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Vias Urinárias

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Bruna Sá Eduardo
Aula 6 - Semiologia 
Vias Urinárias
O tecido renal é o principal local para a síntese da eritropoetina, hormônio que regula a produção de hemácias pela medula óssea, assim quando há uma insuficiência renal, pode acontecer uma anemia normocrômica ou normocítica.
Os sintomas das doenças dos rins e das vias urinárias incluem 
1. alterações miccionais (hesitação – que corresponde a demora ou atraso involuntário para iniciar o ato de urinar –, urgência – que é a necessidade imperiosa de urinar –,
2. Alterações do jato urinário, retenção urinária, incontinência urinária), 
3. Alterações do volume e do ritmo urinário (oligúria, anúria, poliúria, disúria, polaciúria, frequência, noctúria), alterações da cor da urina (hematúria, hemoglobinúria, mioglobinúria, porfirinúria, urina turva)
4. Alterações do cheiro da urina, dor, edema e febre e calafrios
· Alterações miccionais
Em condições normais e em clima ameno, uma pessoa adulta elimina de 800 a 2.500 mℓ de urina por dia.
A capacidade de armazenagem da bexiga é de 400 a 600 mℓ. Assim, ocorrem 2 a 4 micções por dia. Normalmente o paciente não acorda à noite para urinar ou o faz apenas uma vez, desde que não ingira muito líquido antes de deitar.
Após uma micção normal permanece na bexiga uma pequena quantidade de urina, cerca de 3 a 4 mℓ, chamada urina residual.
· Alterações do jato urinário
Um jato urinário fraco, lento e fino no recém nascido ou em meninos é sugestivo de fimose, estenose do meato uretral ou válvula da uretra posterior.
Hesitação, ou seja, demora para iniciar a micção, esforço para urinar e diminuição da força e do calibre do jato urinário são as manifestações clínicas mais comuns das uropatias obstrutivas infravesicais.
· Retenção urinária
Refere- se à incapacidade da bexiga de esvaziarse, parcial ou completamente. É fundamental diferenciá-la da anúria, condição em que a bexiga se encontra vazia por interrupção do funcionamento renal.
Na retenção urinária a bexiga distendida é palpável na região suprapúbica (globo vesical). A passagem de um cateter seguida de desaparecimento do globo vesical sela o diagnóstico de retenção. Na anúria a bexiga está vazia e o cateterismo comprova a inexistência de urina.
A retenção urinária pode ser completa ou incompleta. Na forma completa o indivíduo é incapaz de eliminar sequer quantidades mínimas de urina. Pode ser aguda ou crônica. A retenção completa aguda geralmente é muito dolorosa. O paciente se apresenta ansioso, pálido, com sudorese, e relata um intenso desejo de urinar que se acentua a cada contração da bexiga. Ao exame físico, encontra-se massa suprapúbica, arredondada, tensa, que origina som maciço à percussão, contrastando com o ruído timpânico em torno dela (BEXIGOMA). 
A retenção urinária incompleta, quase sempre crônica, caracteriza- se pela permanência na bexiga de certa quantidade de urina depois de terminado o ato miccional. Se a quantidade de urina for menor do que a capacidade vesical, diz- se que há uma retenção urinária incompleta sem retenção. Se, ao contrário, a urina que permanece na bexiga, após a micção, for maior do que a capacidade vesical, surge um quadro de retenção urinária incompleta sem distensão. 
· Causas de retencao urinaria
O diagnostico da retencao urinaria e feito, basicamente, pelo exame clinico, sendo importante tentar deĴnir o tipo de retencao e seu agente causal. A faixa etaria do paciente e um dado relevante no raciocinio diagnostico.
 Em criancas, por exemplo, a retencao pode ser ocasionada por calculo vesical impactado no colo da bexiga ou na uretra, estenose da uretra ou do meato uretral externo, Ĵmose cerrada acompanhada de balanopostite, valvula da uretra posterior ou por disfuncao neurovesical. 
Ja em adolescentes e adultos jovens, as causas mais comuns sao inĶamacao da glandula de Cowper de etiologia blenorragica, prostatite, abscesso prostatico, polirradiculoneurite, traumatismos uretrais ou da medula espinal. 
Nos individuos mais idosos deve-se pensar na possibilidade de crescimento prostatico, benigno ou maligno, esclerose multipla, uso de Medicamentos anticolinergicos, anti-histaminicos, tranquilizantes (ansioliticos), antidepressivos ou relaxantes da musculatura lisa.
