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Mecânica cardíaca

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Mecânica cardíaca
DIVISÃO DO CICLO CARDÍACO
1. Fase de enchimento: valva de entrada aberta, e valva de saída fechada
2. Contração isovolumétrica: Ambas as valvas estão fechadas
3. Fase de esvaziamento: a valva de saída está aberta, e a valva de entrada fechada
4. Relaxamento isovolumétrico: Ambas as valvas estão fechadas
● A diástole contribui mais para a frequência cardíaca, à 75bat/min, por exemplo, o ciclo cardíaco dura 800ms.
Desse tempo, a sístole contribui com 300ms e a diástole com 500ms.
PERÍODO DE DIÁSTASE (MEIO DA FASE 1)
● Valva mitral aberta, mas com pouco sangue fluindo do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo.
● Observe no gráfico, que a pressão do átrio é minimamente maior que a do ventrículo, possibilitando
passagem de sangue: enchimento ventricular.
CONTRAÇÃO ATRIAL (FIM DA FASE 1)
● Após a onda P (despolarização atrial)
● Causa enchimento do ventrículo; 20% no repouso até 40% no exercício.
● A pressão da valva aorta está caindo nesse momento.
CONTRAÇÃO ISOVOLUMÉTRICA (FASE 2)
● Quando a curva azul passa a laranja, ocorre o fechamento das valvas mitral, mas a valva aórtica ainda está
fechada. Isso possibilita a contração isovolumétrica. Isso faz com que a pressão no ventrículo suba
rapidamente até que exerça força para abrir a valva semilunar aórtica.
EJEÇÃO DO FLUXO DE SAÍDA (FASE 3)
● Quando a valva aórtica se abre, a fase de ejeção é iniciada.
● Há ejeção rápida com aumento da pressão aórtica.
● Ocorre a redução drástica do aumento de volume.
● Apesar da inversão nesse momento, a inércia do fluxo sanguíneo confere energia cinética. Dessa forma, a
valva não fecha imediatamente.
● Na fase de ejeção reduzida, o fluxo do sangue torna-se mais lento e a pressão ventricular e aórtica cai.
● Durante a fase de ejeção inteira, cerca de 70mL de sangue fluem para a aorta, deixando 50mL para trás no
ventrículo.
RELAXAMENTO ISOVOLUMÉTRICO (FASE 4)
● O ponto em que a valva aórtica se fecha, definindo o início da sístole.
● Nessa fase, à medida que o fluxo de sangue se torna brevemente positivo, há uma pequena deflexão para
cima no registro da pressão aórtica. Resulta no entalhe dicrótico ou incisura.
● As valvas aórtica e mitral estão fechadas. A pressão caí rapidamente no ventrículo esquerdo.
PERÍODO DE ENCHIMENTO VENTRICULAR RÁPIDO (INÍCIO DA FASE 1)
● A pressão ventricular cai abaixo da pressão atrial.
● A valva mitral abre.
Quando aumenta a frequência cardíaca, a diástole é diminuída. Isso ocorre, inicialmente, pela diminuição do
enchimento ventricular.
DINÂMICA CARDÍACA
● O nó sinoatrial insere um atraso no tempo da condução que é essencial para permitir que os ventrículos
completem seu enchimento com sangue antes de a contração e a ejeção ocorra.
● O ápice dos ventrículos contrai antes de algumas porções basais. Isso permite que a contração ocorra em
direção às valvas semilunares.
AÇÃO MECÂNICA DO VENTRÍCULO DIREITO
● Assemelha-se a um fole.
Em primeiro lugar, o eixo longitudinal do ventrículo direito encurta-se quando os músculos espirais puxam o anel da
valva tricúspide em direção ao ápice. Segundo, a parede livre do ventrículo direito se move em direção ao septo num
movimento tipo fole. Terceiro, a contração das fibras circulares profundas do ventrículo esquerdo força o septo para
uma forma convexa, de modo que, o septo se projeta para o ventrículo direito.
AÇÃO MECÂNICA DO VENTRÍCULO ESQUERDO
Primeiro, as camadas musculares circulares reduzem o diâmetro da câmera. Em segundo, a contração dos músculos
espirais puxa o anel da valva mitral em direção ao ápice encurtando, assim, o longo eixo.
● Como o nó sinoatrial está no lado direito, é normal que o átrio direito contraia antes.
● A contração ventricular começa ligeiramente antes do lado esquerdo, e a valva mitral fecha antes da
tricúspide.
● A valva pulmonar abre-se ligeiramente antes da valva aórtica – porque o AD não precisa criar tanta pressão
para abrir a valva semilunar.
● A valva aórtica fecha-se primeiro e abre por último.
● A valva pulmonar abre primeiro e fecha por último.
