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José de Tal, brasileiro, divorciado, primário e portador de bons antecedentes, ajudante de pedreiro, nascido em Juazeiro, Bahia, em 07:09:1938, residente e domiciliado em Planaltina DF, foi denunciado

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Aluno: Fellipe Besighini Valles 
Prof.ª: Larissa Botelho 
NPJ Penal Quinta 10h 
 
 
Peça 4 
Prof. Larissa Botelho 
José de Tal, brasileiro, divorciado, primário e portador de bons antecedentes, 
ajudante de pedreiro, nascido em Juazeiro, Bahia, em 07/09/1938, residente e 
domiciliado em Planaltina DF, foi denunciado pelo Ministério Público como 
incurso nas penas previstas no art. 244, caput, c/c art. 61, inciso, II, e, amos do 
CP. Na exordial acusatória, a conduta delitiva atribuída ao acusado foi narrada 
nos seguintes termos: 
Desde janeiro de 2005 até, pelo menos, 04/04/2008, em Planaltina , DF, o 
denunciado José de Tal, livre e conscientemente, deixou, em diversas ocasiões 
e por períodos prolongados, sem justa causa, de prover a subsistência de seu 
filho Jorge de Tal, menor de 18 anos, não lhe proporcionando os recursos 
necessários para sua subsistência e faltando ao pagamento de pensão 
alimentícia fixada nos autos do processo n. 001/2005 ? 5ª Vara de Família de 
Planaltina (ação de alimentos) e executada nos autos do processo n. 002/2006 
do mesmo juízo. Arrola como testemunha Maria de Tal, genitora e representante 
legal da vítima. 
A denúncia foi recebida em 03/11/2008, tendo o réu sido citado e apresentado, 
no prazo legal, de próprio punho, visto que não tinha condições de contratar 
advogado sem prejuízo do seu sustento próprio e de sua família, resposta à 
acusação, arrolando as testemunhas Margarida e Clodoaldo. 
A AIJ foi designada e José compareceu desacompanhado de advogado. Na 
oportunidade, o juiz não nomeou defensor ao réu, aduzindo que o Ministério 
Público estaria presente e que isso seria suficiente. 
No curso da instrução criminal, presidida pelo juiz de Direito da 9ª Vara Criminal 
de Planaltina, DF, Maria de Tal confirmou que José atrasava o pagamento da 
pensão alimentícia, mas que sempre efetuava o depósito parcelado dos valores 
devidos. Disse que estava aborrecida porque José constituíra nova família e, 
atualmente, morava com outra mulher, desempregada, e seus 6 outros filhos 
menores de idade. 
As testemunhas Margarida e Clodoaldo, conhecidos de José há mais de 30 anos, 
afirmaram que ele é ajudante de pedreiro e ganha 1 salário mínimo por mês, 
quantia que é utilizada para manter seus outros filhos menores e sua mulher, 
desempregada, e para pagar pensão alimentícia a Jorge, filho que teve com 
Maria de Tal. Disseram, ainda, que, todas as vezes que conversam com José, 
ele sempre diz que está tentando encontrar mais um emprego, pois não 
consegue sustentar a si próprio nem a seus filhos, bem como que está atrasando 
os pagamentos da pensão alimentícia, o que o preocupa muito, visto que deseja 
contribuir com a subsistência, também, desse filho, mas não consegue. 
Informaram que José sofre de problemas cardíacos e gasta boa parte do seu 
salário na compra de remédios indispensáveis à sua sobrevivência. 
Aluno: Fellipe Besighini Valles 
Prof.ª: Larissa Botelho 
NPJ Penal Quinta 10h 
 
 
 Após a oitiva das testemunhas, José disse que gostaria de ser ouvido para 
contar sua versão dos fatos, mas o juiz recusou-se a interrogá-lo, sob o 
argumento de que as provas produzidas eram suficientes ao julgamento da 
causa. Na fase processual prevista no art. 402 do CPP, as partes nada 
requereram. Em manifestação escrita, o Ministério Público pugnou pela 
condenação do réu nos exatos termos da denúncia, tendo o réu, então, 
constituído advogado, o qual foi intimado, em 15/06/2009, segunda-feira, para 
apresentação da peça processual cabível. 
Considerando a situação hipotética acima apresentada, redija, na qualidade de 
advogado (a) constituído por José, a peça processual pertinente, privativa de 
advogado, adequada à defesa de seu cliente. Em seu texto não crie fatos novos, 
inclua a fundamentação que embase seus pedidos e explore as teses jurídicas 
cabíveis, endereçando o documento à autoridade competente e datando-o no 
último dia do prazo para protocolo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: Fellipe Besighini Valles 
Prof.ª: Larissa Botelho 
NPJ Penal Quinta 10h 
 
 
EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DE DIREITO DA 9ª VARA 
CRIMINAL DA COMARCA DE Planaltina / DF 
 
 
 
 
Processo nº: ... 
 
