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Educação_especial_04 Rev

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110 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
EDUCAÇÃO ESPECIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
 
111 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
EDUCAÇÃO ESPECIAL 
 
 
 
 
 
MÓDULO IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
112 
 
MÓDULO IV 
 
 
9 PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS ESPECIAIS 
 
 
O direito da pessoa à educação é resguardado pela 
política nacional de educação independentemente de gênero, etnia, idade ou classe 
social. O acesso à escola extrapola o ato da matrícula e implica apropriação do 
saber e das oportunidades educacionais oferecidas à totalidade dos alunos com 
vistas a atingir as finalidades da educação, a despeito da diversidade na população 
escolar. 
A perspectiva de educação para todos constitui um grande desafio, quando 
a realidade aponta para uma numerosa parcela de excluídos do sistema educacional 
sem possibilidade de acesso à escolarização, apesar dos esforços empreendidos 
para a universalização do ensino. 
Enfrentar esse desafio é condição essencial para atender à expectativa de 
democratização da educação em nosso país e às aspirações de quantos almejam o 
seu desenvolvimento e progresso. 
A escola que se espera para o século XXI tem compromisso não apenas 
com a produção e a difusão do saber culturalmente construído, mas com a formação 
do cidadão crítico participativo e criativo para fazer face às demandas cada vez mais 
complexas da sociedade moderna. 
Desde a década de 90, vem ocorrendo grande impulso no que se refere à 
colocação de alunos com deficiência na rede regular de ensino e têm avançado 
aceleradamente em alguns países desenvolvidos, constatando-se que a inclusão 
bem-sucedida desses educandos requer um sistema educacional diferente do 
atualmente disponível. Implicam a inserção de todos, sem distinção de condições 
linguísticas, sensoriais, cognitivas, físicas, emocionais, étnicas, socioeconômicas ou 
outras e requer sistemas educacionais planejados e organizados que deem conta da 
diversidade dos alunos e ofereçam respostas adequadas às suas características e 
necessidades. 
 
 
113 
É indiscutível a dificuldade de efetuar mudanças, ainda mais quando 
implicam novos desafios e inquestionáveis demandas socioculturais. O que se 
pretende, numa fase de transição onde os avanços são inquietamente almejados, é 
o enfrentamento desses desafios mantendo-se a continuidade entre as práticas 
passadas e presentes, vislumbrando o porvir; é procurar manter o equilíbrio 
cuidadoso entre o que existe e as mudanças que se propõem. 
Como atender a esta diversidade? Sem pretender respostas conclusivas, 
sugerem-se estas, dentre outras medidas: elaborar propostas pedagógicas 
baseadas na interação com os alunos, desde a concepção dos objetivos; reconhecer 
todos os tipos de capacidades presentes na escola; sequenciar conteúdos e 
adequá-Ios aos diferentes ritmos de aprendizagem dos educandos; adotar 
metodologias diversas e motivadoras; avaliar os educandos em uma abordagem 
processual e emancipadora, em função do seu progresso e do que poderá vir a 
conquistar. 
A educação tem se destacado como um meio privilegiado de favorecer o 
processo de inclusão social dos cidadãos, tendo como mediadora uma escola 
realmente para todos, como instância sociocultural. 
A prática escolar tem evidenciado o que pesquisas científicas vêm 
comprovando: os sistemas educacionais experimentam dificuldades para integrar o 
aluno com necessidades especiais. Revelam os efeitos dificultadores de diversos 
fatores de natureza familiar, institucionais e socioculturais. 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais preconizam a atenção à diversidade 
da comunidade escolar e baseiam-se no pressuposto de que a realização de 
adaptações curriculares pode atender as necessidades particulares de 
aprendizagem dos alunos. Consideram que a atenção à diversidade deve se 
concretizar em medidas que levam em conta não só as capacidades intelectuais e 
os conhecimentos dos alunos, mas, também, seus interesses e motivações. 
A atenção à diversidade está focalizada no direito de acesso à escola e visa 
à melhoria da qualidade de ensino e aprendizagem para todos, irrestritamente, bem 
como as perspectivas de desenvolvimento e socialização. A escola, nessa 
perspectiva, busca consolidar o respeito às diferenças, conquanto não elogie a 
desigualdade. As diferenças vistas não como obstáculos para o cumprimento da 
ação educativa, mas, podendo e devendo ser fatores de enriquecimento. 
 
 
114 
A diversidade existente na comunidade escolar contempla uma ampla 
dimensão de características. Necessidades educacionais podem ser identificadas 
em diversas situações representativas de dificuldades de aprendizagem, como 
decorrência de condições individuais, econômicas ou socioculturais dos alunos: 
 
• crianças com condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais e 
sensoriais diferenciadas; 
• crianças com deficiência e bem dotadas; 
• crianças trabalhadoras ou que vivem nas ruas; 
• crianças de populações distantes ou nômades; 
• crianças de minorias linguísticas, étnicas ou culturais; 
• crianças de grupos desfavorecidos ou marginalizados. 
 
 
Falar em necessidades educacionais especiais, portanto, deixa de ser 
pensar nas dificuldades específicas dos alunos e passa a significar o que a escola 
pode fazer para dar respostas às suas necessidades, de modo geral, bem como aos 
que apresentam necessidades específicas muito diferentes dos demais. Considera 
os alunos, geralmente, como passíveis de necessitar, mesmo que temporariamente, 
de atenção específica e poder requerer um tratamento diversificado dentro do 
mesmo currículo. Não se nega o risco da discriminação, do preconceito e dos efeitos 
adversos que podem decorrer dessa atenção especial. 
Nesse contexto, a ajuda pedagógica e os serviços educacionais, mesmo os 
especializados – quando necessários – não devem restringir ou prejudicar os 
trabalhos que os alunos com necessidades especiais compartilham na sala de aula 
com os demais colegas. Respeitar a atenção à diversidade e manter a ação 
pedagógica "normal" parece ser um desafio presente na integração dos alunos, com 
maiores ou menores dificuldades para aprender. 
 
 
 
 
 
 
 
115 
10 APRENDIZAGEM ESCOLAR 
 
 
A aprendizagem escolar está diretamente vinculada ao currículo, organizado 
para orientar, dentre outros, os diversos níveis de ensino e as ações docentes. 
É central para a escola e associa-se à própria identidade da instituição 
escolar, à sua organização e funcionamento e ao papel que exerce – ou deveria 
exercer – a partir das aspirações e expectativas da sociedade e da cultura em que 
se insere. 
Contém a experiência, bem como a sua planificação no âmbito da escola, 
colocada à disposição dos alunos visando potencializar o seu desenvolvimento 
integral, a sua aprendizagem e a capacidade de conviver de forma produtiva e 
construtiva na sociedade. 
Nessa concepção, o currículo é construído a partir do projeto pedagógico da 
escola e viabiliza a sua operacionalização, orientando as atividades educativas, as 
formas de executá-las e definindo suas finalidades. Assim, pode ser visto como um 
guia sugerido sobre o que, quando e como ensinar; o que, como e quando avaliar. 
A escola para todos requer uma dinamicidade curricular que permita ajustar 
o fazer pedagógico às necessidades dos alunos. 
Ver as necessidades especiais dos alunos atendidas no âmbito da escola 
regularrequer que os sistemas educacionais modifiquem, não apenas as suas 
atitudes e expectativas em relação a esses alunos, mas, também, que se organizem 
para constituir uma real escola para todos, que dê conta dessas especificidades. 
O projeto pedagógico da escola, como ponto de referência para definir a 
prática escolar, deve orientar a operacionalização do currículo, como um recurso 
para promover o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos, considerando-se 
os seguintes aspectos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
116 
 
 
• a atitude favorável da escola para diversificar e flexibilizar o processo de 
ensino-aprendizagem, de modo a atender às diferenças individuais dos alunos; 
• a identificação das necessidades educacionais especiais para justificar a 
priorização de recursos e meios favoráveis à sua educação; 
• a adoção de currículos abertos e propostas curriculares diversificadas, em 
lugar de uma concepção uniforme e homogeneizadora de currículo; 
• a flexibilidade quanto à organização e ao funcionamento da escola, para 
atender à demanda diversificada dos alunos; 
• a possibilidade de incluir professores especializados, serviços de apoio e 
outros, não convencionais, para favorecer o processo educacional. 
 
 
Essa concepção coloca em destaque a adequação curricular como um 
elemento dinâmico da educação para todos e a sua viabilização para os alunos com 
necessidades educacionais especiais: não se fixar no que de especial possa ter a 
educação dos alunos, mas flexibilizar a prática educacional para atender a todos e 
propiciar seu progresso em função de suas possibilidades e diferenças individuais. 
As manifestações de dificuldades de aprendizagem na escola apresentam-
se como um contínuo, desde situações leves e transitórias que podem se resolver 
espontaneamente no curso do trabalho pedagógico até situações mais graves e 
persistentes que requerem o uso de recursos especiais para a sua solução. Atender 
a esse contínuo de dificuldades requer respostas educacionais adequadas, 
envolvendo graduais e progressivas adaptações do currículo. 
As adaptações curriculares constituem, pois, possibilidades educacionais de 
atuar frente às dificuldades de aprendizagem dos alunos. Pressupõem que se 
realize a adaptação do currículo regular, quando necessário, para torná-lo 
apropriado às peculiaridades dos alunos com necessidades especiais. Não um novo 
currículo, mas um currículo dinâmico, alterável, passível de ampliação, para que 
atenda realmente a todos os educandos. Nessas circunstâncias, as adaptações 
curriculares implicam a planificação pedagógica e as ações docentes 
fundamentadas em critérios que definem: 
 
 
117 
 
• O que o aluno deve aprender? 
• Como e quando aprender? 
• Que formas de organização do ensino são mais eficientes para o processo 
de aprendizagem? 
• Como e quando avaliar o aluno? 
 
Para que alunos com necessidades educacionais especiais possam 
participar integralmente em um ambiente rico de oportunidades educacionais com 
resultados favoráveis, alguns aspectos precisam ser considerados, destacando-se 
entre eles: 
 
• A preparação e a dedicação da equipe educacional e dos professores; 
• O apoio adequado e recursos especializados, quando forem necessários; 
• As adaptações curriculares e de acesso ao currículo. 
 
