Pesquisa e produção de conhecimento

Prévia do material em texto

PESQUISA E PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO
Acadêmicos¹: Patrícia Tainã Rodrigues
Thiago Ricardo Henrique Pinto Gervásio
Bruno Eduardo da Silva
Tutor Externo²: André Estevão Carlesso
RESUMO
A permanente busca pelo aprendizado, deixa claro que só conseguimos entender, através de
pesquisa, investigação e prática. Além de que é um processo contínuo, desafiador e inovador,
trazendo à tona diversas teorias. Aprimorando o aprender com diversidade, conhecimento e
reestruturando a formação de novas culturas na sociedade em que vivemos. Podemos assim dizer,
que os conhecimentos baseados na experiência de vida diária ou até mesmo em pesquisas,
favorecendo o conhecimento científico, o filosófico, o senso comum e o teológico. Conhecimentos
estes que são utilizados de forma acadêmica ou no cotidiano da vida, podendo valorizar de forma
ampla todo o contexto em que vivemos. Apesar de a ciência explicar que o ser humano viveu e
ainda vive de forma paleolítica em algum lugar do mundo, a filosofia explica que é uma forma de
viver culturalmente, acarretando na experiência de vida dando espaço ao senso comum construindo
um conhecimento teológico baseado pela religião, e é aceito pela fé, sendo desprovido totalmente
de métodos e raciocínio. O conhecimento científico traz a informação a metodologia, a disciplina, a
organização e a constante tentativa do homem que tenta compreender o mundo e a si mesmo. Para
isso, os instrumentos e métodos utilizados são diversos para entender a realidade que altera
distintivamente. A ciência busca incansavelmente uma explicação lógica, importando mais com o
processo que leva ao conhecimento do que com o próprio resultado, não dependendo do tempo que
foi elaborado. Até então aparecer outras teorias e metodologias com mais eficiência, que venham
contribuir com a sociedade atual.
Palavras-chave: Pesquisa. Ser humano. Tipos de Conhecimentos.
1. INTRODUÇÃO
Com o desenvolvimento da humanidade, é importante ressaltar o avanço da pesquisa na
educação, é possível perceber que muitas teorias são levadas em conta, assim como os tipos de
conhecimentos que a sociedade vem buscando, possivelmente por uma certa tradição cultural ou até
mesmo por um aprendizado. O conhecimento abrange determinadas áreas com as quais o ser
humano vai se aprimorando e possuindo mais afinidades, explorando e potencializando todo o seu
entendimento. Os diversos tipos de conhecimentos, de acordo com Kneller (1984) são assim
definidos: o conhecimento revelado é o que pode ser descrito como aquele revelado ao homem por
Deus, através do registro escrito de suas verdades, para que pudessem ser conhecidas pelos homens.
Além destes diferentes tipos de conhecimentos, ainda de acordo com Kneller (1984) é
necessário ter uma visão mais ampla do conhecimento em geral e de suas relações com a educação;
na Epistemologia Idealista, Platão e Aristóteles, sustentaram a ideia de que o conhecimento
adquirido através dos sentidos é incerto e incompleto.
Com esta descrição este trabalho levanta o seguinte problema: como as pessoas podem
adquirir conhecimentos, com o mundo moderno que nos encontramos hoje, sem perder as raízes dos
valores que lhes foram ensinados, preservando todo o conceito de aprendizado e entendimento?
1 Patrícia Tainã Rodrigues, Thiago Ricardo Henrique Pinto Gervásio e Bruno Eduardo da Silva
2 André Carlesso
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (EMD2980) – Prática do Módulo I - 11/maio/2021
2
Baseado neste questionamento, este trabalho busca ampliar o entendimento sobre a pesquisa
e a produção do conhecimento sabendo como lidar com o aprendizado, sem perder a essência.
(1)Tema: A pesquisa e produção do conhecimento favorecendo a sociedade, tornando-a cada vez
mais apta e preparada para o mundo atual.
(2) Problematização: De que forma a pesquisa e a produção do conhecimento podem contribuir para
uma sociedade mais justa e mais fraterna?
(3) Estabelecimento dos objetivos: Estudar as diferentes formas de pesquisa e produção do
conhecimento. Analisar como as pesquisas e a produção de conhecimento podem contribuir com a
sociedade.
(4) A metodologia utilizada para a construção deste trabalho consiste de pesquisa bibliográfica em
sites de artigos acadêmicos sobre a importância da pesquisa e a produção do conhecimento. Através
deste trabalho, poderemos entender quais fatores contribuem para o avanço da pesquisa e da
produção de conhecimento.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Consideramos que a vida acadêmica sobrevive e necessita de constantes pesquisas, como
estratégias de conhecimento e valorização da cidadania. A pesquisa acolhe teoria e prática, favorece
o entendimento, o aprendizado, enriquece o vocabulário, a mente, proporciona inovação na
capacidade de interagir com a sociedade e disseminar experiências.
