Retenção urinária

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Unidade curricular: Presta assistência de enfermagem ao
usuário em situações  de urgência e emergência;
Indicador: Instrumenta pequenos procedimentos,
selecionando os recursos necessários de acordo com a
situação de urgência e emergência. 
Monitora o usuário para checar as alterações que possam
indicar sinais de agravo utilizando diferentes tecnologias.
Profª Bianca Pereira
SENAC, 2021
Competências abordadas
Fisiopatologia, tratamento e cuidados de
enfermagem:
� Retenção urinária.
Retenção urinária
A retenção urinária é
considerada uma emergência
urológica, sendo basicamente a
impossibilidade de esvaziar a
bexiga.
Os pacientes podem reter urina
devido a obstruções, traumas,
problemas neurológicos ou
psiquiátricos, infecções,
operações ou pelo uso de
fármacos.
Retenção urinária
Em alguns casos, o paciente
retem toda a urina em sua
bexiga e causa um globo
vesical (bexigoma), em
outros pode esvaziar
parcialmente a bexiga,
mantendo sempre um
resquício urinário no local. 
Retenção urinária
Retenção urinária
Na maioria dos casos, os
pacientes que apresentam
retenção urinária são homens
com mais de 60 anos de idade
que apresentam aumento da
próstata. 
Ocorre 1 caso em mulheres
para cada 13 casos em
homens.
Retenção urinária
Os sintomas mais comuns na retenção
urinária são:
▪ Dor abdominal;
▪ Desconforto supra púbico;
▪ Distensão abdominal;
▪ Edema periférico;
▪ Urgência urinária;
▪ Hesitação em iniciar a micção;
▪ Diminuição da força do jato
urinário;
▪ Noctúria;
▪ Incontinência.
OBS: Quando a retenção urinária é
crônica, esses sinais ou sintomas
costumam ser não dolorosos.
Retenção urinária
Causas de retenção urinária
Causas Locais Estenose uretral;
Cálculos da bexiga;
Neoplasia de bexiga;
Corpo estranho, uretral ou em bexiga;
Hipertrofia benigna da próstata;
Fimose;
Estenose meatal;
Estrangulamento uretral;
Causas Neurogênicas Esclerose múltipla;
Mal de Parkinson;
Síndrome de Shy‐Drager;
Doença vascular cerebral;
Síndrome de Cauda Equina;
Lesões metastásicas da medula espinal;
Hérnia de disco intervertebral;
Neuropatias;
Lesão nervosa por cirurgia pélvica;
Retenção pós‐operatória;
Estenose Uretral
Corpo estranho
Estenose de meato
Retenção urinária
Causas de retenção urinária
Causas Traumáticas Lesão uretral ou vesical;
Lesão medular
Causas Infecciosas Cistite;
Herpes simples (genital);
Herpes­zóster;
Abcesso local;
Causas cirúrgicas;
Sangramento pós­operatório
(coágulos);
Anestesia peridural;
Retenção urinária
Causas de retenção urinária
Agentes farmacológicos a­adrenérgicos;
Anfetaminas;
Andrógenos;
Anestésicos;
Anticolinérgicos;
Anti­histamínicos;
Agentes antiparkinsonianos;
Agentes antipsicóticos;
Antiespasmódicos;
Benzodiazepínicos;
Agentes ß­adrenérgicos;
Carbamazepina;
Descongestionantes nasais;
Estrógenos;
Hidralazina;
Relaxantes musculares;
Opioides;
Progesterona;
Inibidores seletivos da recaptação da
serotonina;
Antidepressivos;
Retenção urinária
Os pacientes que apresentarem
retenção urinária devem realizar
exames como urocultura e parcial de
urina que pode mostrar achados
sugestivos de infecção ou hematúria. 
A realização da ultrassonografia pode
confirmar o diagnóstico (>300ml) de
líquido na bexiga indica diagnóstico de
retenção urinária. 
Podem ser realizados outros exames
nos pacientes, dependendo da clínica,
das comorbidades e dos fatores
associados. 
Retenção urinária
A medida mais importante no
manejo desses pacientes é a
descompressão da bexiga, que pode
ser realizada por um cateterismo
uretral ou um suprapúbico. 
Se o paciente apresentar uma
retenção urinária crônica pode ser
colocado um stent na bexiga. 
Cateter suprapúbico ‐ Cistostomia
Cistostomia é uma cirurgia que
tem como objetivo a drenagem
da bexiga em situações que a
uretra não permite seu
esvaziamento.
A indicação mais comum
para cistostomia é quando temos
estenose uretral.
Cateter suprapúbico ‐ Cistostomia
Stent urinário
Hiperplasia prostática
É o aumento benigno da próstata,
que se inicia em média aos 40 anos
e ocorre em praticamente 90% dos
homens.