 
Algumas características curriculares facilitam o atendimento às 
necessidades educacionais especiais dos alunos, dentre elas: 
 
• Atinjam o mesmo grau de abstração ou de conhecimento, num tempo 
determinado; 
• Desenvolvidas pelos demais colegas, embora não o façam com a mesma 
intensidade, em necessariamente de igual modo ou com a mesma ação e grau de 
abstração. 
 
As adaptações curriculares apoiam-se nesses pressupostos para atender às 
necessidades educacionais especiais dos alunos, objetivando estabelecer uma 
relação harmônica entre essas necessidades e a programação curricular. Estão 
focalizadas, portanto, na interação entre as necessidades do educando e as 
respostas educacionais a serem propiciadas. 
Devem ser destinadas, aos que necessitam de serviços e/ou situações 
especiais de educação, realizando-se, preferencialmente, em ambiente menos 
 
 
118 
restritivo e pelo menor período de tempo, de modo a favorecer a promoção do aluno 
a formas cada vez mais comuns de ensino. 
A maior parte das adaptações curriculares realizadas na escola são 
consideradas menos significativas, porque constituem modificações menores no 
currículo regular e são facilmente realizadas pelo professor no planejamento normal 
das atividades docentes e constituem pequenos ajustes dentro do contexto normal 
de sala de aula. 
As adaptações relativas aos objetivos sugerem decisões que modificam 
significativamente o planejamento quanto aos objetivos definidos, adotando uma ou 
mais das seguintes alternativas: 
 
 
• Eliminação de objetivos básicos – quando extrapolam as condições do 
aluno para atingi-lo, temporária ou permanentemente; 
• Introdução de objetivos específicos alternativos – não previstos para os 
demais alunos, mas que podem ser incluídos em substituição a outros que não 
podem ser alcançados, temporária ou permanentemente; 
• Introdução de objetivos específicos complementares – não previstos para 
os demais alunos, mas acrescidos na programação pedagógica para suplementar 
necessidades específicas. 
As adaptações relativas aos conteúdos incidem sobre conteúdos básicos e 
essenciais do currículo e requerem uma avaliação criteriosa para serem adotados. 
Dizem respeito: 
• À introdução de novos conteúdos não revistos para os demais alunos, mas 
essenciais para alguns, em particular; 
• eliminação de conteúdos que, embora essenciais no currículo, sejam 
inviáveis de aquisição por parte do aluno. Geralmente estão associados a objetivos 
que também tiveram de ser eliminados. 
 
 
 
 
 
 
 
119 
 
As adaptações relativas à metodologia são consideradas significativas 
quando implicam uma modificação expressiva no planejamento e na atuação 
docente. 
Dizem respeito: 
 
 
• à introdução de métodos muito específicos para atender às necessidades 
particulares do aluno. De modo geral, são orientados por professor especializado; 
• às alterações nos procedimentos didáticos usualmente adotados pelo 
professor; 
• à organização significativamente diferenciada da sala de aula para atender 
às necessidades específicas do aluno. 
 
 
As adaptações significativas na avaliação estão vinculadas às alterações 
nos objetivos e conteúdos que foram acrescidos ou eliminados. Desse modo, 
influenciam os resultados que levam, ou não, à promoção do aluno e evitam a 
“cobrança” de conteúdos e habilidades que possam estar além de suas atuais 
possibilidades de aprendizagem e aquisição. 
As adaptações significativas na temporalidade referem-se ao ajuste temporal 
possível para que o aluno adquira conhecimentos e habilidades que estão ao seu 
alcance, mas que dependem do ritmo próprio ou do desenvolvimento de um 
repertório anterior que seja indispensável para novas aprendizagens. Desse modo, 
requerem uma criteriosa avaliação do aluno e do contexto escolar e familiar, porque 
podem resultar em um prolongamento significativo do tempo de escolarização do 
aluno, ou seja, em sua retenção. Não caracteriza reprovação, mas parcelamento e 
sequenciação de objetivos e conteúdos. 
As ações adaptativas visam a flexibilizar o currículo para que ele possa ser 
desenvolvido na sala de aula e atender às necessidades especiais de alguns alunos. 
As adaptações curriculares no nível do projeto pedagógico devem focalizar, 
principalmente, a organização escolar e os serviços de apoio. Elas devem propiciar 
 
 
120 
condições estruturais para que possam ocorrer no nível da sala de aula e no nível 
individual, caso seja necessária uma programação específica para o aluno. 
As decisões curriculares devem envolver a equipe da escola para realizar a 
avaliação,a identificação das necessidades especiais e providenciar o apoio 
correspondente para o professor e o aluno. Devem reduzir ao mínimo, transferir as 
responsabilidades de atendimento para profissionais fora do âmbito escolar ou exigir 
recursos externos à escola. 
As medidas adaptativas da sala de aula são realizadas pelo professor e 
destinam-se, principalmente, à programação das atividades da sala de aula. 
Focalizam a organização e os procedimentos didático-pedagógicos e destacam o 
como fazer, a organização temporal dos componentes e dos conteúdos curriculares 
e a coordenação das atividades docentes, de modo que favoreça a efetiva 
participação e integração do aluno, bem como a sua aprendizagem. 
Os procedimentos de adaptação curricular destinados à classe devem 
constar na programação de aula do professor e podem ser exemplificados nos 
seguintes exemplos ilustrativos: 
 
 
• A relação professor/aluno considera as dificuldades de comunicação do 
aluno, inclusive a necessidade que alguns têm de utilizar sistemas alternativos 
(língua de sinais, sistema braille, sistema bliss ou similares, etc.); 
• A relação entre colegas é marcada por atitudes positivas; 
• Os alunos são agrupados de modo que favoreça as relações sociais e o 
processo de ensino e aprendizagem; 
• O trabalho do professor da sala de aula e dos professores de apoio ou 
outros profissionais envolvidos é realizado, de forma cooperativa, interativa e bem-
definida do ponto de vista de papéis, competência e coordenação; 
• A organização do espaço e dos aspectos físicos da sala de aula considera 
a funcionalidade, a boa utilização e a otimização desses recursos; 
 
 
 
 
 
 
121 
 
 
• A seleção, a adaptação e a utilização dos recursos materiais, 
equipamentos e mobiliários realizam-se de modo que favoreça a aprendizagem de 
todos os alunos; 
• A organização do tempo é feita considerando os serviços de apoio ao 
aluno e o respeito ao ritmo próprio de aprendizagem e desempenho de cada um; 
• A avaliação é flexível de modo que considere a diversificação de critérios, 
de instrumentos, procedimentos e leve em conta diferentes situações de ensino e 
aprendizagem e condições individuais dos alunos; 
• As metodologias, as atividades e procedimentos de ensino são 
organizados e realizados levando-se em conta o nível de compreensão e a 
motivação dos alunos; os sistemas de comunicação que utilizam, favorecendo a 
experiência, a participação e o estímulo à expressão; 
• O planejamento é organizado de modo que contenha atividades amplas 
com diferentes níveis de dificuldades e de realização; 
• As atividades são realizadas de várias formas, com diferentes tipos de 
execução, envolvendo situações individuais e grupais, cooperativamente, 
favorecendo comportamentos de ajuda mútua; 
• Os objetivos são acrescentados, eliminados ou adaptados de modo que 
atenda às peculiaridades individuais e grupais na sala de aula. 
 
 
 
As adaptações no nível da sala de aula visam tornar possível a real 
participação do aluno e a sua aprendizagem eficiente no ambiente da escola regular. 
Consideram, inclusive, a organização do tempo de modo a incluir as atividades 
destinadas ao atendimento especializado fora do horário normal de aula, muitas 
vezes necessários e indispensáveis ao aluno. 
As adaptações individualizadas focalizam a atuação do professor na 
avaliação no atendimento do aluno. Compete-lhe o papel principal na definição do 
nível de competência curricular do educando, bem como na identificação dos fatores 
que interferem no seu processo de ensino-aprendizagem. 
 
 
122 
As adaptações têm o currículo regular como referência básica, adotando 
formas progressivas de adequá-lo, norteando a organização do trabalho consoante 
com as necessidades do aluno em adaptação. 
É importante ressaltar que as adaptações curriculares, seja para atender 
alunos nas classes comuns ou em classes especiais, não se aplicam 
exclusivamente à escola regular, devendo ser utilizadas para os que estudam em 
escolas especializadas, quando a inclusão não for possível. 
 
 
11 SUGESTÕES DE RECURSOS DE ACESSO AO CURRÍCULO PARA ALUNOS 
COM NECESSIDADES ESPECIAIS, SEGUNDO NECESSIDADES ESPECÍFICAS 
 
 
Para alunos com deficiência visual 
 
 
• Materiais desportivos adaptados: bola de guizo e outros; 
• Sistema alternativo de comunicação adaptado às possibilidades do aluno: 
sistema braille, tipos escritos ampliados; 
• Textos escritos com outros elementos (ilustrações táteis) para melhorar a 
compreensão; 
• Posicionamento do aluno na sala de aula de modo que favoreça sua 
possibilidade de ouvir o professor; 
• Deslocamento do aluno na sala de aula para obter materiais ou 
informações, facilitados pela disposição do mobiliário; 
• Explicações verbais sobre todo o material apresentado em aula, de 
maneira visual; 
• Boa postura do aluno, evitando-se os maneirismos comumente exibidos 
pelos que são cegos; 
• Adaptação de materiais escritos de uso comum: tamanho das letras, 
relevo, softwares educativos em tipo ampliado, textura modificada, etc.; 
• Máquina braille, reglete, sorobã, bengala longa, livro falado, etc.; 
 
 
123 
• Organização espacial para facilitar a mobilidade e evitar acidentes: 
colocação de extintores de incêndio em posição mais alta, pistas olfativas para 
orientar na localização de ambientes, espaço entre as carteiras para facilitar o 
deslocamento, corrimão nas escadas, etc.; 
• Material didático e de avaliação em tipo ampliado para os alunos com baixa 
visão e em braille e relevo para os cegos; 
• Braille para alunos e professores videntes que desejarem conhecer o 
referido sistema; 
• materiais de ensino-aprendizagem de uso comum: pranchas ou presilhas 
para não deslizar o papel, lupas, computador com sintetizador de vozes e periféricos 
adaptados, etc.; 
• Recursos ópticos; 
• Apoio físico, verbal e instrucional para viabilizar a orientação e mobilidade, 
visando à locomoção independente do aluno. 
 