 
 
 
 
 
José de Tal, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem por 
meio de seu advogado já constituído com fulcro no art. 403, § 3o, do Código de 
Processo Penal, oferecer: 
 
ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS 
 
pelos fatos e fundamentos abaixo aduzidos. 
Aluno: Fellipe Besighini Valles 
Prof.ª: Larissa Botelho 
NPJ Penal Quinta 10h 
 
 
I - DOS FATOS 
José, réu nesta ação, foi denunciado pelo Ministério público em relação 
ao crime previsto no artigo 244, caput c/c artigo 61, inciso II, alínea “e”, ambos 
do Código Penal. 
A audiência de instrução e julgamento foi designada e o Réu 
compareceu desacompanhado de Advogado/Defensor. Na mesma não nomeou 
defensor para o Réu, aduzindo que o Ministério Público estaria presente e que 
isso seria o suficiente. 
No curso da ação, presidida pelo Juiz da 9ª Vara Criminal, a testemunha 
Maria de tal confirmou que o Réu atrasava o pagamento da pensão alimentícia 
mas que sempre efetuava o deposito parcelado dos valores. Disse que estava 
aborrecido com José, pois ele constituíra nova família e, atualmente, morava 
com outra mulher. 
Após, a oitiva das testemunhas, Jose disse que gostaria de ser ouvido 
para contar a sua versão dos fatos, mas o Juiz recusou-se a interroga-lo, sob o 
argumento de que as provas produzidas já eram suficientes para o julgamento 
da causa. 
Na fase processual prevista no art. 402 do Código de Processo Penal, 
as partes nada requereram. Em manifestação escrita o Ministério Público 
pugnou pela condenação do Réu nos exatos termos da denuncia, tendo o Réu, 
então, constituído advogado. 
II – DAS PRELIMINARES 
a) Falta de proposta de suspensão condicional do processo (art. 89 da 
lei 9099/95) 
De acordo com o presente artigo, nos crimes em que a pena mínima 
combinada foi igual ou inferior a 1 ano, o que é o caso de José, o 
Ministério público poderá propor a suspensão condicional da pena por 2 
Aluno: Fellipe Besighini Valles 
Prof.ª: Larissa Botelho 
NPJ Penal Quinta 10h 
 
 
a 4 anos a oferecer a denúncia, o que não ocorreu e visto que José 
preenche os requisitos legais. 
b) Ausência de defensor (Art. 564 III alínea “c” do CPP) 
O citado artigo prevê a nulidade do julgamento no caso de ausência 
delindo defensor para o réu que compareceu sem advogado na 
audiência. 
c) Não houve interrogatório (art. 564, III alínea “e” do CPP) 
Nos termos do citado artigo, o réu não foi ouvido pelo juiz para 
apresentar sua versão dos fatos e contrapor fatos que ensejaram a 
presente ação penal, com ausência do Contraditório e da ampla defesa, 
previstos constitucionalmente. 
III - DO MÉRITO 
a) não há crime, pois o réu realizado depósito, suas ações não sim 
quadra no artigo que enseja a presente ação penal, tornando o fato 
atípico, logo sem existência de crime. 
b) essência de conduta dolosa, o réu não possui condições financeiras 
para arcar completamente com os valores exigidos para sustento do 
menor, porém não deixava de prove-lo em quantias dentro da sua 
realidade financeira. 
IV - DO PEDIDO 
Ante o exposto, requer: 
a) absolvição do réu das acusações de atipicidade da conduta, nos 
termos do art. 386, II do Código de Processo Penal. 
b) Reconhecimento da nulidade do processo, com fulcro no artigo 564 
III, alínea “c” do Código de Processo Penal. 
Aluno: Fellipe Besighini Valles 
Prof.ª: Larissa Botelho 
NPJ Penal Quinta 10h 
 
 
c) A não aplicação da agravante do art. 61 inciso II alínea “e” do Código 
Penal, por se tratar de “bis in idem”. 
d) Atendimento a súmula 523 STF – “No processo penal, a falta de 
defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só anulará 
se houver provade prejuízo para o réu. 
e) Por fim, Caso Vossa Excelência entenda pela condenação do 
acusado, que fixe a pena base no patamar mínimo legal; 
reconhecimento da atenuante prevista no art. 65, I do Código Penal 
por ser tratar um real de maior de 70 anos; pelo regime inicial de 
cumprimento de pena aberto, nos termos do art. 33 do Código Penal 
e pela substituição, se for entendimento de vossa excelência e, pela 
pena restritiva de direitos. 
 
Nestes Termos 
Pede o deferimento 
 
Planaltina, 22 de junho de 2009 
 
Advogado 
OAB

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