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Sangramento Uterino Anormal Representando uma das principais queixas referidas pelas pacientes em idade reprodutiva, o sangramento uterino anormal (SUA) compreende até um terço das consultas médicas ginecológicas e impacta de forma significativa a qualidade de vida dessas mulheres É o sangramento originado do corpo uterino na ausência de gravidez, anormal em frequência, regularidade, duração e/ou volume, persistente por mais de 6 meses. Não necessita de intervenção médica imediata Episódio de sangramento intenso, na ausência de gravidez, em quantidade suficiente para determinar necessidade de intervenção rápida para evitar perda sanguínea adicional. Pode ocorrer na vigência de um quadro crônico de SU O sangramento que ocorre entre dois ciclos menstruais regulares é denominado sangramento intermenstrual, e pode ocorrer de forma aleatória ou ser recorrente e previsível SUA CRÔNICOSUA CRÔNICO SUA AGUDOSUA AGUDO Padrões fora desses limitesPadrões fora desses limites são caracterizados como SUAsão caracterizados como SUA A recomendação atual é o abandono e substituição dos termos tradicionais – menorragia, hipermenorreia, sangramento disfuncional, menometrorragia, ligomenorreia, entre outros – por termos simples para que a descrição do quadro de sangramento possa ser compreendida facilmente Em 13% das pacientes com SUA, é identificada alguma alteração na coagulação, sendo a doença de von Willebrand a condição mais comum. O rastreio deve ser realizado durante a anamnese Para as pacientes com rastreio positivo, está indicada investigação laboratorial CLASSIFICAÇÃOCLASSIFICAÇÃO Categorização da(s) etiologia(s) envolvida(s) no SUA nas mulheres em idade reprodutiva e na ausência de gestação: Sangramento intenso desde a menarca Um dos seguintes critérios Hemorragia pós-parto Sangramento relacionado a procedimento cirúrgico Sangramento associado a tratamento dentário Dois ou mais dos seguintes critérios Equimose 1-2 × /mês Epistaxe 1-2 × /mês Sangramento gengival frequente História familiar de sangramento # CAUSAS > Relacionadas a anormalidades estruturais uterinas” = PALM > Não relacionadas a anormalidades estruturais uterinas” = COEIN São proliferações endometriais envolvendo estroma e glândulas. Nessa classificação, também estão incluídos pólipos endocervicais, apesar de sua grande maioria ser assintomática Pólipo (SUA-P)Pólipo (SUA-P)Pólipo (SUA-P) Anamnese para rastreio de coagulopatia Implantação heterotópica de células endometriais no interior do miométrio para diagnóstico, achados ultrassonográficos de tecido endometrial no interior do miométrio e/ou hiperplasia miometrial são suficientes, sem necessidade de exames complementares Adenomiose (SUA-A)Adenomiose (SUA-A)Adenomiose (SUA-A) Tumor fibromuscular do endométrio, de caráter benigno. O mioma com componente submucoso, sobretudo aquele que distorce a cavidade uterina, apresenta mais frequentemente SUA com fluxo intenso. Leiomioma (SUA-L)Leiomioma (SUA-L)Leiomioma (SUA-L) Apesar de incomuns, hiperplasia endometrial atípica e carcinoma de endométrio devem sempre ser aventados em pacientes com SUA, em qualquer idade Malignidade (SUA-M)Malignidade (SUA-M)Malignidade (SUA-M) Coagulopatia (SUA-C)Coagulopatia (SUA-C)Coagulopatia (SUA-C) São representadas por uma ampla variedade de anormalidades menstruais: amenorreia total, sangramento leve e infrequente, até episódios de sangramento extremamente aumentado que por vezes requer intervenção de urgência Se