 
Para alunos com deficiência auditiva 
 
 
• Materiais e equipamentos específicos: prótese auditiva, treinadores de fala, 
tablado, softwares educativos específicos, etc.; 
• Textos escritos complementados com elementos que favoreçam a sua 
compreensão: linguagem gestual, língua de sinais e outros; 
• Sistema alternativo de comunicação adaptado às possibilidades do aluno: 
leitura orofacial, linguagem gestual e de sinais; 
• Salas-ambientes para treinamento auditivo, de fala, rítmico, etc.; 
• Posicionamento do aluno na sala de tal modo que possa ver os 
movimentos orofaciais do professor e dos colegas; 
• Material visual e outros de apoio, para favorecer a apreensão das 
informações expostas verbalmente. 
 
 
 
 
 
124 
Para alunos com deficiência mental 
 
 
• Ambientes de aula que favoreçam a aprendizagem, tais como: atelier, 
cantinhos, oficinas, etc.; 
• Desenvolvimento de habilidades adaptativas: sociais, de comunicação, 
cuidado pessoal e autonomia. 
 
 
Para alunos com deficiência física 
 
 
• Sistemas aumentativos ou alternativos de comunicação adaptado às 
possibilidades do aluno impedido de falar: sistemas de símbolos (baseados em 
elementos representativos, em desenhos lineares, sistemas que combinam símbolos 
pictográficos, ideográficos e arbitrários, sistemas baseados na ortografia tradicional, 
linguagem codificada), auxílios físicos ou técnicos (tabuleiros de comunicação ou 
sinalizadores mecânicos e tecnologia microeletrônica), comunicação total e outros; 
• Adaptação dos elementos materiais: edifício escolar (rampa deslizante, 
elevador, banheiro, pátio de recreio, barras de apoio, alargamento de portas, etc.); 
mobiliário (cadeiras, mesas e carteiras); materiais de apoio (andador, coletes, 
abdutor de pernas, faixas restringidoras, etc.); materiais de apoio pedagógico 
(tesoura, ponteiras, computadores que funcionam por contato, por pressão ou outros 
tipos de adaptação, etc.);• Deslocamento de alunos que usam cadeira de rodas ou outros 
equipamentos, facilitado pela remoção de barreiras arquitetônicas; 
• Utilização de pranchas ou presilhas para não deslizar o papel, suporte para 
lápis, presilha de braço, cobertura de teclado, etc.; 
• Textos escritos complementados com elementos de outras linguagens e 
sistemas de comunicação. 
 
 
 
 
 
125 
Para alunos com superdotação 
 
 
• Evitar sentimentos de superioridade, rejeição dos demais colegas, 
sentimentos de isolamento, etc.; 
• Pesquisa, de persistência na tarefa e o engajamento em atividades 
cooperativas; 
• Materiais, equipamentos e mobiliários que facilitem os trabalhos 
educativos; 
• Ambientes favoráveis de aprendizagem como: ateliê, laboratórios, 
bibliotecas, etc.; 
• Materiais escritos de modo que estimule a criatividade: lâminas, pôsteres, 
murais; inclusão de figuras, gráficos, imagens, etc., e de elementos que despertam 
novas possibilidades. 
 
 
Para alunos com deficiências múltiplas 
 
 
As adaptações de acesso para esses alunos devem considerar as 
deficiências que se apresentam distintamente e a associação de deficiências 
agrupadas: surdez-cegueira, deficiência visual-mental, deficiência física-auditiva, etc. 
As adaptações de acesso devem contemplar a funcionalidade e as 
condições individuais do aluno: 
• Ambientes de aula que favoreça a aprendizagem, como: ateliê, cantinhos, 
oficinas; 
• Acesso à atenção do professor; 
• Materiais de aula: mostrar os objetos entregá-los, brincar com eles, 
estimulando os alunos a utilizá-los; 
• Apoio para que o aluno perceba os objetos, demonstrem interesse e 
tenham acesso a eles. 
 
 
 
 
126 
Para alunos com condutas típicas de síndromes e quadros clínicos 
 
 
O comportamento desses alunos não se manifesta por igual nem parece ter 
o mesmo significado e expressão nas diferentes etapas de suas vidas. Existem 
importantes diferenças entre as síndromes e quadros clínicos que caracterizam as 
condições individuais e apresentam efeitos mais ou menos limitantes. As seguintes 
sugestões favorecem o acesso ao currículo: 
• Encorajar o estabelecimento de relações com o ambiente físico e social; 
• Oportunizar e exercitar o desenvolvimento de suas competências; 
• Estimular a atenção do aluno para as atividades escolares; 
• Utilizar instruções e sinais claros, simples e contingentes com as atividades 
realizadas; 
• Oferecer modelos adequados e corretos de aprendizagem (evitar 
alternativas do tipo “aprendizagem por ensaio e erro”); 
• Favorecer o bem-estar emocional. 
 
 
Adaptações metodológicas e didáticas 
 
 
Realizam-se por meio de procedimentos técnicos e metodológicos, 
estratégias de ensino e aprendizagem, procedimentos avaliativos e atividades 
programadas para os alunos. 
São exemplos de adaptações metodológicas e didáticas: 
• Situar o aluno nos grupos com os quais melhor possa trabalhar; 
• Adotar métodos e técnicas de ensino-aprendizagem específicas para o 
aluno, na operacionalização dos conteúdos curriculares, sem prejuízo para as 
atividades docentes; 
• Utilizar técnicas, procedimentos e instrumentos de avaliação distintos da 
classe, quando necessário, sem alterar os objetivos da avaliação e seu conteúdo; 
• Propiciar apoio físico, visual, verbal e outros ao aluno impedido em suas 
capacidades, temporária ou permanentemente, de modo que permita a realização 
 
 
127 
das atividades escolares e do processo avaliativo. O apoio pode ser oferecido pelo 
professor regente, professor especializado ou pelos próprios colegas; 
• Introduzir atividades individuais complementares para o aluno alcançar os 
objetivos comuns aos demais colegas. Essas atividades podem realizar-se na 
própria sala de aula ou em atendimentos de apoio; 
• Introduzir atividades complementares específicas para o aluno, 
individualmente ou em grupo; 
• Eliminar atividades que não beneficiem o aluno ou lhe restrinja uma 
participação ativa e real ou, ainda, que esteja impossibilitado de executar; 
• Suprimir objetivos e conteúdos curriculares que não possam ser 
alcançados pelo aluno em razão de sua(s) deficiência(s); substituí-los por objetivos e 
conteúdos acessíveis, significativos e básicos, para o aluno. 
 
 
Adaptações dos conteúdos curriculares e no processo avaliativo 
 
 
Consistem em adaptações individuais dentro da programação regular, 
considerando-se os objetivos, os conteúdos e os critérios de avaliação para 
responder às necessidades de cada aluno. 
São exemplos dessas estratégias adaptativas: 
• Adequar os objetivos, conteúdos e critérios de avaliação, o que implica 
modificar os objetivos, considerando as condições do aluno em relação aos demais 
colegas da turma; 
• Priorizar determinados objetivos, conteúdos e critérios de avaliação, para 
dar ênfase aos objetivos que contemplem as deficiências do aluno, suas condutas 
típicas ou altas habilidades. Essa priorização não implica abandonar os objetivos 
definidos para o seu grupo, mas acrescentar outros, concernentes com suas 
necessidades educacionais especiais; 
• Mudar a temporalidade dos objetivos, conteúdos e critérios de avaliação, 
isto é, considerar que o aluno com necessidades especiais pode alcançar os 
objetivos comuns ao grupo, mesmo que possa requerer um período mais longo de 
 
 
128 
tempo. De igual modo, poderá necessitar de período variável para o processo de 
ensino-aprendizagem e o desenvolvimento de suas habilidades; 
• Introduzir conteúdos, objetivos e critérios de avaliação, o que implica 
considerar a possibilidade de acréscimo desses elementos na ação educativa caso 
necessário à educação do aluno com necessidades especiais. É o caso da 
ampliação dos componentes curriculares específicos destinados aos portadores de 
deficiências e de condutas típicas, e dos programas de 
aprofundamento/enriquecimento curricular propostos para os alunos com 
superdotação. 
• Eliminar conteúdos, objetivos e critérios de avaliação, definidos para o 
grupo de referência do aluno, em razão de suas deficiências ou limitações pessoais. 
A supressão desses conteúdos e objetivos da programação educacional regular não 
deve causar prejuízo para a sua escolarização e promoção acadêmica. Deve 
considerar, rigorosamente, o significado dos conteúdos, ou seja, se são básicos, 
fundamentais e pré-requisitos para aprendizagens posteriores. 
A decisão sobre a promoção deve envolver o mesmo grupo responsável 
pela elaboração das adaptações curriculares do aluno. 
A atual situação em que se encontram os sistemas educacionais revela 
dificuldades para atender às necessidades especiais dos alunos na escola regular, 
principalmente dos que apresentam superdotação, deficiências ou condutas típicas 
de síndromes, que podem vir a necessitar de apoio para a sua educação. A 
flexibilidade e a dinamicidade do currículo regular podem não ser suficientes para 
superar as restrições do sistema educacional ou compensar as limitações reais 
desses alunos. Desse modo e nas atuais circunstâncias, entende-se que as 
adaptações curriculares fazem-se, ainda, necessárias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
129 
12 PROJETO DE BRINQUEDOTECA 
 
 
"Brincar com criança não é perder tempo, é ganhá-Io; 
se é triste ver meninos escola, mais triste ainda é vê-Ios 
sentados enfileirados, em salas sem ar, com exercícios 
estéreis, sem valor para a 
formação do homem" 
(Drummond) 
 