● O relaxamento isovolumétrico é mais breve no lado direito. A valva pulmonar fecha-se depois da valva
aórtica, e a valva tricúspide abre-se antes da valva mitral. Portanto, o ventrículo direito começa a se encher
antes do esquerdo.
MEDIDAS
Débito cardíaco (DC) = Frequência cardíaca (FC) *
Volume sistólico (VS)
VS = Volume diastólico final (VDF) – volume sistólico
final (VSF)
O VDF geralmente é 120mL e o VSF é 50mL.
Volume sistólico final = 120-50 = 70mL.
MEDIDA DE FRAÇÃO DE EJEÇÃO
FE = VS/VDF
Neste exemplo: FE = 70/120 = 0,6. O valor deve ser
superior a 55% em uma pessoa saudável. Geralmente
os médicos medem a fração de ejeção no ventrículo
esquerdo (FEVE).
ALÇA PRESSÃO-VOLUME
Para analisar, começa do A e vai no sentido anti-horário.
Aqui, observamos o VE.
SEGMENTO AB
O ventrículo esquerdo está com o volume sistólico final.
Nesse ponto, ele vai receber sangue passivamente do
ventrículo direito, por causa da diferença de pressão.
Mas, a pressão do ventrículo esquerdo cai ainda mais em
B (5 mmHg) – antes 7 mmHg. Isso ocorre porque o
ventrículo está relaxando durante a diástole.
SEGMENTO BC
Segunda parte do enchimento ventricular. O ventrículo
está enchendo, mas a pressão não aumentou tanto,
mesmo o volume quase dobrando. Isso ocorre devido à
alta complacência das paredes ventriculares durante a
diástole tardia.
SEGMENTO CD
O ponto C representa o fechamento da valva mitral. Nesse
ponto ocorre a contração isovolumétrica representada
pelo segmento CD. O abrimento da valva aórtica ocorre
em seguida. Observe que a pressão de 80mmHg é
semelhante à pressão diastólica final na aorta.
SEGMENTO DE
Abertura da valva aórtica. Ocorre condução do sangue
para a aorta. Nesse período, o volume diminui de 120
para 75 mL. Nesse segmento, a contração causa maior
pressão, até um pico sistólico de aproximadamente
130mmHg.
SEGMENTO EF
O ponto E é o instante em que o músculo ventricular começa a relaxar, com ejeção diminuída. F representa o volume
sistólico final e a pressão.
SEGMENTO FA
Fechamento da valva aórtica no ponto F. O relaxamento isovolumétrico está iniciando. No final desse relaxamento, a
valva mitral se abre, iniciando um novo ciclo cardíaco.
Os segmentos CDEF representam a sístole. Enquanto que o segmento FABC representa a diástole.
SONS
1ª som: Fechamento das valvas AV.
2º som: Fechamento das valvas semilunares
3º som: No início da diástole. A vibração da parede ventricular causa essa bulha após a entrada de mais sangue pela
contração atrial.
4º som (patológico): Contração forte e incomum atrial ocorre em combinação com a baixa complacência do
ventrículo esquerdo.
DE FILAMENTOS CONTRÁTEIS A UMA BOMBA REGULADA
A FOSFORILAÇÃO DA FOSFOLAMBAM E DE TROPONINA I AUMENTA A VELOCIDADE DE
RELAXAMENTO DO MÚSCULO CARDÍACO
● Lembre-se que a fosfolambam modula NEGATIVAMENTE a SERCA. Então, se fosforiza ela, a SERCA fica mais
ativa.
A maior parte do cálcio vai para o RS.
A fosforilação da fosfolambam por proteína quinase A (PKA) explica por que antagonistas B1-adrenérgicos
(epinefrina), que atuam através da via da PKA, aumentam a velocidade de relaxamento do músculo cardíaco.
À medida que a concentração de cálcio cai, o cálcio dissocia-se da troponina C. Agonistas B1-adrenérgicos aceleram o
relaxamento pela promoção da fosforilação da troponina I, que por sua vez, aumenta a dissociação de Cálcio –
troponina C.
PRÉ-CARGA E LEI DE FRANK – STALING
A energia de contração é proporcional ao comprimento inicial da fibra cardíaca. Se a fibra estiver distensão 100%, a
eficiência é máxima. Quando mais distendida ou contraída, menor a força.
PÓS CARGA E LAPLACE
Depende da complacência arterial e da resistência periférica total (resistência vascular periférica). A pós-carga
determina o estressa na parede ventricular.
dP/dT
Máximo: valva aórtica abre.
Mínimo: valva aórtica fecha.
Quanto menos tempo o VE levar para aumentar a pressão em seu interior, mais eficaz é sua contratilidade.

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