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Raciocínio Moral - Teoria de Kohlberg

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Raciocínio Moral: 
Teoria de Kohlberg
À medida que as crianças alcançam níveis cognitivos mais altos, elas
tornam-se capazes de raciocínios mais complexos sobre questões morais
Os adolescentes são mais capazes que as crianças mais novas de adotar
o ponto de vista de outra pessoa, de solucionar problemas sociais, de lidar
com relacionamentos interpessoais e de verem-se como seres sociais.
Todas essas tendências promovem o desenvolvimento moral
Quais são os critérios que os adolescentes usam para
fazer julgamentos morais?
Segundo Kohlberg, o raciocínio moral baseia-se no desenvolvimento de
um senso de justiça da capacidade cognitiva. Kohlberg propôs que o
desenvolvimento moral progride a partir do controle externo, passando por
padrões sociais internalizados, até os códigos de princípios morais.
A teoria de Kohlberg tem sido criticada em vários aspectos, incluindo a
ausência do papel da emoção, da socialização e da orientação parental. A
aplicabilidade do sistema de Kohlberg a mulheres e meninas, e a pessoas
em culturas não ocidentais, tem sido questionada.
Níveis e estágios de Kohlberg 
O desenvolvimento moral na teoria de Kohlberg tem alguma semelhança
com o de Piaget, mas o modelo de Kohlberg é mais complexo.
Com base nos processos de pensamento demonstrados pelas respostas
a seus dilemas, Kohlberg (1969) descreveu três níveis de raciocínio moral,
cada um dividido em dois estágios (totalizando em 6).
Nível I: Moralidade pré-convencional
As pessoas agem sob controle externo. Obedecem a regras para evitar
punição ou obter recompensas, ou agem por interesse pessoal. Esse nível
é típico de crianças de 4 a 10 anos.
Na teoria de Kohlberg, é o raciocínio que está por trás da resposta a um
dilema moral, e não a resposta em si, que indica o estágio de
desenvolvimento moral. Da mesma forma que duas pessoas que dão
respostas opostas podem estar no mesmo estágio se o raciocínio delas
for baseado em fatores semelhantes.
Alguns adolescentes, e mesmo alguns adultos, permanecem no nível I de
Kohlberg.
Os adolescentes frequentemente apresentam períodos de aparente
desequilíbrio quando passam de um nível para outro (Eisenberg e Morris,
2004) ou retrocedem para outros sistemas éticos, como os preceitos
religiosos, em vez de para o sistema baseado na justiça de Kohlberg
(Thoma e Rest, 1999).
Nível II: Moralidade convencional
As pessoas internalizaram os padrões das figuras de autoridade. Elas se
preocupam em ser “boas”, agradáveis com os outros e em manter a
ordem social. Esse nível é normalmente alcançado depois dos 10 anos de
idade; muitas pessoas nunca o ultrapassam, mesmo na vida adulta.
Nível III: Moralidade pós-convencional 
As pessoas reconhecem conflitos entre padrões morais e fazem seus
próprios julgamentos com base em princípios de correção e justiça.
Geralmente as pessoas atingem esse nível de julgamento moral só no
começo da adolescência ou, o que é mais comum, no começo da vida
adulta, isso quando atingem.
Os seis estágios do raciocínio moral de Kohlberg
Nível I: Moralidade pré-convencional (4 a 10 anos)
Estágios do raciocínio Respostas típicas ao dilema de Heinz
Estágio 1: Orientação à punição e
obediência. “O que vai acontecer
comigo?” As crianças obedecem às
regras para evitar punição. Ignoram
os motivos de uma ação e se
concentram em sua forma física
(como o tamanho de uma mentira)
ou em suas consequências (por
exemplo, a quantidade de dano
físico).
A favor: “Ele deve roubar o remédio.
Não é errado fazê-lo. Não é, porque
primeiro ele quis pagar. O remédio
que ele levaria vale só duzentos
dólares; na verdade ele não está
levando um remédio de dois mil
dólares”. 
Contra: “Ele não deve roubar o
remédio. É crime. Ele não tinha
permissão; usou a força, invadiu e
entrou. Ele causou muitos danos e
roubou um remédio muito caro”
A favor: “Está certo roubar o
remédio, pois sua mulher precisa e
ele quer que ela viva. Não é que ele
queira roubar, mas é o que ele tem
de fazer para salvá-la”. 