não há ovulação, em consequência, não há produção adequada de progesterona. O endométrio torna-se proliferado e espesso devido à ação do estrogênio sem oposição. Essa hiperproliferação torna-o frágil, resultando em sangramento anormal. Ciclos com esse padrão de sangramento correspondem a ciclos anovulatórios, sem instituição de fase lútea. Costumam ocorrer nos extremos da vida reprodutiva: nos primeiros anos após a menarca e na perimenopausa Disfunções ovulatórias (SUA-O)Disfunções ovulatórias (SUA-O)Disfunções ovulatórias (SUA-O) Sangramento anormal que ocorre em periodicidade regular, sugerindo ciclo ovulatório, sem outras causas identificadas Endometrial (SUA-E)Endometrial (SUA-E)Endometrial (SUA-E) Frente a uma paciente em idade reprodutiva com sangramento anormal, seja agudo ou crônico, é mandatória a investigação de gravidez. Sabe-se que as complicações de uma gestação não diagnosticada constituem a principal causa de sangramento na menacme SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL: ETIOLOGIA VS. IDADE Nascimento Privação de estrogênio materno Infância Corpo estranho Trauma Infecção Tumor ovariano Sarcoma botrioide Pós-menarca Anovulação (SUA-O) Coagulopatias (SUA-C) Infecções (SUA-E) Complicações da gravidez Menacme Complicações da gravidez É atribuído a alterações primárias do endométrio, entre elas, disfunções no mecanismo de homeostase local, resultando em sangramento aumentado O padrão de sangramento intermenstrual pode ser secundário a quadros inflamatórios ou infecciosos do endométrio, do colo uterino e das tubas, à presença de Chlamydia trachomatis no trato urogenital, ao aumento da resposta inflamatória local e a alterações da vasculogênese do endométrio Inclui o uso de hormônios exógenos sistêmicos ou dispositivos intrauterinos, medicações que impactam diretamente no endométrio, interferem na coagulação sanguínea ou interferem sistemicamente na ovulação Medicações que interfiram no eixo HHO com consequências nas concentrações séricas de esteroides e na ovulação, como os psicofármacos, também podem resultar em sangramento anormal. Iatrogênica (SUA-I)Iatrogênica (SUA-I)Iatrogênica (SUA-I) INVESTIGAÇÃOINVESTIGAÇÃO # A anamnese deve ser guiada pelo sistema “PALM-COEIN” - Primeiramente, o foco está em obter detalhes do padrão menstrual comum da paciente e as alterações apresentadas em frequência, intensidade do fluxo, periodicidade e duração. - Outros sintomas relacionados devem ser investigados, assim como a história médica pregressa, a história ginecológica e obstétrica, as doenças sistêmicas e o uso de fármacos (anticoncepcionais hormonais, terapia de reposição hormonal, dispositivos intrauterinos, anticoagulantes, tamoxifeno, antipsicóticos, antidepressivos tricíclicos, inibidores darecaptação da serotonina, entre outros). >> Atenção especial deve ser dada à idade da paciente, fator importante no diagnóstico diferencial, já que as principais etiologias do SUA são diferentes para cada fase da vida da mulher ANAMNESE Anovulação (SUA-O) Contracepção hormonal (SUA-I) Infecções (SUA-E) Endocrinopatias (SUA-O) Pólipos e miomas (SUA- P/SUA-L) Perimenopausa Anovulação (SUA-O) Pólipos e miomas (SUA- P/SUA-L) Hiperplasia e câncer endometrial (SUA-M) Pós-menopausa Atrofia vaginal/endometrial TH (SUA-I) Câncer de endométrio (SUA- M) EXAME FÍSICO # A partir do exame físico ginecológico com exame especular e toque vaginal bimanual pode-se determinar a origem do sangramento por meio da identificação de lesões ou outras alterações - A