Pesquisar não se restringe a seu aspecto sofisticado mais conhecido, que supõe domínio de
instrumentações pouco acessíveis. Também não significa apenas esforço teórico, mera descoberta de
lógicas e sistemas, simples experimentação laboratorial. Ainda, não se esgota em ritos tipicamente
acadêmicos, como se fosse atividade exclusiva (LUCKESI et al., 1991)
O ser humano é um mero pesquisador que atribui ao seu cotidiano processos de
amadurecimento do conhecimento, pode-se dizer que quem pesquisa, aprende a aprender. Até os
métodos mais tradicionais e ortodoxos ensinam culturas que talvez não conhecemos e que
poderemos conhecer e aprender.
Na pesquisa, é preciso identificar o tipo de estudo, responder à pergunta de pesquisa, o local,
deve ser descrito com objetivos, com procedimentos de intervenção, teste, como, quem e quando
será quantificada, métodos, execução e divulgação da pesquisa em revista científica.
Para uma pesquisa concreta e coerente é preciso se aprofundar no conhecimento que deseja
aprimorar, nada melhor do que estabelecer uma relação entre o sujeito e o objeto. O sujeito é o que
conhece, o objeto é o que será conhecido. E quanto mais difícil de interpretar o objeto de estudo,
mais dificuldades o sujeito encontrará para entendê-lo. A teoria do conhecimento explica que todo
3
o ser humano procura satisfazer a sua curiosidade estudando, pesquisando, testando e procurando
respostas que apresentam segurança e certeza.
Aristóteles distingue sete formas ou graus de conhecimento: sensação, percepção,
imaginação, memória, linguagem, raciocínio e intuição. Enquanto Platão concebia o conhecimento
como abandono de um grau inferior por um grau superior, para Aristóteles nosso conhecimento vai
sendo formado e enriquecido por acúmulo das informações trazidas por todos os graus, de modo
que, em lugar de uma ruptura entre o conhecimento sensível e o intelectual, há uma continuidade
entre eles (PHYLOSOFIA).
Com o decorrer do tempo percebemos o quanto o somos curiosos e sempre estamos em
busca de um aprendizado, o qual vai desenvolvendo uma filosofia de vida, ou seja, uma cultura, um
costume. Na verdade, o conhecimento humano começa na infância, por imitação, repetindo os
gestos, as expressões faciais e as palavras dos adultos com quem convive. Dessa forma a Filosofia
nos apresenta vários tipos de conhecimento dentro da epistemologia que retrata dois pólos do
processo cognitivo, o que é tradicional e o novo. Entretanto, nos campos científicos pode se dizer
que a mente humana é capaz de adquirir o conhecimento.
Enquanto a epistemologia diz como se conhece algo, a ciência nos mostra o que se conhece.
Logo podemos dizer que todos os tipos de conhecimentos nos apresentam diferentes razões para
obter o entendimento e aperfeiçoamento de tal área, é por isso as vezes que nos identificamos com
alguma coisa, ou que temos afinidades com algo, como jogos, pinturas, cantar, bordar e assim por
diante. A afinidade talvez seja uma maneira de mostrar o caminho para o conhecimento, caso
contrário este fica estagnado, por não possuir interesse.
Senso Comum
Dentre os conhecimentos podemos citar o senso comum, que nos mostra a vivência, os
costumes, o modo depensar da maioria das pessoas, a partir da experiência vivida pelo homem,
crenças, mitos, folclore e simpatias.
Conforme Babini (1957, p. 21 apud MARCONI e LAKATOS, 2011, p. 17), o
conhecimento popular "é o saber que preenche nossa vida diária e que se possui sem o haver
procurado ou estudado, sem a aplicação de um método e sem haver refletido sobre algo".
No senso comum muitas vezes não é verificado a produção de saberes como os demais,
mas servem para a compreensão do mundo em que vivemos. É necessário analisar essas
explicações, uma vez que podem ser um obstáculo na construção do conhecimento adequado.
Assim como ocorre em nossa sociedade, os ditados “Diga-me com quem andas e te direi quem
és.
Analisando o que chamamos de inconsciente coletivo, é costumeiro encontrar certos
4
pensamentos que são comuns na maioria das pessoas, isso corresponde ao que conhecemos como
senso comum. O modo de pensar da maioria das pessoas, são ações, atos e noções comumente
admitidas por todos os indivíduos. Por meio deste, o homem faz o embasamento do cotidiano
explicando a realidade em que se vive. Desta maneira, pode-se variar de pessoa para pessoa ou de
grupo para grupo.
