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Ana Livia Moura Medicina DOR DOR: MECANISMO É INTERROMPIDO QUANDO HÁ LESÃO MEDULAR 1) DOR RÁPIDA (Epicrítica) − Sentida dentro de 0.1s após o estimulo − Dor pontual, dor em agulhada, dor aguda e dor elétrica, ela não vai ser sentida em cortes profundos. Ex: corte, queimadura, choque. − Fibras do tipo A delta (grossas e mielinizadas) 2) DOR LENTA (protopática) − Começa após 1s (ou mais) após o estimulo − Dor em queimação, dor persistente, dor pulsátil, do nauseante, dor crônica. Está associada a destruição celular, ocorre na pele e em tecidos mais profundos − Fibras do tipo C (finas e anielinicas). 1. TRANSDUÇÃO • O estimulo nocivo é convertido em impulso elétrico • A dor nocipeptiva começa com o estimulo dos nociceptores (receptores sensitivos primários = pele, articulações, órgãos). 2. CONDUÇÃO • O impulso elétrico é conduzido pelos axônios aferentes ate a raiz dorsal da medula • Até então sem dor, somente nocicepção (conjunto de eventos neurais através do qual os estímulos nocivos são detectados, convertidos em impulsos nervosos e transmitidos da periferia para o SNC. • A condução varia de velocidade dependendo da fibra o TIPO C: diâmetro pequeno, não mielinizada o DELTA: diâmetro um pouco maior, mielinizada. o BETA: maior diâmetro e mielinizada 3. TRANSMISSAO • Impulso elétrico libera neurotransmissores • Neurotransmissores se ligam a neurônios da raiz dorsal • Estímulos fortes liberam neuropeptideos (substancia P) • Substancia P (via meurokinina) gera forte resposta pós-sináptica • Sinal progride para centros mais altos (tálamo) 4. PERCEPÇÃO • Percebida a partir do tálamo 5. MODULAÇÃO • Facilitada • Inibida • Córtex motor • Córtex singulado • Área pré-frotal • Amigdala • Córtex sensorial • Hipotálamo • Cerebelo • Hipocampo • Medula espinal Ana Livia Moura Medicina “ ” • Terminações nervosas livres, estão espalhadas pelo corpo (pele, periósteo, paredes dos vasos, superfície articular, foice e tentório). O receptor tátil é o gama. • Estimulados por: o Estímulos mecânicos: respondem quando ocorre um estimulo mecânico como impacto, fricção, tracionamento ou rompimento. o Estímulos térmicos: são ativados por aquecimento ou resfriamente e tem limite de 10 a 40°. Passando dessa faixa para mais e para menos os nociceptores passam a atuar pois passam a classificar como dor. o Estímulos químicos: respondem quando ocorre uma resposta inflamatória, várias substancias químicas liberadas. ▪ Excitado por: bradicinina, serotonina, histamina, íons de potássio, ácidos, ACh, enzimas proteolíticas, prostaglandinas e substancia P → tipo de dor lenta ▪ Só é capaz de gerar dor lenta Obs.: Todos os 3 geram estímulos lentos, no entanto estimulo rápido causado apenas pelo estimulo mecânico térmico. • Os receptores sensoriais, no caso nociseptores, captam o sinal da dor e traduzem em um estimulo elétrico (potencial de ação) que percorre por um neurônio ate chegar no corno posterior da medula. • Os receptores para dor, ao contrário da maioria, se adaptam muito pouco e algumas vezes não se adaptam → Na excitação as fibras ficam maior à medida que o estimulo persiste → hiperalgia. • Intensidade da dor: está relacionada com a intensidade do dano tecidual (calor, isquemia, contusão do tecido), a pessoa começa a sentir a dor quando a pele é aquecida acima de 45° í • ESTÍMULOS QUÍMICOS o Tecidos lesionados -> geram extratos químicos -> excitam receptores químicos para dor o Bradicinina (gera dor mais acentuada) o Íons K ou enzimas proteolíticas o Substancia química altera permeabilidade da membrana (íons) • ISQUEMIA TECIDUAL o Obstrução fluxo sanguíneo → dor o Quanto maior o metabolismo do tecido mais rápido aparece a dor o Isquemia → acumulo de ácido lático + liberação de bradicinina e enzimas proteolíticas → estimulo das terminações nervosas livres → dor • ESPASMO MUSCULAR o 2 mecanismos envolvidos 1. Efeito direto → estimulo mecânico dos receptores para dor 2. Efeito indireto → compressão dos vasos sanguíneos → isquemia tecidual → dor ã Apesar de todos os receptores para dor serem terminações nervosas livres, estas terminações utilizam duas vias separadas para a transmissão de sinais dolorosos ao SNC. A dor pontual (rápida) avisa a pessoa rapidamente sobre o perigo e, portanto, desempenham um importante papel na reação Ana Livia Moura Medicina imediata do indivíduo para se afastar do estimulo doloroso. • FIBRAS RÁPIDAS (dor rápida) o São desencadeados por estímulos mecânicos térmicos o São transmitidos através das fibras tipo A delta (calibre intermediário) em uma velocidade de 6-60m/s • FIBRAS LENTAS (dor lenta) o Desencadeado principalmente por estímulos dolorosos do tipo químico, e algumas vezes mecânicos ou térmicos o São transmitidas para a medula através de fibras tipo C em uma velocidade de 0,5-2 m/s • TRATO NEOESPINOTALÂMICO o Via de dor rápida, consegue distinguir bem aonde está a dor, enquanto a dor crônica já é mais difícil. o As fibras dolorosas A delta (glutamato) do tipo rápido transmitem principalmente as dores mecânicas e térmicas agudas o Terminam na lâmina l (lâmina marginal) dos cornos