grande maioria é oriunda do corpo uterino, porém, outras fontes a serem consideradas são vulva (trauma, doença sexualmente transmissível [DST], lesões cutâneas), vagina (vaginites, úlceras, traumatismos, malformações), colo uterino (lesões malignas, ectopia, cervicite, pólipos), além de uretra, bexiga, ânus e reto, que merecem adequada avaliação. - Além de alterações no exame ginecológico, é importante identificar outros sinais que possam contribuir para o sangramento aumentado Tireoide Galactorreia Obesidade Hiperandrogenismo Petéquias equimoses Os exames de imagem devem ser realizados quando há anormalidade no exame físico ou se não há resposta ao tratamento em pacientes com exame físico normal. A avaliação inicial deve ser realizada com ultrassonografia (US) transvaginal, que permite avaliar o formato e o volume uterinos, a cavidade endometrial, bem como a espessura da lâmina endometrial, o miométrio e os anexos. Com alguma precisão, consegue-se identificar lesões intrauterinas como pólipos, miomas e tumorações;porém, a especificidade para essas alterações é baixa. Preferencialmente, o exame deve ser realizado na primeira fase do ciclo menstrual, quando o endométrio está menos espesso, o que aumenta a Hemograma completo, incluindo contagem de plaquetas > avaliar anemia Teste de gravidez Outros exames laboratoriais estão indicados quando houver suspeita clínica de doenças relacionadas: tireotrofina (TSH), tireoxina (T4) livre e hiperprolactinemia Pacientes com suspeita de distúrbios hematológicos e coagulopatias: dosagens de tempo de protrombina (TP) e tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa). Pesquisa para Chlamydia trachomatis deve ser considerada quando houver fatores de risco para a infecção A citologia para rastreio de câncer cervical deve estar atualizada O estado ovulatório pode ser inferido pela clínica, sem necessidade de exames complementares. A regularidade menstrual, quase na totalidade dos casos, é marcador de ovulação EXAMES COMPLEMENTARES EXAMES LABORATORIAISEXAMES LABORATORIAISEXAMES LABORATORIAIS AVALIAÇÃO UTERINAAVALIAÇÃO UTERINAAVALIAÇÃO UTERINA A avaliação uterina deve ser realizada por meio de exames de imagem e biópsia endometrial (BE), quando indicada EXAMES DE IMAGEM ULTRASSONOGRAFIAULTRASSONOGRAFIAULTRASSONOGRAFIA A imagem normal é suficiente para encerrar a investigação de causas estruturais Apesar da acurácia relativamente baixa da US transvaginal, seu custo- efetividade justifica o seu uso como primeira linha na investigação de alterações estruturais no SUA A ressonância magnética (RM) não é primeira escolha no diagnóstico e sua indicação deve ser individualizada devido ao alto custo para a sua realização visibilidade para lesões intracavitárias HISTEROSSONOGRAFIAHISTEROSSONOGRAFIAHISTEROSSONOGRAFIA Consiste na instilação de solução salina durante a US transvaginal, distendendo a cavidade uterina e permitindo melhor visão FUNÇÃO: excluir a presença de lesões pré- malignas (hiperplasias) ou carcinoma endometrial visão intracavitária, aumentando a sensibilidade e a especificidade em identificar lesões focais no endométrio # Deve ser realizada como primeira linha de investigação nas pacientes com SUA e com mais de 45 anos >> Porém, toda paciente com sangramento anormal, independentemente da idade, com fatores de risco para carcinoma de endométrio, história de exposição continuada ao estrogênio sem oposição da progesterona (caso da síndrome dos ovários policísticos e da obesidade), SUA persistente, falha