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Classificação e Controle de Carrapatos

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CLASSIFICAÇÃO DOS ÁCAROS
Ixodes
Amblyomma
Haemaphysalis
Anocentor CARRAPATOS DUROS
Rhipicephalus
Boophilus
Argas
Ornithodorus CARRAPATOS MOLES
Otobius
Sarcoptes
Notoedres
Knemidocoptes
Psoroptes
Chorioptes ÁCAROS CAUSADORES DE SARNA
Otodectes
Demodex
Dermanyssus
CARRAPATOS – Introdução
· Ectoparasitas obrigatórios que se alimentam de sangue;
· São aracnídeos da sub-classe Acari proximamente relacionados aos ácaros;
· Podem sobreviver por um longo tempo – anos;
· Nesse período se alimentam periodicamente sugando o sangue do hospedeiro e depois permanecendo fora do mesmo;
· Habitat: deve possuir uma concentração alta de hospedeiros; deve ter suficiente umidade para permitir a sobrevivência do parasita.
Amblyomma cajannense: transmite a febre maculosa. NÃO TEM NO SUL DO BRASIL.
Mas aqui quem transmite é o A.ovale (não tem em capivara). 
O carrapato da capivara que tem aqui é o A.dubitatum, mas não transmite a febre maculosa. 
Família Ixodidae: Carrapatos duros; Compreende a maioria dos carrapatos de interesse veterinário.
· Corpo achatado dorso-ventralmente
· Duas divisões aparentes no corpo - gnatossoma e idiossoma
· Acasalamento geralmente ocorre no hospedeiro
Família Argasidae: Carrapatos moles; Pequeno número de organismos de interesse veterinário.
Família Nuttalliellidae: Contém apenas uma única espécie pouco conhecida.
EFEITOS CUTÂNEOS
· Necrose focal na derme no local da picada;
· Resposta inflamatória – eosinófilos;
· Infecção secundária por Staphylococcus aureus – abcessos
EFEITOS SISTÊMICOS
· Presença de neurotoxinas na salina
· Rompe sinapses de nervos motores na medula espinal;
· Bloqueia junções neuromusculares;
· Causa a paralisia por carrapato especialmente em cães e gatos.
· Outros efeitos sistêmicos
· Entrada de bactérias na circulação, especialmente Staphylococcus;
· Infecções em órgãos internos.
Ciclo de vida genérico de um ixodídeo
Os parasitas fazem vários repastos intercalados com períodos fora do hospedeiro
• Somente cerca de 10% do tempo é passado no hospedeiro
• Têm vida longa e cada fêmea pode produzir milhares de ovos
• Os carrapatos sobem nas pontas de plantas como capim e aguardam o hospedeiro passar
• Os parasitas detectam o hospedeiro através de quimiorreceptores
• A adesão se faz e o carrapato passa para o hospedeiro
• O tipo de habitat determinou os tipos de ciclos e números de hospedeiros que os carrapatos utilizam
• Para habitats com boas condições de sobrevivência e abundância de hospedeiros, ciclos com até 3 hospedeiros se estabeleceram na maioria dos hospedeiros
• Ciclos de 2 hospedeiros são encontrados em cerca de 50 espécies. Ex. Rhipicephalus bursa
• Quando o habitat é desfavorável e há pouco abundância de hospedeiros, ocorre um ciclo de 1 hospedeiro. Ex. Boophilus, Dermacentor
 
Rhipicephalus (Boophilus) microplus “Carrapato do boi”
· Só um hospedeiro;
· Afeta mais bovinos, mas pode afetar outros animais domésticos e até silvestres;
· Pode infectar o homem, mas é raro.
CICLO DE VIDA
Fase parasitária
1. As larvas infestante sobem e infectam o animal;
2. Se tornam ninfa (se alimenta de sangue);
3. Muda pra metaninfa e se transforma em adulto imaturo (neandro macho e neógina fêmea);
4. Fêmea ingurgita totalmente;
5. Macho se alimenta normalmente.
Fase de vida livre
1. As fêmeas ingurgitadas (teleóginas) saem do hospedeiro e vão pro solo fazer a oviposição;
2. Quando termina a oviposição a fêmea morre (quenógina).
CONTROLE
· Tem raças que são + resistentes (zebuínos é + que taurino);
· Carrapaticidas;
· Vacinas;
· Feromônios (associação com substâncias tóxicas);
· Introduzir macho e fêmea estéreis no ambiente;
· Rotação de pastejo.
