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RECURSOS 
TERAPÊUTICOS 
MANUAIS
Gabriela Souza de Vasconcelos
Introdução aos recursos 
terapêuticos manuais
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Reconhecer a importância do toque terapêutico nas intervenções 
manuais.
 � Descrever os efeitos fisiológicos na terapia manual.
 � Listar os recursos terapêuticos manuais.
Introdução
As técnicas de terapia manual podem ser utilizadas individualmente 
ou em conjunto com as demais intervenções fisioterapêuticas e trazem 
inúmeros benefícios ao paciente e à evolução do tratamento.
De acordo com o objetivo terapêutico, poderá ser escolhida uma 
ou mais técnicas que se complementem para atingir e contemplar as 
necessidades do paciente, como alívio de dor, melhora da amplitude 
de movimento, entre outras.
Neste capítulo, você vai ler sobre a importância do toque terapêutico, 
seus efeitos fisiológicos e as diferentes técnicas de terapia manual. 
1 Toque terapêutico
Ainda que muitas vezes não percebamos, o toque está entre as formas de 
comunicação não verbal que utilizamos em nosso dia a dia. Segundo Silva 
(2002), a comunicação não verbal envolve todas as manifestações de com-
portamentos que não são expressos pelo uso de palavras; ela pode nos ajudar 
a identificar a dor, o medo, a irritação, a ansiedade ou a preocupação das 
pessoas a nossa volta. 
O toque pode ser classificado em instrumental, expressivo ou afetivo, 
expressivo-instrumental e terapêutico. O toque instrumental é caracterizado 
pelo toque físico apenas para procedimentos técnicos e prestação de assistên-
cia. O toque expressivo ou afetivo é espontâneo e aplicado de maneira mais 
humanizada, não estando relacionado a uma atividade específica. O toque 
expressivo-instrumental alia o toque espontâneo ao toque cujo objetivo é rea-
lizar um procedimento técnico. Por último, o toque terapêutico é uma terapia 
integrativa e holística baseada na milenar técnica terapêutica de imposição das 
mãos que objetiva aliviar sintomas, dores, minimizar ansiedade e melhorar o 
processo de cicatrização, a partir da crença em uma energia universal, vital 
e que mantém todos os seres vivos (KRIEGER, 1979). 
Embora o ato de tocar uma pessoa seja reconhecido como estratégia de 
cura há mais de 15 mil anos, a hoje chamada terapia manual passou a ser na 
atualidade um importante componente na intervenção de doenças ortopédicas 
e neurológicas, sendo considerada uma área de especialização da fisioterapia 
(DUTTON, 2010).
O avanço das pesquisas, da tecnologia e da área de fisioterapia permitiram 
que, a fim de favorecer a reabilitação física dos pacientes, inúmeras técnicas 
de terapia manual fossem desenvolvidas e aplicadas, tanto de modo individual 
quanto em conjunto com as demais intervenções da fisioterapia. Entre essas 
técnicas, podem-se citar Cyriax (massagem friccional transversa), Mennel, 
Maitland, Mulligan, Kaltenborn, osteopatia, quiropraxia, liberação miofascial, 
técnica de liberação posicional, técnicas de mobilização neurodinâmica, 
exercícios com resistência manual, facilitação neuromuscular proprioceptiva 
(FNP), mobilização e manipulação das articulações, etc. (DUTTON, 2010; 
KISNER; COLBY, 2017).
Os objetivos dessas técnicas incluem alívio dos sintomas dolorosos 
e melhora da extensibilidade tecidual, o que permite maior amplitude de 
movimentos. Infelizmente, ainda não há consenso em relação à escolha da 
melhor técnica e à disfunção para que se deve aplicá-la, pois as avaliações e 
as pesquisas científicas esbarram na subjetividade da aplicação e da avaliação 
da efetividade dessas intervenções. Por exemplo, o fisioterapeuta pode, de um 
paciente para outro, alterar a intensidade de pressão aplicada, seja por causa 
do cansaço, seja pelo baixo nível de tolerância do paciente. Outro ponto que 
pode interferir e enviesar a análise da efetividade dessa avaliação é a satisfa-
ção de cada paciente com a técnica aplicada. Atualmente, a grande maioria 
dos profissionais se baseia na sua própria experiência para escolher a melhor 
intervenção (NOGUEIRA, 2008; DUTTON, 2010; KISNER; COLBY, 2017).