terapêutica ou irregularidade endometrial na US transvaginal deve ser submetida à BE HISTEROSCOPIAHISTEROSCOPIAHISTEROSCOPIA É o melhor método para avaliação da cavidade uterina, pois além da visualização direta da cavidade e do endométrio, permite biópsias dirigidas e a instituição de métodos terapêuticos quando possível BIÓPSIA ENDOMETRIAL Indicações de biópsia endometrial no SUA Mais de 45 anos SUA Qualquer idade SUA + fatores de risco para malignidade (obesidade, nuliparidade, DM, exposição à estimulação estrogênica sem oposição da progesterona, anovulação crônica, uso de tamoxifeno ou TH) SUA + irregularidade endometrial (endométrio heterogêneo) SUA persistente Falha de tratamento A medida da espessura do endométrio na US transvaginal também está relacionada com a incidência de patologia maligna ou pré- maligna. NA MENACME: utiliza-se o ponto de corte de 12 mm para USs realizadas na primeira fase do ciclo como indicativo de avaliação endometrial complementar por meio de biópsia aspirativa de endométrio ou HSC com biópsia NA PÓS-MENOPAUSA: um aumento da incidência de malignidade foi relacionado à espessura endometrial na US transvaginal maior ou igual a 5 mm associada à clínica de sangramento anormal - obrigatoriedade de avaliação complementar por meio do exame anatomopatológico # Considerado método ótimo para amostragem endometrial, a HSC permite biópsia direcionada, por meio da visualização direta da cavidade >> Para qualquer tipo de BE, nos casos em que há suspeita de malignidade, a histologia negativa não deve interromper a investigação PODE SER: - Medicamentoso - hormonal - não hormonal - Cirúrgico - indicados na falha do tratamento conservador No caso de episódio agudo de sangramento de grande volume, o manejo é imediato e necessita de rápida intervenção médica com a finalidade de controlar o sangramento ativo e suas complicações – instabilidade hemodinâmica e anemia grave O sangramento pode ser controlado com a introdução de uma sonda Foley e, após, infusão de 30 mL de líquido no seu balonete ou com gaze TRATAMENTOTRATAMENTO OBJETIVO: - Estabilizar e/ou manter a estabilidade hemodinâmica - Corrigir anemia aguda ou crônica - Retornar o padrão de ciclos menstruais normais - Prevenir a recorrência - Prevenir as consequências da anovulação em longo prazo MANEJO DO SANGRAMENTOMANEJO DO SANGRAMENTOMANEJO DO SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL AGUDOUTERINO ANORMAL AGUDOUTERINO ANORMAL AGUDO TAMPONAMENTO UTERINOTAMPONAMENTO UTERINOTAMPONAMENTO UTERINO PACIENTE HEMODINAMICAMENTE INSTÁVEL - avaliar a necessidade de reposição volêmica e/ou transfusão sanguínea - excluir gravidez como causa do sangramento escolha para pacientes instáveis com sangramento agudo grave e que necessitam de intervenção imediata opção segura para preservar fertilidade CURETAGEM UTERINACURETAGEM UTERINACURETAGEM UTERINA a causa do sangramento geralmente não é resolvida, necessitando de tratamento complementar para manutenção Nas situações em que a via oral está preservada, utilizam-se estrogênios equinos conjugados (EECs), em altas doses para controle do sangramento nas pacientes sem contraindicação conhecida para uso de terapia hormonal (TH). O controle do sangramento é alcançado em até 10 horas da primeira dose na maioria das pacientes. Pode-se associar um antiemético para controle das náuseas relacionadas a altas doses de estrogênio Toda terapia com estrogênio isolado deve ser seguida por cobertura progestagênica. Após, a manutenção pode ser realizada