Na bexiga neurogênica a retenção urinária é consequência da incapacidade da musculatura vesical de contrair-se com força adequada, seja por haver lesões do neurônio motor superior que interferem no reflexo da micção, seja por lesões de nervos sacrais responsáveis pela inervação da bexiga.
· Incontinência urinária
Quando há obstrução das vias urinárias inferiores, a bexiga não se esvazia adequadamente após cada micção, surgindo a necessidade de urinar mais vezes durante o dia e a noite, ou seja, polaciúria e noctúria. Aliás, o paciente sente que ainda ficou alguma urina na bexiga após findar a micção, fato que lhe dá a sensação de esvaziamento incompleto da mesma.
A incontinência urinária só ocorre nos casos avançados, sob a forma de incontinência, de urgência ou incontinência paradoxal, ou de transbordamento, que surge quando a pressão intravesical se iguala à resistência uretral, de modo que a urina passa a gotejar continuamente. A urina que permanece na bexiga, após a micção, é como se fosse um líquido estagnado, muito favorável à proliferação bacteriana. Instalada a infecção, surgem dor à micção, urina turva e odor desagradável.
Na incontinência urinária verdadeira, o paciente elimina urina sem perceber, quase continuamente. Isso é observado nas formas completas, na epispadia e em lesões raquimedulares.
Em mulheres a causa é por múltiplas gravidezes, onde ocorre relaxamento excessivo do musculo do assoalho pélvico. Em homens, ocorre o transbordamento em consequência da hipertrofia prostática, que pode ser benigna ou maligna.
· Incontinencia urinaria em pessoas idosas
Gotejamento. A pressão intravesical é maior do que a da uretra. Comum na depressão, demência, estado confusional, maus tratos e medicação.
A incontinencia urinaria esta incluida, juntamente com a depressao, as demencias, os estados confusionais, as quedas e a sindrome dos maus-tratos, no que se convencionou chamar de Os Gigantes da Geriatria.
 Sao problemas complexos, muito comuns nos idosos, extremamente incapacitantes e geralmente de etiologia multifatorial. Sua avaliacao demanda tempo e seu tratamento e complexo. Alem disso, muitas vezes sao considerados como um fenômeno normal do envelhecimento, fato que retarda a introducao de medidas terapeuticas.
Na avaliacao de uma mulher idosa com incontinencia deve-se ter em mente a possibilidade de incontinencia de esforco por relaxamento excessivo da musculatura do assoalho pelvico e, no homem idoso, a incontinencia por transbordamento em consequencia de hipertroĴa prostatica.
Nao se pode esquecer das causas transitorias de incontinencia, mais comuns nos idosos em funcao de terem reserva funcional vesical e uretral menor, destacando-se as infeccoes, a uretrite atroĴca (deĴciencia estrogenica na mulher idosa), os estados confusionais, medicamentos, imobilidade e fecaloma.
· Alterações do volume e do ritmo urinário
1. Oligúria e anúria
Uma dieta normal provoca a eliminação de pelo menos 800 mℓ de urina, como meio de excreção da ureia e de outros produtos resultantes do metabolismo.
Denomina- se oligúria a excreção de um volume de urina inferior às necessidades para eliminação de catabólitos.
Clinicamente, convencionou-se chamar de oligúria uma diurese inferior a 400 mℓ/dia.
A oligúria geralmente decorre de redução do fluxo sanguíneo renal (insuficiência renal aguda, insuficiência cardíaca) ou da diminuição da capacidade de filtração dos glomérulos (glomerulonefrite, por exemplo).
Quando a diurese é inferior a 100 mℓ em 24 h, diz-se que há anúria, que é resultante de oclusão bilateral das artérias renais, obstrução de ambos os ureteres ou necrose cortical bilateral.
2. Poliúria
Corresponde a um volume urinário acima de 2.500 mℓ/dia.
Como o volume de cada micção está limitado pela capacidade vesical, verifica-se um maior número de micções, inclusiveà noite. A medida do volume urinário de 24 h pode ser necessária para confirmação da presença de poliúria, pois o aumento do número de micções (polaciúria) quase sempre nos leva a pensar em aumento do volume urinário.