Todo e qualquer conhecimento adquirido de experiências, observações e vivências é a soma
de saberes do cotidiano e é formado de hábitos, crenças, preconceitos e tradições. Entendemos que
oportunizar tais situações nos remete a pensamentos que nem todos somos iguais, somos seres
emotivos e trazemos mudanças profundas que repercutem historicamente. Sendo assim, na filosofia
é o termo para explicar as interpretações feitas pelos indivíduos à realidade que os cercam. É preciso
entender que o senso comum é ligado ao instinto, à necessidade que o homem tem de aprender com
tudo que vivencia diariamente.
Nossos costumes e hábitos cotidianos estariam baseados em uma série de pressupostos que
não são necessários e podem não se efetivar. Acreditar, por exemplo, que o sol nascerá amanhã é
algo que fazemos por hábito, ou seja, esta expectativa pode tratar-se de uma ilusão, pois isto pode
não ocorrer. Tal conhecimento é adquirido e acumulado ao longo da vida com o passar do tempo e
de geração para geração, algo que não se baseia em métodos científicos, mas sim no modo comum e
natural. Uma herança cultural para direcionar e orientar a sobrevivência nos mais diversos aspectos.
Para contrapor-se à solicitação da nossa sociedade, só o enriquecimento pode assegurar o equilíbrio
entre o conhecimento e sua aplicabilidade.
Entretanto, este conhecimento é um tipo de pensamento que não foi testado ou verificado, é
categoricamente, popular e culturalmente aceito, o que de modo algum garante a sua validade ou
funcionalidade. Baseia-se no movimento da repetição do que nos é repassado e exposto, movido
geralmente pela opinião, pode estar correto ou não, porém não podemos fiar-se neste tipo de
conhecimento.
O senso comum tem como uma das principais características o conhecimento popular que
todos têm e produzem, ou seja, um bom ponto de partida para todos os demais que serão
sistematizados e testados como a filosofia e a ciência uma forma para que se torne elaborado e
estruturado precisamos ir mais além. (Antonio Gramsci/ Boaventura de Sousa Santos).
Podendo também ser denominado como conhecimento vulgar à cultura é um dos principais
métodos constituintes, atestando que o fator repetitivo, é algo que, de tanto ser repetido, acaba sendo
encarado como uma verdade. Neste contexto, senso comum e cultura são elementos propriamente
ditos como complementares.
É de extrema importância saber que consiste no senso comum a retirada das conclusões
pessoais, ele tem a importância de orientar o homem a não errar como os que erraram anteriormente.
5
Platão propõe que o senso comum e a opinião sejam questionados para a descoberta da verdade a
partir do indivíduo sem a interferência externa.
A dialética admite as contradições somente como meio para superá-las, exige atitude crítica,
necessidade de reflexão, questionamento da opinião, da origem e de suas fundamentações. Assim,
através das experiências já passadas o homem vive com mais prudência e menos negligência
podendo não se guiar apenas pelas paixões e emoções partindo pela racionalidade. Esta é uma das
principais funções do senso comum, orientar para que não haja erros e que se houver que sejam de
fácil percepções.
No senso comum muitas vezes não é verificado a produção de saberes como os demais, mas
servem para a compreensão do mundo em que vivemos. É necessário averiguar essas explicações,
uma vez que podem ser um obstáculo na construção do conhecimento adequado. Assim como ocorre
em nossa sociedade, os ditados “Diga-me com quem andas e te direi quem és.
Considerando o fato de que se trata de uma perspectiva, o homem e o mundo serão
analisados conjuntamente, já que o conhecimento é o produto da interação entre ambos, sujeito e
objeto. O indivíduo é considerado como um sistema aberto, em reconstrução sucessiva, em busca de
um estágio final que nunca será alcançado por completo pois estamos em mudanças contínuas.
No processo racional da humanidade e, na medida em que ela reinventa o mundo
desenvolve-se a sua inteligência. Dependendo das habilidades desenvolvidas é de grande
importância para a formação de pessoas criadoras, críticas e cooperativas.
Para sermos mais claros, sobretudo, tentando exemplificar por meio de circunstâncias
cotidianas, pensemos em algumas afirmações que, de tanto se manifestarem e se
posicionarem como verdadeiras, originam uma consciência coletiva que vai se formando
ao longo do tempo, e que, de forma sequencial, vai sendo repassada, pois, sem nenhum
critério científico, a pessoa acredita que as razões estão apenas em suas crenças, ou seja,
o fenômeno constatado se encontra isento de quaisquer relações de ordem científica, de
caráter comprovado. Como exemplo, podemos citar algumas expressões, tais como:
“Mulher ao volante há risco de perigo constante”/ “Quem dá aos pobres empresta a Deus”/
“O que não tem remédio remediado está”, entre muitas outras. (DUARTE, 2012)
Portanto, o senso comum é um saber que nasce do cotidiano, da experiência que o ser
humano adquire com o tempo.