dorsais e excitam os neurônios de segunda ordem do trato neoespinotalâmico. Esses neurônios de segunda ordem dão origem às fibras longas que cruzam imediatamente para o lado oposto da medula espinal pela comissura anterior e depois ascendem para o encéfalo nas colunas anterolaterais. • TRATO PALEOEPINOTALÂMICO o Via de dor lenta, tendo como principal neurotransmissor a substância P o Responsável pela transmissão da dor crônica, transmite a dor principalmente oriunda das fibras periféricas crônicas lentas do tipo C, apesar de transmitir algumas do tipo delta. o Termina na lâmina ll e lll dos cornos dorsais o Algumas fibras do trato neoespinotalâmico terminam nas áreas reticulares do tronco cerebral, mas a maioria segue até o tálamo sem interrupção, terminando no complexo ventrobasal com o trato da coluna dorsal– lemnisco medial para sensações táteis. o Algumas fibras terminam também no grupo nuclear posterior do tálamo. Dessas áreas talâmicas, os sinais são transmitidos para outras áreas basais do encéfalo, bem como para o córtex somatos sensorial. o A maior diferença da dor neste trato é que no trato termina no córtex o Localização da dor neste trato é imprecisa, devido à conectividade multissináptica difusa desta via o Sono vigília tem desequilíbrio, pois a estimulação elétrica das áreas onde terminam os estímulos de dor lenta possuem um forte efeito de alerta sobre a atividade neural de todo o encéfalo. De fato, constituem parte do sistema de alerta do indivíduo, e isso explica porque a pessoa não consegue dormir quando tem dores fortes. ã • O grau de reação da pessoa a dor é muito variável, isso resulta parcialmente de uma capacidade do próprio encéfalo em suprir as aferência de sinais dolorosos para o sistema nervoso através da ativação de um sistema de controle de dor chamado sistema de analgia. Ana Livia Moura Medicina • sistema da analgesia consiste em três grandes componentes o ÁREAS PERIVENTRICULAR E DA SUBSTÂNCIA CINZENTA PERIAQUEDUTAL DO MESENCÉFALO o NÚCLEO MAGNO DA RAFE o COMPLEXO INIBITÓRIO DA DOR LOCALIZADO NOS CORNOS DORSAIS DA MEDULA ESPINAL. Nesse ponto, os sinais de analgesia podem bloquear a dor antes de ela ser transmitida para o encéfalo. • A estimulação elétrica, tanto na área cinzenta periaquedutal quanto no núcleo magno da rafe, pode suprimir muitos sinais de dor fortes que entram pelas raízes espinais dorsais. Além disso, a estimulação de áreas encefálicas, ainda mais altas, que excitama substância cinzenta periaquedutal, também pode suprimir a dor. • Vários neurotransmissores estão envolvidos no sistema da analgesia; em especial, destacam-se a encefalina e a serotonina. • O sistema da analgesia pode bloquear os sinais dolorosos, no ponto de entrada inicial para a medula espinal. De fato, ele também pode bloquear muitos reflexos locais da medula espinal que resultem de sinais dolorosos, especialmente os reflexos de retirada. • SISTEMA OPIÓIDE ENCEFÁLICO: encefalina encontradas no tronco cerebral e medula espinal e a beta-endorfina localizada no hipotálamo e hipófise fazer a supressão de sinais dolorosos proveniente dos nervos periféricos através de sinais neurais enviados pela substancia cinzenta periaquedutal e áreas periventriculares. Por isso que recomendam atividade física em quem tem dor crônica, porque atividade física libera endorfina e isso diminui a dor. õ • DOR REFERIDA o Frequentemente, a pessoa sente dor em uma parte do corpo que fica distante do tecido causador da dor. o Por exemplo, a dor em órgãos viscerais geralmente é referida à área na superfície do corpo. o Pode ser superficial ou visceral o Quando as fibras viscerais para a dor são estimuladas, os sinais dolorosos das vísceras são conduzidos pelo menos por alguns dos mesmos neurônios que conduzem os sinais dolorosos da pele, e a pessoa tem a impressão de que as sensações se originam na pele. • DOR VISCERAL o A dor originada das diferentes vísceras do abdome e do tórax é um dos poucos critérios que podem ser utilizados para o diagnóstico de inflamação visceral, doença visceral infecciosa e outros males viscerais. o Geralmente, as vísceras têm recepto res sensoriais exclusivos para a dor. o Uma das diferenças mais importantes entre a dor superficial e a dor visceral é que os danos viscerais muito localizados raramente causam dor grave. o Inversamente, qualquer estímulo que ocasione estimulação difusa das terminações nervosas para a dor na víscera causa dor que pode ser grave. Por exemplo, a isquemia, provocada pela oclusão do suprimento sanguíneo para grande área dos intestinos, estimula várias fibras dolorosas difusas ao mesmo tempo, podendo resultar em dor extrema. o Causas Ana Livia Moura Medicina ▪ Isquemia ▪ Estímulos químicos ▪ Espasmos de vísceras ocas ▪ Distensão excessiva de víscera oca ▪ Vísceras insensíveis • DOR PARIETAL o Quando uma doença afeta uma víscera o processo doloroso geralmente se dissemina para o peritônio, pleura ou pericárdio parietal. Estas superfícies parietais, como a pele, são supridas com extensas inervações dolorosas oriunda dos nervos espinais periféricos.
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