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Raça TEXEL

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA
CAMPUS ITAQUI 
CURSO AGRONOMIA
COMPONENTE CURRICULAR - OVINOCULTURA
RAÇA - TEXEL
Docente: Prof. Dr. Pablo de Souza Castagnino
Acadêmicas: Fabiani Carpes
Jessica Zambonato
ITAQUI
2021
ORIGEM
A raça Texel é originária da ilha de Texel, na Holanda, cujo solo é em sua maioria arenoso,
estando parte acima e parte bem abaixo do nível do mar, recebendo muita umidade. Por isso, a raça
Texel suporta bem regiões úmidas. Em fins do século XIX e início do século XX os criadores
passaram a cruzar as antigas ovelhas locais com carneiros de raças inglesas. Segundo informações da
região, provavelmente foram utilizados reprodutores Leicester, Border Leicester e Lincoln, além de
alguns carneiros Southdown, Hampshire e Wensleydale. De todas as raças utilizadas, parece que a
Lincoln foi a que mais influenciou na formação do Texel.
Em resumo, com os inúmeros cruzamentos, procurou-se chegar a um resultado que
apresentasse harmonia e equilíbrio entre a riqueza da carne magra que o mundo quer, e, a produção de
lã de finura e qualidade superiores. Outra característica não menos importante e que não pode deixar
de ser evidenciada sobre a raça Texel é o fato de esses ovinos conseguirem se adaptar, com facilidade,
aos vários tipos de solo, climas e pastagens, podendo inclusive ser explorada juntamente com a
criação de bovinos.
ASPECTOS GERAIS
O ovino Texel apresenta tamanho médio a grande, é compacto, com massas musculares
volumosas e arredondadas, constituição robusta, evidenciando vigor, vivacidade e uma aptidão
predominantemente para corte. É muito precoce e produz ótima carcaça, com reduzida quantidade de
gordura. A característica mais marcante dessa raça é o desenvolvimento muscular, com boa área de
olho de lombo e pernil com baixa deposição de gordura. Também apresenta lã de excelente qualidade.
CARACTERÍSTICAS FENOTÍPICAS
CABEÇA
Forte, larga ao nível do crânio, completamente livre de lã, coberta de pêlos brancos, curtos e
sem brilho, o comprimento da cabeça (da ponta do nariz à nuca) deve medir aproximadamente 1,5
vezes a maior largura quando observada de lado e mocha em ambos os sexos.
Arcadas orbitais salientes, olhos vivos e bem afastados, orelhas grandes (inseridas altas), com
o pavilhão voltado para a frente e as extremidades levemente projetadas para a frente e um pouco
acima da linha de inserção, completamente livres de lã, mas coberta de pêlos brancos, curtos e sem
brilho. As mucosas nasais, pele entre as narinas, lábios e bordo das pálpebras devem ter pigmentação
escura (preferencialmente preta), sendo admissíveis pequenas pintas nítidas de cor preta nas orelhas e
pálpebras.
PESCOÇO
Curto, musculoso, arredondado, bem inserido no corpo e sem estrangulamento na sua
inserção com a cabeça.
CORPO
O corpo tem uma estrutura maciça, não muito comprido, as paletas são carnudas e bem
afastadas, terminando em uma cernelha larga. O dorso, lombo e garupa são largos e nivelados, a
garupa é volumosa e bem nivelada, os quartos são grandes, carnudos e arredondados com entrepernas
profundos e garrões bem afastados.
Um dos pontos notáveis da raça é o posterior que visto por trás tem o formato de um "U"
grande e invertido, a cola é bem revestida de lã, devendo ser larga e ter um comprimento que não
ultrapasse o garrão.
MEMBROS
Fortes, de comprimento proporcional ao corpo, ossos de bom diâmetro e bem aprumados. A
sua estrutura deve harmonizar-se com a robustez do corpo e evidenciar a sua capacidade de suportar
um grande peso, com cascos bem conformados e pretos.
VELO
De pouca extensão, deixando completamente sem lã a cabeça e os membros dos joelhos e
garrões para baixo, geralmente nem chega a altura dos joelhos e garrões, mas deve cobrir bem a
barriga, chegando a médias 5 Kg de peso, as mechas tem poucas ondulações e terminações com
alguma ponta.
LÃ
O diâmetro médio das fibras de lã varia de 27 a 30 micrômetros, o que na Norma Brasileira de
Classificação da Lã Suja equivale às finuras Cruza 1 e Cruza 2, a lã é branca com suarda um pouco
cremosa e rendimento ao lavado de 60%.
APTIDÃO
- Possui característica rústica e sóbria, produzindo bem no sistema extensivo e semi-intensivo.
- Produz uma ótima carcaça, com gordura muito reduzida.
- Produz carne da melhor qualidade, apresentando baixo teor calórico, grande maciez e suculência,
principalmente quando cordeiros.
- Prolífera, pois atinge índices de nascimento de 160%, tendo atingido índices de 190 até 200%.