com anticoncepcional combinado. As doses devem ser as mínimas efetivas para controle de sangramento > EEC 1,25 mg VO de 6/6 horas por 21 a 25 dias e, após, acetato de medroxiprogesterona 10 mg VO 1 ×/dia por 10 dias; > ACO com 30 a 35 µ g de etinilestradiol VO de 8/8 horas por 7 dias; > Realizar pausa de 7 dias para sangramento de deprivação; > Reiniciar com ACO 1 ×/dia para manutenção. ESTROGÊNIOS EQUINOS CONJUGADOS EMESTROGÊNIOS EQUINOS CONJUGADOS EMESTROGÊNIOS EQUINOS CONJUGADOS EM ALTAS DOSESALTAS DOSESALTAS DOSES Escolha para pacientes com malformações arteriovenosas uterinas. Pouco utilizada como terapêutica emergencial EMBOLIZAÇÃO UTERINAEMBOLIZAÇÃO UTERINAEMBOLIZAÇÃO UTERINA Considerada se houver falha dos outros métodos e necessidade de pronta intervenção HISTERECTOMIAHISTERECTOMIAHISTERECTOMIA PACIENTE HEMODINAMICAMENTE ESTÁVEL - O tratamento hormonal via oral (VO) é a escolha nesses casos, quando não há contraindicação ESTROGÊNIOS EQUINOS CONJUGADOS EMESTROGÊNIOS EQUINOS CONJUGADOS EMESTROGÊNIOS EQUINOS CONJUGADOS EM ALTAS DOSESALTAS DOSESALTAS DOSES É a primeira linha para pacientes estáveis, por VO, utilizado de forma similar à paciente instável EEC 1,25 mg VO de 6/6 horas por 21 a 25 dias e, após, acetato de medroxiprogesterona 10 mg VO 1 ×/dia por 10 dias Compostos com no mínimo 30 µ g de etinilestradiol devem apresentar bons resultados em até 48 horas de uso ANTICONCEPCIONAL ORAL COMBINADOANTICONCEPCIONAL ORAL COMBINADOANTICONCEPCIONAL ORAL COMBINADO EM ALTAS DOSESEM ALTAS DOSESEM ALTAS DOSES Eficazes para pacientes com ciclos anovulatórios visando à estabilização endometrial após intensa proliferação por estímulo estrogênico em longo prazo PROGESTERONA E PROGESTOGÊNIOS EMPROGESTERONA E PROGESTOGÊNIOS EMPROGESTERONA E PROGESTOGÊNIOS EM ALTAS DOSESALTAS DOSESALTAS DOSES > ACO com 30 a 35 µ g de etinilestradiol VO de 8/8 horas por 7 dias; - Realizar pausa de 7 dias para sangramento de deprivação; - Reiniciar com ACO 1 ×/dia para manutenção > ACO com 30 a 35µ g de etinilestradiol VO; 5 cp no primeiro dia; 4 cp no segundo dia; 3 cp no terceiro dia; 2 cp no quarto dia; 1 cp a partir do quinto dia, seguido por mais 7 dias; Realizar pausa de 7 dias para sangramento de deprivação; Reiniciar com ACO 1 ×/dia para manutenção. > Acetato de medroxiprogesterona 20 mg VO de 12/12 horas por 7 dias; > Acetato de megestrol 20 a 60 mg VO de 12/12 horas por 7 dias. ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDESANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDESANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES indicado para pacientes com sangramento ovulatório de grande volume A redução do fluxo chega a 20 a 50% em 75% das mulheres com SUA de fluxo intenso Os mais utilizados e estudados são o ácido mefenâmico, o naproxeno e o ibuprofeno Os AINEs são contraindicados para pacientes com plaquetopenia ou anticoagulação > Ácido mefenâmico 500 mg 3 ×/dia (de 8/8 horas); > Naproxeno 500 mg 2 ×/dia (de 12/12 horas); > Ibuprofeno 600 mg 1 ×/dia ANTIFIBRINOLÍTICOSANTIFIBRINOLÍTICOSANTIFIBRINOLÍTICOS ácido tranexâmico - diminuição no fluxo menstrual em 40 a 50% contraindicado para uso em pacientes com doença tromboembólica ativa e coagulação intravascular disseminada (CID) O ácido tranexâmico deve ser prescrito a partir do primeiro dia de sangramento e deve ser continuado por 5 dias, ou antes, se cessar o sangramento. Seu uso pode ser VO ou intravenoso (IV) no caso de sangramento excessivo grave >> inibem os ativadores de plasminogênio, diminuindo