Introdução aos recursos terapêuticos manuais2
Mesmo com essas dificuldades, é possível indicar as técnicas de terapia 
manual para dores musculoesqueléticas; condições musculoesqueléticas não 
irritáveis; dores musculoesqueléticas intermitentes; dores que melhoram 
com o repouso, com exercícios ou com posicionamentos específicos; e dores 
relacionadas à permanência nas posturas em pé e sentada (DUTTON, 2010).
As contraindicações podem ser divididas em relativas e absolutas. 
As contraindicações relativas são efusão ou inflamação articular, artrite reu-
matoide, sinais neurológicos, osteoporose, hipermobilidade, gravidez (técnicas 
na coluna), tontura e terapia com esteroides ou anticoagulantes. Já, segundo 
Dutton (2010), as contraindicações absolutas incluem infecção bacteriana, 
infecção sistêmica localizada, malignidade, suturas ou feridas abertas no 
local a ser tratado, fratura recente, celulite, estado febril, hematoma, condição 
circulatória aguda, osteomielite, diabetes avançada, hipersensibilidade da 
pele, sensação de final de movimento inadequada (espasmódica, vazia, óssea), 
dor grave e constante, irradiação extensiva da dor, dor que não melhora com 
repouso e irritação grave. 
Além das indicações e das contraindicações para a aplicação das técnicas 
de terapia manual, também alguns princípios devem ser considerados tanto 
no momento da escolha quanto, principalmente, durante a realização das 
técnicas de terapia manual. De acordo com Campos et al. (2009) e Dutton 
(2010), esses princípios são os seguintes: conhecer a forma das superfícies 
articulares (côncavo e convexo) para a realização dos deslizamentos, compor-
tamento dos sintomas (duração, tipo e irritabilidade), posicionamento tanto 
do paciente quanto do profissional, posicionamento da articulação, direção e 
quantidade da força, especificidade, posicionamento preciso das mãos (toques 
leves e seguros para auxiliar nas manobras) e reforço dos ganhos (estratégias 
que aumentem a duração das manobras, seja por repetição da técnica ou por 
exercícios direcionados para a articulação acometida). 
É de fundamental importância reconhecer que o toque não se define ape-
nas pelo ato físico de tocar; ele compreende a forma de tocar, as expressões 
faciais, a atenção visual, o tom de voz, a iluminação, os cheiros e os gestos 
que envolvem o outro. Por isso, o ato de tocar, que parece tão simples, pode 
ser decisivo na aquisição de confiança e influenciar na qualidade das relações 
que o fisioterapeuta vai estabelecer com o seu paciente (BRASIL, 2010).
Mesmo com todas as técnicas decoradas, anamnese bem realizada, fatores de 
indicação e contraindicação bem definidos, ao tocar alguém o fisioterapeuta estará 
invadindo um espaço pessoal, e nem sempre o toque é permitido ou desejado; 
sendo assim, é necessário observar os sinais emitidos pelo paciente e sempre lhe 
pedir licença para tocá-lo (MONTAGU, 1988; AYRES, 2005; SILVA, 2002).
3Introdução aos recursos terapêuticos manuais
Para Dutton (2010), a utilização das técnicas de terapia manual depende da condição 
do paciente, e a intensidade da força aplicada é baseada no estágio da cicatrização. 
É importante explicar ao paciente que a dor gerada pelas técnicas deve ser mantida 
dentro do limite de tolerância. 
2 Efeitos fisiológicos da terapia manual
A pele é responsável pelo sentido do tato e tem um papel muito importante 
na relação dos seres humanos; por meio dela, o toque pode trazer sensações 
tanto agradáveis quanto desagradáveis e interferir na forma como as situações 
a nossa volta são percebidas. Em função disso, o toque e a proximidade física 
devem ser vistos como modos potenciais de se estabelecer com o paciente 
uma comunicação que transmita afetividade, envolvimento e segurança — 
e, acima de tudo, que promova a valorização do outro.
Conforme Montagu (1988), essa relação entre a pele, o tato ea sua reper-
cussão para todo o sistema humano se deve à origem dos tecidos, visto que os 
sistemas epitelial e nervoso são diferenciações do ectoderma. Os elementos 
sensoriais envolvidos no toque provocam emoções e sensações na pessoa tocada 
devido às alterações glandulares, neurais, musculares e mentais (MONTAGU, 
1988; SILVA, 2002).
