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Daniela Carvalho – Turma LVI INFERTILIDADE CONJUGAL Definição: infertilidade é a ausência de gestação após 1 ano de relações sexuais frequentes (2 ou 4 x por semana) e sem uso de método contraceptivo. EPIDEMIOLOGIA (OMS) • Fator feminino -> 37% • Fatores femininos e masculinos -> 35% • Fatores masculinos -> 8% • Infertilidade inexplicável ou gestação no período do estudo -> restante CAUSAS Causas Femininas • Fatores Ovarianos o SOP o Tireoidopatias o Hiper-prolactinemia o Baixa reserva funcional ovariana • Fatores Uterinos o Síndrome de Asherman o Miomas uterinos o Pólipo endometrial o Anomalias congênitas • Fatores Tuboperitoneais o DIP o Endometriose o Cirurgias prévias o Tuberculose peritoneal Causas Masculinas o Distúrbios endócrinos e sistêmicos o Defeitos testiculares primários na espermatogênese o Distúrbios de transporte do espermatozóide o Infertilidade masculina idiopática Junção de Causas femininas e masculinas Infertilidade sem causa aparente (ISCA) INVESTIGAÇÃO A investigação deve começar após 12 meses de tentativa sem sucesso (exceto se mulheres > 35 anos, que deve ser iniciada após 6 meses). Esta sempre deve ser de ambos os parceiros, independente de história de prole anterior. Anamnese da Mulher • Duração da infertilidade e tratamentos anteriores • História menstrual • História médica, cirúrgica e ginecológica Daniela Carvalho – Turma LVI • História obstétrica • História sexual • História familiar • Hábitos de vida e história social Anamnese do Homem • História do desenvolvimento sexual • Doença sistêmica grave • Histórico de trauma pélvico • Infecções do trato genitourinário e IST’s • Procedimento cirúrgicos envolvendo área inguinal e escrotal • Drogas e exposições ambientais • História sexual Propedêutica Básica • Espermograma • USTV (alterações na anatomia uterina) • Histerossalpingografia (obstruções tubárias) • Investigação da ovulação (não é necessária se a paciente tiver ciclos regulares) • Avaliação pré-concepcional: tipagem sanguínea, sorologias (HIV, VDRL, hepatite B e C do casal, toxoplasmose e rubéola para a mulher), função tireoidiana e hemograma. Fator ovariano • Investigação da ovulação (não é necessária se a paciente tiver ciclos regulares) o Dosagem do pico de LH o Dosagem da progesterona na fase lútea o Biópsia de endométrio na 2ª fase do ciclo o USG seriado durante o ciclo menstrual o Avaliação da reserva ovariana: dosagem de hormônio anti-Mulleriano (HAM – ideal > 1 ng/mL), FSH no terceiro dia do ciclo menstrual (ideal < 10 mUI/mL) e contagem de folículos antrais via US no início do ciclo (ideal >= 10 folículos). Fator uterino • Histeroscopia diagnóstica, histerossalpingografia, RNM e histerossonografia. Fator tuboperitoneal • Histerossalpingografia e videolaparoscopia com cromotubagem. Fator masculino • Espermograma o Volume ejaculatório (VR: 2-5 mL) o Concentração de espermatozóides (VR: >= 15 milhões/mL) ▪ Ausência de espermatozoides = azoospermia ▪ Diminuição da concentração = oligozoospermia o Motilidade (VR: >= 32%) ▪ Baixa motilidade = astenozoospermia o Morfologia normal (VR: >= 4% critério de Kruger; >=30% critério da OMS) Daniela Carvalho – Turma LVI ▪ Morfologia alterada = teratozoospermia o Concentração de leucócitos (VR: <1 milhão/mL) • FSH, LH, estradiol, testosterona, SHBG, prolactina, TSH, T4 livre. • US com dopller de bolsa escrotal. TRATAMENTO • Mudanças de estilo de vida • Técnicas de baixa complexidade o Coito programado o Inseminação intrauterina ▪ Tubas uterinas devem ser normais, podendo haver fator masculino e/ou ovulatório leve. o Medicamentos indutores de ovulação ▪ Citrato de Clominofeno ▪ Preparações de gonadotrofina (FSH, LH, hCG) ▪ Letrozol • Técnicas de alta complexidade o Fertilização in vitro (FIV) • Tratamentos específicos o Histeroscopia cirurgica: leiomioma submucoso, pólipos endometriais e síndrome de Asherman. o Endometriose: FIV ou cirurgia? Fonte: Resumo baseado em estudos feito com matérias da SanarFlix: www.sanarflix.com.br
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