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Doença de Chagas

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DOENÇA DE CHAGAS - Trypanosoma cruzi
Aula 3- Parasitologia
· Características gerais
Protozoário flagelado; Dois hospedeiros obrigatórios; heteroxénico
Nota: estabelecendo a etiologia, ciclo parasitário, identificação dos vetores, reservatórios domésticos e silvestres, descrevendo a doença e o diagnóstico.
· Habitat:
- Vetor: Trato digestivo de triatomíneos
- Hospedeiro vertebrado: Diversos tecidos de mamíferos
· Formas infectantes
A forma amastigota não possui flagelos, e encontra em organismos vertebrados (forma de resistência, cresce lentamente e tenta resistir ao SI do hospedeiro). 
Trpomastigota possui duas formas: A sanguícola e a metacíclica.
· Ciclo Biológico:
Uma coisa que vai diferenciar a doença de chagas de Chagas, todos as outras doenças, a transmissão é pelas fezes, não pela picada, além de ser transmitidos pelo macho e pela fêmea.
Uma coisa muito importante é o habito de defecar no mesmo instante da alimentação. Porém existem outros insetos que não defecam na mesma hora, sendo considerados então, vetores ineficientes. 
O barbeiro Defeca no humano, facilita a entrada do protozoário. Então quando o Tripomastigota metacícilo entra na corrente sanguínea, ocorre uma resposta imunológica rapidamente (de acordo com o sistema imune do indivíduo) e o parasita é rapidamente fagocitado, especialmente pelas células dos macrófagos, se multiplica e é liberado. Quando ele é liberado, é liberado na forma de Tripomastigota Sanguícola e invade os outros tecidos do nosso corpo, se alojando na forma de amastigota.
Quando um outro barbeiro se alimenta do individuo infectado, ele se alimenta da forma do tripomastigota sanguícola. Quando essa forma entra em contato com o TGI do barbeiro, nesse processo ele se transforma para Epimastigota (uma forma de reprodução), a medida que ele vai se conduzindo pelo TGI do barbeiro, na eliminação das fezes ele já está na forma do tripomastigota metaciclíco, pronto para infectar outros indivíduos.
· Etapas do ciclo biológico do T. cruzi
Liberação de formas amastigotas nas fezes doinseto vetor - Invasão das células - Disseminação no hospedeiro vertebrado - Contaminação do hospedeiro invertebrado
1 Passo: Formas tripomastigotas metacíclicas são liberas nas fezes do barbeiro logo após sua alimentação.
2 Passo: A invasão de células (inicialmente macrófagos)
3. Passo: a disseminação no hospedeiro vertebrado: No curso normal da resposta imune, os macrófagos migram para os nódulos linfáticos e seguem para as diversas porções do nosso corpo, em especial, Sistema venoso central, coração e aparelho digestivo, que nos humanos, são os 3 locais mais graves da doença de Chagas.
4 Passo: a contaminação do vetor invertebrado: Tripomastigota sanguíneo
· TRANSMISSÃO
As formas habituais de transmissão da Doença de Chagas para o homem são:
A transmissão vetorial, a transmissão transfusional, a transmissão transplacentária e, mais recentemente, a transmissão via oral, pela ingesta de alimentos contaminados pelo T. cruzi.
a) TRANSMISSÃO VETORIAL: Esse tipo de transmissão acontece pelo contato do homem suscetível com as excretas contaminadas dos triatimíneos, os barbeiros. Quando eles picam o vertebrado, em geral, defecam após o raspato, eliminando formas infectantes de tripomastigotas metacíclicos, que penetram no orifício da picada ou por solução deixada pelo ato de coçar.
b) TRANSMISSÃO VERTICAL- TRANSPLACENTÁRIA: Pode ocorrer em qualquer fase da doença materna: aguda, indeterminada e crônica. A transmissão pode ocorrer em qualquer fase da gestação, sendo mais provável no último trimestre, ou ocorrer no canal do parto, pelo contato das mucosas de feto com o sangue da mãe infectada. E para a confirmação do caso,é necessário identificar os parasitas no sangue do RN ou sorologia positiva após os 06 meses de idade. Em gestantes e lactantes, com diagnóstico por infecção de T. cruzi, recomenda-se não oferecer amamentação no peito em virtude da possibilidade de transmissão por meio do leite ou fissura mamilar.