Quando bem aplicadas, as técnicas de terapia manual podem trazer inúme-
ros benefícios ao paciente, pois o toque exerce uma função muito importante 
tanto na vida das pessoas quanto nos seus processos de cura. Isso porque, 
entre outras coisas, por meio do toque se pode promover a união entre os 
sujeitos e a percepção do outro. No entanto, deve-se salientar que, apesar 
do seu potencial terapêutico, o toque pode causar distanciamentos entre as 
pessoas, gerar desconfortos e abalar a confiança, sobretudo quando não forem 
respeitados os limites de uma das partes (MONTAGU, 1988; SILVA, 2002). 
Existem inúmeras técnicas de terapia manual disponíveis para a utilização 
durante os atendimentos fisioterapêuticos; sendo assim, cabe ao profissional 
buscar o aperfeiçoamento e o conhecimento sobre cada uma delas e optar por 
aquela, ou aquelas, que trará mais benefícios aos seus pacientes (BIENFAIT, 
1999).
Introdução aos recursos terapêuticos manuais4
De um modo geral, o que se espera com a utilização das técnicas de terapia 
manual é o alívio da dor; o relaxamento muscular; a eliminação de catabólitos; 
a melhora da viscosidade entre as fáscias; a melhora da circulação arterial e 
venosa; a estimulação da atividade metabólica intersticial; o aumento do viço 
da pele, deixando-a mais fina e brilhante; a aceleração do fluxo do retorno 
linfático; a estimulação do peristaltismo; a melhora na nutrição circulatória 
dos tecidos moles e das articulações; a produção de endorfinas; a diminuição 
da espessura do tecido conjuntivo; a melhora do alongamento da musculatura 
e a possibilidade de maior movimento articular; a quebra de contraturas/
encurtamentos/retrações; e a restauração do formato ou do comprimento 
(BIENFAIT, 1999; KALAMIR et al., 2007; NOGUEIRA, 2008; BRINGEL; 
SOUZA; NESSI, 2015; CAGNIE et al., 2015).
De acordo com os objetivos terapêuticos, é possível utilizar diferentes técnicas 
que podem apresentar certas particularidades nos efeitos fisiológicos. Por exem-
plo, as técnicas de manipulação e mobilização articular, amplamente utilizadas 
pelos fisioterapeutas, apresentam os seguintes efeitos: hipoalgesia, inibição do 
espasmo muscular por influência na excitabilidade do motoneurônio, melhora 
do controle motor e repercussões no sistema nervoso autônomo, estímulo à 
propriocepção e ao líquido sinovial e produção de elasticidade a fibras aderidas 
(NOGUEIRA, 2008). Já as técnicas de manobras miofasciais — como massagem, 
liberação miofascial, pompagem, entre tantas outras — trazem relaxamento 
muscular; eliminação de catabólitos; melhora da viscosidade entre as fáscias; 
melhora da circulação arterial e venosa; estimulação da atividade metabólica 
intersticial; aumento do viço da pele, deixando-a mais fina e brilhante; aceleração 
do fluxo do retorno linfático; estimulação do peristaltismo; favorecimento de 
um melhor alongamento da musculatura; possibilidade de maior movimento 
articular; contribuição na produção de endorfinas; e diminuição da espessura 
do tecido conjuntivo (BRINGEL; SOUZA; NESSI, 2015; CAGNIE et al., 2015).
A fim de enriquecer seus estudos, você pode ler o artigo Fascite plantar: a terapia manual 
como método de tratamento (CARVALHO et al.). O artigo traz informações sobre os efeitos 
da terapia na reabilitação física de pacientes com fascite plantar. Além disso, para que 
os objetivos terapêuticos sejam alcançados e o paciente tenha uma reabilitação física 
plena, cabe ao profissional treinar bastante as manobras e respeitar os limiares de dor 
e sensibilidade de cada paciente.
5Introdução aos recursos terapêuticos manuais
3 Recursos terapêuticos manuais
A terapia manual pode ser definida como: 
[...] uma abordagem clínica que utiliza técnicas práticas especializadas e 
específicas, incluindo, mas não se limitando, a mobilização de tecidos moles, 
manipulação/mobilização, usada por profissionais de saúde especialistas, 
a fim de diagnosticar e tratar estruturas de tecidos moles e articulares com 
o objetivo de modular a dor, aumentar a amplitude de movimento, reduzir 
ou eliminar a inflamação dos tecidos moles, induzir relaxamento, melhorar 
o reparo tecidual contrátil e não contrátil, a extensibilidade e/ou estabili-
dade, facilitando o movimento e melhorando a função (PARIS, documento 
on-line, 2013). 