Rhipicephalus sanguineus
“Carrapato vermelho do cão”
· 3 hospedeiros;
· Cão, outros mamíferos e até aves;
· Se multiplicam mt rápido;
· Podem escalar muros e paredes;
· Doenças que transmite: Febre Botonosa (Europa), Babesia canis, Rickettsia canis e Hepatozoon canis;
· MUDAS: todas são feitas fora do hospedeiro;
· No homem causa dermatite;
· Membros anteriores e orelha afeta mais.
CONTROLE
· Banho carrapaticida nos cães;
· Limpeza de canis;
· Higiene e isolamento dos cães;
· Passar acaricidas nas paredes e pisos.
Amblyomma cajennense
“Carrapato estrela, carrapato de cavalo, picaço,
carrapato-pólvora, micuim”
· Parasita animais domésticos, mas principalmente bovinos e equinos;
· Pode parasitar o homem;
· Parasita de 3 hospedeiros (trioxeno), e todas as mudas são feitas fora do hospedeiro;
· Pode transmitir diversas doenças e a picada é demorada pra curar;
· Doenças: babesiose equina, febre maculosa no homem (Rickettsia rickettsi);
· Controle é parecido com o Rhipicephalus.
Anocentor nitens
“Carrapato da orelha dos equinos”
· Equinos: cavalos, mulas e antas;
· Afeta mais o pavilhão auricular e o divertículo nasal;
· As larvas são muito resistentes (até 71 dias no ambiente sem se alimentar);
· Só um hospedeiro;
· Vetor da Babesia equi e Babesia caballi.
Família Argasidae
· Carrapatos moles (sem escudo);
· A superfície do corpo é texturizada;
· Habitat associado ao homem e outros hospedeiros;
· Se acasalam fora do hospedeiro;
· Posturas intercalados com repasto sanguíneo;
· O dimorfismo sexual não é aparente nos adultos;
· Importância: Ornithodoros, Argas e Otobius.
Ornithodoros
· Se escondem em cavernas e buracos nas árvores;
· Podem habitar estábulos;
· Reservatórios da Febre Recorrente;
· Vários tipos de hospedeiros.
ÁCAROS – Introdução
· Classe Arachnida (artrópodes sem antenas e mandíbulas);
· Clima tropical e temperado;
· Seu pequeno tamanho permitiu o uso de micro-ambientes variados, tais como traquéias de insetos, debaixo das asas de um besouro, na base das penas dos pássaros e folículos pilosos de mamíferos;
· Dermatophagoides se alimenta de pele morta e geralmente está associado a poeira doméstica, sendo um importante agente alergênico;
· Associação parasita-hospedeiro: Contínua Ex: ácaros da sarna (Psoroptidae e Sarcoptidae) ou Intermitente Ex. ácaros hematófagos dermanissídeos.
CLASSIFICAÇÃO
Astigmata (Sarcoptiformes)
• Ácaros pequenos, pouco esclerosados, ausência de estigmas, respiração pela cutícula (intertegumentar);
• Inclui as ordens Sarcoptidae, Psoroptidae e Knemidocoptidae;
• Principais gêneros: Sarcoptes, Notoedres e Knemidocoptes.
Prostigmata (Trombidiformes)
• Grupo grande e heterogêneo;
• Geralmente têm estigmas que se abrem no gnatossoma ou na parte anterior do idiossoma;
• Inclui 4 famílias de ectoparasitas importantes: Trombiculidae, Demodicidae, Cheyletiellidae e Psorergatidae;
• Principais gêneros: Psoroptes, Chorioptes e Otodectes.
Mesostigmata (Gamasida)
• Grupo grande de ácaros;
• A maioria é predadora e algumas espécies são ectoparasitas de aves e mamíferos.
O ciclo biológico básico: ovo, larva hexápoda, ninfa octópoda e adulto.
