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Criogenia humana: o que é, como funciona e obstáculos Julho 2020 A criogenia de humanos, conhecida cientificamente como crônica, é uma técnica que permite refrigerar o corpo até à temperatura de -196ºC, fazendo com que o processo de deterioração e envelhecimento pare. Assim, é possível manter o corpo nas mesmas condições durante vários anos, para que, no futuro, seja reanimado. A criogenia tem sido utilizada especialmente em pacientes em fase terminal de doenças graves, como câncer, na esperança de que sejam reanimados quando a cura da sua doença for descoberta, por exemplo. Porém, esta técnica pode ser feita por qualquer pessoa, após a morte. A criogenia de humanos ainda não pode ser feita no Brasil, no entanto já existem empresas nos Estados Unidos que estão praticando o processo para pessoas de todos os países. Como funciona a criogenia Embora seja referido popularmente como um processo de congelamento, a criogenia é na verdade um processo de vitrificação no qual os fluídos corporais são mantidos num estado nem sólido, nem líquido, semelhante ao do vidro. Para conseguir esse estado, é preciso seguir um passo-a-passo que inclui: 1. Fazer suplementação com antioxidantes e vitaminas durante a fase terminal da doença, para diminuir as lesões nos órgãos vitais; 2. Arrefecer o corpo, após declarada a morte clínica, com gelo e outras substâncias frias. Este processo deve ser feito por uma equipe especializada e o mais rápido possível, para manter os tecidos saudáveis, especialmente o cérebro; 3. Injetar anticoagulantes no corpo para impedir que o sangue congele; 4. Transportar o corpo para o laboratório de criogenia onde será guardado. Durante o transporte a equipe faz compressões torácicas ou utiliza uma máquina especial para substituir o batimento do coração e manter o sangue circulando, permitindo levar o oxigênio para todo o corpo; 5. Remover todo o sangue no laboratório, que será substituído por uma substância anticongelante preparada especialmente para o processo. Esta substância impede que os tecidos congelem e sofram lesões, como aconteceria se fosse sangue; 6. Guardar o corpo dentro de um recipiente hermeticamente fechado, onde a temperatura será reduzida lentamente até atingir os -196ºC. De forma a obter-se os melhores resultados, um membro da equipe do laboratório deve estar presente durante a fase final da vida, para iniciar o processo logo após a morte. Já pessoas que não possuem uma doença grave, mas que queiram submeter- se à criogenia, devem utilizar uma pulseira com informações para chamar alguém da equipe do laboratório o mais rápido possível, idealmente nos primeiros 15 minutos. O que impede o processo O maior obstáculo da criogenia é o processo de reanimação do corpo, uma vez que atualmente ainda não é possível reavivar a pessoa, tendo sido possível apenas reanimar órgãos de animais. No entanto, é esperado que com o avanço da ciência e da medicina seja possível reavivar todo o corpo. Atualmente a criogenia em humanos só é feita nos Estados Unidos, pois é onde se encontram as únicas duas empresas no mundo com capacidade para preservar os corpos. O valor total da criogenia varia de acordo com a idade da pessoa e estado de saúde, porém, o valor médio é de 200 mil dólares. Existe ainda um processo de criogenia mais barato, no qual apenas a cabeça é preservada para manter o cérebro saudável e pronto para ser colocado em outro corpo, como um clone no futuro, por exemplo. Este processo é mais barato, estando perto dos 80 mil dólares.
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