c) TRANSMISSÃO VIA ORAL ( principal via de transmissão da doença no Brasil: Esse tipo de transmissão é comum em mamíferos, no ciclo primitivo da doença, por meio da ingesta de vetores, e de reservatórios infectados. A importância epidemiológoca desta via de transmissão tem aumentado nas últimas décadas: ocorre quando alimentos são contaminados como o parasita, principalmente a partir de triatomíneos e suas dejeções. Sabe-se que essa contaminação pode ocorrer a partir de formas de tripomastigotas, epimastigotas e, provavelmente, amastigotas. Normalmente os sintomas aparecem entre 3 e 22 dias após o consumo do alimento contaminado e podem englobar: Febre prolongada; Dor de cabeça; Palidez; Dor no corpo; Manchas vermelhas; Inchaço
No Brasil, a infecção via vetor diminuiu. Esse fator além de estar associado a melhoria de vida da população, de uma maneira geral nas últimas décadas, o vetor mais eficiente (se alimenta e defeca no mesmo instante), é uma espécie invasora então vivia nas casas de barro, e as ações de saúde, incluindo detetizações, quase erradicaram com a presença de vetores no pais. E os outros vetores acabam fechando seu ciclo com outros mamíferos.
d) Outras vias de transmissão
Transplantes de órgãos; Acidentes de laboratório; Transfusão sanguínea: considerada a principal forma de infecção nos países não endêmicos, Canadá, EUA, Espanha e outros, e em países latino-americanos que estejam em processo de erradicação do vetor da doença.
· SINTOMAS-FASE AGUDA:
• A Maior parte é assintomática ou inaparente.
• Chagoma de inoculação
• Edema peri-orbital
• Sinal de Romaña( É um edema inflamatório bipalpebral ou unilateral, associado a conjuntivite, dacriadenite e aumento ganglionar pré-auricular, ocorre em 10 a 20% dos casos agudos de doença de Chagas)
• Hiperemia (congestão sanguínea em qualquer órgão ou parte do corpo)
• Minigoencefalite
• Miocardite
• Cefaleia
· SINTOMAS-FASE CRÔNICA
• Infecções crônicas com baixas parasitemias.
• Aumento do coração, dilatação do ventrículo, e/ou miosite do esôfago, cólon ou intestino delgado.
• Destruição dos gânglios é compensada com o aumento da massa muscular, levando a megaesôfago e megacólon.
· Reativação da Doença de Chagas
A fase aguda dura aproximadamente 20 dias, e por algum motivo pode acontecer uma reagudização, ou seja, volta a sintomas da fase aguda. Pode acontecer quando o sistema imune é de alguma forma comprometido.
· Diagnóstico
EXAMES PARASITOLÓGICOS
• Pesquisa a fresco do tripanossoma
• Lâmina corada de gota espessa ou esfregaço
• São o “padrão ouro” para o diagnóstico
EXAMES SOROLÓGICOS - ELISA
Obs: O exame sorológico é uma especificidade da doença de chagas, mas não tem para Leshimaniose
• Anticorpos IgG
• Anticorpos IgM
• Hemoaglutinação
DIAGNÓSTICO MOLECULARES
• PCR- Reação em cadeia da polimerase.
· Curso da doença
Até o 10 dia, ainda não existe anticorpos no soro, então a identificação da doença é feita pelos seus sinais clínicos, o que pode ser um problema visto que os sintomas iniciais também estão presentes em diversas doenças. Após inicia-se o anticorpo tipo IgM (fase aguda da doença) e para o resto da vida o anticorpo do tipo IgG (indivíduo já foi infectado e já passou pela fase aguda).
· Resposta imunológica
Vai ser baseada em uma resposta celular, visto que é um parasita intracelular, então é necessário o funcionamento das células T.
· Vetores de T. cruzi : Hemíptera
– espécies hematófagas: 
– Reduviidae – Triatominae (barbeiros)
– hemimetábolos
– Diferente dos pernilongos: todos os estágios e ambos os sexos são hematófagos
· Reservatórios
Além do homem, mamíferos domésticos e silvestres têm sido naturalmente encontrados infectados pelo Trypanosoma cruzi, tais como gato, cão, porco doméstico, rato doméstico, macaco de cheiro, sagüi, tatu, gambá, morcego, dentre outros
· Habitat
Esse inseto de hábitos noturnos vive nas frestas das casas de pau-a-pique, ninhos de pássaros, tocas de animais, casca de troncos de árvores e embaixo de pedras, copas das palmeiras de açaí.
· Profilaxia
• TRATAMENTOS DE DOENTES; COMBATE AO TRANSMISSOR; MELHORIA DAS HABITAÇÕES RURAIS; PROTEÇÃO DO HOMEM SADIO; ELIMINAÇÃO DE ANIMAIS INFECTADOS; CONTROLE DO DOADOR DE SANGUE; CONTROLE DA TRANSMISSÃO; HIGIENE e CUIDADO NO PREPARO E MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS

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