Conhecimento Teológico
O Conhecimento Teológico é baseado pela religião e é aceito pela fé; nada é provado
cientificamente, sendo desprovido totalmente de métodos e raciocínio. Também conhecido como
conhecimento religioso, teológico ou místico é uma filosofia de vida.
Os pesquisadores teológicos interpretam e explicam os textos considerados sagrados. Os
teólogos têm como um dos princípios provar a existência de um ser superior, neste caso, Deus.
Assim fazem com os textos sagrados que através de suas orientações doutrinam as pessoas a ter um
crédulo, ou seja, acreditar em alguma coisa que possa lhe fazer o bem na sua vida.
6
Em razão dessa situação descrita, se observa que as religiões existentes no universo, todas
elas são baseadas em princípios filosóficos teológicos que determinam o comportamento das
pessoas em acreditar em um ser divino que lhe dá um norte em sua vida. A teologia nada mais é do
que uma regra ou norma religiosa, que faz com que as pessoas tragam para si o conhecimento de
um Deus que determina a sua vida em comum dentro de uma comunidade.
Nesta situação cabe destacar, que toda a religião tem um segmento sagrado, ou seja, o livro a
Bíblia, a História Sagrada, o Alcorão, o Direito Canônico também é considerado uma escritura que
determina as santidades da igreja católica, a Sagrada Tradição, que reúne decisões de Concílios e
Sínodos, as Encíclicas Papais, etc. Segundo as pesquisas, a palavra Religião é de origem latina
(religio) tem significado como rigidez, releitura, reeleger e/ou religar. Dessa forma, a religião
significa aquilo que está religado ao sagrado.
No Brasil muitas pessoas praticam algum tipo de religião, a mais predominante é o
cristianismo, mesmo tendo católicos e evangélicos em minoria. Podemos aindacitar da cultura
africana como o candomblé e umbanda que aparece em um número muito baixo, devido à forte
perseguição histórica que houve no passado. O espiritismo também aparece para aqueles que não
tem uma determinada religião, mas, que acreditam em uma filosofia de um conhecimento espiritual
considerado manifestações intuitivas.
Dessa forma podemos entender o conhecimento teológico como o pensar:
O pensar – e o pensar teológico – jamais deixarão de ser inativos. Uma teologia que leve até
às últimas consequências seus esquemas de sentido e significado sempre abarcará não
somente a religião, mas as esferas culturais e – como Tillich sempre considerou de suma
importância – uma correlação com todas as perguntas da vida, mas sem negar a própria vida
enquanto lugar do mistério de Deus. (LEAL, 2009, p. 42)
São inúmeros os tipos de religiões no Brasil, temos:
Panteístas: Segundo esta doutrina, enobrece como divino os elementos da natureza como o
vento, a água, o fogo, os animais, dentre outros. Acreditando que Deus está presente em todo o
universo.
Politeístas: Nesta doutrina como na Grécia Antiga, acreditavam-se em vários deuses, como
elementos da natureza, como deus do trovão, deus do sol, deusa da chuva, deusa da terra, Afrodite
era a deusa da beleza e da sexualidade do amor; Atena era a deusa da sabedoria e da civilização,
dentre outros. Ainda até hoje é presente em religiões de origem africana e asiática. Eles acreditam
que cada divindade possui forças especiais
Ateístas: Nesta doutrina eles não acreditam em um Deus supremo, mas acreditam em uma
harmonia do universo como o Budismo na Índia e na China, o Taoísmo e o Confucionismo.
Monoteístas: Nesta doutrina, eles acreditam em um único Deus e seguem apenas uma única
religião. As religiões que acompanham a corrente monoteísta são; Islamismo que é a religião que
7
mais se expande no mundo e segue a teoria da submissão e da obediência. O Cristianismo
atualmente, é a religião que mais possui seguidores, tendo como sua orientação, a bíblia. E o
Judaísmo também têm a Bíblia como sua orientação sagrada, acompanham o antigo testamento. Os
Judeus têm as chamadas sinagogas como seus templos de oração, estudos, onde praticam os cultos e
rituais sagrados.
Ainda podemos conhecer Características do conhecimento religioso
Valorativo: entende-se em relativo ao domínio de sua consciência, na interpretação
individual e não aos fatos e acontecimentos comprovados, podendo ser tendencioso.
