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Avaliação Pré-Anestésica

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Rhyan Coelho 
Palestra 02 – Avaliação Pré-anestésica ambulatorial e hospitalar 
A avaliação pré-anestésica deve ser realizada antes de todo e qualquer procedimento anestésico. É regulada 
pela resolução CFM nº 2174 /2017: 
“Antes da realização de qualquer anestesia, exceto nas situações de urgência e emergência, é indispensável 
conhecer, com a devida antecedência, as condições clínicas do paciente, cabendo ao médico anestesista 
decidir sobre a realização ou não do ato anestésico. 
 
A avaliação pré-anestésica é para definir se o paciente está nas melhores condições possíveis para ser 
submetido à cirurgia proposta e analisar se os riscos de realizar a cirurgia nesse momento são maiores que 
o risco de não operar. 
 
Os objetivos da APA é de conhecer o paciente, prever riscos, determinar quais exames complementares e 
interconsultas são necessários; avaliar a presença de comorbidades, via aérea e acesso venoso; orientar 
sobre a anestesia, cuidados perioperatórios, tto da dor; reduzir a ansiedade do paciente 
 
Além disso tem objetivo de planejar a anestesia, a analgesia e os cuidados perioperatórios; informar 
prognósticos, diagnósticos, risco e objetivos ao paciente ou ao representante legal (presença do termo de 
consentimento livre e esclarecido específico para anestesia para não violar o dever de informar); melhorar 
o fluxo de cirurgias nos centros cirúrgicos. 
 
• Anamnese completa: 
o História da doença atual e de seu tratamento 
o Tolerância ao exercício 
o Medicações em uso e história de alergia 
o História social (incluindo drogas ilícitas, álcool e tabaco – uso e cessação) 
o Doenças crônicas: cardiovasculares, pulmonares, hepáticos, renais, endócrinos e 
neurológicos. 
o Antecedentes anestésicos e cirúrgicos (importando: complicações, dor, náuseas e vômitos, 
sangramentos, transfusão, febre, reações adversas, tempo de internação, terapia intensiva) 
o Sangramentos e cicatrização 
o Via aérea – Condições de intubação 
o História anestésica familiar – complicações 
o Acesso venoso, pulsos, local das punções 
o Exames laboratoriais 
 
Não existe exame de rotina. Todo exame é baseado em doença ou fator de risco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rhyan Coelho 
Entre os exames complementares, também entra a classificação ASA: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Também é feita avaliação de risco pulmonar, em que os grandes fatores de risco englobam ASMA e DPOC, 
mas depende também do paciente e tipo de cirurgia. 
Fatores de risco incluem: 
• Idade avançada (acima de 60 anos) 
• DPOC 
• ASA 3 
• Tabagismo 
• ICC 
• Hiperalbuminemia < 3,5 g/dL 
• Dependência funcional 
• Hipercapnia: PCO2 > 45 mmHg 37(B) 
 
 
 
 
 
Rhyan Coelho 
Fatores de risco envolvendo a cirurgia: 
• Local da cirurgia: especialmente abdominal, torácica, neurológica, cabeça e pescoço, vascular e 
emergência. 
• Técnica anestésica: anestesia geral, uso de relaxante muscular de longa duração 
• Duração da cirurgia: acima de 3 a 4 horas. 
 
Orientações para redução de risco pulmonar: 
-Parar de fumar por pelo menos 8 semanas antes da cirurgia 
-Reduzir o peso. IMC >27kg/m² 
-Limitar o tempo cirúrgico em menos de 3h 
-Controlar agressivamente a dor no P.O 
-Utilizar analgesia peridural sempre que possível 
-Inicia mobilização precoce 
 
 
Na avaliação de fatores de risco cardíaco, quanto maior o porte maior o risco e pacientes com DM também 
tem risco maior. 
 