O projeto de Brinquedoteca apresenta como 
proposta proporcionar o necessário prazer com o qual a 
criança alcança o sucesso, pois brincando, a criança 
experimenta, descobre, inventa. Uma vez que é se 
autoexpressar, é se autorrealizar. 
O porquê do brinquedo é por ser um convite ao brincar. Facilita e enriquece 
a brincadeira. Por intermédio dessas determinadas ações sobre o objeto, a criança 
aprende a controlar seus movimentos e a estabelecer ordem em seu mundo, 
servindo de ações intermediárias para que a criançaconsiga integrar-se melhor. 
Em nossas crianças com necessidades especiais, o brinquedo é 
oportunidade de desenvolvimento. Brincar é estimular a autoconfiança, iniciativa e 
curiosidade. Proporciona desenvolvimento da linguagem, pensamento e 
concentração de atenção. 
As relações cognitivas e afetivas, consequentes da interação lúdica, 
propiciam amadurecimento emocional e vão, pouco a pouco, construindo a 
sociabilidade infantil. 
É também vista, a realização deste trabalho como parte fundamentada em 
recursos para estimulação de Reabilitação (Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia 
Ocupacional); e pedagógicos, para fins de atividade, dentro ou fora da sala de aula. 
Para a família, também é de interesse vivenciar a brinquedoteca, pois o 
adulto que interage pode despertar a atenção e a compreensão da criança, 
esquecendo seu brincar. Mas é imprescindível que antes de tudo se observe como 
ela está brincando para respeitá-Ia, respeitando sua iniciativa, preferências e seu 
 
 
130 
ritmo de ação, evidenciando-se que toda criança gosta de brincar com os pais, 
professora, avós, irmãos mais velhos. 
É certo que a brinquedoteca abre inúmeras opções para nós, educadores, e 
proporciona prazer, sucesso, desenvolvimento e aprendizagens diversas para com a 
criança. A adequação das brincadeiras e brinquedos com a criança deve atender à 
etapa de desenvolvimento e às suas necessidades emocionais, socioculturais, 
físicas ou intelectuais. Considerando-se que bom brinquedo é o que convida a 
criança a brincar. A criança com necessidades especiais, pelas dificuldades que 
apresenta, tem menor possibilidade de aproveitar as situações à sua volta, faz-se 
necessária uma ajuda para despertar seu interesse, caso contrário não irá 
beneficiar-se das oportunidades que o brinquedo oferece ao seu desenvolvimento. 
Está dentro dos objetivos do trabalho, possibilitar brinquedos, Jogos e 
brincadeiras adaptadas adequadamente para crianças com paralisia cerebral. 
Acreditando na necessidade do brincar como oportunidade para a criança 
normal ou carente de atendimento especial, objetivamos a construção deste 
trabalho, pois é brincando bastante que a criança vai aprender a ser um adulto 
consciente, capaz de participar e engajar-se na vida de sua comunidade. 
A Brinquedoteca oferece: acervo dos brinquedos, com jogos e brinquedos 
em geral à escolha da criança; também como centro de recurso pedagógico ao 
professor e demais funcionários e familiares; parquinho de brinquedos tradicionais, 
com espaços para os diversos "cantos", por exemplo, canto do faz-de-conta 
(dramatização); oferece situações problematizadas; possibilita construções livres e 
desafio à criatividade, colocando disponíveis sucatas dentro da "sucatoteca"; 
proporciona ocasiões de relaxamento e afetividade, em seu "canto fofo", com rede, 
colchonete, música e almofadas; livros e revistas. 
Enfim, este trabalho tem como único objetivo propiciar o desenvolvimento 
em nossas crianças especiais e promover experiências para que realmente 
estabeleça conhecimento e aprendizagem aos nossos alunos. 
 
 
 
 
 
 
 
131 
13 JOGOS E ATIVIDADES LÚDICAS 
 
 
 
13.1 SENSÓRIO-MOTOR 
 
 
O brinquedo como atividade para estimular a criança 
(desenvolvimento e aprendizagem) 
 
 
A brincadeira com o recém-nascido é basicamente com o corpo (dele e do 
adulto). 
 
 
1° MÊS 
 
 
- Mudar a criança em diferentes posições na cama; 
- Abrir e fechar levemente seus dedinhos; 
- Colocar o dedo na mão da criança; 
- Conversar com a criança num tom normal de voz; 
- Fazer barulho com chocalhos e brinquedos de borracha, observar se a 
criança percebe o som; 
- Pendurar brinquedos e objetos coloridos no berço para que ele olhe (a 50 
cm dos olhos da criança); 
- Movimentos das mãos do adulto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
132 
AOS 2 MESES 
 
 
- A face humana é preferida a todas as outras coisas do ambiente; 
- Segue objetos com os olhos, brinca com as mãos levando-as à boca; 
- Vocaliza (jogo verbal ou repetir os sons do bebê); 
- Roupas soltas para facilitar o movimento; 
- Tocar os dedinhos, um por um; 
- Contar suavemente; 
- Mostrar coisas de cor viva. 
 
 
AOS 3 MESES 
 
 
- Fazer com que o bebê olhe para os pés (Ex.: ao trocar a fralda); 
- Se algo que você usa chamar a atenção do bebê, dar para ele brincar (Ex.: 
colar); 
- Rir junto é importante; 
- Dar mamadeira e colocar as mãos do bebê (P. Tátil); 
- Quando possível, passear com a criança e deixar que toque objetos que 
lhe chamem atenção. (grama, areia). Sugere-se também o cultivo de plantas. 
 
 
AOS 4 MESES 
 
 
-Aproveitar o banho. Segurar o bebê com firmeza. Ex.: a água se movimenta 
quando ele mexe as pernas; 
- Sacudir um chocalho na altura dos pés do bebê para que ele tente alcançá-
Io com os pés e produzir som; 
- Mover as pernas como se estivesse andando de bicicleta; 
- Mudar a criança de lugar para que observe coisas novas. 
 
 
133 
 
AOS 5 MESES 
 
 
- Deitá-Io de barriga para baixo colocando algo interessante pendurado em 
sua frente para que ele levante a cabeça e mova os braços para tocar no brinquedo; 
- Colocar música para que a criança ouça. 
 
 
AOS 6 MESES 
 
 
OBS. Estimular a independência da criança durante a alimentação: - deixar 
que segure a mamadeira sem suas mãos. 
- Deixar que tirem do prato pedacinhos de comida ou pão, com os dedos. 
- Deixar que segure uma colherinha. 
- Colocar a chupeta virada em sua mão, para aprender a virá-Ia e colocar na 
boca. 
 
 
AOS 7 MESES 
 
 
- Levar a criança para passear; 
- Mostrar revistas e nomear desenhos: nenê, gato, etc.; 
- Tirar o brinquedo de sua mão e colocar próximo para que a criança vá 
apanhar; 
- Gosta de imitar gestos: brinque de enrugar nariz, bater palmas, levantar 
braços; 
- Nomear os objetos "próximos" (não importa que a criança não repita os 
conceitos). 
 
 
 
 
134 
AOS 8 MESES 
 
 
- Brincar com telefone (facilitar para que a criança passe girar o disco 
colocando o dedo nos buraquinhos); 
- Contar com gestos, bater palmas, dar tchau. 
 
 
AOS 9 MESES 
 
 
- Encaixar argolas de diferentes tamanhos; 
- Colocar brinquedos dentro de bolsa, sacola, bolsos que se abrem de 
diferentes maneiras (velcro, zíper e abotoada); 
- Amarrar um brinquedo num cordão comprido (mais ou manos 50 cm); 
- Estimular a criança a puxar o cordão para alcançar o objeto; 
- Colocar um brinquedo perto da criança, porém de maneira que ela tenha 
que mudar de posição para alcançá-Io (ficar de pé, engatinhar e dar uma volta); 
- Colocar um brinquedo que a criança goste na ponta de uma fralda, 
incentivar que a criança puxe para alcançar o brinquedo; 
- Fazer movimentos que a criança já sabe fazer, para que ela imite. Ex. 
mostrar a língua, repetir sons, piscar os alhos etc., 
 
 
AOS 10 MESES 
 
 
- Sentada em um banquinho baixo; colocar seus brinquedos afastados, para 
que a criança gire e se incline para alcançá-Ios; 
- Mostrar figuras conhecidas num livro, apontando com o indicador. Pedir 
para a criança mostrar. O "eu", o "Miau", etc.; 
- Deixar que a criança rasgue e amasse papel (bola de papel). 
 
 
 
135 
AOS 11 MESES 
 
 
Encoste a criança num canto de duas paredes, para 
estimulá-Ia a deslocar-se chamando-a para si; 
- Oferecer para criança uma caixa com pequenos abjetos; 
- Jogar bola; 
- Manusear, com ela, revistas e livros de histórias com 
gravuras grandes e coloridas, mostrando-as e conversando sobre as 
mesmas; 
- Levar a criança a segurar um objeto pela ponta de um 
coração e movimentá-Io em várias direções. 
 
 
AOS 12 MESES 
 
 
- Oportunizar a criança brincar com água, areia, blocos e deixar que ela use-
os como quiser; 
- Nomear as partes do corpo. 
- Incentivá-Ia a caminhar. Ex.: empurrando carrinho de compra, de bebê, etc. 
- Instrumentos musicais. 
- Bolapequena (de plástico ou tecido). 
- Brincar de passar brinquedo de uma caixa para outra. 
- Incentivar bons hábitos. Ex. vamos guardar os brinquedos? - Brincadeira 
livre com brinquedos de formas diferentes. 
- Montar brinquedos iguais. 
- Brincar com caixa de papelão; dentro, fora, passar por dentro (tirar o 
fundo). 
- Boliche - esconder pequenos objetos na mão para a criança procurar e 
achar. 
- Tapar um objeto com um pano e perguntar para a criança. Onde está? 
- Brincar com o espelho. 
 
 
136 
1 A 2 ANOS 
 
 
- Pedir para a criança "achar" de olhos fechados à mão, olhos, nariz, boca, 
etc. 
- Soprar bolinhas de sabão. 
- Modelar com argila, massa de trigo... 
- Encaixar de potes, barricas e cubos. 
- Brincar de trenzinho, carro, etc. 
- Jogos de imitação, jogo simbólico, etc. (casinhas, imitar o cachorro). 
- Placas de construção. 
- Brinquedos para colocar em fila, seriar, classificar (sucata). 
- Oferecer brinquedos misturados para a criança separar. (Ex.: de comer e 
de animais). 
- Cantar canções com gestos. 
- Contar pequenas histórias. 
 
 
O A 3 MESES 
 
 
- Chocalhos com sons suaves e diversificados. 
- Móbiles diversos, de maneira colorida e que produzem sons ao serem 
balançados. 
 
 
3 A 8 MESES 
 
 
- Móbiles que podem ser manipulados pela própria criança; 
- Bichos de látex bem macio ou com texturas diferentes ao tato. 
- "João Bobo" com guizos. 
 