À medida que o homem envelhece
a próstata naturalmente aumenta
de tamanho e pode começar a
comprimir o canal da urina,
 deixando mais difícil esvaziar a
bexiga.
Hiperplasia prostática
Prolapso uterino
O prolapso uterino é a
descida do útero para o
interior da vagina. É causado
pelo enfraquecimento dos
músculos que mantém os
órgãos dentro da pelve. 
Prolapso uterino
Síndrome de Shy‐drager
Também chamada de “atrofia
de múltiplos sistemas com
hipotensão ortostática” ou
"MSA" é uma doença rara,
grave e de causa desconhecida,
caracterizada pela degeneração
das células do sistema nervoso
central e autônomo, que
controla as funções
involuntárias do corpo.
Síndrome da cauda equina
A síndrome da cauda
equina ocorre quando o feixe de
nervos que se estende da parte
inferior da medula espinhal é
comprimido ou danificado.
De acordo com o periódico
Zhuji Daily, ao acordar o
homem procurou o
Hospital Popular de Zhuji
em Zhejiang, no leste da
China, porque
estava sentindo fortes
dores abdominais. Lá,
uma tomografia
computadorizada revelou
que sua bexiga havia
rasgado em três lugares.
Para piorar a situação, uma das aberturas havia rompido em direção da cavidade
abdominal do paciente, o que fez com que parte de seu intestino penetrasse na bexiga.
Vendo a gravidade da situação, a equipe médica responsável pelo atendimento realizou
uma cirurgia de emergência no Sr. Hu. Felizmente, após alguns dias em observação, ele
recebeu alta. 
Parcial de urina
O exame de urina é indicado
para pesquisar, principalmente,
doenças do aparelho urinário,
embora possa indicar vários
outros problemas, como
doenças no fígado ou diabetes.
Parcial de urina
A urina deve ser coletada em
recipiente próprio, geralmente
fornecido pelo laboratório, não
sendo necessário jejum
A urina deve ser analisada no
máximo duas horas após a
coleta.
Parcial de urina
Parcial de urina
Coloração: Pode ocorrer modificação na coloração pela presença de
sangue na urina, como nos casos de cálculo renal ou infecção urinária.
Certos medicamentos também podem alterar a coloração da urina para
azul, verde ou laranja. 
Aspecto: A urina pode estar límpida ou turva, que é causada pela
presença de bactérias ou descamações em excesso das células do
sistema urinário. A causa mais comum é a infecção urinária.
pH: Se elevado (acima de 7,5) pode ser provocado por cálculos renais,
infecção do sistema urinário e uso de medicamentos. Se reduzido
(abaixo de 5,5) indica perda de potássio, dieta rica em proteínas,
infecção do sistema urinário, diarreias severas, uso de anestésicos ou
medicamentos.
Parcial de urina
Densidade: Se densidade reduzida, ou mais diluída, pode
ocorrer por quadro de Insuficiência renal crônica, hipotermia,
aumento da pressão intracraniana, diabetes e hipertensão arterial.
Se densidade elevada, mais concentrada, são causadas por
quadros de diarreias e vômitos, febre, diabetes mellitus,
insuficiência cardíaca, entre outras.
Glicose: Mais comum em diabéticos, mas portadores de doenças
renais podem apresentar o mesmo aumento de glicose no exame
de urina. Pode ser utilizado na detecção precoce da diabetes.
Proteína: A presença de proteínas na urina é comum nos casos
de doenças renais, do trato urinário ou diabetes.
Parcial de urina
Corpos cetônicos: Achado comum em pacientes diabéticos ou
em caso de jejum prologando. Por este motivo o jejum não
é indicado antes do exame, e pode interferir no seu resultado.
Encontrado nos casos de cetoacidose diabética. 
Hemoglobina: São as células vermelhas do sangue. Portanto, se
houver hemoglobina no exame de urina, significa que há sangue
na urina. Ocorre por hemorragias do sistema urinário, infecções
urinárias, cálculo renal, entre outras doenças. Se uma mulher em
período menstrual realizar exame de urina,
 apresentará hemoglobina na urina por contaminação.
Bilirrubina: A bilirrubina atribui à urina uma cor muito amarela. A
presença de bilirrubina no exame de urina podeser provocada
por doenças do fígado ou da vesícula.
Parcial de urina
Urobilinogênios: Os seus valores anormais são comuns em
doenças do fígado.
Nitrito: Indica presença de infecção urinária bacteriana, de forma
indireta. Isso porque a urina contém nitrato naturalmente, e
algumas bactérias são capazes de transformar esse nitrato em
nitrito, o que aumenta a sua concentração na urina.
Leucócitos: Os leucócitos são células de defesa, por isso
quando aumentados indicam inflamações ou infecções do trato
urinário.
Células epiteliais: Presença de células epiteliais, indica lesão no
trajeto por onde a urina passa. As lesões podem acometer os rins
ou qualquer parte do aparelho urinário.
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