Inverificável: entende-se abranger questões espirituais, sobrenaturais, divinas e metafísicas
(que estuda a natureza fundamental do ser e do mundo), não é comprovado cientificamente.
Infalível: entende-se por fenômenos e mistérios da vida através verdades absolutas que não podem
ser rejeitadas.
Sistemático: possui um sistema de regras que se acrescentam.
Inspiracional: entende-se por ensinamentos revelados de forma
sobrenatural. Analisando o conceito de religião:
Para Tillich (2008), a religião, no sentido mais amplo da palavra, é o fato de ser tomado
ou possuído por uma preocupação suprema ou incondicional. Por outro lado, o religioso
é também o ambíguo, o irracional, o equívoco, marcado pela estrutura de alienação do
ser humano. Por isso, existe também a religião no sentido estrito como esfera separada
de crenças e de culto, em consequência do pecado e da alienação, enquanto o Reino de
Deus não vem. Daí resultam uma tendência à profanação: o ser humano institucionaliza
sua religião, a transforma num fenômeno cultural e moral entre outros; e uma tendência
à idolatria, à demonização, quando uma preocupação segunda é erguida ao nível da
preocupação suprema, quando se identifica o portador do sagrado com o incondicional.
Nesse caso, o ser humano esquece que sua religião (no sentido estrito) é apenas humana
e a absolutiza, a confunde com o Incondicionado. (51-52)
Então podemos entender que, a religião é uma cultura particular sustentado pela fé religiosa
de cada um com sua vivência organizada em torno de ritos, crenças e devoções. Assim como a
política, a economia, a arte, a ética, a ciência e outros itens. Sendo que a cultura deve ser entendida
a partir da religião, e não o contrário.
Conhecimento Filosófico
Um conhecimento que tem como base o questionamento e o pensamento visando buscar
conclusões sobre a vida, o universo e até mesmo ultrapassando o limite da ciência, já que é um tipo
de conhecimento reflexivo, questionador, sistemático e racional, é o conhecimento filosófico. É um
dos mais sublimes dos conhecimentos, pois é um meio de libertação da ignorância. A curiosidade, o
desejo por saber define a filosofia, uma vez que, o ser humano é por natureza curioso e um ser
racional com necessidades de entendimento e saber.
Se fosse para definir conhecimento filosófico em apenas uma palavra seria reflexão, pois
segundo Diana (2020) “O conhecimento filosófico nasce a partir das reflexões que o ser humano faz
8
sobre questões subjetivas”. Sendo assim, é o conhecimento que lida com hipóteses, não pode ser
verificado e busca uma coerência com a realidade.
Com o tempo, podemos dizer que o homem adquire primeiro o conhecimento teológico, a
representação de uma crença, seguido do conhecimento de senso comum a opinião, o científico
através de fatos comprovados e por fim, o filosófico que é o amigo da sabedoria, onde investiga as
causas e critica as consequências.
Vale ressaltar que durante toda a história tivemos muitos filósofos importantes, dentre
eles destaca-se Sócrates, por ser conhecido como o pai da Filosofia pois conforme Tancredi (2020)
ele é:
Conhecido por ser questionador, Sócrates apreciava formular perguntas para saber quem
sabia o quê. Acreditava que, ao dialogar, chegava-se ao conhecimento. Algumas vezes,
apontava falhas no raciocínio alheio.
Segundo o filósofo, não saber algo era positivo, pois assim seria possível caminhar em
direção ao saber e, com isso, alcançar um conhecimento seguro.
Especialistas atribuem a Sócrates a criação de uma das mais importantes figuras da
linguagem: a ironia. O método é estabelecido ao se interrogar o interlocutor com uma série
de perguntas até que uma contradição surja invalidando a suposição inicial. Para sair dessa
indecisão, o interlocutor teria que praticar o exercício da maiêutica, que significa a arte de
parturejar.
Para alguns estudiosos, o método socrático, que tem como princípio construir o
conhecimento em vez da mera transmissão de ideias, é uma das melhores formas de ensino
já concebidas.
Estudos indicam que, ao confirmar sua ignorância, Sócrates demonstrava um tipo de
sabedoria. Ele tinha como foco unir o saber ao fazer.
Diante disso, pode-se afirmar que através do conhecimento filosófico, filosofar é questionar,
é duvidar é ter curiosidades. Enfim, o conhecimento filosófico é uma ponte para a revelação da
realidade em que vivemos. É um ato de desenvolver reflexão crítica, intelectual e social, é uma
busca partindo do material para o universal, exige um método racional, diferente do método
experimental (científico), levando em conta os diferentes objetos de estudo.