Consequências:
• Dano direto ao epitélio levando a inflamação
• eritema da pele
• prurido
• formação de escamas
• endurecimento e aumento da espessura da pele
• formação de crostas
• Produção de resposta de hipersensibilidade (geralmente do tipo I) - alergias
• Perda de sangue e outros fluidos tissulares
• Transmissão mecânica e biológica de patógenos
Sarcoptes scabiei
· Hospedeiros mamíferos;
· Todo o ciclo de vida ocorre no hospedeiro;
· Escabiose ou “sarna vermelha”;
· Fêmeas cavam na epiderme com as quelíceras;
· Ciclo de vida: larva vira protoninfa e vai para os folículos pilosos → tritoninfa → adulto → acasalamento na superfície da pele → macho morre → ovo → larva.
• Sarcoptes scabiei var. hominis – homem
• Sarcoptes scabiei var. suis – suínos
• Sarcoptes scabiei var. bovis – bovinos
• Sarcoptes scabiei var. ovis – ovinos
· São bem adaptados com cada hospedeiro e possuem alta especificidade parasitária;
· Dermatite transitória: quando ocorre infestações cruzadas e o parasita não consegue se estabelecer no hospedeiro que estão adaptados;
· Rara em animais silvestres e mais comum em animais de cativeiro;
· A sarna sarcóptica ocorre em cães, suínos, ovinos, caprinos, bovinose humanos, mas é rara em felinos e equinos;
· ALTAMENTE CONTAGIOSA;
· Pode ocorrer infestação por objetos e pelo ambiente, pq os ácaros são resistentes fora do hospedeiro;
· Orelha, focinho, cabeça e pescoço;
· Não mordem nem sugam sangue, se alimentam de fluídos intercelulares;
· Quando escavam causam reações inflamatórias;
· Diagnóstico: raspagem profunda (com sangramento) → examinar no microscópio entre lâmina e lamínula. Se der negativo não se deve descartar a possibilidade;
· Controle: quarentena e tratamento acaricida, ficar atento em animais de feiras e exposições, separar os animais infestados, tratar todos os animais.
Notoedres cati
· Infesta gatos, mas pode ser encontrado em coelhos, cães e ratos;
· Ciclo: parecido com Sarcoptes scabiei;
· Infesta muuuito rápido, principalmente através das larvas e ninfas;
· Pode ser fatal se não tratada (4 a 6 meses);
· Dermatite transitória no homem;
· Nos felinos afeta mais a cabeça.
Psoroptes spp
· Hospedeiro: mamíferos domésticos;
· P. cuniculi (sarna de orelhas de coelhos, pode dar em cabras, ovelhas, equinos e búfalos);
· Menos grave que a sarna notoédrica;
· Conduto auditivo externo;
· Inflamação, produção de cerume e mau cheiro;
· Pode se espalhar pelo corpo.
· P. ovis (sarna do corpo de ovinos e bovinos);
· Ciclo: ovos, protoninfas, tritoninfas e adultos;
· Causa inflamação (hipersensibilidade do tipo 1);
· A infestação pode curar e voltar espontaneamente;
Chorioptes bovis
· Hospedeiro: animais domésticos (+ comum bovinos e equinos); 
· Bovinos: base da cauda, períneo;
· Equinos: região inferior das pernas.
· Transmissão também ocorre pelo ambiente e objetos (os ácaros são resistentes fora do hospedeiro);
· Menos grave que Psoroptes.
Otodectes cynotis
· Orelha de cães e gatos;
· Prurido intenso pode causar ferimentos;
· Pode causar surdez se penetrar no ouvido interno;
· Fêmeas podem passar para os filhotes;
· Às vezes pode ser assintomática se tiver poucos parasitas.
Demodex spp
· Mamíferos;
· Infestam os poros da pele;
· Comensais de folículos pilosos e glândulas sebáceas;
· NÃO SOBREVIVEM FORA DO HOSPEDEIRO;
· Geralmente não causam doença clínica;
· Cães: sarna demodécica ou sarna negra;
· Mãe → filhote (+ importante);
· Patogênese: imunossupressão com redução dos linfócitos T do hospedeiro;
· Associação com pioderma estafilocócico;
· Sobrevivência em espaços confinados: tamanho e redução drástica dos apêndices externos;
· Diagnóstico: Raspado de pele profundo; exame microscópico a fresco de pus entre lâmina e lamínula.