 
Ainda existe a avaliação NYHA: 
• NYHA I – Sem limitação de atividade física. Atividade física normal não causa sintomas como fadiga, 
palpitação ou dispneia 
• NYHA II – Pequena limitação da atividade física em repouso. Confortável em repouso, mas a atividade 
física comum desencadeia sintomas 
• NYHA III – Limitação importante da atividade física. Confortável em repouso, mas pequenas 
atividades físicas desencadeiam sintomas 
• NYHA IV – Incapacidade de realizar qualquer atividade física sem desconforto. Os sintomas de 
insuficiência cardíaca ou de angina podem estar presentes até mesmo em repouso. Qualquer 
atividade física resulta em aumento do desconforto. 
 
Rhyan Coelho 
Uma forma de avaliação cardíaca é o MET (que seria um equivalente metabólico, ao estado funcional quanto 
à atividade física). 
 
A avaliação de risco hematológico envolve avaliar uso recente de anticoagulantes, aspirina, outros AINES e 
antiplaquetários (perguntar especificamente); história de sangramento; doença hepática. Os exames serão 
de acordo com indicação clínica. Tem objetivo de planejar manejo de anticoagulantes no perioperatório; 
planejar profilaxia TVP/TEP; planejar manejo de hemocomponentes. 
 
De maneira geral: 
Toda mulher em idade fértil deve-se investigar a questão de exame de BHCG, gravidez. 
Investigar: 
• Alergia 
o Medicamentos 
▪ Alergia x reação adversa 
o Antissépticos 
o Esparadrapo 
o Comida 
o Látex 
▪ Profissional de saúde 
▪ Espinha bífida, anormalidades urogenitais 
▪ Banana, abacate, kiwi, mamão, castanha 
• Exame físico completo 
o Dados vitais 
o Ausculta cardiovascular 
o Ausculta respiratória 
o Exame da coluna para anestesia regional 
▪ Observar déficits musculares, distúrbios de marcha 
 
• Exame de via área 
o Utilizado para determinar a possibilidade de ser uma via aérea difícil (dificuldade na 
manutenção 
o Determinar a possibilidade de: 
▪ Laringoscopia difícil – não é possível visualizar qualquer porção das cordas vocais com 
o método de laringoscopia convencional 
▪ Intubação traqueal difícil – impossibilidade de intubar em uma tentativa ótima e em 
menos de 30 segundos 
 
• Na anamnese/exame físico, investigar: 
o Doenças congênitas: Pierre-Robin, Treacher-Collins, Hallermann-Streiff, Marfan; Higroma 
cístico, acondroplasia, atresia d coana, traqueomalacia, fissura palatina 
o Trauma: trauma maxilofacial, fratura ou instabilidade de coluna cervical, lesão de laringe, 
queimaduras. 
• Afecções endócrinas: obesidade, diabete melito, acromegalia, síndrome de Cushing 
• Processos inflamatórios: espondilite anquilosante, artrite reumatóide 
• Condições fisiológicas: gestação 
• Tumores: tumores em via aérea alta e baixa 
• Infecção: epiglotite, abscessos, difteria, bronquite, pneumonia 
• Corpo estranho 
• História de radioterapia ou cirurgia em cabeça e pescoço 
• História de ronco e apneia 
Rhyan Coelho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rhyan Coelho 
Na ventilação sob máscara facial: 
• Ventilação difícil 
o História de ronco; 
o Diagnóstico de apneia obstrutiva do sono; 
o Índice de assa corpórea superior a 26 kg/m²; 
o Presença de barba; 
o Ausência de dentes; 
o Idade superior a 55 anos. 
 
Os exames complementares são orientados a partir da anamnese, exame físico e porte cirúrgico. O objetivo 
da realização é identificar uma doença ou um distúrbio que possa afetar a conduta anestésica; verificar ou 
avaliar uma doença já conhecida ou terapia alternativa que possa afetar o plano anestésico e formular 
alternativas para o cuidado perioperatório.

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