Sendo assim, esse conhecimento só é possível devido a capacidade do ser humano de pensar
e refletir, é graças a ele que são construídas ideias, conceitos e ideologias que buscam explicar, de
modo racional as diversas questões sobre a vida humana e o universo que são impossíveis de serem
desvendadas cientificamente.
Para finalizar esse tópico e para um melhor entendimento do conhecimento filosófico
deixamos a história de Sócrates: “Só sei que nada sei” que é a premissa inicial para construir o
conhecimento filosófico.
Conhecimento Científico
O conhecimento científico é um conhecimento metódico, que se obtém por meio de critérios
de observação, experimentação e crítica. Já a ciência é uma característica de pensamento, ela é
somente produzida a partir de pesquisas realizadas por cientistas treinados. Esse tipo de
conhecimento
9
surgiu com pensadores como Galileu Galilei, René Descartes, FrancisBacon. Iniciando então a
partir do século XV a ciência Moderna. Uma das principais características do conhecimento
científico é a sistematização, em outras palavras, o ato de descobrir o conhecimento de forma
ordenada agregando ideias que formarão uma teoria.
Conforme Diana (2018) o conhecimento científico está relacionado com a lógica e o
pensamento crítico e analítico. É o conhecimento que temos sobre fatos analisados e comprovados
cientificamente, de modo que sua veracidade ou falsidade podem ser comprovadas.
Devemos dar notoriedade para comprovação ou não de uma ideia ou teoria. Outras
características são a razão e a objetividade, isso quer dizer todos os elementos referentes à
investigação metódica, sempre tendo cuidado no distanciamento de conhecimento científico é senso
comum. Na atualidade o pesquisador tem a tarefa de investigar, estar em contínua busca para
responder às questões propostas, assim revendo diversas vezes os fundamentos científicos. Um
exemplo, quando Galileu melhorou a mecânica de Aristóteles e Einstein conseguiu o mesmo que
Newton. O ser humano só pode compreender os fenômenos naturais, o planeta em que vive,
melhorar sua qualidade de vida graças ao conhecimento científico. Sempre haverá o risco do ser
humano usar este conhecimento para o mal, um exemplo que pode ser citado é a energia nuclear,
que se usada para o bem podendo iluminar uma cidade, já usada para o mal pode destruí-la
totalmente.
A curiosidade do ser humano é infinita e sem limites, e está sempre em busca de novas
ideias, e através da ciência são capazes de realizar muitos feitos, como pisar na lua. Mas
infelizmente ela depende de financiamento, processos burocráticos e até mesmo da opinião pública,
e isso tem sido um dos problemas enfrentados pelos cientistas atualmente, principalmente pelo corte
de verbas.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Para a construção deste artigo científico, foram utilizados materiais e métodos de pesquisa
bibliográfica e tecnológica como livros, computadores com acesso à internet para sites de buscas,
artigos em PDF, relacionados ao assunto.
A pesquisa é bibliográfica, realizada através de artigos, livros e revistas científicas para
utilizar como citações. Portanto, esse é um dos métodos de pesquisa que serve como embasamento
para os assuntos aqui pesquisados, analisando e comparando as opiniões e teses de alguns autores
que falam sobre o assunto. Ao final é feita a análise e conclusão do tema abordado.
O tema de estudo deste artigo está relacionado à pesquisa e produção de conhecimento.
Podemos entender como uma pesquisa pode ser realizada, de que forma adquirimos o conhecimento
e quais os quatro tipos de conhecimento que produzimos.
A pesquisa foi realizada em um grupo de três pessoas, onde cada uma pesquisou e relatou
descritivamente sobre cada produção do conhecimento. Foi necessário formar um grupo no
aplicativo
10
WhatsApp, para que os colegas compartilhassem cada um à sua pesquisa. Em seguida, utilizando o
modelo de paper disponível pela plataforma UNIASSELVI em um documento Word, os colegas
organizaram a pesquisa em forma de Paper. Dentro da Norma Brasileira - NBR-6023/2002 da
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT que norteou a metodologia para a construção
deste artigo científico.
A Metodologia é o tópico do projeto de pesquisa que abrange maior número de itens, pois
responde às seguintes questões: Como? Com quê? Onde? Quanto? (LAKATOS; MARCONI, 2003,
p. 221)
A pesquisa foi realizada no município de Campos Novos Santa Catarina por meios digitais
em sites e bibliográficos, pelos acadêmicos da segunda fase do curso de Gestão Hospitalar-
Uniasselvi Polo de Campos Novos, SC.
A apresentação deste trabalho se dará por aulas online com a utilização de slides dispostos no
Powerpoint, com o uso do aplicativo Microsoft Teams que a Uniasselvi possui como plataforma de
estudos.