Existem dois mecanismos básicos de poliúria: por diurese osmótica, decorrente da excreção de maior quantidade de solutos, que por sua vez determina maior excreção de água, como no diabetes descompensado, ou então por incapacidade de concentração urinária, como se observa no diabetes insípido e na hipopotassemia.
Na insuficiência renal crônica, quando o comprometimento renal é ainda mais moderado, ocorre poliúria pela associação dos dois mecanismos: diurese osmótica, devida à uremia, e incapacidade de concentração. Há também poliúria quando a medula renal está comprometida, como se observa na pielonefrite crônica. As causas de poliúria estão descritas
3. Disúria
Disúria significa micção associada à sensação de dor, queimor ou desconforto. Ocorre na cistite, prostatite ou uretrite.
O termo disúria, etimologicamente, significa qualquer alteração da micção, incluindo frequência, hesitação,
gotejamento, urgência, estrangúria; contudo, é preferível restringir sua abrangência, usando-o apenas com o significado de dor ou desconforto ao urinar.
4. Urgência e polaciúria
Urgência corresponde à necessidade súbita e imperiosa de urinar, podendo, mesmo, haver esvaziamento involuntário da bexiga.
Quando a necessidade de urinar ocorre repetidas vezes, com intervalo entre as micções inferior a 2 h e sem que haja concomitante aumento do volume urinário (poliúria), dizse que o paciente está com polaciúria.
Estes sintomas são provocados por redução da capacidade de armazenagem da bexiga, dor à distensão vesical ou por comprometimento da uretra posterior. Decorrem de várias causas, tais como infecção, cálculo, obstrução, alterações neurológicas. As causas de polaciúria são apresentadas no Quadro 6.29.
A ansiedade também pode manifestar- se com polaciúria, chegando a caracterizar uma condição denominada “bexiga irritável”, somatização de transtornos emocionais no aparelho urinário.
5. Noctúria ou nictúria
Normalmente o indivíduo não acorda à noite para urinar ou o faz apenas uma vez, porque o ritmo de formação de urina decresce fisiologicamente no período noturno.
Denomina- se noctúria quando o ritmo circadiano da diurese se altera, ocasionando a necessidade de se esvaziar a bexiga durante a noite. 
Como exemplo, temos os pacientes com insuficiência cardíaca, renal ou hepática que retêm líquido durante o dia, principalmente nos membros inferiores. Quando eles se deitam à noite, o líquido retido no interstício retorna à circulação, resultando em aumento da diurese, com maior número de micções no período noturno. 
Nos casos de insônia, pode ocorrer noctúria com pequeno volume urinário.
· Alterações da cor da urina
A urina normal é transparente, tendo uma tonalidade que varia do amarelo claro ao amarelo escuro, conforme esteja diluída ou concentrada.
 Observa-se alteração da cor na hematúria, na hemoglobinúria, na mioglobinúria, na porfirinúria e na chamada urina turva.
Determinados corantes e pigmentos tingem a urina de vermelho ou de marromavermelhado,
tornando necessário fazer a diferenciação com a hematúria, por meio do exame microscópico, que confirma a hematúria pela identificação das hemácias.
Alguns medicamentos modificam a cor da urina, emprestando-lhe aspecto amarelado, azulado, alaranjado, na dependência do pigmento existente no fármaco utilizado.
· Hematúria
Hematúria significa presença de sangue na urina, podendo ser macro ou microscópica, ou seja, visível a olho nu ou só detectada ao exame microscópico. Pode ser persistente ou intermitente.
O aspecto da urina depende do volume de sangue e do pH da urina. Basta um centímetro cúbico de sangue em 1,5 ℓ de urina para conferir-lhe cor avermelhada ou marrom, facilmente identificável pelo paciente (hematúria macroscópica).
Pequena quantidade de sangue confere à urina uma cor marromescura, se o pH for ácido. Se a urina for alcalina, a hemoglobina conserva sua cor vermelho viva por mais tempo.
Os sintomas que acompanham a hematuria sao importantes para o diagnostico de sua causa. Exemplos: hematuria acompanhada de febre, calafrios e disuria indica infeccao urinaria, enquanto a ocorrencia de colica renal sugere litiase urinaria. - PROVA
A disúria é dor ou queimação ao urinar. Comum na gonocócica, cistite, prostatite e uretrite.
É importante lembrar também, que o marevam (varfarina) causa hematúria e o paciente comumente fica repleto de hematomas.
