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Esteroide: Estrutura e Função

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ESTEROIDOGÊNESE 
ESTEROIDE 
Refere-se a uma variedade de compostos lipoidais, todos os quais pos-
suem a estrutura básica de quatro anéis de carbono (um complexo policí-
clico de 17 átomos de carbono) conhecidos como o anel ciclopentanope-
ridrofenantreno ou núcleo de esteroide 
- Existem 17 carbonos no núcleo com dois carbonos adicionais (18, 19) 
ligados aos carbonos 13 e 10, respectivamente. 
- Os quatro anéis do núcleo são marcados com A, B, C e D. 
- A cadeia lateral dos carbonos 20 a 27 está ligada ao núcleo do esteroide 
no carbono 17 na configuração β e é indicada como uma linha contínua. 
- Alguns dos carbonos assimétricos do núcleo são designados como pon-
tos aumentados onde as linhas que representam as ligações covalentes se cruzam. 
O NÚCLEO ESTEROIDE 
Os átomos ligados a um carbono assimétrico na configuração α são designados com uma linha tracejada con-
forme indicado para 5α OH. 
Aqueles anexados na configuração β (incluindo os carbonos 18 e 19) são indi-
cados com uma cunha sólida 
A posição das ligações duplas entre os 
átomos de carbono dentro do núcleo do 
esteroide era anteriormente designada 
pela letra grega delta (símbolo, Δ) se-
guida pelo número sobrescrito do car-
bono esteroide de menor número com o 
qual a ligação está envolvida. 
A pregnenolona é um "composto Δ5", tendo uma dupla ligação entre car-
bonos 5 e 6 
A ação da enzima 3-hidroxiesteróide desidrogenase / isomerase move 
essa ligação dupla do anel B para os carbonos 4 e 5 do anel A, formando um composto Δ4. 
A maioria dos principais hormônios esteroides biologicamente ativos são compostos Δ4. 
• Progesterona é precursor da maioria dos esteroides. Na fase pós-ovulatória, ela torna o útero apto a receber 
o embrião. Produzida no córtex da adrenal, testículos, ovário e tecido adiposo (mulheres) 
• Glicocorticoides (produzidos no córtex da suprarrenal): cortisol (↑glicemia) e corticoesterona. Produzidos 
na zona fasciculada do córtex da adrenal 
• Mineralocorticoides: aldosterona (age no túbulo distal, ↑reabsorção de sódio e excreção de potássio). Pro-
duzidos na zona glomerulosa do córtex da adrenal 
• Andrógenos: Dehidroepiandosterona (DHEA) é produzido na zona reticular do córtex da adrenal e testos-
terona, nos testículos, ovários e córtex da adrenal (em mulheres) 
• Estrógenos: estradiol, produzido nos ovários e testículos 
• Vitamina D:colecalciferol (pele, luz UV), 25-hidrocolecalciferol (fígado) e 1,25-dihirocolecalciferol (rim) 
• Colesterol: fígado, gônadas, córtex adrenal 
CLASSES DE ESTEROIDES 
1) Corticosteroides (C21): produzido no córtex adrenal 
Glicocorticoides: cortisol, corticosterona, cortisona 
Mineralocorticoides: aldosterona 
2) Esteroides sexuais: produzido nas gônadas e no córtex adrenal (alguns) 
De acordo com o número de carbono átomos, os esteroides sexuais são divididos em três grupos: 
- Progestinas (C21): progesterona 
- Andrógenos (C19): testosterona e 5-Dihidrotestosterona (DHT) 
- Estrógenos (C18): estrona (E1), estradiol (E2), estriol (E3). *nº de hidroxilas. 
3) Vitamina D 
- Vitamina D (colecalciferol): Produzido na pele por exposição solar. Obtida de alimentos e suplementos 
- 25 Hidroxi – Vitamina D ou (25-hidroxicolecalciferol ou Calcidiol): ativado pelo fígado 
- 1,25 dihidroxivitamina D (calcitriol): Ativado pelos rins (ação endócrina) e por várias outras células (ação 
parácrina/autócrina) 
 
BIOSSÍNTESE DOS ESTEROIDES 
Todos os esteroides são sintetizados a partir do colesterol, um esteroide C27 
O colesterol é sintetizado a partir do acetato (acetil-coenzima A) produzido pela glicólise ou pela oxidação de 
ácidos graxos. 
O colesterol sintetizado desta maneira pode ser usado diretamente na biossíntese dos vários hormônios esteroi-
des, mas não pode ser degradado de volta ao acetato. 
O excesso de colesterol é convertido pelo fígado em sais biliares para excreção. 
Maior parte do colesterol do organismo é produzida pelo fígado. Uma pequena parte vem da dieta. 
O colesterol é sintetizado a partir de acetil-CoA através de uma 
série de ~ 30 reações usando a 3-hidroxi-3-metilglutaril-coenzima. A redutase (HMGCR) e esqualeno monoo-
xigenase (SM) como enzimas limitantes. 
A maior parte do colesterol é sintetizada no fígado e liberada no 
sangue associado a proteínas – a lipoproteína de baixa densidade 
(LDL). 
O córtex adrenal, ovários e testículos também podem sintetizar 
colesterol, mas mais comumente utilizam complexos de lipoproteína plasmática absorvidos do intestino ou 
sintetizados no fígado como fontes de colesterol 
 
LDL 
A LDL tem um conteúdo apenas residual de TG e é composta principalmente de colesterol e uma única apo-
proteína, a ApoB100. 
FUNÇÃO: Transportar colesterol para os tecidos (para membrana e produção de esteroides). 
As LDL são capturadas por células hepáticas ou periféricas pelos receptores de LDL (LDLR). 
 