A seguir, serão apresentadas algumas das técnicas de terapia manual que 
os fisioterapeutas podem utilizar na prática clínica.
Massagem friccional transversa (Cyriax)
A massagem friccional transversa foi desenvolvida por Cyriax e consiste em 
aplicar massagens repetidas transversalmente às fibras no músculo, nos tendões, 
nas bainhas dos tendões e nos ligamentos. Ela é indicada para lesões agudas 
ou subagudas em ligamentos, tendões ou músculos, inflamações crônicas em 
bolsas e aderências nesses tecidos, pois tem a função de aumentar a mobili-
dade e a extensibilidade dos tecidos e tratar tecidos inflamatórios cicatriciais. 
Entretanto, ela é contraindicada para inflamações agudas, hematomas, peles 
abertas ou debilitadas, nervos periféricos e para pessoas que apresentem 
redução da sensibilidade na área afetada. Para Dutton (2010), os efeitos dessa 
técnica são alívio da dor, hiperemia traumática e redução do tecido cicatricial. 
Liberação miofascial
A liberação miofascial consiste em técnicas desenvolvidas para liberar res-
trições no tecido miofascial. O objetivo dessa técnica é aplicar leves pressões 
sustentadas na fáscia, para promover a liberação de restrições fasciais. Ela é 
indicada para tratar lesões de tecidos moles, como, por exemplo, síndromes 
miofasciais dolorosas, cefaleias de origem tensional, disfunções da ATM, etc. 
(DUTTON, 2010).
Introdução aos recursos terapêuticos manuais6
Mobilização dos tecidos moles
Segundo Bienfait (1999), Dutton (2010) e Donnelly et al. (2020), além das 
de Cyriax e da liberação miofascial, outras técnicas são direcionadas para 
a mobilização dos tecidos moles, como a pressão sustentada, a compressão 
isquêmica, a massagem, a acupressão e a pompagem.
Pressão sustentada
A técnica de pressão sustentada deve ser realizada no centro do tecido restrito, 
na profundidade, na direção e no ângulo exatos da restrição máxima. Pode ser 
realizado um movimento espiral (sentidos horário e anti-horário) associado 
com a pressão sustentada a fim de se aumentar a tensão no tecido em uma 
direção e diminuir a tensão em outra direção. Essa técnica pode ser aplicada 
em lesões de tecido mole, como tensões musculares, pontos gatilhos, torcicolos, 
entre outros (DUTTON, 2010). 
Compressão isquêmica
A compressão isquêmica é muito utilizada em postos gatilhos, ativos ou 
inativos. Em relação a sua forma de aplicação, ela se parece muito com a 
pressão sustentada e deve ser mantida por 8 a 12 segundos. Para Dutton 
(2010), o princípio dessa técnica se baseia na hipótese de que a compressão 
sobre o ponto gatilho impediria a entrada de oxigênio, tornando-o inativo e 
quebrando o ciclo dor–espasmo–dor.
Massagem geral
Bastante utilizada pelos fisioterapeutas, a massagem geral são deslizamentos 
sistemáticos, terapêuticos e funcionais no corpo, que objetivam aumentar a 
circulação e a temperatura da pele na área massageada, como resultado da 
dilatação dos capilares. Geralmente, a massagem é utilizada para disfunções 
dos tecidos moles, como lesões ou tensões musculares, pontos gatilhos, sín-
dromes dolorosas em que o relaxamento muscular é necessário e traz bem-
-estar ao paciente, dores lombares crônicas inespecíficas. A massagem pode 
ser diferenciada em effleurage, deslizamentos, petrissage e dedilhamento 
(DUTTON, 2010; DONNELLY et al., 2020).
7Introdução aos recursos terapêuticos manuais� A effleurage se baseia em movimentos aplicados aos músculos e 
aos tecidos moles em direção centrípeta (distal para proximal), para 
melhorar o relaxamento e aumentar a drenagem venosa e linfática. 
O fisioterapeuta deve fazer contato firme com a palma da mão e, ao 
final do movimento, retirar as mãos da pele do paciente, de modo que 
ela volte à posição inicial.