De posse dos dados, o período em que a pesquisa ocorrerá será nos meses de abril e maio de
2021 com apresentação entre os dias 23 de junho de 2021 e 08 de julho de 2021. Ocorrerá por
online, devido ao surto da Pandemia do COVID 19, que está infectando o mundo, sendo necessário
manter isolamento social conforme orientações da OMS – Organização Mundial da Saúde.
Dando continuidade ao assunto, podemos entender que todo o trabalho realizado com
materiais e métodos organizados, disponibilizam clareza do conteúdo e favorecimento do
desenvolvimento da pesquisa.
Para Cervo, Bervian e Silva (2006, p. 67):
Todas as informações reunidas nos passos anteriores devem ser comparadas entre si e
analisadas. A análise, a partir da classificação ordenada dos dados, do confronto dos
resultados das tabelas e das provas estatísticas, quando empregadas, procura verificar a
comprovação ou não das hipóteses de estudo.
É importante relatar o material pesquisado, logo abaixo o registro fotográfico do livro
utilizado na pesquisa.
FIGURA 1: CAPA DO LIVRO DIDÁTICO DE METODOLOGIA CIENTÍFICA
11
FONTE: Müller (2013)
Com base na Figura 1 ilustrada e diferenciada pelas regras estabelecidas pela Norma NBR
6023. Esta regra proporciona os elementos a serem incluídos nas referências desta, todos com
metodologia dentro das normas da (ABNT, 2002).
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Podemos elencar, que o conhecimento obtido nesta pesquisa, proporciona a busca pelo
aprendizado, contribuindo de uma certa forma todos os campos de estudos dentro do conhecimento,
seja ele, o conhecimento comum, teológico, filosófico e científico.
É possível verificar que este trabalho discute sobre diferentes formas de conhecimento, como
é adquirido e como é. É possível observar também que as áreas de “Ciências Sociais” foram as que
mais tiveram maiores participações na pesquisa.
Além de ser uma pesquisa bibliográfica qualitativa é apresentada quando o pesquisador
realiza a coleta de dados, no intuito de estudar o comportamento humano, estudando as
particularidades e experiências individuais de cada conhecimento.
Dessa forma, as informações e a apresentação dos resultados e discussão dos dados ocorre de
forma teórica. Possibilitando a informação de maneira técnica e analítica.
5. CONCLUSÃO
Podemos entender que toda e qualquer pesquisa que possui um embasamento teórico,
favorece o aprendizado na sociedade do mundo atual, desde de que, estejam dispostas e engajadas a
aprender. O próprio senso comum oportuniza aprendizado às pessoas, pois, a vivência do dia a dia
também é considerado um aprendizado. Assim dessa forma, aprende-se nos outros tipos de
conhecimentos, quando existe uma pergunta e logo com uma pesquisa é encontrada a resposta
12
A pesquisa e a produção do conhecimento contribuem para uma sociedade mais justa,
possibilitando através da teoria e da prática uma sabedoria, pois, o conhecimento é uma aspiração
normal do ser humano, que está em constante evolução.
Esta pesquisa possibilita diferentes formas de conhecimento, através do sujeito, que é o que
conhece e o objeto, que é o que será conhecido. Estas duas formas, satisfaz a curiosidade do saber. A
estrutura básica deste Paper se dá pela construção de um artigo científico, exigido pela
UNIASSELVI, com as normas da NBR-6023/2002 da ABNT como norteadora para a produção dos
artigos científicos construídos pelos acadêmicos da UNIASSELVI.
Portanto, o conhecimento se dá por rotinas diárias através do senso comum, sendo o homem
que busca esse aprendizado e estuda o meio em que vive, sobre hábitos, costumes e práticas
ampliando dessa forma, o seu interesse por diferentes áreas, como o teológico que busca uma
crença, o filosófico que busca uma razão, um desejo natural do ser humano e o científico que busca
um sistema, uma organização com conteúdo. Isso nos mostra que, a busca pela pesquisa é constante
de diversas formas na sociedade em que vivemos, por isso a importância de se buscar igualdade e
compreensão no mundo em que vivemos.
REFERÊNCIAS
BAZZANELLA, André; TAFNER, Elizabeth Penzlien; SILVA, Everaldo da; MULLER, AntonioJosé. Metodologia Científica. Ciências Humanas. Indaial: Uniasselvi, 2013.
PIERRE, Jean. Phylosophia. O conhecimento em Aristóteles. Ceará. Disponível em:
https://sites.google.com/site/jphylosophya/o-conhecimento-para-aristteles. Acesso em: 10 jun. 2020.
DUARTE, Vânia Maria do Nascimento. Conhecimento Empírico ou Senso Comum. Monografias
Brasil Escola. São Paulo, 2012. Disponível em: https://monografias.brasilescola.uol.com.br/regras
abnt/conhecimento-empirico-ou-senso-comum.htm. Acesso em 01 jul. 2020.