Contra: “Ele não deveria roubar. O
farmacêutico não está errado nem é
mau; ele só quer lucrar. É para isso
que ele está no negócio – para
ganhar dinheiro”
Estágio 2: Finalidade instrumental e
troca. “Você coça as minhas costas,
eu coço as suas”. As crianças se
sujeitam às regras por interesse
pessoal e por consideração pelo
que os outros podem fazer por elas.
Ela vê uma ação em termos das
necessidades humanas que a ação
satisfaz e diferencia esse valor de
sua forma física e de suas
consequências.
Nível II: Moralidade convencional (10 a 13 anos ou mais)
Estágios do raciocínio Respostas típicas ao dilema de Heinz
Estágio 3: Manter relações mútuas,
aprovação dos outros, a regra de
ouro. “Eu sou um bom menino (ou
menina)?”. As crianças querem
agradar e ajudar os outros, sabem
julgar intenções e desenvolvem
suas próprias ideias do que é uma
pessoa boa. Avaliam uma ação de
acordo com o motivo que há por
trás dela ou segundo a pessoa que
a pratica e também levam em
consideração as circunstâncias.
A favor: “Ele deve roubar o remédio.
Ele só está fazendo o que é natural
um marido fazer. Não se pode culpá-
lo de fazer algo por amor à esposa.
Ele seria culpado se não amasse a
esposa o suficiente para salvá-la”.
Contra: “Ele não deve roubar. Se a
esposa morrer, ele não tem culpa.
Não é porque ele é cruel ou não ama
suficientemente sua mulher a ponto
de fazer tudo que é legalmente
possível. O farmacêutico é que é
egoísta ou cruel”
A favor: “Você deve roubar. Se não
fizer nada, deixará sua mulher
morrer. A responsabilidade será sua
se ela morrer. Você precisa levar o
remédio com a ideia de pagar o
farmacêutico”. 
Contra: “É natural que ele queira
salvar a esposa, mas é sempre
errado roubar. Ele sabe que está
tirando um remédio valioso do
homem que o fabricou”.
Estágio 4: Preocupação e
consciência social. “E se todos
fizessem o mesmo?” As pessoas
preocupam-se em cumprir com seu
dever, respeitar as autoridades e
manter a ordem social. Consideram
sempre errada a ação que,
independente do motivo ou das
circunstâncias, viola uma regra e
prejudica os outros.
Nível III: Moralidade pós-convencional (início da
adolescência ou só no início da vida adulta, ou nunca) 
Estágios do raciocínio Respostas típicas ao dilema de Heinz
Estágio 5: Moralidade do contrato,
dos direitos individuais e da lei
democraticamente aceita. As
pessoas pensam em termos
racionais, valorizando a vontade da
maioria e o bem-estar da
sociedade. Geralmente elas veem a
obediência à lei como o melhor
apoio para esses valores. Embora
reconheçam que há momentos de
conflito entre as necessidades
humanas e a lei, acreditam que é
melhor para a sociedade, no longo
prazo, obedecer à lei.
A favor: “A lei não foi criada para
essas circunstâncias. Levar o
remédio nessa situação, na verdade,
não é certo, mas é justificável”.
Contra: “Você pode não culpar
totalmente uma pessoa por roubar,
mas circunstâncias extremas de fato
não justificam tomar a lei em suas
próprias mãos. Você não pode aceitar
que as pessoas roubem toda vez que
estiverem desesperadas. O objetivo
pode ser bom, mas os fins não
justificam os meios”.
A favor: “Essa é uma situação que o
força a escolher entre roubar e deixar
sua mulher morrer. Numa situação
em que deve ser feita uma escolha, é
moralmente correto roubar. Ele tem
de agir em termos do princípio de
preservação e respeito à vida”.
Contra: “Heinz está diante da
decisão de considerar ou não as
outras pessoas que precisam do
remédio tanto quanto sua mulher. Ele
deve agir não de acordo com os seus
sentimentos pela esposa, mas
considerando o valor de todas as
vidas envolvidas”
Estágio 6: Moralidade dos
princípios éticos universais. As
pessoas fazem aquilo que, como
indivíduos, acham que é certo,
independente de restrições legais
ou da opinião dos outros. Agem de
acordo com padrões internalizados,
sabendo que condenariam a si
próprios se não o fizessem.
Referência bibliográfica: 
Capítulo 11 – Desenvolvimento Físico e Cognitivo na Adolescência
PAPALIA, D. E.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento humano. Porto Alegre:
Artes Médicas, 2013.Gil Marcos Pereira - Psicologia

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