Pode-se ter uma ideia da origem do sangramento se o paciente souber informar o momento em que surge urina de cor vermelha ou sanguinolenta (início, meio ou final da micção), caracterizando três tipos: hematúria inicial, hematúria terminal e hematúria total. 
Hematúria inicial indica origem prostática ou uretral. Isto porque o sangue acumulado na uretra é levado pelo primeiro jato de urina.
Hematúria terminal, dolorosa, às vezes com sangue rutilante, é encontrada na hiperplasia benigna da próstata, em consequência da ruptura de veias telangiectásicas do colo vesical ou da mucosa prostática quando o paciente faz esforço para urinar. No câncer da próstata a hematúria é rara e só ocorre quando o processo neoplásico invade a mucosa da bexiga ou da uretra. A hematúria terminal também pode ter origem na bexiga, quando um processo neoplásico ou a mucosa inflamada é “espremida” pela contração das fibras musculares do detrusor, na fase final da micção, ou quando cálculos vesicais lesionam a mucosa, provocando sangramento da bexiga no fim do ato miccional.
Hematúria total geralmente depende de lesões situadas acima do colo da bexiga, no ureter ou no rim, pois é necessário que haja tempo para que se misturem na bexiga o sangue e a urina. As principais causas de hematúria total são a glomerulonefrite aguda, a hipertensão arterial maligna, a necrose tubular aguda, rins policísticos, infarto renal, leptospirose, malária, tuberculose renal, síndrome de coagulação vascular disseminada, neoplasias, cálculos e uso de anticoagulantes
· Pseudo-hematuria
Alguns pigmentos presentes em medicamentos e alimentos podem conferir uma cor rosea ou vermelha a urina, na ausencia de hemoglobina ou hemacias.
Alimentos: beterraba, frutas vermelhas, alimentos com corantes vermelhos
Medicamentos: rifampicina, clorzoxazona, piridina, fenotiazina, fenitoina, doxorrubicina, daunomicina, laxativo com fenolftaleina.
O exame do sedimento urinario identiĴca a hematuria verdadeira.
· Hemoglobinúria, mioglobinúria e porfirinúria
Hemoglobinúria é a presença de hemoglobina livre na urina, condição que acompanha as crises de hemólise intravascular (malária, leptospirose, transfusão de sangue incompatível, icterícia hemolítica).
Mioglobinúria resulta de destruição muscular por traumatismos ou queimaduras.
Porfirinúria é consequência da eliminação de porfirinas ou de seus precursores, os quais produzem coloração Vermelhovinhosa da urina, algumas horas depois da micção
· Urina turva
Relato de urina turva signiĴca apenas mudanca da cor da urina, ocorre com frequencia e tem causas diversas. Sendo a urina uma solucao supersaturada, algumas horas apos emitida e guardada em um recipiente ela pode apresentar precipitacao de diversos tipos de cristais (cristaluria), sendo mais frequentes os de acido urico, oxalato de calcio e uratos amorfos quando a urina e acida. Se ela for alcalina precipitam o carbonato e o fosfato de calcio, turvando a urina. Este tipo de turvacao nao tem importancia clinica.
Em contrapartida, urina turva, formando deposito esbranquicado, de odor desagradavel, pode ser indicativa de infeccao urinaria (cistite, pielonefrite, abscesso renal, perirrenal, uretral ou prostatico).
Pacientes com icterícia podem relatar urina escura, cor de coca cola
Uma causa menos comum de urina turva é a obstrução de linfáticos ->quilúria. Entre as causas de quiluria, encontram-se a filariose, tuberculose e as neoplasias.
· Alterações do cheiro da urina
Ocheiro sui generis da urina decorre da liberação de amônia.
Um simples aumento da concentração urinária pode determinar cheiro desagradável. Vários medicamentos podem modificar o cheiro da urina, destacando-se as vitaminas e os antibióticos.
 Porém, fetidez propriamente dita surge nos processos infecciosos, pela presença de pus ou por degradação de substâncias orgânicas.
· Dor
A dor originada nos rins e vias urinárias pode assumir características diversas, destacandose
a dor lombar e no flanco, a cólica renal ou nefrética, a dor vesical, a estrangúria ou tenesmo vesical e a dor perineal.