 
137 
- Bola de vinil, bem mole, com reentrâncias que permitam à criança pegá-Ia 
e mordê-Ia. 
- Bola ou dado de espuma bem macios e bem coloridos para estimulação 
visual e tátil. 
 
 
8 A 15 MESES 
 
 
- Painéis para a criança aprender a executar vários movimentos com as 
mãos, dar noção de direção e relacionar causa e efeito. 
- Brinquedos de encaixe com pinos cilíndricos e coloridos, de tamanhos 
adequados. 
- Brinquedos de puxar ou empurrar em que se procura reunir som, cores e 
movimentos. 
- Blocos de papelão, plástico ou madeira, para empilhar ou encaixar. 
 
 
15 MESES A 2 ANOS 
 
 
- Cubos de encaixar ou empilhar. 
- Bate-estacas para a coordenação motora e descarga de agressividade. 
- Instrumentos de percussão ou de sopro simples. 
- Canos de encaixar e outros para desenvolver noção de forma e espaço. 
- Livros de pano ou cartão plastificado, com figuras grandes, coloridas e 
comunicativas. 
 
 
2 A 3 ANOS 
 
 
- Caixas das formas (apresentadas com quebra-cabeças). 
 
 
138 
- Blocos de construção (noções de equilíbrio e criatividade). 
- Caixas com formas geométricas. 
- Trens, aviões, carrinhos, barquinhos, etc. 
- Quebra-cabeça simples (noção de tamanho, lateralidade). 
 
 
3 A 5 ANOS 
 
 
- Número de encaixe: conjunto para associar número e quantidade. 
- Quadro magnético. 
- Carros desmontáveis 
- Bichos domésticos e selvagens 
- Material para modelagem. 
- Jogos com regras simples (boliche, amarelinha, acertar a bola no palhaço, 
etc.). 
 
 
5 A 7 ANOS 
 
 
- Jogos para coordenação motora fina. 
- Materiais diversos para a alfabetização. 
- Blocos lógicos. 
- Teatro de fantoches. 
- Jogo de Fantasia. 
- Jogo de competição (Reflexo motor e agilidade mental). 
- Jogo ao ar livre. 
- Memória. 
 
 
 
 
 
 
139 
7 A 10 ANOS 
 
 
- Jogos de mobilidade motora. 
- Jogos criativos e recreativos. 
- Jogos de raciocínio. 
 
 
14 EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
 
14.1 TIPOS DE ATIVIDADES: 
 
I - Atividades vivenciadas corporais individual ou em grupo. 
Autonomia participação social 
- Ações experimentais com o corpo. (destreza-agilidade) 
- Psicomotricidade - (corpo-mente) atenção interiorizada. 
II - Atividades com material pedagógico 
- Experiência por meio do concreto (pensamento). 
- forma tridimensional. 
III - Atividades Gráficas 
- Desenho, pintura, escrita (escolaridade formal). 
IV - Atividades Recreativas 
Atenção Professor: 
1 - Real entusiasmo pela brincadeira. 
2 - Participar do jogo. 
Passos: 
Planejar 
1 - sugerir (escolha). 
2 - ouvir (escolha). 
3 – decidir (espaços, material, regra). 
 
 
 
 
140 
Preparar o grupo 
1 - motivar 
2 - regras claras 
3 - atenção para todos 
 
 
Professor 
A recreação deverá ser feita com prazer. 
É necessário alegria e não dar "punições" em vez de trotes. 
 
 
14.2 SUGESTÕES DE ATIVIDADES 
 
 
(Vivenciadas) - Ciências Naturais 
1 - Objetivo - Consciência e valor de uma boa respiração. Desenvolvimento 
inspirar pelo nariz. 
- soltar o ar pela boca. 
2 - Objetivo 
AVD - Função semiótica (Representação) 
Dramatização - lavar as mãos 
- tomar banho de chuveiro 
- lavar roupa 
- escovar os dentes 
- pentear os cabelos 
- O que você faria? 
a) Se fosse professora? 
b) Se fosse um tigre? 
c) Se fosse um palhaço? 
d) Se pudesse voar? 
e) Se fosse um guarda de trânsito? 
3 - Objetivo: Conseguir a coordenação dos membros superiores e inferiores 
em deslocamentos quadrupédicos. 
 
 
141 
Desenvolvimento - A prof. deverá incentivar a criança a deslocar-se "em, 
quatro patas", imitando animais. 
Cachorro: Deslocar-se como se estivesse engatinhando como bebê. 
Gato: Deslocar-se usando como apoio as mãos e os pés sem usar o apoio 
dos joelhos. 
Urso: Posição quadrupédica com os joelhos apoiados no chão (como a 
posição estática do cachorro). Ao deslocar-se fazê-Io pesadamente, com um lado do 
corpo de cada vez (braço direito junto com a perna direita, braço esquerdo com a 
perna esquerda). 
Macaco - Deslocar-se na ponta dos pés e com o apoio das mãos no chão, 
os quadris bem elevados e a parte superior do tronco em plano inferior. 
Tartaruga - Deslocar-se lentamente de joelhos com os braços flexionados e 
antebraços, apoiados no solo, mantendo o tronco bem curvado. 
Girafa - Deslocarem-se na ponta dos pés, os braços elevados verticalmente, 
mãos espalmadas e unidas com os polegares retesados para o alto. 
Pato - Deslocar-se sentado sobre os calcanhares com os braços abertos e 
os antebraços flexionados, como asas. 
Coelho - Deslocar-se sentado sobre os calcanhares com os braços 
elevados verticalmente perto da cabeça, imitando as orelhas. 
Galo - Caminhar de pé, com braços estendidos, horizontalmente, as mãos 
flexionandos para baixo, e sem flexionar os joelhos. 
Leão - Caminhar na ponta dos pés, lenta e pesadamente, flexionando o 
tronco para frente, braços caídos e relaxados. 
Foca - Deslizar pelo solo, arrastando-se, com as mãos nas costas. Os pés 
deverão ficar com os calcanhares juntos, mas com as pontas afastadas, a fim de 
imitar a cauda da foca. 
Pássaro - correr na ponta dos pés, com passos bem curtos, braços 
flexionados como asas, movimentados para cima e para baixo. 
Abelha - Correr devagar com as mãos nos lábios fazendo "zz ---” Ao dizer o 
nome de uma das crianças, a que for nomeada deverá parar e inclinar o tronco para 
frente, abrindo os braços e dizendo alto o nome de uma flor, “Margarida; por 
exemplo, dramatizando como se realmente estivesse diante daquela flor”. 
 
 
142 
O professor poderá sugerir que as imitações sejam acompanhadas das 
"vozes" dos animais. 
4 - Objetivo - Possibilitar o deslocamento, a coordenação de movimentos, o 
autocontrole do equilíbrio. 
 
 
Material - Saquinhos de grãos 
Desenvolvimento - Levar a criança a se deslocar em posições diversas 
andando, saltando, engatinhando, de joelhos, etc., com os sacos de grãos colocados 
em determinadas partes do corpo. O professor dará os comandos sobre os lugares 
onde deverão ser colocados os saquinhos, podendo a criança ser auxiliada pelos 
companheiros. Cada criança descobrirá por si mesma a maneira de movimentar-se, 
sem derrubar os sacos de grãos. 
 
5 - Objetivo - representação mental Obs:. Não vale falar! 
O que sentiria e como faria? - Se levasse um susto? 
- Se pisasse no chão muito quente? 
- Se começasse a chover? 
 
 
Banda rítmica 
6 - Objetivo- Desenvolver a atenção auditiva e discriminar sons diferentes. 
Material: Banda Rítmica 
Desenvolvimento: A professora deverá desenhar esquematicamente os 
instrumentos da banda na lousa. Longe da vista dos alunos, fazer uma criança tocar 
um instrumento por vez. Chocalho, pandeiro, guizo, agogô, afochê, triângulo, 
maracás, reco-reco, etc. Tentar que a classe reconheça os sons mostrando na lousa 
a figura correspondente. 
Variação - Propor o inverso com a imitação do som. A criança irá à lousa, 
mostrará uma figura e imitará o som do instrumento indicado. 
 
 
 
 
 
143 
15 HISTÓRIAS INFANTIS 
 
 
A história na pré-escola é um elemento valioso, que 
consegue despertar a interesse e a atenção da criança, 
estimulando paralelamente a imaginação e o enriquecimento do 
vocabulário. A expectativa do desconhecido, "do que vem 
depois" associada às atitudes anímicas e fantásticas dos 
personagens (bichos que falam, plantas que se locomovem, automóveis com 
sentimentos, etc.) faz com que os pequenos ouvintes se prendam intensamente aos 
contos. Mas o que torna uma história emocionante ou enfadonha é a maneira como 
ela é narrada. Contar histórias é uma arte e o melhor contador é aquele que dá vida 
à narrativa, dramatizando-a para seus ouvintes e fazendo com que tomem parte 
ativa na narração. Propor questões como: 
O que você faria se estivesse nesta situação? Ou o que vocês acham que 
aconteceu? Ou então "Quem sabe imitar o ruído do cavalo cantando?", são 
perguntas que entre mil outras podem ser feitas para forçar uma maior participação 
da criança. 
Para que haja um bom aproveitamento das oportunidades que a narração de 
uma história oferece, fazemos algumas sugestões práticas: 
- Selecionar a história escolher uma que tenha conteúdo sadio e 
interessante. Verificar que seja adequada ao nível das crianças e que não tenham 
cenas que possam assustá-Ias. 
- Certificar-se de que conhece bem a história, pois se titubear as crianças 
perdem "o fio da meada". 
- Preparar o ambiente para a narrativa; verificar que estejam todas 
acomodadas, dispostas a ouvir, quem ouve pela metade tira conclusões erradas. 
- Contar a história com vocabulário que todas as crianças possam entender. 
Explicar os termos novos antes para não ter que interromper a história cada vez que 
uma palavra desconhecida aparecer. 
- Provocar emoção, mas não terminar com suspense, o final deve deixar as 
crianças tranquilas. 
 
