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AMPUTAÇÕES O processo de reabilitação do paciente amputado pode ser dividido em quatros fases: 1. Pré-operatório (só em casos de amputações eletivas). 2. Pós-operatório. 3. Pré-protetização. 4. Pós-protetização. No pré-operatório são avaliados diversos aspectos, como a ADM das articulações, FM, tanto do segmento envolvido quanto dos outros membros, grau de independência do indivíduo para a realização das AVDs e condicionamento físico. Outro fator importante que deve estar integrando visando a funcionalidade, é a capacidade cardiorrespiratória do paciente, pois pacientes amputados, principalmente em MMII, precisam de resistência e capacidade respiratória nos procedimentos de reabilitação e marcha. Em casos de amputações de MMII, os MMSS devem ser fortalecidos, preparando o individuo para as transferências, independência e a condução na cadeira de rodas. Em casos de amputações unilaterais, o membro contralateral precisa ser fortalecido e trabalhado em caso de prevenção/correção de deformidades. No pós-operatório, o cuidado principal é o coto. Devem ser realizadas na avaliação, a palpação e mediação do comprimento e da circunferência. Na palpação, verifica-se a estruturas situadas nesta região, como a pele, o tecido subcutâneo e os locais onde o paciente sente à dor e a sensação anormal. · Deve avaliar a temperatura, presença de dor, edema, proeminência óssea e a situação da cicatrização. · O coto não deve ser mantido imobilizado, iniciado 24h e 48h após a cirurgia, ajudando a prevenir redução da ADM e contraturas. · Os objetivos fisioterapêuticos nesta fase são redução da dor e garantir uma boa cicatrização, adquirir bom equilíbrio muscular, treinar transferências e equilíbrio ortostático, treinar e proporcionar marcha com dispositivos auxiliares, recuperar a função muscular e prevenir deformidades secundárias. · O enfaixamento compressivo do coto ajuda a reduzir e evitar o aumento do edema residual, estimular o metabolismo e modelar e preparar para futura protetização. Na fase pré-protetização é importante saber que existem contraindicações, e que nem todo paciente amputado utilizará uma prótese: · Alterações clínicas graves; · Cotos muito curtos e proximais; · Incapacidades sensório-cognitivas graves. Nesses casos, é preciso boas orientações e tratamento fisioterapêutico para adquirir o máximo de independência possível, mesmo sem a prótese. Deve haver também uma avaliação em questão do coto, verificando a forma, presença de cicatriz hipertrófica, infecção, aderências, distúrbios de sensibilidade e de neuromas (emaranhados formados nas fibras que compõe o nervo). É importante trabalhar a dessensibilização da extremidade distal do coto, com estímulos sensitivos a fim de normalizar a sensibilidade local e facilitar a adaptação da prótese. Na fase pós-protetização o principal objeto é a reintegração social do paciente com máximo de independência para as AVDs e marcha. É de suma importância uma avaliação da prótese e seus componentes (peso, altura, acabamento, alinhamento...). · No MMII é importante orientar e treinar o paciente como realizar as transferências de peso para o membro protetizado, subir e descer escadas e rampas, sentar-se e levantar e andar em terrenos irregulares. · No MMSS é importante treinar o paciente a realizar a preensão, adaptar-se ao peso dos objetos e à nova sensibilidade.
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