· Dor lombar e no flanco
O parênquima renal é insensível, mas a distensão da cápsula dá origem à dor que se localiza na região lombar e no flanco, por ser sua inervação relacionada com a desta parte do tronco. É descrita como profunda, de intensidade variável, fixa e persistente, que piora com a posição ortostática e se agrava no fim do dia. Lembra muito a lombalgia e dela precisa ser diferenciada . Na síndrome nefrótica, glomerulonefrite aguda, nefrite intersticial e pielonefrite aguda, este tipo de dor geralmente está presente.
A obstrução urinária aguda devida a cálculo na pelve renal ou a obstrução ureteropélvica que causa dilatação tubular e aumento dos rins provoca também dor lombar, especialmente quando maior ingestão de líquido aumenta o fluxo urinário.
Alguns pacientes relatam dor semelhante após uso de diurético, principalmente furosemida.
Rins policísticos podem atingir grande volume sem causar dor, exceto quando algum cisto se rompe. Contudo, alguns pacientes relatam dor surda na região lombar ou no flanco.
Na inflamação perinefrética ocorre irritação da cápsula renal que causa dor intensa que aumenta com a movimentação; isso se observa na nefrite intersticial bacteriana, infarto renal, ruptura de cisto renal, quando ocorre hemorragia ou necrose tumoral, e no extravasamento de urina.
Obs.: “Dor nos rins” Cumpre ressaltar que toda dor lombar ou no Ķanco, ou mesmo nas costas, costuma ser interpretada pelos pacientes como originaria dos rins. No entanto, com muita frequencia, ela e de natureza extrarrenal, provocada por contratura da musculatura lombar, alteracoes degenerativas das vertebras (espondiloartrose) ou comprometimento de disco intervertebral. Por isso, diante da queixa “dor nos rins”, deve-se estar atento para as doencas renais e para as enfermidades da coluna vertebral e anexos.
· Cólica renal ou nefrética
Aplica-se esta denominação à dor decorrente de obstrução do trato urinário alto, com súbita dilatação da pelve renal ou do ureter, que se acompanha de contrações da musculatura lisa destas estruturas. No início, pode haver apenas desconforto na região lombar ou no flanco, irradiando-se vagamente para o quadrante inferior do abdome do mesmo lado. Rapidamente esse desconforto evolui para dor de grande intensidade, acompanhada de mal estar geral, inquietude, sudorese, náuseas e vômitos. O paciente movese no leito ou levantasse à procura de uma posição que lhe traga algum alívio.
A dor da cólica renal em geral começa no ângulo costovertebral, irradiando-se para a fossa ilíaca e região inguinal, alcançando o testículo e o pênis no homem e o grande lábio vaginal na mulher. O episódio doloroso pode durar horas ou dias, ocorrendo alívio espontâneo se houver desobstrução do ureter pelo deslocamento do cálculo ou coágulo. Mais comumente a dor só é aliviada após medicação analgésica ou antiespasmódica. O desaparecimento súbito da dor, ocasionado pela resolução natural da obstrução, é importante no diagnóstico diferencial. 
Existem algumas variantes clínicas da cólica renal, na dependência da altura da obstrução. Assim, se a obstrução estiver na junção ureteropélvica, a dor costuma situar-se no flanco e irradiarse
para o quadrante superior do abdome ou mesmo para a região inguinal homolateral; já a obstrução ureterovesical acompanha-se de sintomas de irritação do trígono vesical, representados por disúria, urgência e polaciúria, que fazem pensar em cistite.
	Cálculo obstruindo o segmento final do ureter pode causar dor persistente no testículo e pênis, ou no grande lábio vaginal do mesmo lado, sem, entretanto, evidenciar sintomas de irritação vesical. 
· Dor vesical
A dor originada no corpo da bexiga geralmente se localiza na região suprapúbica. Quando ela decorre de irritação envolvendo a região do trígono e do colo vesical, irradia-se para a uretra e o meato externo, podendo ser relatada como uma sensação de queimação.
· Estrangúria ou tenesmo vesical
Uma inflamação vesical intensa pode provocar a emissão lenta e dolorosa de urina, chamada estrangúria ou tenesmo vesical, que é decorrente de espasmo da musculatura do trígono e colo vesical.
· Dor perineal
Infecção aguda da próstata causa dor perineal intensa, sendo referida no sacro ou no reto. Pode causar também estrangúria.
 
· Edema ALERTA
Pode ter algum grau de IR, derrame pleural, articular, ascite.
O edema que surge nas doenças renais resulta de diferentes mecanismos patogenéticos que lhe conferem características semiológicas próprias.