 � O deslizamento é uma opção de massagem aplicada levemente ao 
longo do comprimento das superfícies a fim de promover relaxamento. 
 � A petrissage é um grupo de técnicas que envolvem a compressão das 
estruturas dos tecidos moles, incluindo apertar, pressionar, rolar e pegar. 
O objetivo dessa técnica é liberar áreas de fibrose muscular.
 � O dedilhamento é a aplicação de deformações rítmicas e repetidas 
sobre o músculo, visando ao relaxamento.
Acupressão
A acupressão é uma técnica de mobilização dos tecidos moles oriunda da 
shiatsu e da acupuntura e consiste em aplicar pressão manual sobre os pontos 
da acupuntura para melhorar o fluxo de energia do corpo (DUTTON, 2010).
Pompagem
A pompagem consiste em uma manobra de mobilização fascial que melhora 
a circulação local e a nutrição dos tecidos, reduzindo a dor. Essa técnica pode 
ser utilizada em dores lombares e cervicais, lesões e tensões musculares e de 
tecidos moles (BIENFAIT, 1999). 
Energia muscular
As técnicas de energia muscular combinam a precisão da mobilização passiva 
com a efetividade, a segurança e a especificidade das terapias de reeducação 
e dos exercícios terapêuticos. Mais indicadas nas fases agudas e subagudas 
do processo de cicatrização, essas técnicas podem ser usadas para mobilizar 
articulações, fortalecer músculos fracos e alongar músculos e fáscias encurta-
dos. Entre elas, podem-se citar os alongamentos passivos e ativos, a facilitação 
neuromuscular proprioceptiva (FNP), a reeducação postural global (RPG), o 
spray de gelo e o alongamento, entre outros. As técnicas de energia muscular 
Introdução aos recursos terapêuticos manuais8
podem ser utilizadas em muitas disfunções cinético-funcionais, tais como: dor 
lombar crônica, dor cervical, escoliose, hipercifose, pós-operatórios, lesões 
musculares, lesões tendíneas e demais situações que tenham sido geradas por 
encurtamentos musculares ou que precisem melhorar o alongamento muscular 
(DUTTON, 2010; DONNELLY et al., 2020).
Terapia de liberação posicional 
(tensão — contratensão)
A terapia de liberação posicional pode ser considerada uma técnica manual 
indireta, pois se trata de um procedimento posicional passivo que coloca 
o corpo em uma posição de maior conforto, aliviando a dor pela redução 
e parada da atividade proprioceptiva inadequada que mantém a disfunção 
somática. Em muitos casos de dores crônicas, na coluna, no quadril, no ombro 
ou em qualquer outra articulação, o paciente adota posturas antálgicas para se 
proteger da dor, o que, a longo prazo, também traz consequências dolorosas. 
Segundo Dutton (2010) e Donnelly et al. (2020), a intenção dessa técnica é 
posicionar as articulações e os segmentos de forma que tragam conforto e 
alívio dos sintomas ao paciente.
Técnicas de mobilização e manipulação articular
A mobilização articular pode ser caracterizada como uma técnica de terapia 
manual que abrange movimentos passivos qualificados para um complexo 
articular que são aplicados em velocidades e amplitudes variáveis com a 
intenção de restaurar o movimento ideal, a função física e reduzir a dor. 
Já a manipulação pode ser considerada um impulso passivo, de alta velocidade 
e de baixa amplitude, aplicado a um complexo articular dentro de seu limite 
anatômico, apresentando os mesmos objetivos da mobilização — incluindo, 
ainda, o reposicionamento articular. Como exemplos das técnicas de mobiliza-
ção e manipulação articular, podem-se citar Kaltenborn, Maitland, Mulligan, 
osteopatia e quiropraxia. Essas técnicas são muito utilizadas em situações 
de restrição de amplitude de movimento ou posicionamento inadequado das 
articulações, como em dores na coluna, pós-operatórios, síndrome do ombro 
congelado, torcicolos, entorses ligamentares, entre outros (DUTTON, 2010; 
DONNELLY et al., 2020).
