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ANATOMIA DA MEDULA ESPINHAL

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PEDRO SANTOS - NEUROANATOMIA 
 
ANATOMIA DA MEDULA ESPINHAL 
 
MEDULA ESPINHAL 
A medula espinhal é uma estrutura cilíndrica que se 
aloja no canal vertebral, sem ocupá-lo totalmente. O 
nome medula (‘’miolo’’) deriva do fato que ela ocupa o 
interior da coluna vertebral. 
A medula espinhal: 
 Realiza o controle dos movimentos do corpo. 
 Regulação de funções viscerais. 
 Processamento de informações sensoriais dos 
membros, tronco e órgãos internos. 
 Condução do fluxo de informações aferentes e 
eferentes ao encéfalo. 
ANATOMIA DA MEDULA ESPINHAL 
O tamanho da medula espinhal varia de acordo com o 
gênero: 
 Homens = 45 cm 
 Mulheres = 42 cm 
À medida que se aproxima do seu término, a medula 
vai se afinalando formando, ao final, um Cone 
Medular, que se continua com um delgado filamento 
meníngeo denominado Filamento Terminal. 
O limite caudal da medula espinhal situa-se ao nível de 
L2, ou seja, 2º vértebra lombar. Embora tenha forma 
cilíndrica, o calibre da medula espinhal não é uniforme, 
e apresenta duas dilatações: 
 Intumescência Cervical: a nível cervical 
 Intumescência Lombossacral: a nível lombar 
Estas dilatações correspondem ao local de origem das 
raízes nervosas que vão constituir os plexos braquial e 
lombossacral, responsáveis, respectivamente, pela 
inervação dos membros superiores e inferiores. 
Limites: 
 Superior: Forame magno 
 Inferior: L2 
 
ORGANIZAÇÃO SEGMENTÁRIA EXTERNA 
A superfície da medula espinhal é marcada por sulcos 
longitudinais e estruturas, como: 
 Comissura Branca; 
 Comissura Cinzenta; 
 Corno Lateral; 
 Corno Anterior; 
 Corno Posterior; 
 Funículo Anterior; 
 Funículo Lateral; 
 Funículo Posterior; 
 Sulco Mediano Posterior; 
 Fissura Mediana Anterior; 
 Sulco Ântero-lateral; 
 Sulco Póstero-lateral; 
 Sulco Intermédio Posterior: entre os sulcos 
mediano posterior e póstero-lateral, só existe 
na porção cervical da medula espinhal. 
É justamente nos sulcos Ântero-lateral e Póstero-
lateral que fazem conexão, respectivamente, as raízes 
anteriores e posteriores dos nervos espinhais. 
PEDRO SANTOS - NEUROANATOMIA 
 
 
Na medula espinhal, a substância cinzenta forma um 
eixo central contínuo envolvido por substância branca. 
Como a imagem acima retrata, corte transversal, a 
substância cinzenta apresenta a forma de um ‘’H’’, ou 
de uma ‘’borboleta’’, onde é possível identificar 
algumas estruturas, as colunas posterior, anterior e 
intermédia, ou lateral. Na medula torácica e em parte 
da lombar, existe a coluna lateral. Na coluna 
intermédia, identifica-se as substâncias cinzenta 
intermédias, central e lateral. 
No centro da substância cinzenta, localiza-se o Canal 
Central da Medula, vestígio da luz do tubo neural 
primitivo. 
A substância branca da medula é formada por fibras, a 
maioria delas mielínicas. Estas fibras sobem e descem 
na medula espinhal podendo ser agrupadas em três 
Funículos: 
 Funículo Anterior 
 Funículo Posterior 
 Funículo Lateral 
O Funículo posterior, que se situa entre o sulco látero-
posterior e o sulco mediano posterior, é dividido, na 
parte cervical da medula pelo sulco intermédio 
posterior em: 
 Fascículo Grácil 
 Fascículo Cuneiforme 
 
Por meio de filamentos radiculares, as raízes anterior 
e posterior dos nervos espinhais fazem conexão com 
a medula espinhal, respectivamente, nos sulcos 
ântero-lateral e póstero-lateral. 
As conexões dos nervos espinhais com a medula 
espinhal marcam os segmentos medulares. 
Como dito anteriormente, a medula espinhal termina 
no nível da 2º vértebra lombar (L2) porque medula e 
coluna vertebral têm ritmos de crescimento diferentes: 
ele é mais lento na medula espinhal. Desse modo, não 
há uma correspondência exata entre segmentos 
medulares e vértebras. 
Até o 4º mês, a coluna cresce mais rapidamente do que 
a medula espinhal, especialmente em sua porção 
caudal. Como as raízes nervosas mantêm suas relações 
com os forames intervertebrais, ocorre um 
alongamento das raízes e uma diminuição do ângulo 
que elas fazem com a medula espinhal. Este 
alongamento é mais pronunciado ainda abaixo de L2, 
onde termina a medula espinhal. 
Abaixo deste nível, o canal medular contém apenas as 
meninges e as raízes nervosas dos últimos nervos 
espinhais e que se dispõem em torno do cone medular 
e do filamento terminal, em conjunto, o que se chama 
de Cauda Equina. 
ENVOLTÓRIOS DA MEDULA ESPINHAL 
Como todo o SNC, a medula espinhal é envolvida por 
membranas fibrosas denominadas Meninges, que são: 
 Dura-Máter 
 Aracnóide-Máter 
 Pia-Máter 
A dura-máter é a mais espessa, mais externa e mais 
resistente, envolvendo a medula como um dedo de 
luva, o saco dural. Cranialmente, a dura-máter 
continua-se com a dura-máter craniana. 
PEDRO SANTOS - NEUROANATOMIA 
 