 
144 
- Introduzir sempre algumas cenas ou acontecimentos que sejam bem 
familiares às crianças, elas precisam encontrar algo comum a sua vida diária nas 
histórias. Apresentar ilustrações para ajudar a imaginação dos alunos e despertar-
Ihes interesse. Fazer com que observem o maior número possível de detalhes, na 
gravura. 
- Avaliar sua compreensão, por meio de perguntas sobre a história para 
verificar se chegaram a conclusões certas. Seguindo esta orientação com 
entusiasmo e com criatividade, o professor certamente obterá bons resultados. 
Importante salientar que a narração de história é das melhores 
oportunidades para conquistar os alunos e enriquecer a comunicação com eles. 
Obs.: Embora histórias narradas tornem-se interessantes, é preciso lembrar 
que na pré-escola deve ser despertado o interesse pela leitura. Quando o adulto lê 
alguma coisa em voz alta para a criança a leitura está sendo valorizada. Por esta 
razão é conveniente que a professora leia algumas vezes para os alunos, a fim de 
incentivá-los a lerem também. 
 
 
Atividade Vivenciada 
 
 
a) Objetivo - Língua Portuguesa. Conceito (categorias de palavras) Material - 
Uma gravura de cachorro. 
Desenvolvimento - Ex.: O cachorro pula. 
O que mais ele pode fazer? (correr, latir, morder, etc.). 
A professora deverá continuar o exercício, mudando as frases e utilizando 
outras gravuras. (frutas, animais, etc.) 
b) Feminino/Masculino (Gênero) 
A mulher do gato é 
________________________________________________ 
A mulher do cachorro é 
________________________________________________. 
c) Concordância em gênero 
- O boi é preto e a vaca é 
 
 
145 
________________________________________ 
- O pato é gordo e a pata é... 
________________________________________ 
d) Concordância em número (plural) 
- A casa é amarela 
- As casas são 
___________________________________________________ 
e) Desenvolver a capacidade de formular frases negativas. (colocar o não) 
- O cachorro pulou a caixa 
- A flor caiu 
- O menino pegou a boneca, etc. 
 
Atividade Vivenciada - Ciências Naturais 
 
8) Sentido Cromático. (Alimento ou Objetos naturais) 
Branco - açúcar, arroz, etc. 
Preto - carvão 
Vermelho - tomate, maçã 
Amarelo - gema de ovo, banana 
Azul - azul (céu) 
Verde - folha, limão, abacate. 
Obs.- Estudar as cores secundárias e derivadas realizando as misturas das 
tintas primárias. 
Ex.: vermelho e amarelo - alaranjado (fazer experiências para descobrir 
novas cores). 
 
 
9) Objetivo: Raciocínio (Classificação) 
Desenvolvimento: Dividir em grupos. 
Ex: Grupo 1 
- Buscar nas revistas tudo da cor amarela. 
Depois construir painéis de cada grupo classificando os recortes por área. 
- Orientação e estruturação temporal. 
 
 
146 
 
10) Objetivo - Levar os alunos a sentirem a divisão do tempo: semana - 
mês - ano. 
Material: Calendário 
Desenvolvimento: Palestras: semana: sete dias - Relacionar os dias da 
semana, as atividades de classe (horário escolar). 
Mês - várias semanas 
Ano - vários meses 
Semestre - metade de um ano - O que é calendário? (mostrar) 
Memorizar os meses do ano, associando-os a fatos da vida infantil (início 
das aulas, festividades juninas, férias de inverno, festa de natal, etc.). 
Confeccionar, com o auxílio dos alunos, "linha do tempo". 
Colocar na parede um papel de 20 cm de largura e comprimento longo, 
deixar bem à vista. Dividi-Io em sete partes iguais (de 10 cm em 10 cm). Cada dia 
que passa colorir com o lápis de cera grosso o espaço correspondente (o espaço do 
domingo em vermelho). 
Ao completar uma semana, virar a faixa de papel no verso e fazer 
novamente a divisão e a marcação de dias, 
 
11) Objetivo - levar a criança a sentir a divisão do tempo, (estações do 
ano). 
Mat - Cartolina, gravuras desenhos tesoura e cola. Desenv. - Estações do 
Ano. 
- Identificar as estações do ano, associando-as a fatos ligados à vida infantil. 
Ex.: Férias de verão, férias de inverno, etc., e associá-Ias a situações características 
de cada estação. 
- Confecção de cartazes e painéis relativos à estação em curso. 
- Condições e dramatizações sobre o assunto. 
 
 
 
 
 
 
 
147 
16 PENSAMENTO LÓGICO 
 
 
12 Objetivo - Desenvolver o pensamento lógico e a capacidade de 
classificar. 
Desenvolvimento: Pedir aos alunos que formem conjuntos de figuras de: - 
Tudo que serve para comer; 
- tudo que serve para vestir; 
- tudo que serve para transportar; 
- coisas que nasçam da terra; 
- coisas feitas pelo homem; 
- tudo o que nasce e morre; 
- o que vai para a geladeira; 
- o que vai para o fogo; 
- o que dá para carregar com a mão; 
- o que cabe em uma caixa de sapatos; 
- animais de quatro patas; 
- animais com pelo; 
- animais com pessoas. 
 
 
17 IMAGINAÇÃO E CRIATIVIDADE 
 
 
A Vivenciada 
13) Objetivo - Desenvolver imaginação e criatividade 
Desenvolver intencional idade (causa I efeito) 
Pensamento lógico, 
A professora diz: 
- João ia andando e tropeçou. Por quê? 
- Maria começou a chupar uma laranja e fez careta. Por quê? 
- O carro ia pela rua e parou. Por quê? 
- José chegou a casa e a mamãe estava brava. Por quê? 
 
 
148 
- Quando a moto passou a professora tampou o ouvido. Por quê? 
Quando Pedro saiu de casa abriu o guarda-chuva. Por quê? 
Na volta da feira Maria tirou o casaco. Por quê? 
 
 
18 BRINQUEDOS (SUGESTÕES) 
 
 
- LOTO LEITURA: 
Cada grupode crianças receberá um tabuleiro, e o próprio educador Ihes 
entregará as palavras correspondentes aos desenhos. 
O educador fará a leitura de cada palavra, lentamente, estimulando sua 
identificação por meio de rimas, sons iniciais, etc. 
Depois de colocadas as palavras, as crianças deverão procurar as letras e 
montá-Ias no tabuleiro, copiando da original. 
 
 
BLOCOS LÓGICOS 
 
 
Separar os blocos por cor ou por outro critério escolhido. Imitar a sequência 
montada pela professora. 
De surpresas! 
Material: saco surpresa e blocos lógicos Desenvolvimento: colocar todas as 
peças dentro do saco. 
Pedir que os alunos sentem-se em círculo e passem o saco de pano de um 
para o outro sem pular ninguém. A professora em determinado momento diz, "vá" o 
aluno que estiver neste momento segurando o saco, deve pegar uma das peças e 
falar para os colegas os atributos da peça que pegou. 
Quem é diferente? 
Desenvolvimento: A professora escolhe peças com atributos em comum e 
entre elas coloca uma que seja diferente. 
 
 
149 
Canto: Uma destas peças não é igual à outra, é diferente, para perceber 
basta olhar. Quero ver agora, quem percebe a diferença antes que eu acabe de 
cantar. 
 
 
JOGOS DE SALÃO 
 
 
1. Eu vejo uma coisa que é vermelha: (5 anos) 
Uma criança sai. O grupo combina e escolhe uma coisa vermelha. A criança 
entra e deve adivinhar qual a coisa vermelha escolhida. 
2. Escultor: (5 anos) 
Círculo: O escultor escolhe uma ou mais crianças a quem ele dá uma 
postura. Depois, sai Uma criança muda, trocando a Postura. O escultor tem que 
descobrir o que foi mudado. 
Variante: Troca de roupas. Móveis, as crianças mudam sem escultor 
3 - Tintureiro ou sapateiro - (5 anos) 
Todos tiram uma peça de roupa ou os sapatos e entregam para o tintureiro 
ou sapateiro, que deverá depois devolver corretamente para cada criança sua roupa. 
Variante: Cinderela (10 anos) na entrada dos bailes deixa-se uma caixa com um 
sapato das meninas (9) cada menino entra, pega um sapato e descobre de quem é 
o sapato. 
4) João mandou (5 anos) salão e ar livre 
Tudo que João mandar deve ser feito caso não se fale antes: - "João 
mandou", não deve se fazer, por exemplo: 
- "João mandou pular" - Todos pulam - "de um pé" 
- Ninguém obedece 
Quem errar sai ou executa uma prenda. 
5) Procurado: (6 14 anos) 
- Um adivinhador detetive - Indicam duas coisas de uma pessoa. Por 
exemplo: 
- Descrição física - olhos azuis 
- Característica - alegre 
 
 
150 
O detetive deve adivinhar quem é. Para crianças pequenas, utilizam-se 
objetos. Por exemplo: óculos e meias azuis. 
Mímica - (6 - 14) anos 
Um sai e mostra para o grupo que profissão escolheu por intermédio da 
mímica. Quem adivinhar pode sair. 
Meu tio viriato me trouxe isto de presente: (6 - 14 anos) 
Representar com gestos tudo que o tio trouxe de presente: fanfarra, máquina 
de costura, cadeira de balanço, pente, etc. 
Dominó de palavras: (7 anos) 
Círculo um joga um lenço ou uma bolinha e fala, "Marinheiro". Aquele que 
pegar, deve responder: "navio". Este pode escolher outra palavra como: "escola". O 
outro responde: "professora" ou "alunos". Quem não tiver resposta paga prenda. 
Cachorro e biscoito: (7 anos) 
Círculo - No meio há um jogador (que é o cachorro) com os olhos vendados, 
cuidando de um biscoito num saco ou dentro de uma panela. As crianças do círculo 
têm que tentar tirar este biscoito, sem que o cachorro os escute e os pegue. Quem 
for pego vai ser o cachorro. 
Batata quente: (8 - 10 anos) 
Círculo: sentado, um dirigente, uma criança sai e fica fora do círculo. Uma 
bolinha de papel ou de ping pong. O dirigente diz: "Passa depressa a batata quente 
para não queimar a mão". “Se o jogador de fora pegou a batata quente, este jogador 
entra no círculo rapidamente e pede para mostrar a mão: Claro que todo mundo 
deve fingir que está com a batata quente”. 
Passar a caixa de fósforos: (14 anos) 
Pelo nariz, pode-se trabalhar em dois grupos, como corrida. Quem deixa cair 
paga prenda. 
Casamento japonês - (10 anos) 
Meninos X Meninas, Os meninos saem. Cada menina escolhe um dos 
meninos. Um por um os meninos entram e escolhem uma menina, Se acertam, 
casam. Tem três chances. Não acertando fica solteiro. 
Vou viajar e levar (truque) - (10 anos) 
 
 
151 
Uma pessoa diz: "Vou viajar e levar meu casaco marrom". Pergunta para o 
companheiro: "E você? Ele responde: "Meu chapéu". Mas isto não pode. Então lia 
mala". Isto também não pode. 
Truque: Só pode levar algo que está usando na hora. 
 