Endocitose mediada por receptor (LDLR) 
O colesterol, os sais biliares e os hormônios esteroides são sintetizados principalmente: 
no fígado (colesterol, sais biliares), 
nas gônadas (estrogênios, androgênios, progesterona), 
na placenta (estrogênios, progesterona), 
no córtex adrenal (corticosteroides e androgênios) e 
no cérebro (neuro esteroides). 
Além disso, as células estromais presentes no tecido adiposo podem ser importantes na síntese de estrogênio, 
especialmente em mulheres na pós-menopausa e em homens idosos. 
A via biossintética dos hormônios esteroides é a mesma, independentemente do órgão gerador de esteroides 
(ovário, testículos, córtex adrenal, cérebro e placenta), mas o tipo e a quantidade de esteroides sintetiz ados e 
secretados depende da expressão de enzimas específicas para cada um dos esses órgãos. 
 
A primeira etapa: 
Hidrolise da cadeia lateral, que remove a maior parte da cadeia de hidrocarbonetos do colesterol (realizada pela 
enzima de clivagem da cadeia lateral (P450scc) (CYP11A1), para produzir um intermediário C21, a pregneno-
lona. 
Uma etapa fundamental após a hidrólise da cadeia lateral é a conversão de pregnenolona em progesterona 
que envolve a movimentação da ligação dupla do anel B para o anel A (mudança de Δ5 para Δ4) e conversão 
do grupo β-OH no carbono 3 em uma cetona (=O). 
Essa etapa é realizada pela enzima citosólica Δ5,3βhidroxisteróide desidrogenase (3β-HSD). 
A droga cianocetona é conhecida por inibir competitivamente a atividade de 3β-HSD devido à semelhança 
estrutural da cianocetona com a pregnenolona e sua capacidade de bloquear o acesso da pregnenolona ao sítio 
catalítico da enzima. 
A cianocetona bloqueia efetivamente a biossíntese de esteroides gonadais e reduz os níveis circulantes de 
todos os esteroides adrenais e gonadais. 
Também evita a síntese de corticosteroides pelas células adrenais. 
Estatinas: como sinvastatina e rosuvastatina tem esse mecanismo de ação. 
NO CÓRTEX DAS ADRENAIS 
Progesterona é metabolizada por várias vias para produzir os glicocorticoides (cortisol e corticosterona) e o 
mineralocorticoide (aldosterona). 
Duas enzimas regulam a produção dos glicocorticóides, uma C21-hidroxilase (P450c21; CYP21) e uma 11b-
hidroxilase (P45011b; CYP11B1). 
Uma enzima adicional, a aldosterona sintetase (P450aldo; CYP11B2) converte a corticosterona em aldosterona. 
A droga metirapona inibe seletivamente a 11β-hidroxilase (CYP11β1), bloqueando a síntese de corticoides nas 
células adrenocorticais. 
NAS GÔNADAS 
Progesterona é convertida em androstenediona e esta em testosterona pela enzima 17β -hidroxiesteróide desi-
drogenase (17β-HSD). 
Testosterona, o principal andrógeno de todos os vertebrados do sexo masculino. 
Além disso, a enzima 5α-redutase converte testosterona em DHT, um andrógeno importante para o desenvol-
vimento do pênis e escroto em homens, bem como descida dos testículos. 
 
Vias Δ4 e Δ5 para a síntese de andrógenos 
A via Δ5 normalmente ocorre no córtex adrenal e geralmente para com a produção de DHEA ou DHEAS. 
Em ovários de algumas espécies, estavia pode levar à testosterona e, eventualmente, à síntese de estrogênio. 
Os testículos empregam apenas a via Δ4 (destacada). 
Observe que a enzima 3β -hidroxiesteróide desidrogenase (3β -HSD) pode converter vários esteróides Δ5 em 
esteróides Δ4. 
Colesterol é convertido em pregnenolona e esta pode seguir duas vias metabólicas: 
• a via Δ5 -hidroxi esteroide, que leva à síntese de 17 a-hidroxipregnenolona, dehidroepiandrosterona 
(DHEA) e androstenediol, e é a principal via metabólica nas glândulas adrenais e no folículo não luteini-
zado, 
• a via Δ4 -cetosteroide, que leva à síntese de 17a-hidroxiprogesterona e androstenediona, e é característica 
das células granulosas do corpo lúteo 
 
Síntese de estrogênios a partir de androgênios. 
A síntese de estrogênio requer a síntese prévia de um androgênio ou uma fonte externa de androgênio. 
A testosterona pode ser convertida pela enzima aromatase (P450aro; CYP19), que resulta na perda de um 
carbono e aromatização do anel A para produzir estradiol, um estrogênio C18. 
Esta mesma enzima pode converter androstenediona em estrona, que também pode ser convertida enzima-
ticamente em estradiol 
 
 
 
Como um hormônio (sinal) é recebido nas células-alvo)? 
 
 
Várias moléculas de sinalização pequenas e hidrofóbicas se difundem através da membrana plasmática das 
células-alvo e se ligam a receptores intracelulares que são reguladores de transcrição. 
Os esteroides se ligam à receptores intracelulares chamados RECEPTORES NUCLEARES, pois atuam como fa-
tores de transcrição alterando a expressão gênica da célula-alvo. 
 
Obs: Síndrome da insensibilidade androgênica (Síndrome de Morris)

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