A aracnóide-máter situa-se entre a dura-máter e a pia-
máter, compreendendo um folheto justaposto à dura-
máter e uma profusão de trabéculas, que une este 
folheto à pia-máter. 
A pia-máter é a membrana mais delgada e mais 
interna, aderente ao tecido nervoso da superfície da 
medula espinhal. Quando a medula espinhal termina 
no cone medula, a pia-máter continua caudalmente, 
formando o filamento terminal. De cada lado da 
medula, a pia-máter forma uma prega longitudinal, o 
ligamento denticulado, que se dispõe em um plano 
frontal ao longo de toda a extensão da medula 
espinhal. 
Na medula espinhal, é possível observar 3 espaços, 
com relação aos seus envoltórios: 
 Espaço Epidural ou Extradural: Situa-se entre 
a dura-máter e o periósteo do canal vertebral; 
contém tecido adiposo e o plexo venoso 
interno; 
 Espaço Subdural: Situa-se entre a dura-máter 
e a aracnóide-máter, contém pequena 
quantidade de líquido, suficiente apenas para 
evitar a aderência das superfícies. 
 Espaço Subaracnóideo: Situa-se entre a 
aracnóide-máter e a pia-máter, contém um 
líquido, o Líquor ou Líquido Cerebroespinhal. 
 
Importante: o saco dural e a aracnóide-máter que o 
acompanha terminam em S2, ao passo que a medula 
espinhal termina em L2. Entre estes dois níveis, o 
espaço subaracnóideo é maior, contém maior 
quantidade de líquor e nele encontram-se apenas o 
filamento terminal e as raízes que formam a cauda 
equina. Assim, este é local ideal para atingir o espaço 
subaracnóideo, já que não há risco de se lesar a 
medula espinhal. Na clínica, isto é feito para retirada 
de líquor, para medida da pressão do líquor, para a 
introdução de substâncias que aumentam o contraste 
em radiografias, como as mielografias, e para a 
introdução de anestésicos nas chamadas anestesias 
raquidianas. 
O anestésico é injetado no espaço subaracnóideo por 
meio de uma agulha que penetra entre as vértebras L2-
L3, L3-L4 ou L4-L5. No seu trajeto, a agulha perfura 
sucessivamente a pele, tela subcutânea, o ligamento 
interespinal, o ligamento amarelo, a dura-máter e 
aracnóide-máter. Comprova-se que a agulha atingiu o 
espaço subaracnóideo porque o líquor goteja da 
extremidade da agulha. 
Anestesias também podem ser realizadas 
introduzindo-se o anestésico no espaço epidural; a 
punção é feita na região lombar. Nestas anestesias, a 
dura-máter não é perfurada, não há, portanto, 
aspiração do líquor. 
 
IRRIGAÇÃO DA MEDULA ESPINHAL 
As artérias que irrigam a medula espinhal são ramos 
das artérias vertebrais, cervicais ascendentes, cervicais 
profundas, intercostais, lombares e sacrais laterais. 
Três artérias longitudinais suprem a medula espinhal: 
 1 Artéria Espinhal Anterior (A) 
 2 Artérias espinhais posteriores (B) 
 Artérias radiculares (C) 
 
PEDRO SANTOS - NEUROANATOMIA 
 
Essas artérias seguem longitudinalmente do bulbo do 
tronco encefálico até o cone medular da medula 
espinhal. 
Artéria Espinhal Anterior 
Formada pela união dos ramos das artérias vertebrais, 
segue inferiormente na fissura mediana anterior. 
Artéria Espinhal PosteriorCada artéria espinhal posterior é um ramo da artéria 
vertebral ou da artéria cerebelar posteroinferior. As 
artérias espinhais posteriores costumam formar canais 
de anastomoses na pia-máter. 
As artérias posteriores e anteriores dos nervos 
espinhais e seus revestimentos são supridas pelas 
Artérias Radiculares Posteriores e Anteriores, que 
seguem ao longo das raízes nervosas. A maioria das 
artérias radiculares é pequena e irriga apenas as raízes 
nervosas, entretanto, algumas delas ajudam na 
irrigação das partes superficiais da substância cinzenta 
nos cornos posterior e anterior da medula espinhal. 
Em geral, as veias que drenam a medula espinhal têm 
distribuição semelhante à das artérias espinhais. 
Geralmente há três veias espinhais anteriores e três 
posteriores.

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