 
JOGOS ESCRITOS 
 
 
Filme - desenho - (9 anos) 
1 - desenhar a cabeça, dobrar a folha e passar. 
2 - desenhar o pescoço, dobrar a rolha e passar. 
3 - desenhar os braços, dobrar a folha e passar. 
4 - desenhar a barriga, dobrar a folha e passar. 
5 - desenhar as pernas, dobrar a folha e passar. 
O teste do desenho (9 anos) 
Cada jogador ganha um papel já preenchido com alguns traços e lápis de 
cor. Com o que aparece no papel, a criança tem que montar um desenho. Todas 
ganham os mesmos traços. 
 
 
JOGOS AO AR LIVRE 
 
 
Coelhinho na toca (3 anos) 
Círculo. Um coelho está na toca. Quem está fora do círculo fala: "Coelhinho 
está na toca, será que está dormindo? Pobrezinho do coelhinho será que você sabe 
pular? Pula coelhinho, pula!” O coelhinho pula para que outra criança entre na toca e 
vire coelhinho. 
O urso dorminhoco: (4 - 10 anos) 
Um urso está dormindo num canto. Os bichinhos (o que as crianças 
escolherem: coelho, carneiro, etc.), vão e mexem chamando: "Acorda senhor Urso". 
 
 
152 
Depois de um tempo o urso acorda e tenta pegar um bichinho. Este será da próxima 
vez o urso. Com as crianças de quatro anos é bom o adulto ser o urso. 
Cai na lagoa: (ou amigo da onça) 4 - 10 anos. 
Desenha-se na arena um círculo ou forma-se um círculo com uma corda em 
volta, os jogadores formam uma roda e começam a virar. De repente, começam a 
puxar para fazer alguém cair na "lagoa". Quem cair sai da brincadeira. 
Mudam as casas: (5 anos). 
Cada criança fica dentro de um círculo desenhando ou escolhe uma árvore 
que será a sua casa. Uma criança fica fora bate as mãos e grita: "Mudem de casa!" 
Todas as crianças devem sair e mudar de casa e aquele que ficar será o próximo 
para dar a ordem. 
Bouquê de Flor: (5 anos) 
Círculo. Uma criança nomeia três flores: rosa, cravo e margarida. Ela sai e o 
grupo combina quem vai ser cada flor. 
O jogador volta. Nós perguntamos "O que é que você vai fazer com a rosa" 
Ele responde. "Dar beijo". E assim por diante. 
Os patinhos e o lobo: (6 anos) 
Um jogador é a mãe pata, do outro lado estão os outros jogadores - os 
filhinhos patinhos. Entre os dois está o jogador lobo meio escondido. 
- Mãe pata: "Meus filhinhos, venham para cá"! 
- Patinhos: "Nós não podemos" 
- Mãe pata: "Por quê"? 
- Patinhos: "O lobo quer nos pegar"! 
- Mãe pata. "Corram depressa!" 
O lobo tenta pegar um patinho. A mãe pata vai ao encontro e se ela der a 
mão o patinho estará salvo. 
O lobo e as galinhas: (7 anos) 
As galinhas formam um círculo grande, sem se darem às mãos. O lobo fica 
no meio da roda agachado. As galinhas andam em volta falando: 
- O que o senhor lobo está fazendo?" 
- "Catando lenha" 
- "Por quê?" 
- "Para fazer uma fogueira". 
 
 
153 
- "Para quê?" 
- "Para cozinhar uma canjica 
- "Com quem?" 
-"Com vocês! Vou te comer”... 
Todas as galinhas fogem e o lobo tenta pegar uma. 
Mãe posso viajar (7 anos) 
Um jogador é a mãe e os outros são os filhinhos que ficam do lado oposto. A 
primeira criança do grupo pergunta: 
 - "Mãe posso viajar? 
- Mãe: "pode sim meu filho" 
- Filho: "Quantos passos posso dar?" 
- Mãe: "Um gigante? 
E a criança avança com um passo grande. Para o segundo jogador ela 
manda, por exemplo: 5 passos de formiguinha e ele terá que andar com passos 
pequenos. Ou passos de boneca? Homem,de elefante, etc. 
Até que uma criança chegue ao seu lugar e vire a mãe, começando tudo 
outra vez. 
 
Caçadores e raposa: (8 anos) 
As raposas ganham um rabo de papel e escondem-se em sua toca. Os 
caçadores têm uma casa do lado oposto. Os caçadores devem caçar as raposas 
tirando o rabo. A raposa que conseguir chegar até sua toca com rabo ganha e o 
caçador que tiver mais rabos será o chefe. Na próxima vez trocam-se os partidos. 
Batatinha frita 1, 2, 3 (8 anos)... Um jogador bate a cara e o grupo fica numa 
linha do lado oposto. O jogador fala: 
“Batatinha frita 1, 2, 3 e vira depressa para ver quem corre em sua direção 
para bater em suas costas”. Mas os jogadores não podem mais se mexer quando 
ele estiver olhando, aquele que se mexer, deverá voltar para a linha do começo, 
Repetem-se várias vezes e aquele que conseguir bater em suas costas sem ser 
visto é a batatinha. 
O dragão (8 anos) 
 
 
154 
Círculo. Todas as crianças do lado de fora, empurrando o outro para dentro 
da Boca do Dragão. Quem está dentro pode puxar os outros para dentro. Ganha 
quem ficar fora. 
Ladrão e princesa (10 anos) 
Num terreno grande, formam-se dois grupos: os ladrões e as princesas. 
Cada grupo combina um castelo e uma cabana escondida. Os ladrões têm que 
roubar as princesas. As princesas podem sair e salvar as princesas presas com 
batatinha. Quando todas as princesas forem presas acabou o jogo. 
Passarinho apitador (10 anos) 
O passarinho ganha um apito e se esconde. Ele apita e pode mudar de 
esconderijo. Todos procuram o passarinho e aquele que conseguir pegá-Io vira 
passarinho. Também se pode brincar no escuro. 
 
 
JOGOS DE REPRESENTAÇÃO 
 
 
1 - Mímica - adivinhar a ação que o colega está imitando: comer, chutar uma 
bola, cheirar uma flor, pintar a parede, escrever na lousa, tocar piano, lavar roupa, 
etc. 
2 - Estou pensando na parte do meu corpo que serve para ver. Qual (ouvir, 
andar, correr, chutar, segurar um objeto, desenhar, etc.). 
3 - Adivinhações: O que é o que é? - Que fica em cima do pescoço? 
- Que fica entre os olhos e a boca? 
4 - Estou pensando num objeto... Que está em cima do armário. - ao lado da 
porta; 
- Em frente à janela; 
- Atrás da mesa, etc. 
5 - Círculo - um participante ao meio diz: "Estou pensando em alguém 
(descreve a criança) Quem será? 
6 - Adivinhar quem é: o grupo fecha os olhos - A professora escolhe um 
aluno e o cobre com lençol. O escolhido deverá movimentar-se de modo a aparecer 
parte de seu corpo. Os outros tentarão descobrir quem está coberto. 
 
 
155 
7 - Profissões: Estou pensando em alguém que... 
Faz pão; apaga fogo; vende jornal; dirige ônibus; pinta casa; constrói casas; 
ensina crianças; vende remédios; faz roupas; recolhe lixo; conserta sapatos; 
8 - Nomear objetos por função. 
9) Brincar de trenzinho: passar entre a cadeira e a parede seguir para frente 
- andar em volta da mesa, etc. 
10) Quais os movimentos que fiz? Observar e repetir a sequência (1°, 2°, 
3°). 
11) Jogo de detetive 
A professora apresenta uma tampa vermelha, 
Os alunos devem apresentar outra da mesma cor, forma, tamanho, etc. 
12) Traçar no chão figuras geométricas. 
As crianças movimentam-se livremente. Quando a professora mostrar uma 
das formas no chão, no cartão, os alunos devem entrar dentro ou em cima da 
mesma forma traçada. 
13) Reconhecer partes do corpo, por meio do som: bater palmas; bater com 
pés no chão; estalar os dedos; estalar com a língua; tossir. 
(o restante do grupo com os olhos vendados) 
14) Reproduzir formas geométricas com sucata. 
15) Jogo com regras - chamada na roda 
Círculo: o participante ao centro joga a bola para o alto e chama um nome 
do grupo. A criança chamada deverá pegar a bola antes que caia a bola no chão. 
- Onde está a bola? 
Alunos enfileirados, o da frente joga a bola para trás. Quem apanhá-Ia a 
esconderá atrás do corpo. A criança destacada tentará adivinhar com quem está a 
bola. 
- Quem está diferente? 
- Todas as crianças adotam uma posição, apenas uma fica diferente. A 
"destacada", 
Deve descobrir quem está diferente na brincadeira. 
- Vamos colocar a bola embaixo da cadeira? 
- Vamos colocar a bola em cima da cadeira? 
 
