· Genética
· Ambiental 
· Fatores associados a nutrição, desenvolvimento rápido, traumatismos, forças biomecânicas anormais sobre as vértebras cervicais levam a ocorrência da doença em indivíduos geneticamente predisponentes 
· SINAIS CLÍNICOS: 
· DIAGNÓSTICO: 
· Histórico 
· Sinais clínicos 
· Líquor 
· Radiográfico – estenose do canal vertebral 
· Radiografia cervical simples 
· Mielografia 
· Necropsia 
· TRATAMENTO: 
· Intervenção cirúrgica 
· Estabilizar as vértebras para descompressão da medula 
· Tratamento de suporte 
· AINES/AIES
· Dieta adequada em potros com menos de 1 ano + restrição do exercício 
· Restrição de proteínas e energia (65% - 75% recomendações do NRC) 
TRAUMAS E ABCESSOS: 
· TRAUMAS
· INCIDÊNCIA:
· Caprinos e ovinos 
· Equinos
· Idade
· Machos 
· SINAIS CLÍNICOS: 
· Variados (medular x encefálico) 
· Sangramento nasal e auricular 
· Edema de papila óptica 
· Disfunção na locomoção 
· DIAGNÓSTICO: 
· Anamnese 
· LCR 
· Imagem 
· TRATAMENTO: 
· Redução do edema 
· Manitol x Furosemida 
· Antiinflamatórios 
· DMSO
· Suporte 
· ABCESSOS
· ETIOLOGA: 
· Actinomyces pyogenes, Staphylococus aureus, E. coli, Streptococcus spp, F. nechophorum
· Abcesso parahipofisário: uso de tabuletas e argola nasal 
· VIAS DE INFECÇÃO: 
· Migração pelos nervos periféricos 
· Inoculação direta (trauma, cirurgia, lesões adjacentes) 
· Via hematógena 
· SINAIS CLÍNICOS: 
· Depende da área e extensão da lesão 
· DIAGNÓSTICO: 
· LCR 
· Isolamento 
· Necropsia 
· TRATAMENTO

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