ÁCAROS DE AVES
Ordem Gamasida (mesostigmata)
Dermanyssoidea: 
· Dermanyssus gallinae (piolinho, piolho de galinha, ácaro vermelho)
Macronyssidae: contém espécies hematófagas que se alimentam do sangue de aves, mamíferos e répteis: Ornithonyssus
· Ornithonyssus bursa (piolho de galinha, ácaro tropical da galinha)
· Ornithonyssus sylviarum (ácaro da galinha do norte)
Rhinonyssidae
· Sternostoma tracheacolum (ácaro de traquéia e sacos aéreos)
Ordem Astigmata
Knemidocoptidae
· Knemidocoptes mutans
· Knemidocoptes gallinae
· Knemidocoptes jamaicensis
· Knemidocoptes pilae
· Knemidocoptes laevis
Condições predisponentes:
• Má nutrição
• Doenças concomitantes
• Estresse
• Instalações que propiciam a procriação de parasitas
• Criações promíscuas e/ou superlotadas
• Más condições de higiene e sanidade
• Ácaros hematófagos - Ornithonyssus spp. e Dermanyssus spp.
• Ácaros de traquéia e sacos aéreos - Sternostoma tracheacolum
• Ácaros causadores da sarna - Knemidocoptes spp.
• Ácaros das penas - Syringophilus spp., Dermoglyphus spp
Ornithonyssus spp. e Dermanyssus spp
· Grandes;
· Hematófagos: anemia, debilidade, perda de peso e redução na produção de ovos;
· Reservatórios: pombos e pardais;
· Ninhos de aves de vida livre podem ser fontes de infestação.
Dermanyssus gallinae
· Piolinho, piolho de galinha ou ácaro vermelho;
· Hematófago, parasita galinhas e aves silvestres;
· Após ingerirem o sangue ficam vermelhas e depois cinzas quando o sangue começa a ser digerido.
Sternostoma tracheacolum
· Parasitam traqueia, sacos aéreos, brônquios, parênquima pulmonar e também superfície do fígado;
· Dá pra ver eles se movimentando na traqueia;
· CANÁRIOS, periquitos, calopsitas e tentilhões;
· Transmissão: pais durante alimentação do filho;
· Sintomas: bico aberto, dispneia, tosse, descarga nasal, estertores respiratórios e sibilos;
· Podem morrer asfixiada;
· Diagnóstico: endoscopia, transiluminação (traqueia), exame de fezes e necropsia;
· Tratemento: ivermectina.
Ciclo: A transmissão é feita por contato direto de aves contaminadas, comumente, entre pais e filhotes no ato da alimentação. Os estágio que se encontrar na região da traqueia, normalmente o adulto, é regurgitado junto com o alimento e assim continua o ciclo em um novo hospedeiro.Os ovos são depositados nos pulmões, as larvas eclodem logo após a oviposição e fazem as ecdises. Após a primeira refeição, a ninfa fêmea migra para os parabrônquios posteriores, enquanto a ninfa macho permanece nos pulmões, até completar seu desenvolvimento. Os ácaros adultos repletos de ovos tendem a ocupar os parabrônquios, a siringe e a traqueia.
Knemidocoptes pilae
Sarna cnemidocóptica dos periquitos, formações crostosas na base do bico. Face escamosa.
Causa lesões no bico, cera, pálpebras, ao redor dos olhos e cloaca (acomete principalmente periquitos). Pouco pruriginosa
• Evolução: minúscula verruga na comissura do bico ou na cera → hiperqueratose, tecido rugoso com aspecto de “favo de mel”.
• O bico pode ficar retorcido, bizarro, ter crescimento exagerado, poroso, podendo ocorrer fraturas de bico.
• Consequências: dificuldade em se alimentar.
Diagnóstico: raspado de pele.
Tratamento: ivermectina.
Ciclo: Os parasitas adultos ficam na superfície da pele e copulam. A fêmea, após a copulação, vai penetrar na pele e liberar os ovos. Ao eclodir do ovo, a larva volta para a superfície da pele, torna-se ninfa (nessa fase algumas ninfas podem penetrar novamente na pele) e posteriormente viram adultos, dando continuidade ao ciclo. A transmissão ocorre através do contato direto entre os animais.

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