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Principais Helmintos em Cães e Gatos

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Os principais helmintos em felídeos
Sinais clínicos
Os principais sinais clínicos desses parasitas estão relacionados a problemas intestinais, tais como: diarreia, vômito ou emese, aumento do volume abdominal e ainda constipação. Entretanto, em algumas helmintoses se observa ainda anemia, apatia, perda de apetite e perda de peso. Tais sintomas descritos são observados em quase todas as parasitoses intestinais em felinos, com exceção da anemia, que é observada principalmente em animais infectados por Ancylostoma, pelo fato do parasita apresentar hábitos hematófagos no intestino delgado, local onde se desenvolve até chegar à fase adulta.
Diagnóstico
O diagnóstico das helmintoses em felídeos se baseia nos sinais clínicos apresentados pelo animal, assim como podem ser realizado através das técnicas de sedimentação e Willis-Moolay (utilizadas para detectar ovos de helmintos ou cistos de protozoários).
Tratamento e Profilaxia
Para controlar as helmintoses em felídeos, algumas medidas profiláticas são necessárias, como a educação sanitária, realização de exames parasitológicos de fezes e administração periódica de medicamentos anti-helmínticos para gatos, controle da população desses animais (através de programas regulares de castração de machos e fêmeas), restrição dos mesmos em áreas públicas. Outro ponto importante no controle e prevenção dessas helmintoses é a obrigatoriedade e institucionalização por órgãos públicos competentes da posse responsável de gatos.
Os principais helmintos em canídeos
Sinais clínicos
Para diagnóstico clínico das parasitoses intestinais em canídeos deve ser levada em consideração uma série de fatores, a exemplo:
1) Idade, do infectante e estado imune do animal: animais jovens são mais susceptíveis a desenvolver alguma doença parasitária, pois ainda não desenvolveram imunidade. Entretanto, se esse animal for infectado com uma carga parasitária alta poderá desenvolver a doença.
2) Anemia: alguns parasitas causam anemia por se alimentarem do sangue de seu hospedeiro. Ex.: Ancylostoma caninum e Ancylosotoma braziliense.
3) Diarreia: alguns desses agentes causam diarreia, pois interferem diretamente no aumento do movimento peristáltico. Alguns parasitas chegam até a causar erosão da mucosa intestinal.
4) Vômitos: causam regurgitação e estimulam o vômito, pois se localizam em locais estratégicos e que interferem no fluxo gástrico.
5) Anorexia: alguns parasitas interferem no apetite do animal, pois podem obstruir a passagem do bolo alimentar, diminuindo assim o apetite.
6) Desidratação: a perda de eletrólitos e água é mais evidenciada quando o animal apresenta uma diarreia e diminuição de apetite.
Diagnóstico
Devemos também pensar em um diagnóstico laboratorial para confirmar a suspeita clínica. Entretanto, para canídeos esse procedimento pode ser dificultado pela dificuldade em se realizar a coleta de amostras biológicas nesses animais, principalmente fezes, pois nem sempre o proprietário está disposto a realizar a coleta.
Dentre as técnicas mais utilizadas para diagnóstico laboratorial, destacam-se: sedimentação (pesquisa de ovos e larvas de helmintos e cistos de protozoários), flutuação (pesquisa de ovos leves) e coprocultura para pesquisa de larvas.
Tratamento e Profilaxia
Para tratamento das parasitoses intestinais nos caninos os anti-helmínticos (ou vermífugos) são utilizados com frequência, entretanto deve-se respeitar o intervalo entre as aplicações e as recomendações do fabricante do medicamento, pois isso aumenta a eficiência do medicamento sobre os agentes causadores.
O controle e prevenção das helmintoses em canídeos são feitos, na maioria das vezes, tratando o maior número de animais parasitados, pois dificulta a disseminação do parasito; ações de educação sanitária; higiene das instalações de canil e/ou na propriedade. Além de programas de controle populacional de cães, assim como a institucionalização da posse responsável animal por parte dos proprietários, com aplicação de multas e penas mais severas.

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