a fibrinólise, promovendo a coagulação sanguínea e diminuindo o sangramento menstrual Ácido tranexâmico 250 mg 4 a 6 cp (1-1,5 g) 3 ×/dia (de 8/8 horas) ABLAÇÃO ENDOMETRIALABLAÇÃO ENDOMETRIALABLAÇÃO ENDOMETRIAL Procedimento cirúrgico utilizado para mulheres com contraindicação à TH ou na ausência de sucesso com outras terapêuticas. Tem como objetivo a destruição da camada basal do endométrio TRATAMENTO DE MANUTENÇÃO (SUA CRÔNICO) Não deve ser instituído sem que a etiologia do sangramento esteja elucidada e a presença de malignidade, excluída TRATAMENTO HORMONALTRATAMENTO HORMONALTRATAMENTO HORMONAL primeira escolha p/ pct sem coagulopatia Contra indicações Câncer de mama Tabagismo e idade superior a 35 anos Hipertensão não controlada História de TVP ou embolia pulmonar Distúrbios tromboembólicos conhecidos Doença cerebrovascular Doença coronariana isquêmica Doença coronariana valvar com complicações Enxaqueca com aura Doença hepática grave (com ou sem comprometimento da função) DM com complicações vasculares Imobilização prolongada ANTICONCEPCIONAL ORAL COMBINADOANTICONCEPCIONAL ORAL COMBINADOANTICONCEPCIONAL ORAL COMBINADO Para pacientes que desejam contracepção reduz o fluxo menstrual, regulariza o ciclo, diminui a dismenorreia apenas o composto trifásico de valerato de estradiol e dienogeste (Qlaira®) estar indicado formalmente para controle de sangramento uterino DISPOSITIVO INTRAUTERINO DEDISPOSITIVO INTRAUTERINO DEDISPOSITIVO INTRAUTERINO DE LEVONORGESTRELLEVONORGESTRELLEVONORGESTREL pacientes com contraindicação ao uso de estrogênio e com desejo de contracepção prolongada O efeito no fluxo menstrual é progressivo, com diminuição do volume menstrual em 71 a 96% das pacientes em tratamento. No fim do primeiro ano de uso, 20 a 30% das usuárias desenvolvem amenorreia Efeito contraceptivo por 5 anos PROGESTERONA E PROGESTOGÊNIOSPROGESTERONA E PROGESTOGÊNIOSPROGESTERONA E PROGESTOGÊNIOS seu efeito está limitado a situações em que o endométrio foi previamente proliferado pelo estrogênio, o que ocorre nos casos de anovulação, por exemplo. É alternativa segura para pacientes com contraindicação ao uso de terapia estrogênica TRATAMENTO NÃO HORMONAL em conjunto com o tratamento hormonal ou isoladamente para as pacientes com contraindicação ao uso de estrogênio e/ou progesterona TRATAMENTO CIRÚRGICO falha ao tratamento medicamentoso recorrência do SUA desejo da paciente por um tratamento duradouro ou definitivo etiologia primária do SUA tem manejo cirúrgico oferecido quando: ANTIFIBRINOLÍTICOS E ANTI-ANTIFIBRINOLÍTICOS E ANTI-ANTIFIBRINOLÍTICOS E ANTI- INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDESINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDESINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES Realizada via HSC, consiste na exérese de pólipo endometrial ou endocervical POLIPECTOMIAPOLIPECTOMIAPOLIPECTOMIA para pacientes com contraindicação à TH superioridade da terapia frente ao uso de AINEs É a escolha para casos de miomas e desejo de manter a fertilidade MIOMECTOMIAMIOMECTOMIAMIOMECTOMIA É o tratamento definitivo para o SUA e está relacionado a altas taxas de satisfação pós-tratamento indicada após falha de outras terapias e não necessita de seguimento em longo prazo ou uso de medicações após a cirurgia; porém, está relacionada com riscos cirúrgicos e anestésicos significativos, bem como maiores taxas de morbimortalidade. HISTERECTOMIAHISTERECTOMIAHISTERECTOMIA
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