 
156 
Por exemplo: Onde está a bola? (em cima do armário, embaixo do colchão, 
atrás da porta, etc.). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
157 
 
GLOSSÁRIO DAS NECESSIDADES ESPECIAIS/EDUCAÇÃO ESPECIAL 
 
 
Veja a seguir um glossário das necessidades especiais/educação especial, 
segundo o Instituto Ethos (2005). 
• Doença - Denominação genérica de qualquer desvio de um estado 
considerado "normal". 
• Deficiência - Toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função 
psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de 
atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano; 
• Distúrbio (ver, também, "incapacidade") - Situação, geralmente 
transitória, em que a pessoa apresenta deficiência ou incapacidade de ordem física 
(expressão), sensorial ou mental, geralmente reversíveis quando sujeitas a terapias 
especializadas (médicas, pedagógicas, psicológicas, psicopedagógicas, 
fonoaudiológicas, entre outras). 
• Deficiência permanente - aquela que ocorreu ou se estabilizou durante 
um período de tempo suficiente para não permitir recuperação ou ter probabilidade 
de que se altere, apesar de novos tratamentos. 
• Incapacidade (deficiência transitória) - Uma redução efetiva e 
acentuada da capacidade de integração social, com necessidade de equipamentos, 
adaptações, meios ou recursos especiais para que a pessoa com deficiência possa 
receber ou transmitir informações necessárias ao seu bem-estar pessoal e ao 
desempenho de função ou atividade a ser exercida. 
• Deficiência física - Alteração completa ou parcial de um ou mais 
segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, 
apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, 
tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, amputação ou 
ausência de membro, paralisia cerebral, membros com deformidade congênita ou 
adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades 
para o desempenho de funções. 
 
 
158 
• Visual - Acuidade visual igual ou menor que 20/200 no melhor olho, 
após a melhor correção, ou campo visual inferior a 20º (tabela de Snellen), ou 
ocorrência simultânea de ambas as situações; 
• Deficiência mental - Funcionamento intelectual significativamente 
inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas 
a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: 
a) comunicação; 
b) cuidado pessoal; 
c) habilidades sociais; 
d) utilização da comunidade; 
e) saúde e segurança; 
f) habilidades acadêmicas; 
g) lazer; 
h) trabalho. 
• Deficiência múltipla - associação de duas ou mais deficiências na 
mesma pessoa. 
• Superdotação/superdotados - Capacidade intelectual, cognitiva ou de 
outra qualidade, significativamente acima da média das pessoas comuns (no caso 
do teste de QI, registros acima de 140). Tradicionalmente, aplicava-se a alunos com 
raciocínio lógico-dedutivo e matemático acima da média. Atualmente, a partir do 
conceito de inteligências múltiplas de Howard Gardner, aplica-se também a outros 
potenciais: inteligência espacial, cinestésica, musical, estética, entre outras. 
• Menosvalia - Situação desvantajosa para um indivíduo determinado, 
como consequência de uma deficiência ou incapacidade que o limita ou impede de 
desempenhar um papel. Caracteriza-se pela diferença entre o rendimento do 
indivíduo e suas próprias expectativas e as do grupo a que pertence. 
• Doença mental - Denominação genérica dada a distúrbios de 
comportamentos, causados por injúria neurológica, distúrbios cerebrais, distúrbiospsicológicos ou mentais. Entre outros, cita-se: esquizofrenia, depressão, 
anorexia/bulimia, demência senil, mal de Ahlzeimer, mal de Parkinson, psicose, etc. 
Os doentes mentais, entre outros, são categorizados como deficientes mentais ou 
portadores de necessidades especiais. 
 
 
159 
• Surdos - Sujeitos portadores de deficiência sensorial auditiva, absoluta 
ou parcial, nativa ou não. 
• Educação especial - Modalidade de educação escolar - um processo 
definido em uma proposta pedagógica, assegurando um conjunto de recursos e 
serviços educacionais especiais, organizados institucionalmente para apoiar, 
complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os comuns, de modo a 
garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos 
educandos que apresentem necessidades educacionais especiais, em todos os 
níveis, etapas e modalidades da educação. 
• Inclusão - O contrário de exclusão e componente do processo dialético 
exclusão/inclusão. Pessoas socialmente incluídas (ou inseridas) são as que fazem 
parte dos ambientes materiais e simbólicos (educação e cultura), em contraposição 
às pessoas (socialmente) excluídas. 
• Inclusão escolar - Processo de inclusão nos ambientes escolar e 
cultural dos sujeitos anteriormente excluídos desses ambientes sociais. É mais que 
a simples integração física de sujeitos em sala de aula - pois supõe uma mudança 
de atitudes e mentalidade frente às diferenças e diversidades de toda ordem: físicas, 
étnicas, culturais, econômicas, etc. 
• Impedimento – alguma perda ou anormalidade das funções ou da 
estrutura anatômica, fisiológica ou psicológica do corpo humano. 
• Professor de educação especial - É o que desenvolveu, por meio de 
formação específica, competências para a identificação de necessidades 
educacionais especiais, e em condições de definir, implementar, liderar e apoiar a 
implementação de estratégias de flexibilização, adaptação curricular e práticas 
didáticas e pedagógicas adequadas, bem como trabalhar em equipe, assistindo ao 
professor de classe comum nas práticas necessárias à inclusão dos alunos com 
necessidades especiais. Essa formação específica deve ser comprovada por 
intermédio de: 
- Cursos de licenciatura em educação especial, ou em uma de suas áreas, 
preferentemente concomitantes com cursos na área de educação infantil; ou 
- Pós-graduação em áreas específicas de educação especial, posterior à 
licenciatura comum, para atuação no ensino fundamental e no ensino médio. 
 
 
160 
• Professor capacitado para Educação especial - É o professor de sala 
de aula comum que tem condições de atender educandos com necessidades 
especiais em virtude de constar, em seus currículos formativos, conteúdos sobre 
educação especial. 
• Professores intérpretes - São os especializados em apoiar alunos 
surdos, cegos ou surdo-cegos e outros que apresentem sérios comprometimentos 
de comunicação ou sinalização. Dominam a linguagem Braille (para deficientes 
visuais) e a linguagem de sinais (para sujeitos surdos). 
• Classes especiais - Salas de aula destinadas especificamente para 
atender a grupos de alunos portadores de necessidades especiais. Atualmente, sua 
existência se justifica somente para os casos de flagrante gravidade e que 
impossibilite, quase por completo, a frequência do aluno a classes regulares. 
• Sala de recursos (especiais) - Ambiente que conta com serviços de 
natureza pedagógica, conduzida por professor especializado e que suplementa (na 
superdotação) e complementa (no caso dos demais alunos com necessidades 
especiais) o atendimento comum realizado em classes regulares. Esse atendimento 
pode ser individual, em grupos por escola ou grupamentos de alunos de várias 
escolas próximas. 
• Escolas especiais - Escolas destinadas a atender, especificamente, 
educandos com necessidades especiais, agrupados ou por deficiência específica - 
sensorial, física, mental ou múltipla. Sua existência e funcionamento se justificam, 
atualmente, somente para casos considerados muito graves e que impossibilitem a 
inclusão dos sujeitos em escolas/salas de aula regulares. 
• Atendimento itinerante - Atendimento feito por professores 
especializados que percorrem várias escolas, mediante programação, para o 
atendimento de pessoas com necessidades educacionais especiais, assistindo o 
professor regular e complementando o seu trabalho. 
• Atendimento transitório - Atendimento que se faz, de modo específico, 
mas transitório, a portadores de necessidades especiais, nas situações em que o 
trabalho escolar em classes regulares, não seja possível. O atendimento hospitalar é 
um dos casos. 
• Atendimento escolar hospitalar - Atendimento escolar, por professor 
capacitado ou especializado, a educandos com necessidades especiais que se 
 
 
161 
encontrem internados, transitoriamente ou em caráter permanente, em função da 
gravidade de seus casos. 
• Terminalidade específica - Escolarização com finalidade definida, para 
os educandos com necessidades especiais com deficiência mental grave ou 
múltipla, adotando procedimentos de avaliação pedagógica, certificação e 
encaminhamento para alternativas educacionais que concorram para ampliar as 
possibilidades produtivas e de inclusão dessa pessoa. Essas alternativas geralmente 
se dão em termos de encaminhamento para cursos e atividades profissionalizantes. 
• Certificação de Terminalidade Específica - Documentação fornecida - 
certificação de conclusão de curso - pela instituição educacional, ao educando com 
deficiência mental grave ou múltipla, para fins de encaminhamento a cursos de 
profissionalização ou semelhante, em função da impossibilidade de continuidade de 
desenvolvimento intelectual em escolas regulares; deve ser acompanhado de 
histórico escolar, avaliação circunstanciada, assinada pela direção e pelo supervisor 
do estabelecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
------------------- FIM DO MÓDULO IV ----------------- 
 
 
 
 
 
 
162 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
BALLERONI, Ediana. Plano do MEC cria "ônibus da alegria": projeto de governo 
usa o dinheiro da educação de excepcionais para distribuir ônibus escolares. Folha 
de São Paulo, Caderno Cotidiano, 30 jun.1992. 
 
 
BRASIL. Lei 4024/61, de 21/04/61. Fixa as diretrizes e bases da Educação 
Nacional. Brasília, 1961. 
 
 
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares 
nacionais: Adaptações Curriculares / Secretaria de Educação Fundamental. 
Secretaria de Educação Especial. Brasília: MEC / SEF/SEESP, 1998. 
 
 
BUENO, J. G. S. Educação especial brasileira: integração, segregação do aluno 
diferente. São Paulo: Educ., 1993. 
 
 
DEMO, Pedro. Educação e Política Social. In: Cadernos de Pesquisa. São Paulo, 
1989. 
 
 
FAUSTO, Bóris. O Brasil Republicano. Estrutura e economia. 2. ed. São Paulo: 
DIFEL. 1982. 
 
 
JANNUZZI, Gilberta. M. A Luta pela educação do deficiente mental no Brasil. 
São Paulo: Cortez, 1985. 
 
 
______. As políticas e os espaços para criança excepcional in: FREITAS, Marcos. C. 
História social da infância no Brasil. São Paulo: Cortez, 1997. 
 
 
______. Política estatal oscilante de educação especial e produção de 
conhecimento. V Seminário Brasileiro de Pesquisa em educação Especial. UFF, 
1996. 
 
 
______. Políticas sociais públicas de educação especial. Fundação Catarinense 
de Educação Especial, 1990. 
 
 
163 
MEC/CENESP. Projeto Prioritário do Plano Setorial de Educação e Cultura 
1977/1979. Assistência Técnica e Financeira às /Instituições Privadas na Área de 
Educação Especial, Brasília, DDD, 1976. 
 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. Plano Decenal de Educação Para 
Todos. Brasília. 1993. 
 
 
RIBEIRO, R. H. F. Educação de Portadores de necessidades especiais. Campo 
Grande: UNIDERP, 2002. 
 
 
 
 
 
 
 
 
-------------------- FIM DO CURSO! ------------------

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