9Introdução aos recursos terapêuticos manuais
O toque, como forma de cura, é utilizado há muito tempo e se tornou uma 
das técnicas mais utilizadas pelos fisioterapeutas durante os processos de 
reabilitação física. Atualmente, com os avanços tecnológicos, inúmeras técnicas 
de terapia manual foram desenvolvidas e têm sido aplicadas com vistas aos 
diversos objetivos anteriormente listados neste capítulo. Em função de todos os 
benefícios trazidos por elas, as técnicas de terapia manual podem ser indicadas 
para muitas disfunções cinético-funcionais, tais como: disfunções da ATM, 
dores musculares, dores de cabeça, tendinites, síndrome do ombro congelado 
ou pós-operatórios que gerem restrições da amplitude de movimento, etc. 
A fim de complementar seus estudos, você pode assistir ao vídeo “Terapias manuais na 
fisioterapia”, do canal Crefito-3, que apresenta uma breve explicação sobre as técnicas 
de terapia manual, seus efeitos e princípios. O vídeo está disponível no YouTube.
AYRES, J. R. de C. M. Hermenêutica e humanização das práticas de saúde. Cienc. saúde 
colet., v. 10, nº. 3, p. 549–560, jul./set. 2005.
BIENFAIT M. Fáscias e pompages: estudo e tratamento do esqueleto fibroso. 5. ed. São 
Paulo: Summus, 1999.
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas 
em Saúde. O futuro hoje: estratégia brasileirinhas e brasileirinhos saudáveis primeiros 
passos para o desenvolvimento nacional. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. (Série B 
Textos Básicos de Saúde) (Série ODM Saúde Brasil, 4). 
BRINGEL, T. N.; SOUZA, M. M.; NESSI, A. Efeitos fisiológicos: massagem em pró estética 
e saúde. Estética com Ciência, v. 2, nº. 1, p. 27–32, 2015. 
CAGNIE, B. et al. Evidence for the use of ischemic compression and dry needling in 
the management of trigger points of the upper trapezius in patients with neck pain: 
a system-atic review. Am. J. Phys. Med. Rehabil., v. 94, nº. 7, p. 573–83, jul. 2015. 
CAMPOS, B. C. et al. Ensino de massoterapia: habilidades envolvidas na relação fisiote-
rapeuta-paciente. Fisioterapia e Pesquisa, v. 16, nº. 1, p. 16–21, jan./mar. 2009. Disponível 
em: http://www.scielo.br/pdf/fp/v16n1/04.pdf. Acesso em: 16 mar. 2020.
Introdução aos recursos terapêuticos manuais10
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de 
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
CARVALHO, C. C et al. Fascite plantar: a terapia manual como método de tratamento. 
Revista de Trabalhos Acadêmicos - Universo Recife. v. 5, n. 2, 2018. Disponível em: http://
revista.universo.edu.br/index.php?journal=1UNICARECIFE2&page=article&op=view&
path%5B%5D=6640&path%5B%5D=3731. Acesso em: 24 mar. 2020.
DONNELLY, J. M. et al. Dor e disfunção miofascial de Travell, Simons & Simons: manual de 
pontos-gatilho. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2020. 1012 p.
DUTTON, M. Fisioterapia ortopédica: exame, avaliação e intervenção. 2. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2010.
KALAMIR, A. et al. Manual therapy for temporomandibular disorders: A review of the 
literature. Journal of Bodywork and Movement Therapies, v. 11, º. 1, p. 84–90, jan. 2007.
KISNER, C.; COLBY, L. A. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. 6. ed. Barueri 
Manole, 2017.
KRIEGER, D. The therapeutic touch: how to use yourhands to help or to heal. New York: 
Prentice Hall, 1979. 
MONTAGU, A. Tocar: o significado humano da pele. 10. ed. São Paulo: Summus; 1988. 
NOGUEIRA, L. A. C. Neurofisiologia da terapia manual. Rev. Fisioterapia Brasil. v. 9, nº. 
6, p. 414–421, 2008. Disponível em: http://portalatlanticaeditora.com.br/index.php/fisioterapiabrasil/article/view/1732/2859. Acesso em: 16 mar. 2020.
PARIS, S. V. A history of manipulative therapy through the ages and up to the current 
controversy in the United States. Journal of Manual & Manipulative Therapy, v. 8, nº. 2, 
p. 66–77, jul. 2013. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/pdf/10.1179/106
698100790819555?needAccess=true. Acesso em: 16 mar. 2020.
SILVA, M. J. P. Comunicação tem remédio: a comunicação nas relações interpessoais em 
saúde. 10. ed. São Paulo: Loyola, 2002.
11Introdução aos recursos terapêuticos manuais

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