- Sua lã (branca), de excelente qualidade, apresenta fibra forte e de grande aceitação pelo mercado
produtor de fios.
SISTEMAS DE PRODUÇÃO
Para esta raça temos dois sistemas de produção adequados. O sistema extensivo, que pode ser
tradicional ou com piquetes, e o sistema semi-intensivo.
Sistema extensivo tradicional: Nesse sistema, os ovinos são criados soltos no pasto sem necessidade
de instalações grandiosas e uso de tecnologias de produção. Para isso, são utilizados animais de menor
exigência nutricional. Porém, as principais desvantagens desse sistema são: baixa produtividade, não
recomendando-se, assim, para produção comercial de ovinos; ocupar grandes extensões de terra; e
possuir risco de predação.
Sistema extensivo com divisão de piquetes: Consiste em um sistema inteiramente a pasto
(extensivo), no qual se divide a área de pastagens em piquetes com a rotação dos animais por um
tempo pré-definido nesses piquetes. As principais vantagens desse sistema são: fornecer descanso
para a pastagem crescer, ou seja, enquanto os animais estão em um piquete, o outro está vazio para se
recuperar; evitar que os animais comem os brotos e destruam a pastagem; maior controle de produção
das pastagens; maior controle dos animais; e menor contaminação por vermes.
Sistema semi-intensivo: neste sistema os ovinos são soltos pela manhã, de preferência após as 9
horas da manhã (o que diminui a contaminação de larvas de vermes), e presos novamente na parte da
tarde para que passem a noite confinados. As principais vantagens do sistema-intensivo são: melhorar
os índices produtivos; melhorar o controle zootécnico e sanitário do rebanho; diminuir a
contaminação por vermes; e possuir menor risco de predação. A principal desvantagem desse sistema
está relacionada à estrutura, pois necessita de construção de abrigos com bebedouros e comedouros,
além de cocho e cercas na divisão dos piquetes.
Sistema intensivo: recomendado apenas para animais em engorda e/ou abate. Neste sistema, os
ovinos ficam confinados, ou seja, permanecem em construções com área restrita, em que a água e os
alimentos necessários são fornecidos nos cochos. As principais vantagens do sistema intensivo são:
maior produtividade por animal; maior produção por área, pelo uso de tecnologias para a produção de
alimento, conseguindo-se, assim, colocar um maior número de animais em uma menor área; e melhor
acompanhamento dos animais, garantindo a prevenção de doenças ou corrigi-las rapidamente. As
principais desvantagens desse sistema são: alto custo com alimentação e estruturas; e maior demanda
de mão de obra.
ÍNDICES PRODUTIVOS
Produz bem nos sistemas extensivo e semi-intensivo. Em condições de pastagens, entre os 30
e 90 dias de idade, os cordeiros machos têm ganhos de peso médio diário de 0,300 kg e as fêmeas de
0,275 kg. Aos 70 dias de idade machos bem formados atingem 27 kg e as fêmeas 23 kg.
Os carneiros atingem pesos de 110 a 120 kg e as fêmeas adultas 80 a 90 kg, em alguns casos,
já tendo ultrapassado tais pesos, os carneiros tratados já atingiram 160 kg e as ovelhas também
tratadas já atingiram mais de 100 kg.
Com relação a lã, possui fibras com diâmetro médio variando de 27 a 30 micrômetros, e
comprimento de aproximadamente 15 cm. Com relação à quantidade, as fêmeas produzem, em média,
3 kg e os machos 5 kg de lã.
DEFEITOS
- Presença de chifres.
- Aprumos defeituosos que prejudiquem a performance.
- Constituição débil.
- Manchas ou fibras pretas no velo.
- Manchas pretas na regiãode pelos não devem ultrapassar os 15 milímetros de diâmetro.
- Velos muito grosseiros, com muitas fibras meduladas.
VALORES
Para animais destinados ao corte, a cotação para Agosto no estado estava em média R$ 11,50
kg/PV, de acordo com a Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (ARCO, 2021).
Já para animais destinados à produção de lã a cotação é de aproximadamente R$ 3,50 kg, de
acordo com comerciantes da região.
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CRIADORES DE OVINOS. Disponível em:
http://www.arcoovinos.com.br/index.php/15-padrao-racial-cat/22-merino-australiano
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CRIADORES DE OVINOS. Texel. Disponível em:
http://www.arcoovinos.com.br/index.php/mn-srgo/mn-padroesraciais/42-texel
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Árvore do Conhecimento -
Ovinos de Corte. Disponível em:
https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/ovinos_de_corte/arvore/CONT000g8k752f602wx5ok0
u5nfpm8awg5h3.html
http://www.arcoovinos.com.br/index.php/15-padrao-racial-cat/22-merino-australiano
http://www.arcoovinos.com.br/index.php/mn-srgo/mn-padroesraciais/42-texel
https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/ovinos_de_corte/arvore/CONT000g8k752f602wx5ok0u5nfpm8awg5h3.html
https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/ovinos_de_corte/arvore/CONT000g8k752f602wx5ok0u5nfpm8awg5h3.html

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