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Câncer de Mama in situ Carcinoma de mama in situ é a proliferação epitelial maligna restrita aos ductos ou dúctulos mamários, sendo diferente do carcinoma invasor pela ausência de invasão estromal. A frequência do carcinoma in situ corresponde a cerca de 25% de todos os cânceres da mama. Algumas alterações mamográficas têm alta correlação com carcinoma ductal in situ, como microcalcificações agrupadas e pleomórficas, com distribuição segmentar. Os carcinomas desse tipo podem ser divididos em lobular e ductal de acordo com as diferenças histológicas e das manifestações clínicas, por isso nem todos evoluem para carcinoma invasor. O carcinoma ductal in situ (CDIS) ainda pode ser classificado segundo o padrão arquitetural da neoplasia como comedocarcinoma, cribriforme, micropapilar, papilar e sólido. No entanto, apenas os tipos comedocarcinoma e micropapilar apresentam relevância clínica, o primeiro por se associar mais a focos de invasão e o segundo pela tendência à multicentricidade. Geralmente, o tamanho do núcleo é determinado pela comparação com os núcleos de ductos mamários adjacentes, podendo ser pequenos (1 a 2 vezes maiores), intermediários (3 a 4 vezes maiores) e grandes (5 vezes ou mais). Núcleos de grau 1 representam monomorfismo, tamanho pequeno ou intermediário e nucléolo pouco evidente, enquanto os de grau 3 apresentam pleomorfismo acentuado, tamanho intermediário ou grande e múltiplos nucléolos. A necrose só é considerada quando atingem pequenas ou grandes áreas, assim as que são isoladas não são consideradas para a classificação. O carcinoma lobular in situ (CLIS) corresponde a 10 ou 30% dos carcinomas in situ, que apresentam-se em sua maioria como lesões não palpáveis, geralmente diagnosticadas de forma acidental em mulheres na pré-menopausa. O CLIS é multicêntrico e acomete unidades lobulares, os dúctulos ficam distendidos e preenchidos com células pouco coesas e com baixo grau nuclear. Raramente, apresenta células maiores, com nucléolos evidentes e com necrose.