Na glomerulonefrite o edema é generalizado, mais intenso na região periorbitária pela manhã, quando o paciente acorda. No final do dia, se o paciente estiver deambulando normalmente, predomina nos membros inferiores. Este edema decorre da retenção de sal e água em consequência das lesões glomerulares. Nas crianças, o aparecimento do edema costuma ser súbito, podendo acompanhar-se de manifestações de insuficiência cardíaca congestiva, ou seja, jugulares ingurgitadas, hepatomegalia dolorosa, dispneia e tosse, quando há comprometimento miocárdico concomitante.
Na glomerulonefrite crônica a evolução e a intensidade do edema são muito variáveis, observandose, contudo, quase sempre o aparecimento de edema periorbitário, pela manhã. O paciente relata que acorda com os “olhos empapuçados”.
 O edema da síndrome nefrótica é generalizado e mais intenso que o da glomerulonefrite, podendo chegar à anasarca, especialmente em crianças. Quando o estado geral do paciente é bom e ele consegue deambular, é comum observar- se, pela manhã, intenso edema facial. No fim do dia, são as pernas que estão edemaciadas. É frequente a presença de ascite e derrame pleural. A intensidade do edema pode variar de acordo com a ingestão de sal, pois na síndrome nefrótica o mecanismo fisiopatológico básico é a redução da pressão oncótica por hipoalbuminemia, com redução do volume plasmático e passagem de água para o espaço intersticial, mas a retenção de sódio e água é um fator importante relacionado com o aumento da produção de aldosterona.
O edema da insuficiência renal crônica é muito variável, na dependência da causa determinante. Depende também da fase da doença, do grau do distúrbio funcional ou de eventuais alterações que ocasionam a descompensação clínica. Na insuficiência renal aguda o edema decorre geralmente de hiperhidratação. Na pielonefrite o edema é de pequena intensidade, quase sempre restrito à localização facial pela manhã.
Obs.: Febres e calafrios: Primeiros sintomas cardinais da pielonefrite.
As infecções urinárias altas, que comprometem os cálices, bacinetes e interstício do parênquima renal, quase sempre se acompanham de febre que pode ter início súbito, precedido de calafrios. Infecções das vias urinárias inferiores também podem provocar febre, mas nesses casos predominam as alterações miccionais.
Obs.: Não estava no Slide
Exame dos rins
O exame físico do sistema urinário deve começar pela inspeção do abdome, dos flancos e das costas, com o paciente sentado. Em seguida, deve-se fazer a palpação e a compressão
dos ângulos costovertebrais. Posteriormente, efetua-se a percussão com a face interna da mão fechada, chamada "punho-percussão". Por fim, deve ser realizada ausculta abdominal,
que será útil na verificação de sopros abdominais como ocorre na estenose de artérias renais. Utiliza-se o diafragma do estetoscópio para a ausculta de mesogástrio e hipocôndrios.
Exame dos ureteres
Pela palpação profunda da parede abdominalanterior, é possível determinar dois pontos dolorosos quando existe infecção ou obstrução dos ureteres. O superior fica na parte média dos quadrantes superiores direito e esquerdo, e o inferior, nas fossas ilíacas direita e esquerda, próximos à região suprapúbica. A reação dolorosa à palpação profunda destes chamados "pontos ureterais" tem significado diagnóstico,
especialmente quando são identificados outros dados sugestivos de comprometimento do trato urinário alto.
Exame da bexiga
A bexiga vazia não é palpável, porém pode haver hipersensibilidade na área suprapúbica ao se fazer a palpação. Retenção urinária aguda ou crônica, levando à distensão vesical, pode
ser percebida por inspeção, palpação e percussão da região suprapúbica. Se houver retenção urinária, observam-se reação dolorosa intensa e ocorrência de um abaulamento no hipogástrio. Apalpação, observa-se massa lisa e firme na linha média (globo vesical). Em mulheres, o esvaziamento vesical por cateterismo poderá ser necessário para o diagnóstico diferencial com cisto do ovário.
Obs.: Fígado tem predominância do sistema venoso (portal) e nos rins, há predominância do sistema arterial (arteria renal).
O rim é um órgão retroperitoneal sendo localizado abaixo da ponta inferior da escápula.
Anúria X Retenção urinária: Anúria mesmo com o cateterismo vesical não há eliminação de urina, pois não há produção. Já na Retenção urinária, ocorre a eliminação de urina pela passagem do cateterismo vesical.