13
FRONZA, Katia Regina Koerich. A Linguagem do Professor no Seu Fazer Pedagógico: entre
acordos(?) e negociações (?). Rio do Sul: Ed. Unidavi, 2006.
https://books.google.com.br/books?id=d4ZvZatkZewC&lpg=PP1&hl=pt
BR&pg=PP1#v=onepage&q&f=false. Acesso em: 24 abr. 2020
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica.
São Paulo: 7 ed. Atlas, 2010. Disponível em:
http://www.editorarealize.com.br/revistas/conedu/trabalhos/TRABALHO_EV056_MD1_SA13_ID
11848_15082016215353.pdf. Acesso em: 24 abr. 2020
BOTELHO, Jordanne; Cunha, Michele; Brito, Taciana; Henrique, Gustavo; Vinícius, Marcus;
Britto, Regis; Alberto, Gabriel; Oliveira, William. Teoria da Filosofia. Conhecimento Teológico.
Uberaba, Minas Gerais. Disponível em:
http://teoriadafilosofia.blogspot.com/2010/08/conhecimento teologico.html?m=1. Acesso em: 24
abr. 2020.
BEZERRA, Juliana. Religião. Todamateria. São Paulo, 07 out. 2019. Disponível em:
https://www.todamateria.com.br/religiao-conceito-tipos/. Acesso em 17 de junho de 2020.
LEAL, Paulo R. B. Análise do Conhecimento Religioso em Paul Tillich e a Pós-Modernidade: uma
teologia para além da teologia? São Bernardo do Campo, São Paulo: Revista Eletrônica
Correlatio, São Bernardo do Campo, nº 15, jun. 2009. Disponível em:
https://www.metodista.br/revistas/revistas metodista/index.php/COR/article/download/968/1012.
Acesso em: 18 jun. 2020.
SILVA, Antonio Almeida Rodrigues da. O Sagrado: exclusivo ou universal? Uma leitura a partir do
pensamento teológico/filosófico de Paul Tillich. Revista Eletrônica Correlatio, São Paulo, n. 18,
2010. Disponível em: https://www.metodista.br › revistas › COR › article › download PDF. Acesso
em: 18 de jun. 2020.
SANTANA, Ana Lucia. Religião Panteísmo. InfoEscola Navegando e Aprendendo. São Paulo,
2004. Disponível em: https://www.infoescola.com/religiao/panteismo/. Acesso em: 18 de jun. 2020.
PADILHA, Adriano; CARVALHO Talita; LENZI, Tié; SOUSA, Stella. Significados. Significado
de Politeísmo, São Paulo, 2017. Disponível em: https://www.significados.com.br/politeismo/.
Acesso em: 18 de jun. 2020.
BEZERRA, Juliana. Sociologia Ateísmo. Toda Matéria, São Paulo, 2018. Disponível em:
https://www.todamateria.com.br/ateismo/. Acesso em: 18 de jun. 2020.
14
Monoteísmo. Educa+Brasil, 2020. Disponível em:
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/religiao/monoteismo. Acesso em: 18 de jun. 2020.
PADILHA, Adriano; CARVALHO Talita; LENZI, Tié; SOUSA, Stella. Significados. Significado
de Conhecimento Religioso, São Paulo, 2017. Disponível em:
https://www.significados.com.br/conhecimento-religioso/ . Acesso em 23 de jun. 2020
ALVES, Giovani Ribeiro. Conhecimento filosófico: o mais sublime dos conhecimentos. Diário da
Manhã, 2016. Disponível em: < https://www.dm.jor.br/opiniao/2016/04/conhecimento-filosofico-o
mais-sublime-dos-conhecimentos/>. Acesso em: 24 jun. 2020.
DIANA, Juliana. Conhecimento empírico, científico, filosófico e teológico. 2020. Disponível em: <
https://www.diferenca.com/conhecimento-empirico-cientifico-filosofico-e-teologico/>. Acesso em:
24 jun. 2020.
DIANA, Juliana. Significados. Significado do Conhecimento científico. 2018. Disponível em
:https://www.significados.com.br/conhecimento-cientifico/
TANCREDI, Silvia. Sócrates. Brasil Escola. 2020. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/biografia/socrates-biografia.htm>. Acesso em: 24 jun. 2020.
OKA Mateus. Conhecimento científico Todo Estudo. Disponível em:
https://www.todoestudo.com.br/filosofia/conhecimento-cientifico/. Acesso em: 09 de jun. 2020.
BERVIAN, P. A.; CERVO, A, L.; SILVA, R. Metodologia Científica. 6ª ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2007.