O normal é a bexiga não ser palável
· EXAME FÍSICO
1. Bexigoma
2. Edema periorbital e de membros inferiores
3. Sinal de Giordano
4. Febre:sepse
· Litíase urinária
Chama-se de litíase urinária a formação de concreções calculosas nos rins e vias urinárias. 
90% São formadas por sais de cálcio (oxalato, fosfato), e os restantes 10%, por ácido úrico e cistina.
12% da população, com recorrência de 50% em 5 anos.
Litiase renal, ureteral e vesical
Sindrome da obstrução Urinária: Litiase, neoplasias, cicatrização de infecções, anomalias congênitas, bexiga neurogênica aumentada da pressão intratubular que ocasiona redução da filtração glomerular, que leva a isquemia dos rins e consequentemente necrose e destruição papilar.
A obstrução pode ser a causa da Insuficiencia renal.
· Infecção do trato urinário
Elevada incidência em mulheres de todas as idades e em homens após os 50 anos.
Pielonefrite: Infecção bacteriana de trato urinário alto (rins e pelve renal) febre alta, calafrios, náuseas e vômitos e dor no flanco.
Cistite, uretrite, prostatite: infecções do trato urinário baixo disúria, piúria, polaciúria e urgência miccional.
Bem comum a recidiva.
Bacteriúria assintomática: Presença de bactérias na urina, sem sintomas de infecção urinária comum em crianças com refluxo vesico ureteral.
· Infecção renal aguda
Geralmente de hiper-hidratação.
Caracterizada pelo rápido declínio da taxa de filtração glomerular, resultando em acumulo no sangue de produtos do metabolismo nitrogenado, como a ureia e a creatinina, e a incapacidade de manter o equilíbrio hidroeletrolítico e acido básico.
	30% dos pacientes em UTI
Causas: Redução da perfusão renal, substancias nefrotóxicas ou associação entre os dois.
Pre renal (aneurisma da arteria renal), renal (necrose cortical) e pós renal (a causa principal é a litíase urinária).
Para conhecimento:
Pré renal: É a etiologia mais comum de LRA (55 a 60%); por definição, não há defeito estrutural nos rins; glomérulos, túbulos e interstício estão intactos e a FG é rapidamente restabelecida após correção da perfusão renal
Renal. Incluem-se todas as manifestações de lesões recentes ao parênquima renal (glomérulo, túbulo, interstício ou vasos). A LRA renal mais frequente é a necrose tubular aguda (NTA) responsável por 70% dos casos, seguida de 10 a 20% de nefrites intersticiais agudas e de 1 a 10% de causas vasculares.
pós-renal. Apresenta a menor prevalência dentre os 3 tipos de LRA ( < 5%). Para que uma obstrução resulte em LRA, é necessária a ocorrência de obstrução com repercussão renal bilateral, ou unilateral com rim único. A obstrução de colo vesical é a causa mais comum, em geral decorrente de doenças prostáticas, bexiga neurogênica ou tratamento com anticolinérgicos. Causas menos comuns do trato urinário inferior incluem estenose do meato uretral, coágulos, cálculos e uretrite com espasmo. Dentre as causas de obstrução alta, bilateral ou unilateral em rim único, encontram-se os abscessos e as neoplasias, a fibrose
retroperitoneal, os acidentes cirúrgicos (ligadura ou secção ureteral) e a obstrução ureteral por coágulos ou cálculos.
· Insuficiência renal Crônica
O rim produz eritropoietina, então se existe uma IRC, temos anemia normocromica e normocitica.
Dano renal manifestado por marcadores de dano renal, incluindo anormalidades na composição do sangue ou urina, alterações em exames de imegem e uma filtração glomerular menor que 60 mL/mil.
Causas mais frequentes: DM2 e HAS
Classificada em 5 estágios, sendo o útimo necessário para diálise.
	Fraqueza, adinamia, hálito com odor de urina, câimbras, anorexia uremia.
· Síndrome nefrótica
Proteinúria superior a 3.5 g/24 horas, hipoalbulinemia e edema 
Doenças glomerulares primárias ou secundárias
· Síndrome nefrítica
Processo inflamatório do glomérulo, com hematúria, edema, hipertensão arterial, oligúria e proteinúria subnefrótica
Glomerulonefrites agudas e crônicas.
Obs.: Ao invés de pedir TFG, pedir urina 24

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